domingo, 30 de março de 2008

UMA TEOLOGIA MORTA

TENHO FOME.... DE DEUS!

Quero de volta a Igreja Católica verdadeira....

A que busca primeiro a Deus!


Não quero só ouvir falar em moradia terrena...

Quero somente ganhar o CÉU!



Não quero mais ouvir falar em libertação da pobreza...

Quero apenas a libertação do pecado.





Não quero mais ouvir sobre “excluídos” da sociedade...

Quero saber dos excluídos do Reino de Deus.





Não precisamos, afinal, de teologia libertadora nenhuma!

Precisamos é de joelhos no chão.





Precisamos de confissão, de Eucaristia e de Maria!

Eles nos levam à pátria celeste.





Precisamos da reza do Rosário em família.

Então nenhum mal entrará nela!





Por isso eu grito: SOCORRO!

A Igreja está morrendo, por causa dos “inimigos da Cruz de Cristo”!



“Porque há muitos por aí, de quem repetidas vezes vos tenho falado e agora o digo chorando, que se portam como inimigos da Cruz de Cristo, cujo destino é a perdição, cujo deus é o ventre, para quem a própria ignomínia é causa de envaidecimento e só tem prazer no que é terreno. Nós, porém, somos cidadãos dos céus. É de lá que ansiosamente esperamos o salvador, o Senhor Jesus Cristo” (Efe 3,18-20).

PRÓLOGO



“Ai de mim! Porque estou como quem restolha frutos de verão, como quem respiga depois da vindima: não há sequer um cacho para comer, nenhum destes figos temporões de que tanto gostaria. Desapareceram os homens piedosos da terra, não há quem seja íntegro entre os homens” (Mi 7,1-7). Eis aí o lamento de uma alma sequiosa de Deus, como milhares de outras. Eis alguém que clama pelos “homens piedosos” da terra, pelos sacerdotes do Pai, os únicos capazes de saciar esta monumental fome das coisas divinas que hoje atormenta os homens.



O livro que segue é apenas um eco deste lamento sofrido. É o pranto de um simples leigo, não teólogo, não dotado e não letrado, talvez estúpido, mas que sofre na alma dores indizíveis ao ver grande parte de sua Igreja Católica, Apostólica e Romana, Una e Santa, envolvida apenas com a busca do material, enquanto o povo pede, implora, suplica... definha e morre, por falta do alimento da sua alma.



Leia com isenção e com atenção. Cientifique-se do caos espiritual em que estamos metidos, fruto de uma orientação cega e absolutamente contrária ao Evangelho em muitas dioceses e lugares. Cada um é livre para pensar, mas pergunta-se: como é que estes “homens de Deus” não perceberam ainda o seu erro? Quem pagará pela fome espiritual deste povo que sofre?



Se o livro servir para iniciarmos uma campanha, uma cruzada nacional de oração pela nossa Igreja, para torná-la novamente bela e esplendorosa, sobretudo UNA, terá cumprido sua missão. Que Nossa Senhora ajude o leitor a tudo compreender! Que o divino Espírito Santo lhe seja uma luz permanente.



AARÃO



Por favor: Não se preocupem com o autor. Leiam apenas o que ele tem a transmitir. É grave! É muito grave! É gravíssimo!



Leiam tudo atentamente, e guardem o que for bom! (1 Tess 5,21)


uma TEOLOGIA morta



“Virão dias – oráculo do Senhor Javé – em que enviarei fome sobre a terra, não uma fome de pão, nem uma sede de água, mas (fome e sede) de ouvir a palavra do Senhor. Andarão errantes de um mar a outro, vaguearão do norte ao oriente; correrão por toda a parte buscando a Palavra do Senhor e não a encontrarão.”(Am 8,11-12).



Jamais, em toda a história do povo de Deus, verificou-se um tempo em que a força deste oráculo do Senhor teve tão plena aplicação. Por toda a parte, as pessoas partem sem rumo e direção, formando verdadeiras levas de povo, muitas também sozinhas ou em pequenos grupos, em busca do conhecimento divino, da oração, na ânsia sôfrega de satisfazer seu espírito sedento daquilo que vem de Deus.



Eis que a esperança naquilo que passa, no que é terreno, no reino deste mundo, no reino do príncipe deste mundo, acabou por se dissipar em muitos corações. Tanto melhor para estes! Antes tarde do que nunca, como acontece com outros tantos infelizes, a quem a cegueira e a surdez acabaram por tornar-lhes estéreis as almas, os corações de pedra e a vida num deserto. Triste para aqueles pastores que já não sabem mais discernir qual o alimento que o povo procura. “Em vez de pastorear as ovelhas, só têm procurado se fartar eles próprios.” (Ez 34)!



O vaticínio é cruel, quando diz: “procurarão... e não encontrarão”! Diluída pela pregação errada, pela falsa interpretação, pelo modernismo, pelo simbolismo, por falsas teologias e sufocada por verdadeiras heresias, nos últimos tempos, esta Palavra de Deus tem sido objeto de disputa, motivo de contenda e causa de dissensão e discórdia. A prova maior está aí no imenso caudal das seitas, o famoso rio das águas que o dragão vomitou contra a Mulher para a submergir (Ap 12,16) e que tem transformado o Santo Evangelho de Jesus numa verdadeira colcha de retalhos. Afirmo que grande parte das seitas tem origem nas falsas e pestíferas teologias, as mesmas que brotam, pasmem!, de dentro da própria Igreja Católica.



De todos os lados deste imenso país, tenho atendido a um sem número de pessoas que nos pedem os livros “Salvai Almas” e “Mateus”. Elas nos fazem relatos horríveis de suas situações. São como gritos desesperados de um povo sofrido, que tem ido à sua Igreja em busca do alimento para suas almas, sem encontrar. Eles buscam o Pão da Palavra, o Pão Eucarístico, fontes da Vida Eterna; entretanto têm recebido de alguns de seus pastores e guias cegos apenas um reles pão vencido e morto, fruto de uma vida interior desmazelada ou morta.

Este é o verdadeiro indicativo e inverso do Evangelho, daqueles filhos que vêm ao pai em busca de pão e recebem dele uma cobra(Lc 11,11). E cobra venenosa, que lhes mata as almas! Que se diz de uma pessoa que vai ao seu sacerdote pedir: “Padre, preciso me confessar”, e ele responde: “Agora não dá!”, ou “Volte mais tarde”? Ou pior, “Pra que confessar?”.



Estas pessoas nos descrevem uma Igreja que, há muito tempo, não reza mais, apenas se reúne e critica o governo. Falam de uma Igreja que não busca mais a Vida Eterna, mas busca apenas uma boa vida terrena. Falam de pessoas que odeiam ou invejam aos ricos, mas anseiam desesperadamente a riqueza. Falam de uma Igreja que diluiu os sacramentos como fontes de graças, pois não cita mais a Confissão e a Eucaristia. Falam de uma Igreja que não se preocupa mais com o Reino de Deus, mas apenas com as coisas passageiras deste mundo , como terra, moradia e “cesta básica”.



Por isso, ela é uma Igreja que morre, pois a “teologia” podre que a sustenta vive em estado de morte. Mesmo estertorando, ela provoca ainda estragos monumentais na Igreja Verdadeira, a que busca a Pátria Celeste, pois ainda hoje milhares de pessoas buscam o rumo das seitas, não encontrando mais na Igreja Católica o alimento perfeito para suas almas. Aqui, eles querem apenas tratar seus corpos. Querem é lhe dar “cestas básicas”. E por agirem assim, matam novamente de sede Àquele que na Cruz clamou: “Tenho sede” (Jo 19,28)! Sim, verdadeira sede de almas! Almas mortas, pelas quais o Senhor, naquele exato momento, dava a própria vida.



Que poderá suceder a uma pessoa que vem à Igreja Católica para ouvir a santa homilia e lá escuta apenas uma arenga política? Ela foge da Igreja e não volta mais! Lá se foi mais uma ovelha para as seitas. E ninguém vai atrás dela! Que poderá suceder a uma ovelha que vem buscar o perdão do sacerdote e recebe dele um xingão? Que sucederá a uma ovelha que vem a sua Igreja em busca do alimento da Eucaristia e lhe oferecem uma “cesta básica”? Ela foge para as seitas!



Assim, no momento em que começo a escrever, os leitores podem não acreditar, mas chegam-me lágrimas aos olhos, por compreender, sim, a minha absoluta impotência, quanto ao imenso abismo existente entre esta Igreja que nos tentam impingir em muitas dioceses deste país, e aquela resplandecente Igreja que Jesus fundou, voltada para a busca infinitamente primeira da pátria celeste, humilde, simples, amorosa e triunfadora, pois embasada no sangue dos mártires.



Não uma igreja resplandecente de tesouros materiais, mas repleta de graças espirituais; não maravilhosa porque fundada nos poderes do mundo, mas indestrutível porque brotou do seio de uma Virgem pura, nasceu numa manjedoura humilde, viveu na santidade perfeita e no amor em plenitude e que, em lugar da cadeira de um rei deste mundo, sendo Deus, teve uma Cruz por trono.



E foi ali, na Cruz, num gesto único de Amor, que Ele deu por nós a Sua Vida. E foi neste ato de dar sua vida, caridade suprema, que Ele nos remiu e libertou da morte pelo pecado. Não há outra forma de libertação possível. Se houvesse outra, certamente que o Senhor teria ouvido as palavras blasfemas dos fariseus: “Se és o Filho de Deus, desce da Cruz e salva-te a Ti mesmo” (Mc 15,30)!



Foi levando até o fim o supremo sacrifício de Seu Corpo físico, sobre o qual aceitou todos os tormentos imagináveis, que o Senhor deu a prova final do quanto satisfazer o corpo é pouco importante. São as almas que importam, pois foi apenas por elas que Cristo morreu na Cruz. A Cruz é, assim, o corolário perfeito da doutrina da verdade; é a fonte e o nascedouro da verdadeira Igreja.



Nesta verdadeira Igreja de Jesus, só é preciso aprender a amar. É uma Igreja simples! Nela não é preciso nada mais que aprender a amar. Sim, a Igreja deve ser apenas uma escola, onde Jesus é o Mestre e a doutrina que Ele ensina são Sua Carne e o Seu Sangue divino. Doutrina que mostra o caminho da Cruz que salva! Que leva ao caminho da porta estreita, do sofrimento e da humildade como formas de salvação. Que valoriza todos os sacramentos como inesgotáveis fontes de graças. Que vive profundamente a confissão como fonte única e perfeita de cura da alma, a fim de encaminhá-la para a Sagrada Eucaristia, nosso bem supremo, alimento perfeito e eterno, única fonte de vida em plenitude possível!



