quinta-feira, 26 de maio de 2016

O que é a Apometria?


O Dr. José Lacerda de Azevedo, carinhosamente qualificado por seus pares de Preceptor de Medicina Espiritual, é médico da turma de 1950. Desde cedo na lida com a Doutrina Espírita. Durante o ano de 1965, esteve em Porto Alegre, um psiquista porto-riquenho chamado Luiz Rodrigues. Realizou palestra no Hospital Espírita de Porto Alegre, demonstrando uma técnica que vinha empregando nos enfermos em geral, obtendo resultados satisfatórios. Denominada Hipnometria, essa técnica foi defendida no VI Congresso Espírita Pan-americano, em 1963, na cidade de Buenos Aires.

Essa técnica consistia na aplicação de pulsos magnéticos concentrados e progressivos no corpo astral do paciente, ao mesmo tempo que, por sugestão, comandava o seu afastamento. O Sr. Luiz Rodrigues era um investigador, não era espírita e tampouco médico mas trouxe possibilidades novas e um imenso campo para experimentação se conduzidas com métodos objetivos e sistemáticos. Imediatamente, o Dr. José Lacerda testou a metodologia com Dona Yolanda, sua esposa e médium de grande sensibilidade.

Utilizando a sua criteriosa metodologia, a sua sólida formação doutrinária, a observação constante dos fenômenos, aprimorou solidamente a técnica inicial. Identificou-se na época, um grande complexo hospitalar na dimensão espiritual, denominado Hospital Amor e Caridade, de onde partiam o auxílio e a cobertura aos trabalhos assistenciais, dirigidos por ele.

APOMETRIA

O termo Apometria vem do grego Apó - preposição que significa além de, fora de, e Metron - relativo a medida. Representa o clássico desdobramento entre o corpo físico e os corpos espirituais do ser humano. Não é propriamente mediunismo, é apenas uma técnica de separação desses componentes. A Apometria é uma técnica de desdobramento que pode ser aplicada em todas as criaturas, não importando a saúde, a idade, o estado de sanidade mental e a resistência oferecida. É um método geral, fácil de ser utilizado por pessoas devidamente habilitadas e dirigentes capazes. Apresenta sempre resultado eficaz em todos os pacientes, mesmo nos oligofrênicos profundos sem nenhuma possibilidade de compreensão.

O êxito da Apometria reside na utilização da faculdade mediúnica para entrarmos em contato com o mundo espiritual da maneira mais fácil e objetiva, sempre que quisermos. Embora não sendo propriamente uma técnica mediúnica, pode ser aplicada como tal, toda vez que desejarmos entrar em contato com o mundo espiritual.

ATENDIMENTO
No atendimento aos enfermos, é utilizada a seguinte prática: Coloca-se inicialmente, por desdobramento, os médiuns em contato com as entidades médicas do astral. Uma vez firmado o contato, faz-se o mesmo com o doente, possibilitando dessa forma o atendimento do corpo espiritual do enfermo pelos médicos desencarnados, assistidos pelos espíritos dos médiuns que então relatam todos os fatos que ocorrem durante o atendimento, tais como: os diagnósticos, as cirurgias astrais, as orientações práticas para a vida, assim como a descrição da problemática espiritual que o paciente apresenta e suas origens. Torna-se necessário ainda, que se faça proteção vibratória, através de preces e formação de campos de força e barreiras magnéticas ao redor dos médiuns.

O tratamento dos obsessores constitui um capítulo à parte, tal é a facilidade e eficiência com que os espíritos sofredores são atendidos. Em virtude de se encontrarem no mesmo universo dimensional, os espíritos protetores agem com muito mais profundidade e rapidez. Os diagnósticos são muito mais precisos e detalhados; as operações astrais são executadas com alta técnica e com o emprego de aparelhagem sofisticada em hospitais muito bem montados em regiões elevadas do astral superior. Esse é um dos grandes segredos do tratamento espiritual e será provavelmente um marco fundamental para a futura Medicina do Espírito.

Classificação Didática dos Distúrbios Espirituais

(Modelo Lacerda)

Diante dessa classificação, impõe-se o conhecimento em profundidade dos mecanismos íntimos de cada uma das entidades nosográficas (nosografia - descrição metódica das doenças) citadas, lembrando que o diagnóstico de certeza dependerá sempre das condições de desenvolvimento e harmonia do grupo mediúnico, do perfeito domínio da técnica apométrica e da imprescindível cobertura da Espiritualidade Superior.

Em virtude da maioria, talvez, 80% das doenças se iniciarem no corpo astral, pode-se deduzir que nas eras vindouras a Medicina será integral, isto é, um grupo de médicos terrenos atenderá as mazelas patológicas físicas, trabalhando ao lado de outro grupo de médicos desencarnados, que se encarregarão do corpo espiritual.

A Apometria é útil nestes tratamentos.
Indução Espiritual, Obsessão Espiritual Pseudo-Obsessão, Simbiose Parasitismo Vampirismo Estigmas Cármicos não Obsessivos: Físicos e Psíquicos Síndrome dos Aparelhos Parasitas no Corpo Astral Síndrome da Mediunidade Reprimida Arquepadias (magia originada em passado remoto) Goécia (magia negra) Síndrome da Ressonância Vibratória com o Passado Correntes Mentais Parasitas Auto-Induzidas

APOMETRIA: NEM PROBLEMA, NEM SOLUÇÃO
Dr. Ricardo di Bernardi Presidente do ICEF – Instituto de Cultura Espírita de Florianópolis. Revista Internacional de Espiritismo – Agosto de 1998 – Pags. 296 e 297

Trata-se de moderna técnica de trabalho anímico-mediúnica de alta eficiência. Herculano Pires, saudoso estudioso da nossa doutrina, já nos ensinava que a postura do espírita consciente deve ser tão ousada quanto prudente. Nem nos maravilharmos com as luzes feéricas das novidades, nem escondermos nossas cabeças tal qual avestruzes que se protegem do desconhecido, deixando-se ridiculamente descobertos. Kardec, que nos ensinava ser preferível rejeitar nove verdades do que aceitar uma só mentira, também nos dizia que, se a ciência demonstrasse estar o Espiritismo errado em um ponto, ele se modificaria naquele ponto. Inúmeros grupos, ou entidades espíritas, começaram a se interessar pela Apometria, técnica de trabalho anímico-mediúnica, na qual, os médiuns, ou sensitivos, se desdobram conscientemente, participando de maneira ativa no encaminhamento das entidades espirituais enfermas.

A Apometria se apresenta como técnica moderna que une avançados métodos de intercâmbio com o plano extrafísico. Sua utilização torna a sessão mediúnica de desobsessão, dinâmica, ao invés da passividade sonolenta tradicionalmente observada em determinados grupos. No entanto, a dificuldade que vem se observando na utilização da Apometria, não se refere à técnica em si, mas à utilização equivocada, precipitada, radical, sem embasamento filosófico e, o que é mais preocupante, pouco fraterna no trato com os desencarnados. Somas inteiramente favoráveis à correta utilização do método apométrico, desde que alicerçado nas sólidas bases kardequianas, sem prejuízo do conteúdo ético-moral e, sobretudo, do trato afetivo com as entidades desencarnadas.

Nada há de misterioso nas técnicas desenvolvidas pelo Dr. Lacerda, de Porto Alegre, e tão bem divulgadas pelo Dr. Vítor Ronaldo Costa, de Brasília, em proveitosos seminários e cursos que didaticamente efetua. Vale aqui, uma especial recomendação.

