sexta-feira, 17 de março de 2017

As três revelações

1ª Revelação - Mosaica

Moisés nasceu em época de grandes perseguições dos egípcios aos hebreus que tinham muito medo que os mesmos multiplicando-se em demasia colocassem em risco a segurança de sua nação. Foi determinado então que todo menino hebreu nascido fosse morto. O pai de Moisés vendo sua esposa grávida suplica aos céus por ajuda. O plano espiritual responde que sua mulher lhe daria um filho homem mas que seria sempre protegido pela espiritualidade dada a grandiosidade de sua missão na Terra. Nascida a criança os pais escondem-na até os três meses, quando decidem entregá-la aos cuidados do mais Alto colocando-o em uma cesta e lançando-a ao rio Nilo.

Termutis, filha de Ramsés II resgata o bebê das águas, leva-o para o Palácio e dá-lhe o nome de Moisés que em egípcio significa “salvo das águas”. Míriam, irmã de Moisés observa tudo, infiltra-se no Palácio e convence Termutis à permitir que Moisés seja amamentado por uma ama de leite. Traz assim, Jocabel, sua mãe, que não só o amamenta como convivendo com ele, lhe ensina a língua hebraica, os costumes e a história dos JuDeus.

Moisés desenvolveu-se sempre destacando-se por sua personalidade marcante, vencendo sempre pela sabedoria e bom senso. Em determinado momento Moisés abandonou o Palácio para seguir com os hebreus. Termutis deixa-o partir, sabia que ele seria muito mais útil aos hebreus do que aos egípcios. Termutis foi uma verdadeira mãe para Moisés, educou-o com o amor e esmero da dedicação materna. Compreendeu suas ansiedades e ajudou-o em seus momentos difíceis com os egípcios.

Moisés foi o espírito preparado para dar início ao processo de disciplina e moralização da Humanidade.
Moisés implantou o monoteísmo (idéia iniciada por seus precursores Abraão, Isaac e Jacob), recebeu os 10 Mandamentos e dando-se conta das necessidades da época, estabeleceu leis próprias.

A Lei Divina - Moisés recebeu, via mediúnica, no Monte Sinai os 10 Mandamentos (Decálogo), que representam um resumo dos valores essenciais das Leis de Deus. Como parte da Lei Divina, são eternos e imutáveis, condensando a lei moral básica.


Mesmo tendo um dos mandamentos claramente dito: “Não farás imagens nem semelhanças de coisa alguma quer esteja no céu, na Terra, nas águas, nem te inclinarás a elas nem as honrarás”, Moisés entreviu em seu povo a necessidade materialista de apoio à algo tangível. “O povo não está acostumado a adorar um Deus invisível”; disse-lhe seu irmão Aarão. Surgiu então o tabernáculo, uma espécie de templo portátil de madeira, guardando duas tábuas nas quais Moisés rescreveu os Dez Mandamentos. E pensar que há mais de 3000 anos Moisés já sabia que era desnecessário o apoio material à ligação à Deus, mas ainda hoje o homem parece preso à estes recursos.


2ª Revelação : Cristã

Depois de Moisés, eventualmente eram enviados à Terra espíritos com a missão de relembrar as Leis Divinas e preparar a Humanidade para um segundo grande passo em sua evolução.

Há quase 20 séculos a Humanidade parecia muito religiosa, seguidora dos ensinamentos de Moisés, mas a verdade era bem outra. Em meio à um povo egoísta, orgulhoso e violento, Deus envia o espírito responsável pela evolução do planeta. Jesus, o espírito puro vem à Terra, passando por todas as dificuldades características dos espíritos aqui encarnados. Vem com a missão de ampliar, cumprir, desenvolver e dar o verdadeiro sentido às Leis de Deus, Moisés liderou através da força e do medo, Jesus, através do amor. Resumiu as Leis do Pai em uma só, o mandamento maior: “Amar à Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo”. Jesus não deixou nada escrito mas seus seguidores o fizeram, e assim, através do Evangelho, a Humanidade recebeu seu código de conduta moral. Jesus foi o exemplo maior de respeito, cumprimento e de vivência às Leis de Deus. Demonstrou a necessidade do homem ter conhecimento de que a vida na Terra é apenas transitória, sendo a vida espiritual a verdadeira e eterna. Pregou a existência de outros mundos habitados (“muitas são as moradas na casa de meu Pai”), a reencarnação (“ninguém poderá ver o reino de Deus se não nascer de novo”), a necessidade do amor ao próximo (“amai aos vossos inimigos”), do desenvolvimento das virtudes, enfim, trouxe ao homem um esclarecimento espiritual muito mais amplo. Precisou colocar algum sentido oculto em suas palavras, por esta razão falou por parábolas, para que com o tempo, através da aquisição de maiores conhecimentos e das contribuições da ciência, o homem entendesse o verdadeiro significado de suas lições. “Muitas coisas tenho para vos dizer mas não as podeis suportar ainda...”.