Nesta escola divina, não há espaço para o “Ter” e o “Poder”. Escola que se distingue não pelo orgulho das obras, mas pelo volume das suas preces. Nesta escola há espaço apenas para o amor! AMAR A DEUS SOBRE TODAS AS COISAS e também, ao próximo como a si mesmo. Esta Santa Igreja compreende que este “AMAR A DEUS” vem mil vezes ANTES deste amar “ao próximo”, que também é necessário e ai de quem não o fizer. Esta Santa Igreja sabe que, para se conseguir ter e se adquirir poder, é sempre necessário magoar e machucar. E quando se magoa e se machuca, não há espaço para o amor. O amor não mata, nem jamais instiga a luta armada!



A doutrina do AMOR, o Evangelho do AMOR, jamais ensinou alguém a tomar pela força aquilo que o direito lhe nega, nem jamais permitiu tomar pelo “direito” aquilo que a essência do Amor declara como bem comum. A doutrina do AMOR não justifica nem o pobre que toma pela força, nem o rico que se locupleta de tudo, pelo “direito” da lei injusta que a moral condena.



Já o exercício do AMOR exige que façamos aos nossos irmãos aquilo que não podemos fazer para Deus diretamente. Nada do que somos capazes de fazer irá tornar a Deus mais feliz ou melhor. Devemos nos compenetrar profundamente de que este TUDO o que devemos fazer aos irmãos como prova do exercício do AMOR é nada mais que uma infinita miséria, ante o que representa o sacrifício de Cristo e da avassaladora força que brota dos sacrários. É dali que vem praticamente toda a nossa força de expiação, pois o sacrifício de Cristo tem valor INFINITO. Claro está, porém, que o Pai pedirá contas de cada um dos nossos atos, porque a caridade, força do amor, completa-se apenas nesta frase de Jesus: “Tudo o que fizerdes a um destes pequeninos é a Mim que o fazeis”. Esta diretriz suprema na verdade encerra tudo o que a nossa miséria é capaz de fazer para Deus. Mas é esta também uma das forças da humilde Igreja de Jesus.



Nesta humilde Igreja de Jesus, também poderosa e indestrutível, a Santa Missa, o Eterno Sacrifício e força maior, é um tesouro que faz pulsar todos os corações. Poderosa, porque busca sofregamente o Reino de Deus. Indestrutível, porque Jesus a batizou com o Seu Sangue precioso. Nela, a confissão, sacramento da cura e da paz, é a prova perfeita de uma comunidade sadia e santa.



Nesta Igreja, todos os sacerdotes têm seu coração pulsando com o de Jesus no sacrário. E é apenas por isso que ela é poderosa. Mas, mesmo sendo poderosa, esta Igreja é também humilde e pequenina, pois tem Maria como seu modelo. Nela não falta o pão que sacia o corpo, sendo ele repartido de forma justa a todos os que já têm as almas saciadas pelos sacramentos. Sim, almas saciadas, porque a maior e suprema caridade consiste em levar as almas para Deus. Isso é o mais importante: SALVAR ALMAS! O Senhor tem fome delas.



Muitos dos que seguem e pregam este modo errado de pensar desconhecem, talvez, que a razão não explica tudo aquilo que a fé opera. Por isso esta “teologia” que por aí se prega é nada mais que uma quimera. A fé vive-se na alma e o Evangelho pode ser pregado também com a vida. Quem não vive aquilo que prega não pode pregar nada.

Entretanto, no mundo inteiro, centenas de escolas ditas teológicas têm se tornado verdadeiras “cátedras de pestilência”, conforme as palavras do papa Pio X, invadidas por estes modernistas, que pregam uma igreja perversa e ou mundana, distanciada de Deus e divorciada da Verdade.



Compreendamos: quanto mais o estudo daquilo que é do espírito tende para o racional e humano, mais se perde no erro. Tanto mais a razão tenta explicar aquilo que é mistério, mais profundamente atinge e mata a fé. Para que fé, se não há mistério? Para que estudar Deus? Basta ouvir e seguir Sua Palavra divina contida na Bíblia! Só!



Sim, toda “teologia” igual a esta é morta. Deus é AMOR e o Amor não sabe senão amar. O AMOR nada quer além de ser amado. Amor não é teoria, é prática. O Amor não se estuda, vive-se! O amor não se racionaliza, sente-se! Ou você ama o seu irmão e o põe acima de si próprio, ou você ama apenas a si mesmo e, portanto, não ama também a Deus. Para que estudo de teologia? Para que estudar Deus? Deus só se vive pela fé! E fé não se racionaliza. É impossível racionalizar o que é divino!



O AMOR é simples e não complicado. E o que não é complicado, é fácil de entender, portanto não precisa de estudo. Onde foi a escola de teologia dos apóstolos? Onde foi a escola dos grandes santos e doutores da Igreja? A teologia de todos eles brotou dos seus joelhos fincados em oração, jamais dos traseiros sentados em bancos de escolas de teologia. Tudo o que eles nos deixaram de conhecimento brotou da graça exclusiva do Espírito Santo, fruto da meditação e da oração profunda, jamais de teorizações fantásticas produzidas a rompante e ao sabor de fantasias pessoais. Racionalizar, então, o que é divino, é matar a fé! Mais ainda: se Jesus nos diz que devemos ser crianças para entrar no reino, como é que um destes pomposos cheio de si e cheio de títulos entra lá?



Assim, quanto mais morre a fé, mais se alastra a apostasia, mais proliferam as seitas e mais se roubam almas de Deus. Isto é, quanto mais se trabalha pelo mundo e para o mundo, mais se foge de Deus. Sim, o diabo fica feliz em ver tantos e quantos trabalhando apenas para encher buchos. Ele fica feliz ao extremo, vendo padres e leigos ao redor das periferias e não ao redor dos sacrários. O que ele não quer JAMAIS é que se encham almas de AMOR; pela confissão donde brota a cura; pela Eucaristia donde brota a VIDA. Pela Palavra que nutre e sacia ALMAS. Pois, pobres, sempre os tereis em vosso meio (Jo 12,8) disse Jesus! Se Jesus disse “sempre”, como pretender acabar com eles?

Como se vê, toda ‘teologia’ igual a esta é uma nulidade. Eu próprio, talvez porque seja apenas miséria e pó, jamais consegui ler um livro sobre teologia (e aqui incluo todos os escritos deste tipo). Não consigo engolir nenhuma frase. Trata-se de uma linguagem ininteligível, até mesmo inacessível, confusa e prolixa, que simplesmente põe em parafuso a quem lê. Se os simples e os “tapados” como eu não os conseguem ler, para que estes escritos? A quem convertem? Para mim, um teólogo verdadeiro é igual àquele velhinho que quando perguntado por que rezava tanto o terço, respondeu: “Preciso desesperadamente de Deus. E contemplar os mistérios do Rosário é para mim um forma de encontrá-lO”. Este, para mim é o maior teólogo do mundo. Este já compreendeu a essência de tudo aquilo que é possível a um ser humano compreender do mistério de Deus.O que você acha de um “teólogo” que dá a seguinte resposta à pergunta “Quem é Deus?” “Deus é o equinóxio do epitalâmio”!(?) Sabe, a mulinha que se ajoelhou em frente ao presépio entende mais de Deus que um destes infelizes. Perguntinha: alguém já foi convertido por um teólogo desta tal teologia “libertadora” de barrigas e não de almas? Não? Então, se não convertem, ambos não servem para nada, nem o teólogo nem a sua “teologia”?



Aprendamos esta lição de vida: quando compreenderemos que todas as expressões do AMOR, as mais altas e profundas, estão contidas na Eucaristia? O AMOR Crucificado, o AMOR de União, o AMOR Adoração, o AMOR contemplativo, o AMOR que ora, o AMOR que inebria (1), o AMOR que enternece. Por isso, a vida do sacerdote verdadeiro não deve girar em torno das periferias, mas em torno do Sacrário. A vida do leigo que evangeliza não deve se fundar em comícios que apenas xingam ou criticam governos, e em distribuir cestas básicas, mas sim na oração que tudo consegue do Pai. A vida de nós todos deve se conduzir apenas pelo Amor crucificado que nos remiu com o Seu Sangue precioso. Deve ser unida ao nosso irmão, assim como Jesus e o Pai são um só. Deve crescer sobre os nossos joelhos dobrados que adoram e não pelos nossos dedos em riste ou foices que se brandem. Deve, enfim, extasiar-se, inebriar-se e enternecer-se diante de um Deus conosco, real, vivo e presente nos tabernáculos, fonte ÚNICA da verdadeira Vida, a Vida Eterna. É apenas esta a VIDA que importa! E comparada a ela, a vida presente é morta! É lixo igual a essa “teologia”!



Em muitos lugares, trabalha-se furiosamente pelos tais “grupos de reflexão”, onde se discute política, FMI, economia e problemas de bairro e não se reza. Agora eu pergunto: por que é que os “grupos de oração” sofrem tantos ataques? Por que se combate tanto o Rosário?

Como pode alguém, em sã consciência, combater o Rosário, a algema (Ap 20,2) que prenderá satanás? Ou descrer de Maria, aquela que esmagará a cabeça (Gn 3,15) da serpente? Ou ignorar a Eucaristia, o SOL da nossa vida e a VIDA da nossa querida Igreja Católica Apostólica Romana? Sim, até mesmo o maior dos mentecaptos seria capaz de identificar neles grandes sinônimos da nossa força de povo santo. Então, faço mais uma pergunta: satanás ataca mais àquilo que o beneficia ou àquilo que o prejudica? Você sabe a resposta!



Em muitos destes tais grupos de reflexão, infelizmente, o que menos importa são as questões da alma. Importante a situação da política, a situação do bairro, da comunidade, do governo, do FMI e tudo o mais voltado para a vida terrena. A Palavra Divina é usada apenas para subverter o sentido real das coisas. A bem da verdade, a Bíblia tem sido literalmente depredada nos tais “grupos de reflexão”, pois não é vivida pela oração nem rezada com a vida! E nestes grupos, quase sempre, encontram-se muitas escolas deformadoras. Deles resulta um evangelho particular, porque a falta de formação dos monitores leva à difusão de erros. Leva a uma igreja mínima e em fase falimentar como a que temos hoje, pois ali se prega e se vive um Cristo morto. Uma certeza: nem daqui a um milhão de anos os grupos que “refletem” apenas problemas de bairro ou políticos darão bons frutos! Só confusão!



Ora, em qualquer lugar do mundo católico, a chave do céu é a ORAÇÃO. Por que não apenas Grupos de Oração? Que acrescenta a palavra “reflexão”? Nada! A oração deve ser o fio condutor e o amalgama que solda e une as famílias. Reunir, pois, a família, em torno do terço. Reunir as famílias em torno da oração do Rosário, há coisa mais perfeita e extraordinária? Aí sim, também obrigatoriamente, a leitura da Palavra de Deus, à luz do Divino Espírito Santo, tornar-se-ia fonte estupenda de graças e bênçãos. Para que instigar famílias a se unirem para discutir “dívida externa”, quando isso é apenas fonte de divisão e discórdia? Os resultados já obtidos até agora falam por si só. De fato, não teríamos tantos “evangelhos particulares” como hoje.