Frequentemente nos deparamos com certas polêmicas e queixas de velhos amigos, trabalhadores da doutrina espírita. Uma delas se expressa assim: "Muitos entusiastas da Apometria abandonaram a casa espírita de origem e organizaram entidades próprias". Bem, desde há 30 anos atrás, quando iniciei a estudar seriamente a doutrina espírita, quase todos os centros espíritas recém-fundados surgiram de cisões em casas anteriores.

É preciso que admitamos: nós espíritas não somos (infelizmente) melhores do que ninguém. A Doutrina Espírita, esta sim, é que é melhor. Inúmeras casas surgirão por discordância de métodos de trabalho, o que, na realidade, é lamentável. Não há problema importante com os métodos, mas com as pessoas. Trata-se de nosso orgulho pessoal, vaidade, intolerância (e outros adjetivos menos honrosos) dos quais nós, trabalhadores da seara espírita, ainda não conseguimos nos libertar totalmente, sejamos adeptos ou não, da Apometria.

A resistência em estudar e o imobilismo de determinados dirigentes acabam gerando o afastamento de médiuns que interpretam, erroneamente, a postura do dirigente como se fosse a postura do Espiritismo. Acabam, então, se desvinculando do movimento espírita. Por que, ao invés de se exorcizar novos conhecimentos, não os estudamos profundamente? Por que não apoiamos os irmãos interessados no trabalho? É verdade que seria imprudente nos precipitar na adoção, pura e simples, de qualquer técnica revolucionária ou infalível. Se a Apometria mal utilizada é desastrosa, o mesmo podemos afirmar da mediunidade convencional erroneamente praticada. Nem a mediunidade nem a Apometria são positivas ou negativas: ambas são neutras. Argumentos tais como:

"Depois que iniciou com a Apometria muitos problemas surgiram..." são tão inconsistentes como: "Depois que passou a se envolver com a mediunidade necessitou de internação hospitalar em casa de saúde mental..."

A falta de apoio recebido, bem como a falta de estudo dos envolvidos aliada à embriaguez pela ofuscante novidade, tem levado muitos grupos espíritas que utilizam a Apometria a distorções que poderiam ser facilmente evitáveis. Com todo respeito aos nossos irmãos umbandistas, que executam trabalho sério e útil, faz-se necessário definir algumas fronteiras que devem ser tão nítidas quanto fraternas.

Não há porque criarmos grupos de umbanda técnico-científica nas casas espíritas.

Ao invés do clássico e necessário "DIÁLOGO COM AS SOMBRAS" Tão preconizado por Hermínio de Miranda, passamos a ouvir o contínuo estalar dos dedos seguido de verdadeiras expulsões dos espíritos obsessores. O diálogo construtivo e fraterno passou a ser considerado peça de museu. Ao invés de amor e filosofia, muita sonoridade e gesticulação espalhafatosa, sob o argumento de que som serve de veículo para a energia. Então, bater palmas e gritar alto seriam tão úteis quanto mais ruidoso forem... Naturalmente, o impacto energético seria cada vez mais produtivo quanto mais escandalosa for a sessão...

É necessário que acordemos para que logo não estejamos admitindo outras atitudes materiais e periféricas totalmente incompatíveis com a nossa filosofia. O trabalho espiritual é, acima de tudo, mental. Nem tanto ao mar, nem tanto à terra: equilíbrio... Desde a época pré-histórica que hábeis feiticeiros removem obsessores de forma rápida, utilizando métodos tão eficazes quanto grosseiros. Em pleno século XX, assim como não se admite a paixão pelas formas dos frascos coloridos da exteriorização sensorial em detrimento da essência filosófica. Aparelhos parasitas – Técnicas apométricas que possibilitam a remoção rápida e objetiva dos "aparelhos parasitas" instalados pelos obsessores no perispírito do obsediado, devem ser assimiladas por todos nós, interessados no progresso de nossos trabalhos.

No entanto, um equívoco, freqüentemente observado em alguns grupos que utilizam a Apometria, é o esquecimento do apoio ao obsediado após a remoção do(s) aparelho(s) parasita(s) instalado(s). É indispensável o esclarecimento pelo estudo e a promoção da reforma íntima da pretensa vítima que, não se modificando, logo irá atrair novos obsessores. Obsessores retirados do campo mental do obsediado "a forciori" e enviados a "outros planetas" ou a estranhos locais ou dimensões extrafísicas, talvez merecessem uma atenção mais adequada.

A ausência de diálogo com espíritos enfermos, em certos casos, apenas determinará a mudança de endereço dos obsessores, bem como a admissão de novos inquilinos na casa mental desocupada do obsediado.

Se está na hora de modernizarmos as sonolentas sessões, onde chega-se a dormir literalmente, imaginando ingenuamente estar se cedendo ectoplasma ou trabalhando em desdobramento inconsciente ( o que eventualmente até ocorre). Também está na hora de não exagerarmos na postura inversa. Faz-se necessário recolocarmos a filosofia espírita, o amor e a serenidade nos trabalhos mediúnicos e não umbandizarmos a doutrina espírita nem mesmo brincarmos irresponsavelmente com animadas técnicas.

Na matemática do trabalho é preciso somar com a nova técnica sem subtrair conceitos filosóficos básicos, evitando divisões desnecessárias, para multiplicar os resultados na tabuada do amor.

Fonte - Livro Apometria (José Lacerda de Azevedo)

Observação; este artigo é apenas para se dar uma ideia geral da técnica terapêutica envolvida e da sua utilidade. Este artigo tem por objetivo, dar a conhecer, despertar o interesse e estudo, dando aos interessados apenas uma ideia resumida, de forma que possam ter alguma base para investigar e aprofundar este conhecimento.

Consultas livros aconselhados

Apometria (José Lacerda de Azevedo)

Espírito - Matéria - Novos Horizontes Para a Medicina (José Lacerda de Azevedo)

Energia e Espírito (José Lacerda de Azevedo)

por Ana Maria Teodoro Massuci
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No mundo maior

“Como avaliar por bitola única recipientes heterogêneos? Considerando, porém, nossa origem comum, não somos todos filhos do mesmo Pai? E por que motivo fulminar com inapelável condenação os delinquentes, se o dicionário divino inscreve a letras de fogo as palavras “regeneração”, “amor” e “misericórdia”? 

(...) O selvagem que haja eliminado os semelhantes, a flechadas, teria recebido no mundo as mesmas oportunidades de aprender que felicitam o europeu supercivilizado, que extermina o próximo à metralhadora? Estariam ambos preparados ao ingresso definitivo no paraíso de bem-aventurança infindável tão somente pelo batismo simbólico ou graças a tardio arrependimento no leito de morte?”

Espírito Emmanuel , em “No Mundo Maior”, obra do Espírito André Luiz, psicografia de Francisco Cândido Xavier.
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quarta-feira, 25 de maio de 2016

Mais um bom dia!!!


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Um espírito (...) pode ter adquirido um certo grau de evolução

“Um espírito (...) pode ter adquirido um certo grau de evolução, porém, querendo avançar mais ainda, solicita uma missão, uma tarefa para cumprir e pela qual, se sair vitorioso, será tanto mais recompensado quanto mais penosa tenha sido a luta. 

Trata-se, mais especialmente, dessas pessoas com instintos naturalmente bons, de alma elevada, com nobres sentimentos inatos, que parecem não ter trazido nada de mau de suas existências anteriores, e que sofrem as maiores dores com uma resignação cristã, pedindo a Deus para suportá-las sem se queixarem.”