Ao serem comparados os ensinamentos de Moisés e de Jesus deve-se ter em mente a época e circunstâncias nas quais atuaram. O bom senso é essencial na apreciação, de modo a serem evitados posicionamentos injustos.


3ª Revelação : dos Espíritos

Nascido em Lion a 03 de outubro de 1.804, em família tradicional que se destacou na magistratura e advocacia, Hippolyte Léon Denizard Rivail (Allan Kardec) tinha grande inclinação para as ciências e a filosofia. Dotado de notável inteligência e muito atraído para o ensino, desde os 14 anos já se utilizava de suas aptidões especiais ensinando aos seus colegas. Durante os anos de 1.835 à 1.840 promoveu em sua própria casa cursos gratuitos de Química, Física, Astronomia, etc.; todos dignos de destaque dada a amplitude de conhecimentos abrangidos. Grande estudioso, foi membro de várias sociedades sábias, escreveu inúmeras obras educativas e envolveu-se em projetos de natureza diversa, tendo sempre o objetivo de instruir, esclarecer e unir as pessoas. Trabalhou silenciosamente durante muitos anos pela unificação das crenças.

Por volta de 1.855 inteirou-se das manifestações dos espíritos e entregou-se à observações mais profundas fascinado não pelo aspecto fantástico das mesmas, mas pelas conseqüências filosóficas que delas poderiam surgir. Entreviu na aparente futilidade, um fenômeno sério, como que a revelação de novas leis naturais (as que regem as relações entre o mundo invisível e o visível) e decidiu-se por estudá-lo a fundo. Compreendeu a gravidade da exploração a que se dedicaria, sabendo ser da máxima importância usar de seriedade e não leviandade, positivismo e não idealismo para não se deixar iludir. Reconheceu logo que o conhecimento e estudo de tais manifestações levariam respostas à uma imensidão de problemas e compreendeu seu alcance sob o ponto de vista religioso.

“Aplicou a esta nova ciência como fizera até então, o método experimental, sem elaboração de teorias pré-concebidas, observava cuidadosamente, comparava e deduzia conseqüências. Dos efeitos, procurava remontar as causas, por dedução e pelo encadeamento lógico dos fatos, não admitindo por válida uma explicação senão quando resolvia todas as dificuldades da questão”.

Allan Kardec

Para suas pesquisas, Kardec utilizava-se de médiuns jovens, de 14 a 15 anos, principalmente por estarem ainda sem nenhum condicionamento. Fazia a mesma pergunta, à diferentes médiuns, em diferentes localidades com diferentes entidades, obtendo sempre as mesmas respostas.

Convencido da veracidade dos ensinamentos da Doutrina e do bem que dela poderia decorrer, Kardec tratou de coordenar os elementos, esforçou-se por torná-la clara e compreensível a todos. Suas obras são baseadas em perguntas feitas a diversos espíritos, selecionadas sem prevenção e com total imparcialidade.

São elas:

• O Livro dos Espíritos (1857) - referente a questões filosóficas
• O Livro dos Médiuns (1861) - relativo a parte experimental e científica da Doutrina
• O Evangelho Segundo o Espiritismo (1864) - no que diz respeito ao aspecto moral
• O Céu e o Inferno (1865) - a Justiça de Deus segundo o Espiritismo
• A Gênese (1868) - tratando da criação, dos milagres e das predições
• A Revista Espírita - (periódico mensal iniciado em janeiro de 1858) jornal de estudos psicológicos

Fundou em 1º de Abril de 1858 a 1ª Sociedade de Estudos Espíritas.

É importante esclarecer que Kardec não era médium. Isto é perfeitamente compreensível dada a grandiosidade de sua missão. O Codificador da Doutrina Espírita teria que ser livre de preconceitos, idéias particulares, individualismo e mesmo influências pessoais de uma só entidade para que o trabalho se tornasse imparcial.

Foi orientado pela espiritualidade a usar o pseudônimo de Allan Kardec em suas obras (nome que recebeu em encarnação nos tempos dos druidas) pois sendo o nome Hippolyte Léon Denizard Rivail muito conhecido no mundo científico devido a seus trabalhos anteriores, poderia comprometer o êxito do empreendimento.

Incansável trabalhador, Kardec sucumbiu em 1869 como viveu, trabalhando, vítima de um aneurisma, deixando sua passagem marcada pelo exemplo de sua vida.

Jesus anunciou o Consolador dizendo: “Se me amais, guardai os meus mandamentos, e eu rogarei ao Pai e ele vos enviará outro Consolador à fim de que fique eternamente convosco”.

O Consolador prometido por Jesus veio na voz dos muitos espíritos que tem espalhado esclarecimentos, no mundo inteiro através das mais diversas formas de mediunidade do espírito encarnado, ele vem recordando os ensinamentos do Cristo, corrigindo as más interpretações e ampliando os conhecimentos. Prega a fé racional, a união da fé e da ciência, mostrando que ambas precisam caminhar juntas, apoiando-se mutuamente, sem contradições.

As 3 Revelações são uma constatação da caminhada evolutiva da Humanidade.

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