Por que um evangelho particular? Porque hoje cada um interpreta a Palavra de Deus, conforme o seu gosto. Conforme o seu “acho”, conforme o seu “penso”, conforme o seu “tenho certeza”. E é só por termos tantos “acho, penso e tenho certeza”, que temos 40 mil seitas falando em nome de Jesus, que, longe da unidade e distantes da luz da fé verdadeira, têm seu maior sustento nas críticas à Santa Igreja Católica, de onde procedem e de onde jamais deveriam ter saído.

Também por causa de tantos “acho”, “penso” e “tenho certeza”, temos hoje uma Igreja cheia de católicos mornos, pois vivemos num país de 130 milhões de católicos, mas dos quais talvez apenas 10%, se muito, cumpre de fato a sua religião. E são estes tíbios, fracos e mornos, para não dizer moles, que causam a ira do Pai. Pois é o Pai quem diz: “Antes fosses frio ou quente, mas porque és morno, vou te cuspir da Minha boca” (Ap 3,16).



É, afinal, esta Igreja fria, Igreja do mínimo, da porta larga, da pouca oração, do mínimo esforço, do nenhum sacrifício e da busca primordial daquilo que é terreno, que torna os sacramentos diluídos, estanca o manancial imenso de graças que deles brotam e faz estagnar no lodo toda uma Igreja. Ai dos que promovem e pregam esta igreja herética! E, por incrível que pareça, são muitas vezes os bons, os abnegados que se encarregam de promover o erro das falsas teologias. Sim, o problema está aí. Mas, não sejamos juízes: que o Senhor Deus os julgue e corrija!



É necessário que se pregue a verdade, à Luz do Espírito Santo e não à luz falsa da razão. E a verdade, à luz do Espírito Santo, brota apenas da oração profunda. Veja bem, não digo da formação profunda. Refiro-me à oração humilde e simples que precede, sempre, toda a ação da vida do cristão. E isso inclui os Grupos de Oração que refletem a Palavra à luz do Espírito e não apenas a teorizam racionalmente, de forma arrogante a arbitrária.



Como pode alguém que apenas luta por terra, casa e comida para todos, sentir-se justificado perante Deus, se ele esqueceu da Missa, fugiu dos sacramentos, abandonou o Rosário e já nem lembra da Ave-Maria? Acaso São João Maria Vianney resolveu o problema dos pobres de sua miserável Ars com cestas básicas? Acaso eles vinham a ele atrás de comida para o corpo? Não! Ele santificou a todos pela sua oração e pela confissão que os levou a Deus. Ele os tornou felizes não pelas barrigas cheias, mas pelas almas limpas. Pensar e fazer o contrário é subverter o sentido das coisas. É tachar a Jesus de mentiroso! Como?



Nenhuma palavra da Bíblia pode ser tirada nem mudada. Mas muitos o fazem e introduzem palavras novas e erradas. Há duas palavras muito usadas nos últimos anos, que, se eu pudesse, tiraria inclusive do dicionário: libertação e teologia! A segunda, porque tenta explicar um falso deus pela via da razão e não um Deus do AMOR, dos pobres e dos ricos; a primeira, porque virou sinônimo de libertação física da pobreza, quando a libertação de que o Evangelho trata é, apenas - e bilhões de vezes seja dita -, a libertação da morte pelo pecado.

Não foi a pretensa opção de Jesus pelos pobres que nos remiu, ou nos poderá servir de caminho a seguir, mas sim o Seu Sangue precioso derramado no Calvário. Não é o pão caseiro que nos leva ao céu, mas o Pão Eucarístico que nos dá a Vida Eterna.



Agora veja outro ângulo da questão: Jesus disse: “Toda árvore que não der bons frutos será queimada e lançada fora” (Mt 7,19)! Assim, fazemos um referência especificamente a um dos expoentes máximos desta árvore podre, que deu a seguinte declaração à revista “Veja”, ao que se saiba parodiando o ateu Freud: “SE eu morrer e SE eu vir a Deus, tenho muito mais coisas a perguntar a Ele que Ele a mim!”. Vejam bem: “se eu morrer” significa que ele acha que será eterno; “se eu vir a Deus”, significa que ele não acredita no próprio julgamento. Ou seja, só nesta frase há duas heresias! Como acreditar que “isso” seja árvore boa?



Ponha-se de uma vez por todas isso na cabeça: qualquer sacerdote que largue a batina para se amasiar, ou que, além disso, afronte a Igreja como este senhor tem feito, JAMAIS deverá ser ouvido, seja lá no que for que ele tenha a dizer. E este tal é apostata e é ateu! Este pode falar sobre qualquer coisa, menos de como ser Igreja! Ele precisa apenas de oração. Muita oração para voltar a Deus! Ao verdadeiro Deus da Vida. Agora vejam: se ele já é uma árvore podre, quanto mais a sua teologia! Quem pode admitir ou seguir uma doutrina destas?(Jo 6,60)



Deixo aqui bem claro: não pretendo, neste artigo, JAMAIS denegrir a imagem da nossa querida e Santa Igreja, Católica Apostólica Romana. Quero, antes, defendê-la de uma forma intransigente, até às minhas últimas forças. De fato, esta “teologia” a que me refiro não é, nunca foi e nunca será parte de uma Igreja da verdade. Trata-se de uma árvore morta, de uma figueira maldita e sem frutos e todos sabem muito bem o que Jesus fez com a tal figueira (Mt 21,19). Meu intuito é, antes de tudo, levar todos a amar ainda mais a Igreja Católica, apesar da imensa crise que ela atravessa. Não é também fazer desacreditar de sua orientação superior, porque o seu verdadeiro magistério, por meio do próprio papa João Paulo II, já condenou veementemente esta forma errônea de interpretar e viver a Palavra de Deus; e se ele condenou, ela morreu. Ponto final, não se fala mais! Também não é meu intuito atacar pessoas, mas condenar atitudes. Meu pensamento inclina-se a fazer algumas considerações que levem os leitores a verificar o abismo em que nos metemos, pois há um abismo entre o Evangelho de Jesus e o falso evangelho que hoje se prega em alguns lugares.

Quanto a mim, bastam-me as simples Palavras de Jesus: “As portas do inferno NÃO prevalecerão contra ela” (Mt 16,18), a Igreja verdadeira, para que eu me agarre, sempre mais e mais fortemente a esta Barca de Pedro, porque estando dentro dela estarei a salvo um dia. Com Maria e Eucaristia, nem o inferno inteiro nos derrubará! Nem mesmo esta figueira estéril, pois já desde o início o verdadeiro magistério da Igreja condenou vários aspectos desta teologia; e quando condenou, nada mais fez que dar a mesma ordem de Jesus: “Nunca mais produza frutos!” (Mt 21,19) e a árvore morreu! Está morta! Entendam bem: está morta! Apenas alguns ainda não acordaram para esta realidade.



Por isso afirmo: dificilmente alguém será capaz de, em poucas páginas, descrever a imensa crise que hoje atravessa a nossa Igreja Católica e Una e Santa. O Evangelho já foi pregado a todas as nações, isto é, nenhum país poderá dizer que não ouviu falar no Santíssimo nome de Jesus. Entretanto, a fé, da qual esta mesma Igreja é guardiã, esta parece estar cada vez mais desertando dos corações. Refiro-me à fé viva, profunda e verdadeira E Jesus mesmo o perguntou: “Quando o Filho do homem voltar, acaso encontrará fé sobre a terra?”(Lc 18,8)



O certo é que a nossa Santa Igreja, Católica Apostólica Romana, já não parece assim tão Una quanto Jesus a gostaria de ver, pois apresenta-se eivada de erros, correntes, pensamentos, teologias estranhas e evangelhos particulares, distanciando-se cada vez mais daquela verdadeira Mater et Magistra, fundada por Jesus, fiel detentora e guardiã perpétua da fé. Como pode subsistir um reino dividido sobre si mesmo(Lc 11,18)? E uma igreja cheia de “alas”, de esquerda, de direita, de centro, acaso pode subsistir? Com qual delas está a verdade? A verdade é que, diga-se sem medo, qualquer “ala” que divirja da orientação do papa João Paulo II, como esta a que me refiro, está no erro. É desobediente! E se afronta de tal forma a Igreja, é passível de excomunhão! Ou não?



Sim, a VERDADE, refiro-me ao sentido verdadeiro de todo o maravilhoso ensinamento do Divino Mestre. Este, mais do que nunca, tem sido deturpado e denegrido, ao sabor das “correntes e dos ventos”. De fato, hoje uma verdadeira tempestade abala, inclina e tenta submergir a Barca de Pedro, pelas ondas espumantes de um revolto mar de trevas. Com o casco rachado, ferida, a Igreja terrena hoje só não sucumbe porque seu grande timoneiro, João Paulo II, agarrado à vida e consciente de sua suprema missão, de seu sacrifício, teima em conduzi-la a bom porto.



Entretanto, são muitos os ligados a esta herética teologia; eles desejam ardentemente a morte do papa João Paulo II, apenas porque ele sempre condenou esta forma errada de viver e pregar o Evangelho. Este grande homem sente-se curvado e opresso ante o crescente volume da apostasia. Ante a crescente difusão do erro. Ante a verdadeira maré de desobediência e de contestação ao seu magistério. Ele sucumbe também, gradualmente, ante a impotência de já não mais conduzir a Igreja como gostaria. Sabe-se cercado por forças satânicas e sofre por não poder preparar devidamente o Povo de Deus, para o grande momento que se aproxima: a Vinda Gloriosa do Senhor.



A) INCOMPREENÇÃO DO EVANGELHO!



Embora já tenhamos 2000 anos de evangelização, apesar de todo o imenso esforço da Igreja em fazer as pessoas compreenderem a Doutrina do Amor, é com imensa dor no coração que percebemos o quão longe estamos de viver o Evangelho da Verdade. Outro dia, ao fazer uma seleção de versículos dos Evangelhos, anotei 77 deles todos com ordens e pedidos de Jesus. Ao relê-los um a um, cheguei à conclusão de que nós católicos não seguimos nenhum deles. Antes, descumprimos a todos. Negamos a Jesus. Desvirtuamos as Suas Santas Palavras, fazendo-O de mentiroso! Inventamos todos um evangelho pessoal. Não fosse assim, estaríamos todos nós vivendo na unidade e não com 40 mil seitas, com todas as suas heresias.



Quando a gente cita aqueles que promovem estas heresias, devemos mencionar os “pregadores” destas falsidades, sejam eles membros do clero, sejam leigos. Aliás, há entre os leigos tão furiosos mentecaptos em conhecimento bíblico, que não causa admiração surgirem tantas heresias. Outro dia, numa aula de doutrina, ouviu-se esta frase da “catequista”: “É, nós temos de nos conformar, pois Jesus foi também um pecador como qualquer um de nós”. Imaginem, Jesus um pecador! Pois pecador maior é quem institui uma pobre criatura destas como “catequista”. E que tal será o “teólogo” que faz de Jesus Cristo um anarquista ou um revolucionário de araque?