"O Evangelho Segundo o Espiritismo" de Allan Kardec
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Amor não se compra, se conquista


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sexta-feira, 20 de maio de 2016

A agenda "secreta" de CHICO XAVIER nas madrugadas : auxílio aos necessitados!


O mais bonito não eram apenas as visitas que o Chico fazia com os grupos, mas aquelas anônimas que ele realizava pela madrugada, quando saía sozinho para levar seu conforto moral às famílias doentes, às pessoas moribundas, às vezes acompanhado por um amigo para assessorá-lo, ajudá-lo, pois já portava alguns problemas de saúde, mas sem que ninguém o soubesse.

Ali estava a maior antena paranormal da humanidade dos últimos séculos, apagando este potencial para chorar com uma família que tinha fome.

Ele contou-me que tinha o hábito, em Pedro Leopoldo, de visitar pessoas que ficavam embaixo de uma velha ponte, numa estrada abandonada, e que ruíra. Ia ele, sua irmã Luiza e mais duas ou três pessoas muito pobres de sua comunidade. À medida que eles aumentavam a frequência de visitas, os necessitados foram se avolumando, e mal conseguiam víveres para o grupo, pois que os seus salários eram insuficientes, e todos eram pessoas de escassos recursos.

O esposo de Luíza, que era fiscal da Prefeitura, recolhia, quando nas feiras livres havia excedente, legumes e outros alimentos, e que eram doados para distribuir anonimamente, nos sábados, à noite, aos necessitados da ponte.

Houve, porém, um dia em que ele, Luíza e suas auxiliares não tinham absolutamente nada; decidiu-se então, não irem, pois aquela gente estava com fome e nada teriam para oferecer. Eles também estavam vivendo com extremas dificuldades. Foi quando lhe apareceu o espírito do Dr. Bezerra de Menezes, que sugeriu colocasse algumas bilhas com água, que ele iria magnetizá-las para serem distribuídas, havendo, ao menos, alguma coisa para dar. Ele assim o fez, e o Espírito benfeitor, utilizando-se do seu ectoplasma bem como o das demais pessoas presentes, fluidificou o líquido.
Esse adquiriu um suave perfume e, então, o Chico tomou moringas e, com suas amigas, após a reunião convencional do sábado, dirigiram-se à ponte.

Quando lá chegaram encontraram umas 200 pessoas, entre crianças, adultos, enfermos em geral, pessoas com graves problemas espirituais, necessitados.

"Lá vem o Chico, dona Luíza" - gritaram e ele constrangido e angustiado, por ter levado apenas água (o povo nem sabia o que seria água magnetizada, fluidificada), pretendeu explicar a ocorrência.

Levantou-se e falou:

- "Meus irmãos, hoje nós não temos nada" - e narrou a dificuldade.

As pessoas ficaram logo ofendidas tomando atitudes de desrespeito, e ele começou a chorar. Neste momento, uma das assistidas levantou-se e disse:

- "Alto lá! Este homem e estas mulheres vêm sempre aqui nos ajudar e, hoje, que eles não têm nada para nos dar, cabe-nos dar-lhes alguma coisa.
Vamos dar-lhes a nossa alegria, vamos cantar, vamos agradecer a Deus".

Enquanto ela estava dizendo isso, apareceu um caminhão carregado, e alguém, lá de dentro, interrogou:

- "Quem é Chico Xavier?".

Quando ele atendeu, o motorista perguntou se ele se lembrava de um certo Dr. Fulano de Tal?

Chico recordava-se de certo senhor de grandes posses materiais que vivia em São Paulo, que um ano antes estivera em Pedro Leopoldo, e lhe contara o drama de que era objeto. Seu filho querido desencarnara, ele e a esposa estavam desesperados - ainda não havia o denominado correio de Luz, eram comunicações mais esporádicas.

Chico compadeceu-se muito da angústia do casal.

Durante a reunião, o filhinho veio trazido pelo Dr. Bezerra de Menezes e escreveu uma consoladora mensagem. Então, o cavalheiro disse-lhe:
- "Um dia, Chico, eu hei de retribuir-lhe de alguma forma. Mas como é que meu filho deu esta comunicação?".

Chico explicou-lhe:
- "É natural esse fenômeno, graças ao venerando espírito Dr. Bezerra de Menezes, que trouxe o jovem desencarnado para este fim", e deu-lhe uma idéia muito rápida do que eram as comunicações mediúnicas. O casal ficou muito grato ao Dr. Bezerra de Menezes, e repetiu que um dia haveria de retribuir a graça recebida.

Foi quando o motorista lhe narrou:

- "Estou trazendo este caminhão de alimentos mandado pelo Sr. Fulano de Tal, que me deu o endereço do Centro onde deveria entregar a carga, mas tive um problema na estrada, e atrasei-me; quando cheguei, estava tudo fechado. Olhei para os lados e apareceu-me um senhor de idade com barbas brancas, e perguntou o que eu desejava.

- "Estou procurando o Sr. Chico Xavier" - respondi.

- "Pois olhe: dobre ali, vá até uma ponte caída, e diga que fui eu quem o orientou" - respondeu-me.

- "E qual é o seu nome?" - indaguei, e ele respondeu.

- "Bezerra de Menezes".

(Contado por Divaldo P. Franco)

fonte:espiritbook.com.br
por Ana Maria Teodoro Massuci
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Crescendo sempre, o rio que deságua no mar - Sabedoria da CABALA


O rio seguia, confiante, seu caminho. Olhou para trás, para toda a sua jornada, orgulhoso por ter vencido todas as dificuldades: as altas montanhas, o longo caminho sinuoso através das florestas e as difíceis curvas através dos povoados.

De repente, o rio viu à sua frente o oceano se aproximando. Era tão vasto, imenso, parecia que entrar nele seria desaparecer para sempre.

Mas o rio entendeu que não havia outra opção. O rio não podia voltar, apenas podia seguir em frente. O rio tomou coragem, se arriscou e foi, confiante, em direção ao oceano.

E foi somente quando o rio entrou no oceano que o medo realmente desapareceu, pois ele entendeu que não se tratava de desaparecer no oceano, mas sim de tornar-se parte do oceano. Por um lado era uma anulação, mas por outro lado era um renascimento.

Assim somos nós. Voltar é impossível na nossa limitada existência neste mundo. Precisamos seguir em frente sempre, arriscar e ter a coragem de tornar-se, um dia, parte do oceano.

Rav Efraim Birbojm
fonte:espiritbook.com.br
por Hermes (Issarrar Ben Kanaan)
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Lívia, esposa de EMMANUEL em outra vida, impediu que CHICO XAVIER desenvolvesse tuberculose!



Adelino da Silveira pergunta:
- É verdade que Lívia, a esposa de Públio Lentulus, nosso querido Emmanuel no livro "Há dois mil anos", não mais reencarnou?

Chico responde:
- Assim é dito por Emmanuel. Eu acredito com certeza, porque da minha parte, nunca estive em contato com o espírito de Lívia e sei que ela trabalha muito e inspira Emmanuel e outros amigos da Vida Superior para a continuidade da Obra do cristo.

Em 1940, estive às portas de uma tuberculose. Embora febril, nunca deixei de comparecer ao trabalho, quando, certo dia, ao dirigir-me para a repartição nas primeiras horas da manhã, notei que uma estrela me enviava de longe certos raios que não sei classificar. 