Recentemente, um senhor me falava: “Gosto muito de ir à Santa Missa. E neste sentido, vou a qualquer lugar e não escolho padre. Entretanto, nestes anos, tem me causado surpresa que o mesmo Evangelho do dia, em missas no mesmo dia, a mesma Palavra seja pregada de forma diferenciada por todos os padres. É muito difícil ouvir dois falando a mesma linguagem. Um diz que deve ser entendido de forma racional, outro de forma espiritual”. Quem entende?



E ele tem razão! É exatamente assim que acontece. A falta de oração, a quase completa inanição espiritual da maioria dos pastores, falta de amor à Eucaristia, a guerra travada entre as ordens do clero, o ciúme exasperado que têm uns dos outros, principalmente com relação aos que têm conseguido reunir multidões para louvar o Senhor – tudo isto foi gerando o verdadeiro caos. Leve-se em conta o absoluto despreparo com que vão às homilias e ainda a rebeldia para com seus superiores, principalmente ao Papa. De fato, a Igreja Una, Barca de Pedro, mais do que nunca desunida, ameaça rachar e afundar.



Ora, este é um dos motivos e talvez o primeiro de termos tantas “verdades” diferentes. Por que acontece isso? Porque já não se vive mais a fé na essência. Já não se prega mais o Santo Evangelho com a vida. O certo é que, ano após ano, têm vicejado as correntes que pregam um Evangelho da facilidade, da comodidade, da prosperidade, bem ao gosto do mundo, de seguir doutrinas extravagantes (Tim 1,3). Não há outra saída: o caminho do céu é o caminho da Cruz! Para chegar lá, só seguindo os passos do Salvador. E ele disse: “Quem quiser ser meu discípulo, tome a sua cruz e Me siga” (Lc 9,23)! Hoje, rejeita-se a Cruz! Abomina-se o sofrimento! Foge-se desesperadamente da porta estreita mesmo sabendo que larga é a porta que conduz à perdição (Mt 7,13). Quem, pois, escolhe apenas a porta da satisfação física, escolhe a porta larga. Quem vai pela barriga, sufoca a alma! E afinal, de que vale a alguém ganhar o mundo inteiro se vier a perder a sua alma (Lc 9,25)?



Nos tempos de hoje, em que uma grande quantidade de pessoas sente tratar-se de tempos especiais, ou seja, Tempos do Fim(Dn 12,9), ou Fim dos Tempos da Redenção, há muito sofrimento entre os que vivem mais fortemente a fé. São tempos em que muitas mensagens de Jesus e Maria têm sido simplesmente rejeitadas pela maioria; entrementes, elas nos vêm alertar para o tempo especial de graça que está para acabar. É então angustioso saber que justamente os pastores são os que mais lutam para abafar estas manifestações. Com quem está a verdade?



Assim, fica muito claro que o falso estudo da Palavra, as correntes errôneas de pensamento, as falsas teologias e os seus abomináveis e mesmo satânicos pregadores têm difundido uma tão variada gama de interpretações, que a maioria das pessoas se sente completamente atordoada neste entremeio. É que poucos compreendem e quase ninguém segue o único caminho para se entender a Palavra Divina: o caminho da humildade, do recolhimento, da entrega completa ao Espírito Santo! Só ali a Palavra rende frutos, e frutos de vida eterna.



A confusão na cabeça do povo é tanta, que poderia citar apenas três exemplos de católicos com os quais falei apenas nesta semana, quando comentávamos sobre o terror que está o mundo de hoje e as formas de como este problema será resolvido. O primeiro me disse que isso será resolvido com uma tal de “consciência cósmica”(?); o segundo, que serão os “ETs” quem virão nos ajudar... “porque o próprio Jesus era um ET”(!). O terceiro preferiu elogiar Lutero e cair de pau nas indulgências da Igreja. Eis ai um sinônimo do caos doutrinário em que nos encontramos. Temos aí três “teólogos” do maior e mais fino quilate!



Outra pessoa com a qual falei foi uma ex-católica, agora dentre os evangélicos. Eu falava sobre a nossa Eucaristia, ela sobre a “ceia” deles. Quando lhe expliquei a verdade, falei-lhe deste incrível mistério, de seu valor de remissão supremo, da diferença infinita que há entre o nosso “este É o Meu Corpo” para o “simboliza” deles, ela disse: “Se alguém um dia me tivesse explicado isso, eu jamais teria saído da Igreja católica”. Por que não empregamos todas as nossas forças nesta direção?



Consideremos ainda a difusão crescente das heresias, das falsas interpretações, onde os meios de comunicação, quase todos nas mãos do maligno, têm se esmerado em contribuir para o erro e para a sistemática destruição das Verdades Sagradas. De fato, ali todos os falsos têm sempre espaço garantido, como também os contestadores e todos aqueles que afrontam a fé. Com isso, cai muitas vezes por terra o esforço milenar da verdadeira Igreja, solapado pelo bombardeio diário das heresias. Este joio perverso tem sido pregado até mesmo por sacerdotes, os guardiães primeiros da fé; entre estes, mais do que entre quaisquer outros, cresceu a dissipação. Estes já não ouvem mais os gritos das ovelhas em perigo, nem mais buscam as que se perderam (Ez 34,4).



Quanto a mim, sinto-me miséria e pó infinitos, ante a imensidade do problema que vislumbro dentro da nossa amada Igreja. Abate-me uma espécie de tristeza, vendo tantas coisas nela ruírem. Tomada de angústias, a minha alma de simples leigo sente-se impotente ante os passos apressados da apostasia que toma conta dos povos e ameaça sucumbir as gentes. A fé morre! A vida morre com ela! O mundo sucumbe no pecado e Deus progressivamente se afasta dele. Longe de Deus morre a esperança! E assim, embora me sentindo indigno, pequeno e fraco diante deste drama, com este pequeno livro, imagino apenas arranhar o falso verniz de reflexo morto que envolve a Igreja como uma casca. Será talvez uma forma de abrir pelo menos alguns sepulcros, daqueles caiados por fora, mas cheios de podridão por dentro(Mt 23,27). É assim que fala a Bíblia!

B) VEJAMOS PASSO A PASSO:



- Qual a essência deste Evangelho? O AMOR! – “Amar a Deus, de todo o seu coração, de toda a sua alma, de todo o seu entendimento, sobre TODAS as coisas... e ao próximo como a si mesmo” (Mt 22,37) – Que tipo de amor é este que prega o ódio entre as classes? Que se arma de foices e machados para invadir terras ou prédios públicos? Como se poderá pregar o amor exercitando o ódio?



- A quem o Evangelho é dirigido? A todos, inclusive aos ricos de dinheiro, mas principalmente aos humildes de CORAÇÃO. Eis que o Divino Mestre é também manso e humilde – “Aprendei de Mim que sou manso e humilde de coração” (Mt 11,29). Pode um manso e humilde liderar uma invasão de terras? Acaso também se justifica perante Deus aquele que instiga esta luta fratricida, enquanto ele vive “no bem bom”? E o que você diz dos que usam os púlpitos das suas igrejas para cometer tal atrocidade doutrinária?



- Então o Reino de Deus é feito apenas de pobres, financeiramente falando? Não, os pobres a que Jesus se refere são os pobres em espírito – “Bem-aventurados os que têm um coração de pobre, porque deles é o Reino dos Céus!” (Mt 5,3) – Jesus nunca disse que Sua Igreja era exclusiva de pobres de bens materiais! Quantos ricos há com o coração de pobre? Quem atira a primeira pedra neles? (Jo 8,7) Você? Então cuida para não jogar junto seu anelzinho preto!



- Mas é possível ser Igreja sem antes erradicar a pobreza? Sim, é possível; e o Senhor diz : “Pobres, sempre os tereis em vosso meio” (Jo 12,8) - E quando Ele diz “sempre”, é utopia imaginar uma sociedade completamente igualitária; ela acontecerá um dia... no Novo Reino! Afinal, esta pretensa sociedade igualitária faz parte do ideário comunista. E você defende ainda este monstro que já ceifou da terra mais de 100 milhões de vidas?



- Se Jesus diz que é difícil a um rico entrar no Reino do Céu (Mt 19,23), como fica? Difícil, mas não vedado! Afinal, Jesus teve alguns amigos riquíssimos, como Lázaro, Nicodemos e José de Arimatéia. O rico ao qual Jesus se refere é antes o “rico em espírito”, como tantos destes criadores de teologias. O que conta, não é tanto a riqueza material, mas o coração apegado à riqueza, pois o Senhor diz: “Onde está o teu tesouro, aí estará também o teu coração”(Mt 6,21) E assim, rico esganado e pobre esganado são absolutamente iguais para Deus. Tostão, milhão, que diferença faz?



- Que tesouros deveremos juntar então? – “Juntai para vós tesouros no Céu, onde o ladrão não rouba nem a traça consome”(Mt 6,19).Como podemos passar a vida buscando apenas coisas terrenas? Quem nos ensina a juntar estes tesouros para o céu? Quantos “tesouros para o céu” os criadores desta “teologia” já juntaram?



- Que buscamos, seguindo o Evangelho? Buscamos ganhar o céu, o Reino de Deus – “Buscai PRIMEIRO o Reino de Deus e o RESTO vos será dado por acréscimo”(Mt 6,33). Se buscássemos a Deus pela nossa vida em oração, fazendo do nosso trabalho uma oração e da vida em Deus a nossa vida, então não haveria pobres (Dt 15, 4-5), não haveria famintos, não haveria sem terra, sem casa, tampouco “excluídos e marginalizados”. Definitivamente: entenderam?



- Onde está este Reino de Deus? Este Reino não está neste mundo, mas no céu – “Disse Jesus a Pilatos: o Meu Reino não é deste mundo” (Jo 18,36). Se devemos buscar o Reino de Deus e o Reino Dele não é deste mundo, então buscar ANTES o que é do mundo é escolher o que vem do mundo como deus, pois Deus deve ser o principal em nossa vida. Fazer o contrário é descumprir e subverter o sentido da Palavra divina. Mais claro, impossível!



- Que morada devemos buscar? A Morada Eterna! - “Na Casa do Meu Pai há muitas moradas.. Eu vou preparar-vos um lugar”. Como poderemos então passar a nossa vida apenas pensando em casa e comida, NADA fazendo para chegar a esta morada eterna?



Assim, com mil exemplos, fica muito claro que a riqueza não é um MAL. Do mesmo modo, a pobreza por si só não é um BEM. No ensinamento de Jesus, riqueza e pobreza físicas, ou seja, de bens materiais, são apenas meros acidentes, porque ricos e pobres sempre haverá. O que Jesus diz ser um mal é o apego exagerado aos bens deste mundo, coisa que pode ocorrer tanto com ricos quanto com pobres, pois “onde está o teu tesouro, ali estará teu coração”( Mt 6,21). Como condenar de uma forma tão taxativa e genérica todos os ricos e justificar plenamente todos os pobres, se a riqueza que Deus condena é apenas esta “riqueza” arrogante, que brota do coração das pessoas, que acham que, por ter dinheiro, não precisam de Deus? Falando nesta arrogância, para tornar mais claro ainda, entendemos que a arrogância condenada é a espiritual, daqueles “ricos Dr. sabe tudo”, a quem Deus nada revela. Assim, em toda a Bíblia, há muito poucos versículos que poderiam, eventualmente, justificar esta teoria absurda.



Onde está dito na Palavra que o nosso Deus seja um “deus” apenas de miseráveis? Não, Ele é um Deus da abundância, da super fartura, que usa de prodigalidade extrema para todos que seguem a Sua Santa Lei. Quer dizer, então, que os ricos Lhe são fiéis? Jamais! A riqueza é de fato uma armadilha terrível para as almas dos ricos. Eles correm o risco de eleger a riqueza como o seu deus aqui nesta curta vida terrena e perderem-se eternamente. E quanto aos pobres? Os pobres, que vivem a sua condição de pobreza com paciência – não me refiro à miséria conformada, que esta vem do maligno -, podem ter nisso uma imensa dádiva do céu, pois neste caso eles se abrem mais docilmente à graça divina e assim alcançam com mais facilidade a Vida Eterna.



Que ocorre então? Ocorre que, depois de cinco mil anos, JAMAIS os homens se inclinaram completamente para o Senhor. A absoluta maioria SEMPRE Lhe foi infiel e mesquinha. Se seguissem a santa Lei de Deus, TODOS os habitantes da terra seriam ricos ao extremo, pois haveria fartura de tudo para todos (Sl 80,17). Se fôssemos fiéis ao nosso Deus, Ele multiplicaria ao infinito as Suas graças. É só por isso que há pobres em nosso meio! Queremos acabar com eles? Sigamos nós, homens todos, por um ano apenas, a esta Lei... e o Senhor proverá tudo! O Senhor multiplicará ao infinito! Experimentemos, de fato, buscar primeiro as coisas de Deus para ver se o RESTO, que receberemos por acréscimo, não será a riqueza terrena perfeita!



O leitor compreendeu? É tudo muito fácil de entender! Mas aí surgem no caminho alguns versículos-chave, que a meu ver são a base desta falsa teologia. Afinal, esta gente, por incrível que pareça, ainda lê a Bíblia. Não compreende, mas lê! E, afinal, o diabo também conhece a Bíblia de ponta a ponta, tanto que com as palavras da Bíblia tentou a Jesus. O problema é que ele a interpreta sempre do modo errado. Desta forma, também estes que subvertem a divina Palavra tentam a Jesus.



Vamos aos dois únicos versículos que poderiam, no meu pequeno entender, sustentar esta “teologia” mortífera:

1)Eu vim para que todos tenham vida e vida em abundância ( Jo 10,10)

2)A fé sem obras é morta (Tig 2,17).

Apenas estes dois versículos, quando mal interpretados, dão algum sustento a este modo torto e vesgo de pensar. Vejamos bem: qual é a única vida literalmente abundante? A única vida abundante e em plenitude é a Vida em Deus! A Vida da Graça! A Vida da Alma! O Amor pleno! A Vida Eterna!



É impossível haver abundância perfeita naquilo que é terreno, porque a ambição humana é insaciável e não conhece limites. E quem interpreta estas palavras de modo contrário faz exatamente o que satanás disse a Jesus: “Se tens fome, faz com que estas pedras se tornem pão” (Mt 4,3)! A resposta de Jesus literalmente demoliu este falso modo de ver: “Não só de Pão vive o homem, mas de toda Palavra que sai da boca de Deus” (Mt 4,4). Quer dizer, quando a busca do pão terreno suplanta a busca de matar a fome da alma imortal, em qualquer ser humano, então é porque esta alma já está sufocada, estéril e semi-morta.



Por um desígnio divino, esta sede do homem de buscar a Deus é pela própria natureza muito superior. Mas os promotores desta forma herética de interpretar a Palavra Divina insistem em transformar as pedras em pão, mesmo sabendo que milagres não acontecem todos os dias, porque a fé da grande maioria é mísera, é diminuta ou nula. Mas se eles tivessem realmente fé naquilo que pregam, se vivessem na carne o que acreditam, certamente a sua falsa igreja teria já dado frutos diferentes e bons.



Refiro-me a frutos de conversão e de graça. Na verdade, estes frutos se restringem ao ódio aos ricos, à inveja dos poderosos, intriga, futrica, xingamento, divisão, afronta às leis, discórdia e divisão, invasões, briga, sangue e morte. Todos, absolutamente TODOS, frutos podres. Que se tratasse, afinal, destas coisas em reuniões FORA da Igreja, pois discutir estes assuntos COMO Igreja é abominável.



De igual modo, a palavra de Tiago tem um sentido mais pleno. Sim, a fé sem obras é morta! Vejamos: para começar, se são obras da FÉ, são obras do espírito. E quais são estas obras primordiais da fé? Dar de comer a que tem fome... do Pão do Céu! Dar de beber a quem tem sede... da Palavra de Deus! Vestir os nus... do conhecimento de Deus. Dar pousada aos peregrinos... que por todos os lados buscam a Deus sem encontrar. Remir os cativos... das prisões do pecado. Visitar os doentes... do espírito, porque não mais se confessam! Visitar os encarcerados das prisões da alma e de satanás, dando-lhes a força para quebrarem estes grilhões e se libertarem.

Então, se você fizer isso mil vezes, deverá obrigatoriamente também fazer as obras físicas da caridade, porque apenas esta dupla ação nos justifica. Nem somente uma, ou apenas a outra. Mas, positivamente, as obras do espírito vêm milhares de vezes ANTES, pois Deus nos pede o que é Dele sobre todas as coisas.



E o Divino Mestre deu também o indicativo para esta questão. Marquem bem esta passagem, de uma clareza luminar. Que aconteceu na segunda multiplicação dos pães (Mt 15,29-39)? O povo já estava seguindo a Jesus pelo deserto por três dias. Logo, o povo que saiu às pressas para segui-lO não tinha levado alimento consigo e, portanto, estava com muita fome, desde as primeiras horas. Que fez Jesus? Não lhes deu logo o alimento do corpo. Tratou primeiro, e longamente, a todos com o Pão da Palavra, não havendo registro de fome ou pedido pão. Quando, então, chegou a hora de despedir o povo, Jesus disse: “Não é bom despedir o povo com fome”. E assim aconteceu o milagre da multiplicação. Assim deve ser também o nosso modo de pensar, de ver e de agir.



Em todos os quatro Evangelhos, buscando em todas as palavras de Jesus, suas ordens, seus conselhos, seus pedidos, suas advertências, nada encontrei, nem de leve, que indicasse uma necessidade de preocupação com as coisas deste mundo. Muito pelo contrário, o Senhor nos diz claramente em Mateus 6, 25-34. Ali, Ele nos alerta sobre esta ansiosa solicitude da vida. “Não vos preocupeis com elas exageradamente,”,diz o Senhor, ou pior, unicamente, como esta gente faz.



De fato, a interpretação de todo este texto é literal, direta e inatacável. Se seguíssemos exatamente este conselho de Jesus, e buscássemos antes, de coração, as coisas de Deus, Ele próprio derramaria sobre nós um dilúvio de abundância, todo este “resto” a que tanto nos apegamos desde sempre. Seria a única forma de acabar com a miséria e com os “excluídos e marginalizados” de toda a terra.



Vejamos agora o exemplo de Maria e José! Que fizeram eles? Cuidaram do Filho de Deus! E O educaram santamente. Mas, se aquela família maravilhosa e exemplar fez apenas isso, então terá falhado no social! Não. Eles agiram corretamente, como nenhuma outra ainda o fez. Acaso Maria estava então pelas periferias servindo os pobres? Não, mas certamente sempre ajudou a quem necessitava, assim como nas bodas de Caná! Mas é certo, ela nunca negou nada a quem a procurasse.

Eis o exemplo mais simples, da humilde Maria, do humilde José! Eles moraram alugados no Egito, moraram de favor, sempre em casas humildes - mas extremamente limpas – da mesma forma que tantos hoje, pois o Pai não lhes deu nada em excesso. Era desígnio divino que o Filho fosse em tudo igual aos homens. Mas para viver uma pobreza laboriosa e aceita, jamais preguiçosa e sustentada, como tantos (não todos) dos “barracos de lona preta” que há por aí.



Assim, se todos ajudássemos àqueles que o Senhor nos envia, não haveria ninguém na terra passando necessidade. A existência de oprimidos é prova absoluta de que não fizemos tudo o que podemos por eles. E não haveria necessidade de ninguém sair à cata deles, pensando com isso justificar-se. Deste modo, se nem Jesus, nem Maria nos dão exemplo neste sentido, se os Evangelhos calam toda a ação apenas social - mas bradam a necessidade de pregar o Evangelho -, onde achar base para uma tão perniciosa teologia? Se qualquer teologia fosse necessária, a Palavra não esqueceria disso.



Não se deve também tratar as pessoas apenas com o alimento da alma. É preciso tratar do seu corpo. Mas é absolutamente necessário estabelecer o primado absoluto do alimento primeiro da alma sobre o secundário, o do corpo. Entretanto, os ferozes adeptos desta vã doutrina alegam que é preciso antes tratar o corpo, ou pior, basta apenas tratar o corpo, para que se processe o Reino de Deus; a tal e falsa “vida em abundância” que pulula em suas pregações.



E é por isso que TODOS eles dizem: “Oração também é importante!” Quando a verdade é: “Oração é o mais importante!”. Infinitamente MAIS importante! Sem a oração é impossível alcançar o Pai. E sem alcançar o Pai é impossível obter Dele as graças, os dons e os bens de que todos necessitamos. É Ele quem diz: “Pedi e recebereis, buscai e achareis, batei e abrir-se-vos-á” (Mt 7,7)! Este é o ÚNICO caminho!



Por outro lado, se poderá dizer que, colocando as coisas deste modo estaríamos esquecendo a caridade. Absolutamente NÃO! A caridade é a forma de expressão máxima do AMOR cristão. A caridade é o modo superior de realizarmos pelos irmãos aquilo que não podemos fazer para Deus, pois nada do que formos capazes de fazer pode melhorar os perfeitos atributos Dele. Ao ajudar nossos irmãos, estamos praticando a maior das virtudes. Assim, a suprema caridade é levar almas a Deus.



Entretanto, é preciso reafirmar que importa MIL vezes antes tratar a ALMA como forma superior e eterna, que o corpo finito. Afinal, como procedia Jesus nas curas? Primeiro dizia: “Teus pecados estão perdoados”. Depois: “Levanta-te e anda” (Mt 8,6)! De nada adianta fazer o inverso: despedir o irmão que chega faminto apenas com a sua barriga cheia... mas tendo a alma atribulada! Antes de salvar o seu corpo, salve a sua alma! Tem muito mais valor para Deus um simples copo d’água, dado com carinho, a alguém que o Senhor nos manda à porta, que MIL obras executadas na periferia, as quais o Senhor não pediu!