Desde esse dia, começaram as minhas melhoras positivas. 

Perguntei a nosso amigo Emmanuel quanto ao significado daquela estrela que brilhava ao longe, como uma luz mais potente do que a luz do Sol, pois a ocorrência se deu às sete horas da manhã, e ele me explicou que a estrela cujo clarão me trouxe a cura do corpo era a própria Lívia, que se desvelava em me auxiliar.

Livro: Kardec Prossegue
Autor: Adelino da Silveira
obs Lívia estava em Jerusalém no dia da Crucificação de Jesus e com ele se comunicou mentalmente neste exato momento, fato este descrito com detalhes no livro Há dois mil anos. Maravilhoso.
fonte:espiritbook.com.br
por Ana Maria Teodoro Massuci
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Perante a desencarnação, como se comportar em velórios?



Resignar-se ante a desencarnação inesperada do parente ou do amigo, vendo nisso a manifestação da Sábia Vontade que nos comanda os destinos.

Maior resignação, maior prova de confiança e entendimento.

Dispensar aparatos, pompas e encenações nos funerais de pessoas pelas qais se responsabilize, abolir o uso de velas e coroas, crepes e imagens, e conferir ao cadáver o tempo preciso de preparação para o enterramento ou a cremação.

Nem todo Espírito se desliga prontamente do corpo.

Emitir para os companheiros desencarnados, sem exceção, pensamentos de respeito, paz e carinho, seja qual for a sua condição.

A Caridade é dever para todo clima.

Proceder corretamente nos velórios, calando anedotário e galhofa em torno da pessoa desencarnada, tant o quanto cochichos impróprios ao pé do corpo inerte.

O companheiro recem-desencarnado pede, sem palavras, a caridade da prece ou do silêncio que o ajudem a refazer-se.

Desterrar de si quaisquer conversações ociosas, tratos comerciais ou comentários impróprios nos enterros a que comparecer.

A solenidade mortuária é ato de respeito e dignidade humana.

Transformar o culto da saudade, comumente expresso no oferecimento de coroas e flores, em donativos às instituições assistenciais, sem espírito sectário, fazendo o mesmo nas comemorações e homenagens a desencarnados, sejam elas pessoais ou gerais.

A saudade somente constrói quando associada ao labor do bem.

Ajuizar detidametne as questões referentes a testamentos, resoluções e votos, antes da desencarnação, para não experimentar choques prováveis, ante inesperadas incompreensões de parentes e companheiros.

O corpo que morre não se refaz.

Aproveitar a oportunidade do sepultamento para orar, ou discorrer sem afetação, quando chamado a isso, sobre a imortalidade da alma e sobre o valor da existência humana.

A morte exprime realidade quase totalmente incompreendida na Terra.

"Em verdade, em verdade vos digo que, se alguém guardar a minha palavra, nunca verá a morte." - Jesus - (João, 8:15).
André Luiz.

fonte:espiritbook.com.br
por Ana Maria Teodoro Massuci
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Médicos incluem espiritualidade em seus Tratamentos - REVISTA ISTO É

Médicos incluem espiritualidade em tratamentos

Há uma revolução em curso na medicina que mudará para sempre a forma de tratar o paciente. Médicos e instituições hospitalares do mundo todo começam a incluir nas suas rotinas de maneira sistemática e definitiva a prática de estimular nos pacientes o fortalecimento da esperança, do otimismo, do bom humor e da espiritualidade.

O objetivo é simples: despertar ou fortificar nos indivíduos condições emocionais positivas, já abalizadas pela ciência como recursos eficazes no combate a doenças. Esses elementos funcionariam, na verdade, como remédios para a alma – mas com repercussões benéficas para o corpo. No Brasil, a nova postura faz parte do cotidiano de instituições do porte do Instituto do Coração (InCor), em São Paulo, da Rede Sarah Kubitschek e do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into), no Rio de Janeiro, três referências nacionais na área de reabilitação física. Nos Estados Unidos, o conceito integra a filosofia de trabalho, entre outros centros, do Instituto Nacional do Câncer, um dos mais importantes pólos de pesquisa sobre a enfermidade do planeta, e da renomada Clínica Mayo, conhecida por estudos de grande repercussão e tratamentos de primeira linha.

A adoção desta postura teve origem primeiro na constatação empírica de que atitudes mais positivas traziam benefício aos pacientes. Isso começou a ser observado principalmente em centros de tratamento de doenças graves como câncer e males que exigem do indivíduo uma força monumental. No dia-a-dia, os médicos percebiam que os doentes apoiados em algum tipo de fé e que mantinham a esperança na recuperação de fato apresentavam melhores prognósticos. A partir daí, pesquisadores ligados principalmente a essas instituições iniciaram estudos sobre o tema.

Hoje há dezenas deles. Um exemplo é um trabalho publicado na edição da revista científica BMC Câncer sugerindo que o otimismo é um fator de proteção contra o câncer de mama. “Verificamos que mulheres expostas a eventos negativos têm mais risco de contrair a doença do que aquelas que apresentam maiores sentimentos de felicidade e positivismo”, explicou Ronit Peled, da Universidade de Neguev, de Israel, autor da pesquisa. Na última edição do Annals of Family Medicine – publicação de várias sociedades científicas voltadas ao estudo de medicina da família – há outra mostra do que vem sendo obtido. Uma pesquisa divulgada na revista revelou que homens otimistas em relação à própria saúde de alguma forma ficaram mais protegidos de doenças cardiovasculares. Os cientistas acompanharam 2,8 mil voluntários durante 15 anos. Eles constataram que a incidência de morte por infarto ou acidente vascular cerebral foi três vezes menor entre aqueles que no início estavam mais confiantes em manter uma boa condição física. Provas dos efeitos da adoção da espiritualidade na melhora da saúde também começaram a surgir. Nos estudos sobre o tema, a prática aparece associada à redução da ansiedade, da depressão e à diminuição da dor, entre outras repercussões.

A partir de informações como essas, os cientistas resolveram identificar o que levava a esse impacto. Chegaram basicamente a duas razões. Uma é de natureza comportamental. Em geral, quem é otimista, tem esperança e cultiva alguma fé costuma ter hábitos mais saudáveis. Além disso, essas pessoas seguem melhor o tratamento. “Uma postura positiva leva a gestos positivos. Os pacientes se cuidam mais, alimentam-se bem, fazem direito a fisioterapia, mesmo que ela seja dolorosa”, explica a clínica geral carioca Cláudia Coutinho.

A outra explicação tem fundamento biológico. Está provado que a manutenção de um estado de espírito mais seguro e esperançoso desencadeia no organismo uma cadeia de reações que só trazem o bem. “Se o paciente é otimista, encara um problema de saúde como um desafio a ser vencido. Nesse caso, as alterações ocorridas no corpo poderão ser usadas a seu favor”, explica o pesquisador Ricardo Monezi, do Instituto de Medicina Comportamental da Universidade Federal de São Paulo. O bom humor, por exemplo, é capaz de promover o aumento da produção de hormônios que fortalecem o sistema de defesa, fundamental quando o corpo precisa lutar contra inimigos. Além disso, o riso provoca relaxamento de vários grupos musculares, melhora as funções cardíacas e respiratórias e aumenta a oxigenação dos tecidos.