Destas frases se conclui, então, que existe um imenso abismo quanto a este “buscar primeiro as coisas de Deus” para recebermos “o resto por acréscimo”. Esta opção se executa no coração! Na entrega total e absoluta a Deus! A diferença é a mesma que há entre a eternidade, o infinito e o curto espaço de tempo de uma vida, mortal e finito. E isso nunca foi diferente! Jesus nunca disse o contrário! Buscar antes as coisas passageiras do mundo, esquecendo-se de Deus, é subverter o sentido da Divina Palavra. E o Senhor nos pergunta: “Por que deturpais o sentido das Palavras de Deus”?(Jr 23,35). Pode-se ainda pegar mais pesado contra estes, usando as palavras que estão em Atos 13,10: “Filhos de satanás, cheios de todo engano e de toda astúcia, não cessais de perverter os caminhos retos do Senhor?”. Quem age assim é um guia cego conduzindo cegos! (Mt 15,14; 23,19)



Já na lei antiga, nos próprios Salmos, como em 80(Heb 81) 14 e 17 está dito: “Ah, se Meu povo Me tivesse ouvido, se Israel andasse em Meus caminhos! ... Eu o teria alimentado com a flor do trigo, e com o mel do rochedo o fartaria”.. Ora, flor do trigo e mel do rochedo não podem jamais ser entendidas de modo espiritual. São trigo e mel para alimentar o corpo. Mas PRIMEIRO é preciso obedecer a Lei!



Quer dizer, bastaria o povo andar nos caminhos do Senhor. Bastaria que vivêssemos a Sua Santa Lei, e Ele nos fartaria, pois isso para Ele é simples. Foi assim com o maná do deserto, com as codornizes... com os pães... É assim com a Santa Eucaristia. A falta do entendimento da Palavra divina impede-nos de segui-la. E é este racionalismo pernicioso que induz ao erro, para a ruína de tantos. E se estes são induzidos ao erro, é porque gostam de se fartar da mentira.



O Senhor também disse: “Não deverá haver pobres no meio de ti, porque o Senhor, teu Deus, te abençoará certamente... contanto que obedeças fielmente à Voz do Senhor, teu Deus pondo cuidadosamente em prática o mandamento que hoje te imponho... Se houver no meio de ti um pobre... não endurecerás o teu coração e não fecharás a mão diante de teu irmão pobre; mas abrir-lhe-ás a mão e emprestar-lhe-ás segundo a sua necessidade (Dt 15, 4-8).



Veja aqui duas coisas claras: 1) Sim, não haverá pobres, desde que se cumpra a lei do Senhor; 2) Não está dito que se deva DAR tudo e sempre, para quem não trabalha; deve-se emprestar na medida da necessidade e, é claro, também dar. Sim, há os pobres “beira de estrada” que sofrem e precisam de ajuda, principalmente suas crianças.

Mas há também os que se aproveitam desta situação para receber SEMPRE tudo de graça, sem qualquer esforço. E São Paulo diz clara e duramente: “Quem não trabalha, não tem direito de comer”. Fechar os olhos para esta realidade é novamente descumprir a lei.



Veja agora outra passagem dos Evangelhos. Jesus acabara de fazer a segunda multiplicação dos pães, entretanto passando para a outra margem do lago, os discípulos haviam esquecido de levar pão. Jesus disse-lhes: guardai-vos do fermento dos fariseus e dos saduceus. Eles pensavam: é que não trouxemos pão! Jesus penetrando-lhes no pensamento disse-lhes: Homens de pouca fé! Por que julgais que vos falei por não terdes pão? .. porque não compreendeis que não é do pão que vos falava...(Mt 16,5-12)? Sim, o Senhor se referia à doutrina perniciosa dos fariseus e saduceus; ontem como hoje, fingem não conhecer a verdade, para entregar-se a pregar fabulas e mentiras.



Assim também na 2ª multiplicação dos pães. Que disse Jesus? “Tenho piedade desta multidão: eis que há três dias está perto de mim e não tem nada para comer. Não quero despedi-la em jejum, para que não desfaleça no caminho”(Mt 15,32). Não sejamos fariseus! Só não entende quem não quer! Se a comida para o corpo fosse mais necessária que a da alma, é certo que o Senhor os teria tratado antes. Ou você irá também contradizer o Senhor? Se fôssemos homens de fé, Ele não nos deixaria faltar nada!

E assim, nos Evangelhos, o próprio Jesus deixou todas as diretrizes para nos guiarmos, a fim de que todos caminhemos com mais facilidade, para chegarmos ao Pai! Entretanto, já são passados dois mil anos e ainda nem sequer entendemos aquilo que Jesus pediu. Na verdade, não seguimos AINDA nenhum versículo Bíblico na sua essência. Nós ouvimos a Santa Palavra de Deus, mas não a colocamos em prática. Conforme abordei no início, em poucas páginas não dá para descrever tudo. E o sentido não é este. O sentido que imagino dar a este novo texto é a fixação nas coisas simples, no pequenino, naquilo que de mais elementar temos da nossa fé, para compreendermos o quanto estamos longe de a vivermos. Fiquemos nestes quatro versículos bíblicos para que compreendamos o erro desta...



C) TEOLOGIA CONDENADA PELO PAPA.



Tendo exposto os indicativos de uma Igreja verdadeira, podemos agora mais claramente direcionar nossas palavras para o cerne da questão. Cito novamente estas frases de Jesus:

1) “O Meu Reino NÃO É deste mundo!” Se o Reino de Jesus não é deste mundo, logo, para buscar a Deus, devemos primeiro buscar o Reino do Céu. Afinal, nosso primeiro mandamento é: “Amar a Deus sobre TODAS as coisas”. Como é que podemos passar o tempo inteiro pensando apenas nas coisas DESTE mundo?



2) “Buscai PRIMEIRO o Reino de Deus e a Sua justiça e o RESTO vos será dado por acréscimo”(Mt 6,33). Logo, não existe outra forma de interpretar esta Palavra; ela deve ser entendida apenas no sentido literal da frase, não no sentido místico; meçamos o tempo médio de uma vida neste país: 59 anos (dados da ONU em 06/2000). Meçamos o tempo da eternidade: impossível! Pois é exatamente neste parâmetro infinito que nos devemos firmar para interpretar esta palavra. Buscar infinitamente a Deus. Então o RESTO nos será dado ao INFINITO!



3) “Pobres, sempre os tereis em vosso meio”. Esta fantasiosa corrente dita “teológica” traz no seu bojo um especial ódio aos mais favorecidos. E prega isso acintosamente! Eles nunca irão entender. Quem foi Lázaro? Nicodemos? José de Arimatéia? Eram riquíssimos amigos de Jesus! Eles lutaram desesperadamente e usaram de toda a sua influência para livrar Jesus das garras do Sinédrio. Ora, o Senhor jamais pregou o ódio contra os ricos! Ele lamentou apenas o apego exagerado às riquezas que levam à perdição. Mas é réu de culpa, tanto o nababo esganado pelo milhão quanto o “sem terra” esganado pelo tostão!

4) “Que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro, se vier a perder a sua alma?” Os que se apegam aos bens deste mundo já escolheram seu deus. Seja o apegado ao palácio, seja o apegado ao casebre! Seja o apegado ao latifúndio, seja o apegado ao simples lote. Ambos, pequeno e grande, são dádivas do Senhor. É preciso é conhecer os limites. O homem de posses trabalha para um dia poder descansar. Mas logo descobre que, para manter tudo o que ganhou, precisa trabalhar sempre mais e mais e, assim, morre riquíssimo e se perde, porque viveu para seu “deus dinheiro”. E quanto ao pobre instigado a buscar seus direitos? Qual será o seu limite? Como é levar uma vida digna? Quando tiver terra, quererá casa; quando tiver casa, quererá carro; quando tiver terra, casa e carro, quererá comida, mobília, TV nova... terra maior, casa melhor, carro zero, viagens... Ou seja, ambicionará o infinito. É igual ao rico. E afinal, quem é que fixou os parâmetros de “uma vida digna”? Qual é o limite que se pode exigir para que uma vida seja digna?



Na verdade, podemos até achar que mesmo tendo todas estas coisas ainda não vivemos bem, e que faltará alguma coisa. Não será então uma vida digna a da família de Nazaré? Uma família simples, trabalhadora, inteiramente colocada nas mãos de Deus, mas sempre e totalmente feliz com a sua situação? Jamais inconformada, jamais exigente, jamais imaginando que os outros fossem OBRIGADOS a suprir suas necessidades. Jesus, Maria e José nunca foram “marginalizados” nem “excluídos”, como alguns tentam pintar.



Enfim, para exemplificar esta ambição quase infinita do homem, esta sede de poder e de domínio, conta-se a passagem do grande general Alexandre da Macedônia, que aos 33 anos de idade faleceu de desgosto. O que o desgostou? Foi uma noite olhar para as estrelas e sentiu que não podia conquistá-las também, pois toda a terra conhecida já lhe estava sob os pés. Absurdo? Assim é o homem!



É também misericórdia divina que não conheçamos perfeitamente a Deus. Se O conhecêssemos tal como Ele é, se soubéssemos realmente a dimensão do Seu poder, certamente quereríamos igualarmo-nos a Ele ou imita-LO, de tal sorte que nos destruiríamos em pouco tempo. Eva já nos deu o exemplo no paraíso! É esta ambição ilimitada, esta ganância desenfreada, pelo milhão e pelo tostão, que nyét, not, nein, nicht, non, NÃO, e NUNCA, jamais poderá satisfazer alguém que viva apenas para este mundo. Se alguém vive apenas para este mundo, se trabalha para o que passa, deixará de perceber as maravilhas do Reino do Céu, pois APENAS em Deus se encontra o limite, no Seu AMOR infinito. A felicidade só se encontra Nele, vivendo com Ele, por Ele e apenas para Ele. É esta afinal a única “vida em abundância” possível!

Assim, podemos agora afirmar que um dos maiores e mais perversos cânceres espalhados no seio da Igreja, principalmente na América Latina, foi o que a levou a buscar antes o mundo que passa. Como se a busca do pão terreno para o corpo, antes e acima do pão da alma, a Eucaristia, nos conduzisse à Vida Eterna. A opção preferencial de alguns setores da Igreja pelos pobres, financeiramente falando, é de fato ainda a maior responsável pelo desvario das seitas. Ao buscarem na Igreja Católica o pão da Palavra, o pão da Vida, o Pão do Espírito, mas sem o encontrar, milhares de pessoas acabaram por migrar para a ilusão das seitas. Pois em algumas igrejas, o assunto é partido político, cesta básica, terra para todos, FMI, “política excludente”, “corte neo-liberal” e crítica ao governo de FHC. Muitos vão atrás de miragens, quando na igreja Católica tinham todos os tesouros do Reino e todos os caminhos da salvação. Quem lhes fala de Confissão e Eucaristia? Ou Maria?



Sim, estes tesouros escondidos, não mais pregados e até combatidos como fontes inefáveis de graças, deram lugar ao mito fantasioso de um reino terrestre, com casa e comida para todos, como se esta fosse a finalidade primordial da nossa vida terrena. Este “reino fantasioso” é o mesmo prometido pelo ideário comunista, já falido e morto, mas que ceifou da terra 100 milhões de vidas. Ora, o reino terrestre, o reino deste mundo perverso e mau já tem o seu príncipe: satanás! E pretender construir a qualquer custo este reino físico, sobrepondo-o a tudo o que é Eterno e provém do Espírito, é nada mais que trabalhar de certa forma para satanás.



Ora, ninguém ignora a ação da Igreja verdadeira, o seu eterno compromisso de buscar uma sociedade mais justa e mais fraterna. “A encíclica “Solicitudo Rei Socialis” bem o atesta isso. Nela se verifica a preocupação do Papa, notadamente quanto aos aspectos sociais e todas as mazelas que advém da pobreza física. Neste aspecto a tal teologia se casa com o Evangelho e está em sintonia com o ensino católico”.(MSM) Mas fica apenas nisso!



Na verdade, ela descamba para extremos de puro racionalismo ao tentar fazer de Jesus um revolucionário bandido, tipo Che Guevara, ou um político nefasto, como alguns dos barbudos que temos por aí. Se Cristo quisesse implantar um reino deste mundo, um espécie de paraíso, com terra, casa e comida para todos, seria o cúmulo da estupidez deixar-se morrer na Cruz, antes de completado o tal reino, na esperança vaga de que seus miseráveis e desamparados apóstolos fossem conseguir o milagre de levar avante uma tamanha utopia.

Por outro lado, como ignorar os bilhões de “mortos vivos” que esta monstruosa civilização de hoje criou, vivendo sem emprego, situação que se repete no mundo inteiro? Os que catam comida sobre o lixo, como no Brasil, que disputam carniça com os urubus, como na Índia? Como ignorar os que habitam sob as pontes, os viadutos? Ou sobre os charcos fedorentos e as ribanceiras perigosas? Nenhum cristão de sã consciência pode dormir tranqüilo sabendo de todas estas coisas.



Entretanto, é preciso que se saiba e que se diga de uma vez por todas: todos estes problemas terríveis do mundo de hoje são culpa exclusiva do homem. E cada um de nós tem culpa deles! Foi apenas a falta de oração que nos levou a este caos. Vejam bem, não foi a falta de AÇÃO! E só a ORAÇÃO e a volta a Deus, como filhos pródigos, serão capazes de nos tirar deste imundo atoleiro em que nos metemos. A única forma de ação possível hoje é a ORAÇÃO... com o coração!



Falando em AÇÃO, os partidários deste herético movimento afirmam que partilham. Pois eu lhes pergunto: por que em 20 anos de vossa “partilha”, o Brasil ainda não mudou? Por que ainda não há sobra para todo mundo? Veja o que fez o profeta Eliseu, o homem de Deus? (II Re 4,42-44) Mandou que se dessem 20 pães para 100 homens porque o Senhor diz: “Comerão e ainda sobrará”. E sobrou!



Que fez Jesus quando multiplicou pela primeira vez os pães? (Lc 9, 10-17) Todos comeram e sobraram ainda 12 cestos. Viu? Sobraram pães e peixes! Por que não sobra aqui? Porque vocês não agem como “homens de Deus”, conforme Eliseu! Vocês não fazem primeiro o que é de Deus. Por que não agem de acordo com o menino que deu os seus pães para serem multiplicados? Vocês só querem é que os outros dêem!



Você perguntará: e o autor deste artigo, por que não faz ele o mesmo? E eu respondo pela minha família: 1) Jamais poderia eu ter moral para escrever isso, se não cumprisse o que falo; 2) Nunca alguém que buscou em nossa casa o pão da Palavra, da informação correta, do carinho, da ajuda espiritual, saiu também de mãos vazias do alimento, da roupa e do remédio, quando nos pediu; 3) Sempre, para nós, a parte espiritual esteve na frente mil vezes; 4) Nada me obrigaria a agir da forma errada como eles pregam, pois não é o que prego, nem o que vivo; 5) Depois que passamos a viver, agir e pregar assim, nunca mais nos faltou nada e, temos certeza, nunca mais nos faltará. O Senhor provê tudo! Pois tudo passou a Ser Dele, inclusive nossas vidas, pois nos jogamos cegamente nos Seus braços.

Acaso você já tirou um dos seus casacos para dar ao pobre que tirita de frio? Não? Então você é um descarado! Um fingido! Um hipócrita! Quem sabe, nem dos seus restos você partilha! Acaso você paga corretamente o seu dízimo? E isso inclui você, caro sacerdote de anel preto. Não? Então você tem uma enorme cara de pau! Você nega o que é de Deus e pensa que se justifica, exigindo que os outros façam aquilo que você não faz. Então, você é um homem sem fé, pois não acredita nas palavras de Jesus. Só isso! E, por favor, seja coerente doravante, não se escude mais atrás da mentira que você tem sido. Você tem é uma culpa enorme pela mornidão em que se encontra hoje a Igreja no Brasil! Ou pensa que tudo vai bem, quando na verdade tudo vai mal?



Apontando a culpa do homem e do sistema perverso que ele criou, temos também a afirmar que foi o uso da mulher, foi a distorção do sentido para o qual a mulher foi criada, que nos levou em grande parte para tudo isso.



Na verdade, o demônio nos deu uma rasteira em duas pontas. Na primeira, retirou as mães de dentro de casa, da educação dos filhos, o que mantinha o fundamento divino da família. Na outra ponta, colocando as mulheres no emprego - “para aumentar a renda familiar”-, conseguiu mais dois tentos poderosos: primeiro, retirou os empregos dos homens que deveriam ser os responsáveis pela manutenção do lar e, segundo, inflacionou o mercado de trabalho, gerando o subemprego.



Mas falar nisso é mexer com um vespeiro. Entretanto, qualquer idiota sabe muito bem que os condutores da destruição conseguiram dar um dos mais pérfidos golpes na família, que hoje se desagrega e rui... São filhos de satanás, que comandam o mundo de hoje nas mais altas esferas, insuflando os movimentos de liberação da mulher, com a ruína da mulher. E nós engolimos esta pílula venenosa sem reclamar. É então besteira hoje xingar o governo! Por que você não volta as suas baterias contra isso?



Somos escravos do FMI por causa da nossa monstruosa dívida externa? Culpa nossa! Sim, são todos ladrões e são bandidos os que nos emprestaram este dinheiro a juros impagáveis. São ladrões porque todos os lucros que os levaram a formar estes excedentes de capitais foram roubados, sugados e extorquidos à custa de rios de sangue e lágrimas, principalmente dos povos pobres, mas é idiotice revoltar-se contra eles.

O problema está aqui no país! Nos maus administradores deste dinheiro, não importa o partido; nenhum presta! Está na ganância em querer correr rápido demais... com as pernas dos outros! O problema está no roubo e na corrupção interna. Está na rapinagem dos cofres públicos! Está no desvio destes capitais para os paraísos fiscais! Sim, tudo isso aconteceu debaixo de suas barbas, leitor; agora, pode- se dizer: “Não pago!”? Isto é absurdo! Nem a toda poderosa Rússia, com seus milhares de ogivas nucleares, conseguiu declarar moratória unilateral, quanto mais se negar a pagar o que deve àqueles ladrões!



Na verdade, se o Brasil se negasse a pagar a dívida, com ou sem o apoio, ou a exigência do povo, em poucos dias entraríamos em colapso. Os nossos aviões e navios seriam arrestados. Estancariam as importações e principalmente as exportações, e as bolsas explodiriam de imediato com a falência em cascata de milhares de empresas. Veríamos milhões de pais de família na rua. Faltaria petróleo, com a falência do sistema interno de transportes. Faltariam medicamentos, pois os produtos químicos necessários à sua fabricação são na maioria vindos de outros países...



Em suma: bastaria uma semana para o Brasil entrar em colapso completo. Alem disso, como somos exportadores, também assinamos os mesmos acordos internacionais que nos dariam igual direito em caso semelhante. E os bandidos sabem disso! Os de lá e os de cá! É por isso, que apenas Deus dará um jeito em ambos os responsáveis: os deles e os nossos! Então por que a Igreja Católica se mete nisso? REZEM!



Agora é tarde para lamentar. Se tivéssemos seguido os mandamentos da lei de Deus, Ele não teria permitido que as coisas chegassem a este ponto. Para qualquer país não católico, isto seria até explicável, mas para o maior país católico do mundo, não. O nosso problema esteve sempre na falta de oração. No descaso para com as coisas de Deus!



Agora só nos resta voltar a rezar , com todo o nosso coração, com toda a nossa alma, com todas as nossas forças, para que Deus intervenha neste processo tenebroso. De fato, agindo assim, em pouco tempo o Senhor os fará morrer de congestão de dólar. Só Ele pode fazer isso! De qualquer forma, Ele o fará. Aguardem alguns dias ainda... e observem a “queda” desta Babilônia!

Por que abordo estes assuntos? Para compreendermos que, por nossa culpa exclusiva, pela nossa eterna falta de oração, fomos nos deixando enredar por uma pérfida teia do demônio. A oração constitui a única fonte capaz de nos dar discernimento e proteção. O inimigo foi administrando à conta-gotas seu perverso veneno, de modo que permitimos, século após século, década após década, dia após dia, que ele fosse criando aqui o seu reino, pois ele é o príncipe deste mundo.



Neste tempo, os espertos filhos das trevas foram nos roubando, cerceando, amarrando, iludindo e cegando, até nos enterrar profundamente na carne as suas garras. Desta forma, todas as estruturas, todas as regras e todos os pressupostos da nossa sociedade foram sendo construídos sobre as bases de satanás e nós as aceitamos. Por que não quebramos estas cadeias agora? É TARDE! Muito tarde para lamentar!



Assim, é inútil querer hoje resolver “na marra”, no tapa, e até “no voto” os problemas seculares dos quais somos causa. Isto nada mais é que participar novamente do jogo do maligno, pois é apenas a ele que interessa o caos. Não adianta, pois, atacar os efeitos; é preciso eliminar as causas, que às vezes levam séculos para serem mudadas. Entretanto, nós não percebemos estas causas, porque o demônio nos cegou, exatamente quando deixamos de rezar. Só isso!



Por que não seguimos o exemplo das primeiras comunidades cristãs, que repartiam tudo entre si e não havia necessitados entre eles? (Atos 2,42-47). Eis o nosso verdadeiro desafio: voltemos todos à oração, que ela tudo consegue de Deus! Voltemos à conversão! Voltemos à Eucaristia! Voltemos a Maria... e observemos se não cai logo por terra este “castelo de cartas” de satanás. É esta a ÚNICA forma! Repito um milhão de vezes: A ÚNICA FORMA!