É esse arcabouço de informações que permite hoje o uso, na prática, da espiritualidade, do otimismo, da esperança e do bom humor como recursos terapêuticos dentro da medicina. Nos Estados Unidos, por exemplo, pesquisadores da Universidade do Alabama preparam-se para começar a aplicar um tratamento batizado de “terapia da esperança”. O sistema consiste em ajudar os pacientes a construir e a manter a esperança diante da doença. “O primeiro passo é auxiliá-los a encontrar um objetivo importante que dê sentido a suas vidas. Depois, aumentar a motivação para alcançá-lo e orientá-los sobre os caminhos a serem seguidos”, explicou à ISTOÉ Jennifer Cheavens, da Universidade de Ohio e participante do grupo que desenvolveu a novidade.

Desde que recebeu o diagnóstico de câncer no intestino, no ano passado, a consultora de marketing carioca decidiu que manter o bom humor seria sua grande arma. “Claro que em alguns momentos eu fiquei triste. Mas resolvi que não me deixaria abater e que continuaria a rir muito”, lembra ela, autora do livro Câncer: sentença ou renovação?

Essa construção é feita com base em técnicas usadas na terapia cognitivo-comportamental, cujo objetivo é treinar o indivíduo a pensar e a agir de forma diferente para conseguir lidar de modo mais eficiente diante de condições adversas. O treinamento é feito com duas sessões semanais realizadas durante dois meses. A terapia será usada em portadores de deficiências visuais e nas pessoas responsáveis por seus cuidados. “Acreditamos que ela ajudará muito na redução da depressão e de outros problemas associados à perda da visão. Os pacientes ficarão mais motivados a lutar contra as dificuldades e a participar dos trabalhos de reabilitação”, explicou à ISTOÉ Laura Dreer, professora do departamento de oftalmologia da Universidade do Alabama, nos EUA.

No Brasil, a inclusão da ferramenta na prática médica está mudando a rotina dos hospitais. No Instituto de Ortopedia, no Rio de Janeiro, por exemplo, o trabalho médico é acompanhado pelo suporte psicológico, dedicado especialmente a fortalecer uma atitude mais positiva. O trabalho, claro, não é simples. Os pacientes costumam ser vítimas de traumas medulares ocorridos em situações como acidentes ou quedas. De uma hora para outra, têm a vida totalmente limitada. “Por isso, precisamos ajudá-los a enfrentar a nova situação. Eles têm de passar por uma reabilitação física e emocional”, explica a psicóloga Fátima Alves, responsável pelo grupo. E quem faz isso usando o otimismo e a esperança como armas sai ganhando. “Mostramos principalmente aos mais descrentes que a postura positiva no enfrentamento da doença é um remédio”, afirma Tito Rocha, coordenador da unidade hospitalar do instituto. Em breve, eles abrirão um grupo para incentivar o cultivo da espiritualidade pelos doentes.

Talvez o símbolo mais emblemático do fim do preconceito da medicina ocidental contra questões relativas à emoções e espiritualidade seja o que está acontecendo na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), a mais tradicional do País. A instituição sediou um evento para mostrar aos profissionais de saúde a importância de recursos como a espiritualidade e o bom humor na recuperação de pacientes. O curso foi ministrado pelo geriatra Franklin dos Santos, professor de pós-graduação da disciplina de emergências médicas da universidade. No programa, houve um bom espaço para ensinar os médicos e enfermeiros a usarem essas ferramentas. “Discutimos como isso deve ser aplicado na prática”, diz o médico, que tem dado palestras pelas escolas de medicina do País inteiro.

Nos Estados Unidos, também há um esforço para treinar os profissionais de saúde. Só para se ter uma idéia, o Instituto Nacional de Câncer americano criou uma espécie de guia para orientar médicos, enfermeiros e psicólogos sobre como usar a espiritualidade do paciente a seu favor. Todo esse interesse é o sinal mais patente de que a revolução vai durar. Por isso, ninguém deve se surpreender se quando chegar ao consultório médico for indagado sobre suas condições de saúde, obviamente, mas também sobre sua relação com a espiritualidade ou disposição de esperança.

“Questões como essas devem começar a ser cada vez mais levantadas”, defende Brick Johnstone, professor de psicologia médica da Universidade Missouri-Columbia, nos EUA.

FONTE: REVISTA ISTO É - EDIÇÃO 2025
espiritbook.com.br
por Ana Maria Teodoro Massuci
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Batalhas


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quinta-feira, 19 de maio de 2016

Nutrição da Alma - FLOR DE LOTUS



Assim como os pequenos pássaros tem que se esforçar para nutrir seus filhotes, a pessoa humana também precisa se empenhar para alimentar sua alma. Uma alma bem nutrida é a esperança de quem a alimenta poder voar, de modo a ampliar seus horizontes sem que ao ninho, onde seu ovo eclodiu, tenha que se aprisionar. Afinal, o ovo, após a eclosão, é como uma veste antiga que já não serve mais.

Mensagem de Shri Krishna Madhurya Swamini
por Mauricio Beda S dos Santos
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CHICO XAVIER e o Homem que pedia para ganhar na loteria em suas preces!


Um amigo de Belo Horizonte disse, um dia, ao Chico:

— Tenho ido ao Centro “Luiz Gonzaga”, sempre que me é possível, e, nas preces, tenho rogado a Loteria.

E vendo a estranheza do médium acentuou:

— Se eu ganhar, darei ao “Luiz Gonzaga” vinte contos.

Os dias correram e o homem ganhou a sorte grande. Duzentos mil cruzeiros.

Quando isso aconteceu, sumiu de Pedro Leopoldo…

Se via o Chico por Belo Horizonte, evitava-lhe a presença.

— Imaginem! — costumava dizer na prosperidade crescente que o Céu lhe concedera — em minha ingenuidade, prometi uma dádiva a um Centro Espírita, se melhorasse de sorte! Quanta asneira falamos sem perceber!

Catorze anos rolaram e o homem da sorte grande morreu… Passados alguns dias, apareceu, em Espírito, numa das sessões do “Centro Espírita Luiz Gonzaga”.

— Chico! Chico! — disse ao médium, buscando abraçá-lo

— preciso pagar a minha dívida! Estou devendo vinte contos ao “Luiz Gonzaga” e vou trazer o dinheiro…

— Acalme-se, meu amigo, agora é tarde — respondeu o médium, — o câmbio mudou para você. Não se preocupe. A sua fortuna está em outras mãos.

— Por que? Nada disso… O dinheiro é meu…

— Já foi, meu irmão! Você está desencarnado.

A entidade gritou… gritou… e acabou perguntando em lágrimas:

— E, agora, que fazer?

Mas o Chico lhe respondeu:

— Esqueça-se da Terra, meu amigo. Nós todos somos devedores de Jesus. Paguemos a Jesus nossas contas e tudo estará bem.

Amparado pelos benfeitores espirituais da casa, o homem dos vinte contos, já desencarnado, retirou-se chorando.

Livro: Lindos casos de Chico Xavier por Ramiro Gama
fonte:espiritbook.com.br
por Ana Maria Teodoro Massuci
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Reclamar além das medidas


As dores da alma são reflexos das nossas frustrações.
Reclamar de tudo é consequência direta
da falta da nossa vigilância com nossos sonhos.
Reflexos das nossas projeções que andam "soltas".

Tem gente amando pessoas que não existem,
inventadas pela sua própria carência afetiva.
Tem gente jurando que é vítima do mundo,
acreditam que tudo de ruim só acontece com elas.

Esquecem que nesse exato momento, o planeta está girando,
e o que estava embaixo, já está por cima,
e o que estava em cima, está por baixo.
Num ciclo de ir e vir, como a onda do mar,
que quando você nem espera, vem molhar os seus pés.

A vida espera que você pelo menos acredite em você,
e faça a sua parte abrindo a boca para elogiar,
vibrar, orar, louvar, beijar, declamar uma poesia,
fazer tudo, menos reclamar.

Por Paulo Roberto Gaefke
imagem:essenciaevida10.blogspot.com
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"O Livro dos Espíritos" de Allan Kardec


...Que faz o homem que passa uma parte de sua vida a trabalhar sem trégua, nem descanso, para reunir haveres que lhe assegurem o bem-estar, senão desempenhar uma tarefa que a si mesmo se impôs, tendo em vista melhor futuro?. 

O militar que se oferece para uma perigosa missão, o navegante que afronta não menores perigos, por amor da Ciência ou no seu próprio interesse, que fazem, também eles, senão sujeitar-se a provas voluntárias, de que lhes advirão honras e proveito, se não sucumbirem?. 

A que se não submete ou expõe o homem pelo seu interesse ou pela sua glória? E os concursos não são também todos provas voluntárias a que os concorrentes se sujeitam, com o fito de avançarem na carreira que escolheram?. 

Ninguém galga qualquer posição nas ciências, nas artes, na indústria, senão passando pela série das posições inferiores, que são outras tantas provas. A vida humana é, pois, cópia da vida espiritual; nela se nos deparam em ponto pequeno todas as peripécias da outra. 

Ora, se na vida terrena muitas vezes escolhemos duras provas, visando posição mais elevada, por que não haveria o Espírito, que enxerga mais longe que o corpo e para quem a vida corporal é apenas incidente de curta duração, de escolher uma existência árdua e laboriosa, desde que o conduza à felicidade eterna?

"O Livro dos Espíritos" de Allan Kardec
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Amor e ódio


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Formas de Deus

Templo e Ashram da Fé Bhagavata

O Senhor Deus é tão amoroso que se manifesta de diferentes maneiras, mostrando-se através de formas que agradam aos Seus devotos. As formas são diferentes porque as almas são distintas expressões do arquétipo primordial da alma (jiva), então, recebem a misericórdia de poder amá-Lo ainda mais facilmente ao percebê-Lo em uma (ou mais) forma(s) que as agradam. Apresentando-se através de tais formas, as quais agradam às diferentes expressões da jiva, a Pessoa Suprema (Bhagavan) mostra quão grande é Sua afeição por todas elas.

por Mauricio Beda S dos Santos
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Meu barulho


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Confiança


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Beleza


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Desembainhadas!!!

Salmos 55:1-23


Ao regente; para ser acompanhado com instrumentos de cordas. Masquil. De Davi.

Ouve a minha oração, ó Deus,
E não ignores o meu pedido de misericórdia.

Presta atenção em mim e responde-me.
Minha preocupação me deixa inquieto,
E estou desnorteado

Por causa do que o inimigo está dizendo
E da pressão dos maus.
Pois amontoam desgraças sobre mim,
E, irados, eles guardam rancor de mim.

Meu coração está angustiado dentro de mim,
E os horrores da morte me dominam.

O medo e o tremor me sobrevêm,
E um calafrio se apodera de mim.

Eu digo: “Quem me dera ter asas como a pomba!
Eu sairia voando e moraria num lugar seguro.

Fugiria para bem longe,
Pousaria no deserto. (Selá)

Iria depressa para um abrigo,
Longe da fúria do vento, longe da tempestade.”

Confunde-os, ó Jeová, e frustra os planos deles,
Pois vi violência e conflito na cidade.

Dia e noite eles rondam por cima das suas muralhas;
Dentro dela há maldade e desgraça.

No meio dela há ruína;
A opressão e a mentira nunca se afastam da sua praça.

Quem me insulta não é um inimigo;
Se fosse, eu poderia suportar.
Quem se levanta contra mim não é um adversário;
Se fosse, eu poderia me esconder dele.

Mas é você, um homem como eu,
Meu companheiro, que eu conheço bem.

Uma calorosa amizade nos unia,
Andávamos junto com a multidão até a casa de Deus.

Que a destruição os alcance!
Que desçam vivos à Sepultura,
Pois o mal reside entre eles e dentro deles.

Quanto a mim, clamarei a Deus;
E Jeová me salvará.

Ao anoitecer e ao amanhecer, bem como ao meio-dia, estou perturbado e suspiro,
E ele ouve a minha voz.

Ele me dará paz, livrando-me dos que lutam contra mim,
Pois multidões vêm contra mim.

Deus ouvirá e agirá contra eles,
Aquele que está sentado no seu trono desde a antiguidade. (Selá)
Eles se recusarão a mudar,
Aqueles que não temem a Deus.

Ele atacou os que estavam em paz com ele,
Violou o pacto que havia feito.

As palavras dele são mais macias do que a manteiga,
Mas no seu coração há hostilidade.
As palavras dele são mais suaves do que o azeite,
Mas são espadas desembainhadas.

Lance seu fardo sobre Jeová,
E ele amparará você.
Nunca permitirá que o justo venha a cair.

Mas tu, ó Deus, farás que eles desçam à cova mais profunda;
Esses homens culpados de sangue e falsos não viverão metade dos seus dias.
Eu, porém, confiarei em ti.

Fernanda Jerônimo
Para Alex Alves
imagem:terapiaespiritualista.comunidades.net
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quarta-feira, 18 de maio de 2016

Afinidade entre saúde e doença, matéria e espírito - Divaldo Franco


Numa análise profunda em torno da problemática saúde/doença, pode-se afirmar que sempre o enfermo é o Espírito, em face dos seus compromissos em relação à vida.

Os sofrimentos que se derivam das enfermidades fazem parte da programática evolutiva do ser, que deles necessita, a fim de melhor ponderar em relação aos compromissos existenciais, nem sempre respeitados, invariavelmente relegados a plano secundário.

Nessa ocorrência, a da enfermidade, também incluem-se os fenômenos obsessivos, que podem responsabilizar-se por algumas delas, dando-lhes origem ou piorando-lhes o quadro em decorrência das afinidades existentes entre o paciente e o espírito agressor.

Vinculados pela carga emocional débito/demérito, a influência do Espírito desencarnado em relação ao encarnado, consequência de gravames praticados anteriormente, podendo também ser efeito da existência atual, tornando-se insistente presença no perispírito do seu antagonista, as contínuas cargas de energia morbosa que exterioriza terminam por desorganizar-lhe os equipamentos fisiológicos, facultando o surgimento das doenças de vária ordem.

Por outro lado, debilitando-se o indivíduo por efeito de alguma desordem orgânica, torna-se presa fácil dos inimigos que o sitiam, sofrendo-lhes as energias fluídicas perniciosas que lhe pioram o quadro na área da saúde, tornando-a mais difícil de ser recuperada.

Invariavelmente, portanto, em todos os processos enfermiços que alcançam a criatura humana encontram-se presentes influências espirituais perniciosas, tendo-se em vista a necessidade do paciente resgatar equívocos defluentes da conduta infeliz nas experiências passadas.

A Lei das afinidades espirituais, resultantes do estágio de evolução moral dos espíritos em relação a si mesmos e ao próximo, trabalha em favor do equilíbrio cósmico no indivíduo, estabelecendo que, onde se encontra o endividado aí se faz presente o cobrador, porque ninguém pode desconsiderar os estatutos morais
que vigem no universo sem sofrer-lhes os efeitos, de acordo com o tipo de agressão praticada.

É desse modo que a consciência culpada, esteja consciente ou não do crime praticado, elabora mecanismos punitivos autorreparadores, criando situações emocionais próprias aos conflitos e, noutras vezes, descarregando a culpa nas telas delicadas da organização cerebral, que as transfere para o sistema nervoso central, é direcionada para o sistema endócrino e, por fim, para o imunológico, desestabilizando-o...

Se compreendessem que vivem num mundo de intercâmbio de mentes e de ondas, de vibrações e de energias de toda procedência, melhor precatar-se-iam as criaturas humanas das intoxicações espirituais Na sublime lição de Jesus, quando sugeriu: "Buscai primeiro o reino de Deus e sua justiça, e tudo mais vos será acrescentado", encontra-se a saudável advertência para o cultivo dos pensamentos superiores, venenosas, pelo cultivar dos pensamentos saudáveis, geradores de campos psíquicos harmônicos, que se tornariam defesas naturais em relação às influências tormentosas.

evitando a construção ideológica de enfermidades, de desconcertos, de distúrbios da emoção.

A constância mental em torno dos valores elevados é de relevante significado, porquanto, além de beneficiar aquele que a mantém, espraia-se em volta, beneficiando todos aqueles que se lhe acercam em qualquer um dos planos da vida.

Quando alguém se aproxima de um pântano ou de um jardim, desejando-o ou não, aspira o odor característico e, ali, demorando-se, impregna-se da sua exteriorização.

No que diz respeito às ondas mentais, ao clima psíquico, a ocorrência é idêntica, propiciando cuidados em relação ao que se pensa, ao que se aspira, à forma como cada qual se comporta.

Manoel Philomeno de Miranda/ Divaldo Franco
fonte:espiritbook.com.br
por Ana Maria Teodoro Massuci
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MEDIUNIDADE DE CURA - Revista Espírita, setembro de 1865. Da Mediunidade Curadora. Allan Kardec


O que nos pede o honrado correspondente é nada menos que um tratado sobre a matéria. A questão foi esboçada no Livro dos Médiuns e em muitos artigos da Revista, a propósito dos casos de cura e de obsessões; ela está resumida no Evangelho segundo o Espiritismo, a propósito das preces pelos doentes e dos médiuns curadores. 

Se um tratado regular e completo ainda não foi feito, isto se deve a duas causas: a primeira é que, a despeito de toda a atividade que desenvolvemos em nossos trabalhos, é-nos impossível fazer tudo ao mesmo tempo; a segunda, que é mais grave, está na insuficiência de noções que possuímos a respeito do assunto. 

O conhecimento da mediunidade curadora é uma das conquistas que devemos ao Espiritismo; mas o Espiritismo, que começa, ainda não pode ter dito tudo; ele não pode, de um só golpe, mostrar-nos todos os fatos que abarca; diariamente ele mostra fatos novos, dos quais decorrem novos princípios, que vêm corroborar ou completar os já conhecidos, mas é necessário tempo material para tudo. 

A mediunidade curadora deveria ter a sua vez. Embora parte integrante do Espiritismo, ela é por si só toda uma ciência, porque se liga ao Magnetismo, e abarca não só as doenças propriamente ditas, mas todas as variedades de obsessões, tão numerosas e complexas que, também elas, influem no organismo. Não é, pois, nalgumas palavras que se pode desenvolver um assunto tão vasto. Nele trabalhamos, como em todas as outras partes do Espiritismo, mas como aí nada queremos introduzir de pessoal e de hipotético, procedemos somente pelas vias da experiência e da observação. Não nos permitindo os limites deste artigo lhe dar o desenvolvimento que comporta, resumimos alguns dos princípios funda¬mentais, que a experiência consagrou.

1. ─ Os médiuns que recebem indicações de remédios, da parte dos Espíritos, não são o que se chama médiuns curadores, pois eles próprios não curam; são simples médiuns escreventes, que têm uma aptidão mais especial que os outros para esse gênero de comunicações e que, por isto mesmo, podem ser chamados médiuns consultores,como outros são médiuns poetas ou desenhistas. A mediunidade curadora é exercida pela ação direta do médium sobre o doente, com o auxílio de uma espécie de magnetização de fato, ou pelo pensamento.

2. ─ Quem diz médium diz intermediário. A diferença entre o magnetizador propriamente dito e o médium curador é que o primeiro magnetiza com o seu fluido pessoal e o segundo com o fluido dos Espíritos, aos quais serve de condutor. O magnetismo produzido pelo fluido do homem é o magnetismo humano; o que provém do fluido dos Espíritos é o magnetismo espiritual.
3. ─ O fluido magnético tem, pois, duas fontes bem distintas: os Espíritos encarnados e os Espíritos desencarnados. Essa diferença de origem produz uma grande diferença na qualidade do fluido e nos seus efeitos.

O fluido humano está sempre mais ou menos impregnado de impurezas físicas e morais do encarnado; o dos bons Espíritos é necessariamente mais puro e, por isto mesmo, tem propriedades mais ativas, que acarretam uma cura mais rápida. Mas, passando através do encarnado, pode alterar-se como um pouco de água límpida passando por um vaso impuro, como todo remédio se altera se permanece muito tempo num recipiente impróprio e perde, em parte, suas propriedades benéficas. Daí, para todo verdadeiro médium curador, a necessidade absoluta de trabalhar a sua depuração, isto é, o seu melhoramento moral, segundo este princípio vulgar: Limpai o vaso antes de dele vos servirdes, se quiserdes ter algo de bom. Só isto basta para mostrar que o primeiro que aparecer não poderá ser um médium curador, na verdadeira acepção da palavra.

4. ─ O fluido espiritual será tanto mais depurado e benfazejo quanto mais o Espírito que o fornece for puro e desprendido da matéria. Compreende-se que o dos Espíritos inferiores deve aproximar-se do homem e pode ter propriedades maléficas, se o Espírito for impuro e animado de más intenções.
Pela mesma razão, as qualidades do fluido humano apresentam nuanças infinitas, conforme as qualidades físicas e morais do indivíduo. É evidente que o fluido que emana de um corpo malsão pode inocular princípios mórbidos no magnetizado. As qualidades morais do magnetizador, isto é, a pureza de intenção e de sentimento, o desejo ardente e desinteressado de aliviar o seu semelhante, aliados à saúde do corpo, dão ao fluido um poder reparador que pode, em certos indivíduos, aproximar-se das qualidades do fluido espiritual.

Assim, seria um erro considerar o magnetizador como simples máquina de transmissão de fluidos. Nisto, como em todas as coisas, o produto está na razão do instrumento e do agente produtor. Por estes motivos, seria imprudência submeter-se à ação magnética do primeiro desconhecido que se apresente. Abstração feita dos conhecimentos práticos indispensáveis, o fluido do magnetizador é como o leite de uma nutriz: salutar ou insalubre.

5. ─ Sendo o fluido humano menos ativo, exige uma magnetização continuada e um verdadeiro tratamento, por vezes muito longo. Gastando o seu próprio fluido, o magnetizador se esgota e se afadiga, pois dá de seu próprio elemento vital, por isso ele deve, de vez em quando, recuperar suas forças. O fluido espiritual, mais poderoso em razão de sua pureza, produz efeitos mais rápidos e por vezes quase instantâneos. Não sendo esse fluido do magnetizador, disso resulta que a fadiga é quase nula.

6. ─ O Espírito pode agir diretamente, sem intermediário, sobre um indivíduo, como foi constatado em muitas ocasiões, quer para aliviá-lo, para curá-lo, se possível, quer para produzir o sono sonambúlico. Quando ele age por um intermediário, trata-se de mediunidade curadora.

7. ─ O médium curador recebe o influxo fluídico do Espírito, ao passo que o magnetizador tudo tira de si mesmo. Mas os médiuns curadores, na estrita acepção da palavra, isto é, aqueles cuja personalidade se apaga completamente ante a ação espiritual, são extremamente raros, porque essa faculdade, elevada ao mais alto grau, requer um conjunto de qualidades morais raramente encontradas na Terra; só esses podem obter, pela imposição das mãos, essas curas instantâneas que nos parecem prodigiosas. Muito poucas pessoas podem pretender esse favor. Sendo o orgulho e o egoísmo as principais fontes das imperfeições humanas, daí resulta que os que se gabam de possuir esse dom, que vão a toda parte contando as curas maravilhosas que fizeram ou que dizem ter feito; que buscam a glória, a reputação ou o proveito, estão nas piores condições para obtê-lo, porque essa faculdade é privilégio exclusivo da modéstia, da humildade, do devotamento e do desinteresse. Jesus dizia àqueles que ele havia curado: ‘Ide dar graças a Deus e não o digais a ninguém’.

8. ─ Sendo, pois, a mediunidade curadora uma exceção aqui na Terra, disso resulta que há quase sempre ação simultânea do fluido espiritual e do fluido humano; quer dizer que os médiuns curadores são todos mais ou menos magnetizadores, razão pela qual agem conforme os processos magnéticos. A diferença está na predominância de um ou do outro fluido e na cura mais ou menos rápida. Todo magnetizador pode tornar-se médium curador, se souber fazer-se assistir por bons Espíritos. Neste caso os Espíritos vêm em seu auxílio, derramando sobre ele seu próprio fluido, que pode decuplicar ou centuplicar a ação do fluido puramente humano.

9. ─ Os Espíritos vêm aos que eles querem; nenhuma vontade pode constrangê-los; eles se rendem à prece, se for fervorosa, sincera, mas nunca à injunção. Disto resulta que a vontade não pode dar a mediunidade curadora e que ninguém pode ser médium curador com desígnio premeditado. Reconhece-se o médium curador pelos resultados que obtém e não por sua pretensão de o ser.

10. ─ Mas se a vontade for ineficaz quanto ao concurso dos Espíritos, é onipotente para imprimir ao fluido, espiritual ou humano, uma boa direção e uma energia maior. No homem apático e distraído, a corrente é débil e a emissão é fraca; o fluido espiritual pára nele, mas sem proveito para ele; no homem de vontade enérgica, a corrente produz o efeito de uma ducha. Não se deve confundir vontade enérgica com teimosia, porque a teimosia é sempre resultado do orgulho ou do egoísmo, ao passo que o mais humilde pode ter a vontade do devotamento.

A vontade é ainda onipotente para dar aos fluidos as qualidades especiais apropriadas à qualidade do mal. Este ponto, que é capital, se liga a um princípio ainda pouco conhecido, mas que está em estudo, o das criações fluídicas e das modificações que o pensamento pode produzir na matéria. O pensamento, que provoca uma emissão fluídica, pode operar certas transformações moleculares e atômicas, como vemos se produzirem sob a influência da eletricidade, da luz ou do calor.

11. ─ A prece, que é um pensamento, quando fervorosa, ardente, feita com fé, produz o efeito de uma magnetização, não só chamando o concurso dos bons Espíritos, mas dirigindo ao doente uma salutar corrente fluídica. A respeito disto chamamos a atenção para as preces contidas no Evangelho segundo o Espiritismo, pelos doentes ou pelos obsedados.

12. ─ Se a mediunidade curadora pura é privilégio das almas de escol, a possibilidade de suavizar certos sofrimentos, mesmo de curar, ainda que não instantaneamente, certas moléstias, a todos é dada, sem que haja necessidade de ser magnetizador. O conhecimento dos processos magnéticos é útil em casos complicados, mas não indispensável. Como a todos é dado apelar aos bons Espíritos, orar e querer o bem, muitas vezes basta impor as mãos sobre uma dor para acalmá-la; é o que pode fazer qualquer indivíduo, se ele estiver dotado de fé, fervor, vontade e confiança em Deus. É de notar que a maior parte dos médiuns curadores inconscientes, aqueles que não se dão conta de sua faculdade, e que por vezes são encontrados nas mais humildes posições e em gente privada de qualquer instrução, recomendam a prece e orando se ajudam mutuamente. Apenas sua ignorância lhes faz crer na influência desta ou daquela fórmula. Às vezes, mesmo, a isto misturam práticas evidentemente supersticiosas, às quais devemos atribuir o valor que elas merecem.

13. ─ Mas, pelo simples fato de se ter obtido resultados satisfatórios uma ou mais vezes, seria temerário considerar-se médium curador e daí concluir que se pode vencer toda espécie de mal. A experiência prova que, na acepção restrita da palavra, entre os melhor dotados não há médiuns curadores universais. Este terá restituído a saúde a um doente e nada fará sobre outro; aquele terá curado um mal numa pessoa mas não curará o mesmo mal outra vez, no mesmo doente ou em outro; aquele outro, enfim, terá a faculdade hoje e não terá amanhã, e poderá recuperá-la mais tarde, conforme as afinidades ou as condições fluídicas em que se encontre.

14. ─ A mediunidade curadora é uma aptidão inerente ao indivíduo, como todos os gêneros de mediunidade, entretanto, o resultado efetivo dessa aptidão independe de sua vontade. Incontestavelmente, ela se desenvolve pelo exercício, sobretudo pela prática do bem e da caridade; mas, como não poderia ter a constância nem a regularidade de um talento adquirido pelo estudo, e do qual se é sempre senhor, ela não poderia tornar-se uma profissão. Seria, pois, abusivo alguém apresentar-se ao público como médium curador. Estas reflexões não se aplicam aos magnetizadores, porque a força está neles e eles têm a liberdade de dela dispor.

15. ─ É um erro crer que aqueles que não partilham de nossas ideias não terão a menor repugnância em experimentar essa faculdade. A mediunidade curadora racional está intimamente ligada ao Espiritismo, porque repousa essencialmente no concurso dos Espíritos. Ora, aqueles que não creem nos Espíritos nem em sua própria alma, e ainda menos na eficácia da prece, não saberiam colocar-se nas condições requeridas, pois isto não é coisa que se possa experimentar maquinalmente. Entre os que acreditam na alma e na sua imortalidade, quantos ainda hoje não recuariam de medo ante um apelo aos bons Espíritos, por receio de atrair o demônio, e que ainda julgam de boa-fé que todas as curas são obra do diabo? *O fanatismo é cego; não raciocina*. Certamente não será sempre assim, mas ainda passará muito tempo antes que a luz penetre em certos cérebros. Enquanto se espera, façamos o maior bem possível, com o auxílio do Espiritismo; façamo-lo mesmo aos nossos inimigos, ainda que tivéssemos de ser pagos com a ingratidão. É o melhor meio de vencer certas resistências e de provar que o Espiritismo não é tão negro como alguns pretendem.

Revista Espírita, setembro de 1865. Da Mediunidade Curadora. Allan Kardec.
fonte:espiritbook.com.br
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