Vejamos bem: se Cristo quisesse fazer uma revolução social, certamente não ordenaria a Pedro: “Põe a tua espada na bainha” (Jo 18,11). Se Ele quisesse implantar aqui o seu Reino, pela política, certamente fundaria um partido novo. Entretanto, Ele só fez “bater firme” nos fariseus, saduceus e zelotes, os maiores partidos da época e jamais fez uma só menção no Evangelho que pudesse supor esta pobre alternativa. “Raça de víboras! Quem vos ensinou a fugir da cólera vindoura?”(Mt 3,7), disse-lhes João Batista.



Que diferença há entre os fariseus de ontem e os políticos de hoje? Como ter a pretensão estúpida de resolver o problema dos pobres pela política, se também hoje, como ontem, o povo é mais que sobrecarregado com pesados fardos que os políticos não carregam? E você que insufla o povo, não percebe que também está pondo fardos nas costas dos excluídos? Não, o Reino de Deus haveria de ser (e será) implantado no Espírito, para o Espírito e pelo Espírito Santo de Deus. E se falamos em Espírito, tudo aquilo que é físico deve ser apenas um pequeno “acréscimo”. Um mísero acréscimo! Nada mais que isso!



Vejamos ainda na Palavra de Deus: “O Espírito é que vivifica, a carne nada aproveita! As palavras que vos tenho dito são Espírito e são vida ( Jo 6,63). Mas aquele que se une ao Senhor é um Espírito com Ele (1 Cor 6,17). Segui o AMOR e procurais com zelo os dons espirituais...”(1 Cor 14,1). São exemplos claros da predominância absoluta do ESPÍRITO sobre o físico. Do espiritual sobre o material.



Onde, então, encontrar nesta mesma Palavra divina uma única justificativa para uma tal aberração “teológica”? Como pode um monstro destes frutificar e encontrar não só adeptos, mas tão furiosos seguidores? Isto só pode provir de pessoas cegas, tomadas de ódio, cheias de inveja e completamente falhas na oração. Sim, ORAÇÃO! Eu nunca vi ninguém desta gente rezar de verdade e com o coração. A sua alma está voltada apenas para o mundo. E o mundo cega as pessoas. Cega para a realidade. A impressão é que diante de seus olhos está apenas comida... ou cifrões!



A pergunta vem sólida e perfeita: por que uma teologia condenada pelo Papa ainda encontra eco em nosso meio, depois de mais de 20 anos? Como podem ser tidos por Igreja tantos destes que deturpam de forma tão cruel o Evangelho de Jesus? É exatamente porque existem dentro da Igreja, principalmente aqui na América Latina, estes monstros que deturpam as Palavras de Jesus. Pregam um Evangelho morto, um Cristo guerreiro e falso, uma palavra de rancor e da guerra entre classes sociais. Enfim, este “Jesus político e fantoche”, simulacro de um Deus de ódio, atrairá a Ira Santa e Justa do Pai. Então, Ele caçará com lanternas cada um dos que hoje subvertem a Sua Palavra Divina, distorcendo as nossas verdades sagradas e criando este falso evangelho, que em toda a parte prolifera como um câncer mortífero, ladrão e assassino de almas. Então o Pai, na justa medida, haverá de revelar a verdade àqueles que desobedecem ao Pastor que disse: “Depois que o comunismo acabou, não se fala mais nesta teologia”. Ai dos que desobedecem o pastor! Ai dos que desejam sua morte!

Assim, para deixar bem claro o monumental estrago que esta herética forma de interpretar e viver a Palavra de Deus tem causado entre nós, vou citar uma “fábula fabulosa”, que me chegou outro dia às mãos, vinda sei lá de onde, e que dá uma idéia dos frutos podres desta árvore “teológica”. Ela é o retrato da Igreja do Brasil, em algumas dioceses.



Eis a FÁBULA: Conta-se que um dia destes, satanás, cheio de si e de suas conquistas, prometeu a um católico de uma destas dioceses que seguem a orientação da “opção preferencial pelos pobres”, que falaria a verdade se ele o acompanhasse num passeio, a fim de conhecer suas belas obras e grandes conquistas. Então, ele ia provar que a Igreja estava já destruída e que o mundo inteiro já era dele. O dito católico aceitou.

Foi assim: Iam os dois passeando pela rua, quando o católico observou dez demônios, que vinham conversando alegremente.

- Que têm eles, que parecem tão felizes? -, perguntou o católico.

- Ah! - disse o maligno - estes dez são meus asseclas mais ladi-

nos. São os meus doutores em “teologia”. Eles estão vindo da reunião onde foi feito o novo catecismo da diocese. Deu tudo certo! Acabamos com aquele maldito e antigo “Meu Pequeno Catecismo” e introduzimos um “novo”. Ficou agora com muito mais aulas de sexo, Educação Moral e Cívica e Estatística do que de religião. Contém mais sobre amizade, que de Jesus e... daquela Senhora. Há menos de Eucaristia e mais de libertação e cidadania. As crianças vão continuar comungando só aos 12 anos ou mais, conforme o meu plano e não aos 7, no início da idade da razão, como devia ser. Uma grande vitória! Tem até três aulas de Ecologia no “catecismo”. “Ah, ah, ah!”- riu o maligno!

Seguiram adiante. Logo encontraram outros três demônios e estes não pareciam assim tão satisfeitos.

- Que deu com eles? - perguntou o católico.

- Ah! Eles estão vindo da reunião onde aprovaram o texto da Via

Sacra da Campanha da Fraternidade deste ano. Eles estão furiosos, porque não conseguiram tirar aquela velha e surrada jaculatória “Nós vos adoramos...”, que há no começo de cada estação!

- E que tem isso a ver?

- É que eu não aceito que se diga isso. Eu não quero que adorem

a Deus mas a mim. Já o resto ficou bom. Trata dos desempregados, dos milhares de mortos, dos “sem terra”, “sem casa” e tudo o mais. Lá eles tratam apenas dos problemas do bairro, que se deveria até discutir nas associações de moradores. Isso quer dizer que eles vão lá na frente do Cristo contar os seus pecados, como se Deus fosse o culpado e não o inverso. Eles deviam ir lá chorar amargamente todos os seus próprios pecados, pelos quais Cristo morreu. E isso faz Jesus sofrer ainda mais! Tá bom!

Seguindo, foram visitar algumas igrejas. Na primeira delas havia uma multidão de pessoas, discursos inflamados, aplausos, mas estranhamente havia apenas um velho demônio fumando cachimbo lá no alto da torre da Igreja.

- Por que só um demônio, e tão tranqüilo, se há tantas pessoas rezando?

- Que rezando, que nada! Esse é o pessoal de uma tal teologia ,

discutindo se vão ou não pagar a dívida externa do Brasil. Eles só discutem “neoliberalismo” e “política excludente”. Parecem disco de vitrola furado. Eles só sabem falar mal e xingar os outros, mas salvar almas, nada. Esse pessoal é político-partidário e Jesus nunca foi político. Ele sempre chutou nos meus fariseus, saduceus e zelotes... que tanto me ajudaram! E afinal, eles próprios não passam de fariseus, porque falam, falam, mas não fazem nada! Vivem todos gordos e bem alimentados... instigando os famélicos a buscar seus direitos...Tá ótimo, assim trabalham para mim!

- Não!... Mas eu estou ouvindo eles falarem em Jesus!

- Que Jesus, coisa nenhuma! Esse Jesus que eles pregam é um

revolucionário anti-cristão. Um sujeito capaz de pegar numa foice e sair matando gente numa invasão de terra. Se Jesus tivesse aprovado tal aberração doutrinária, eu já teria degolado a todos os homens da terra e levado o mundo inteiro para ... a minha casa!

- Então, para que aquele velho diabo lá na torre?

- Simples precaução! Apenas para evitar que alguém tenha a

maldita idéia de rezar um Pai-Nosso no começo ou no fim de uma reunião destas! Se alguém ali quiser rezar, ele tira da cabeça!

- Mas tem gente boa no meio deles!

- Sim, mas tem muito mais gente manipulada e iludida pelos meus. Veja que um dos seus expoentes é um tal de padre falido, que largou a batina para viver amasiado. Como podem achar que este cara é uma árvore de bons frutos? Veja o anel preto que eles usam nos dedos. Este é o anel da opção pelo mundo. Da opção deles pelo meu Reino, porque aqui mando eu! Eles, de certa forma, trabalham é para mim.

Foram à outra Igreja. Lá chegando, havia um milhão de demônios voando ao redor, todos espavoridos e gritando desesperados...

- Que é isso? - perguntou o católico - e por que gritam tanto?

- Arre! - disse o maligno - isso é por causa de uma velhinha que

está lá rezando o Terço diante do Sacrário. A cada vez que essa velha pronuncia o nome de Jesus e...d’Ela, você sabe Quem é... a Grande Senhora, então meus galfarros têm de gritar assim apavorados, pois essa oração é a que mais nos mete medo. E terminou dizendo:

- Assim não dá. Tenho que fazer esta velha parar de rezar, senão ela acaba com o meu reino neste mundo!



A moral da história você percebeu. O bom é a gente saber que enquanto houver uma velhinha rezando o Rosário, nem tudo estará perdido. Então, vamos arrumar alguns milhões de rezadores do Rosário, velhinhos, mocinhos, crianças... e teólogos libertadores. Então, nenhum demônio nos resistirá, pois nos libertaremos dele! Ausente o maligno, quem sabe até estes “libertadores” acabarão se convertendo?



Temos aí, nesta pequena e despretenciosa fábula, um retrato perfeito da Igreja de algumas das dioceses deste país. Nego-me a comentá-la, mas acho-a extremamente verdadeira e dou os parabéns para o seu autor. Lá se vão anos inteiros de luta dos adeptos desta teologia, somam-se mais e mais os seus frutos podres, caem mais e mais os resultados, entretanto tudo morre ao redor. Apenas alguns cegos não se apercebem da realidade: a sua “teologia” está morta e à beira do sepulcro! Da mesma forma, pode-se ver o quanto é pernicioso o envolvimento político-partidário na Igreja. Como justificar que justamente o partido X, que certos setores da Igreja têm apoiado, seja de fato o promotor único e perpétuo defensor no congresso de tantos temas satânicos? Entre eles estão a busca da aprovação da lei do aborto, das uniões entre pessoas do mesmo sexo, da liberalidade sexual e do uso de contraceptivos proibidos pela Igreja e até mesmo a eutanásia. Que moral terão em suas homilias os sacerdotes que pugnam por um tal partido? E que dizer dos sacerdotes que ganham hoje salários mensais de políticos para os apoiarem nas atuais campanhas? Fujam disso, sacerdotes! Voltem aos sacrários! Ao Rosário! Voltem aos confessionários! Jesus quer ALMAS, não cestas!



Até nesta questão de Igreja Católica envolvida com partido político, a Palavra de Deus nos deixa exemplo claro. Muitos dos que seguiam Jesus e viam seus muitos milagres, e principalmente a forma perfeita como Ele multiplicava o pão e o peixe, por diversas vezes quiseram fazer Dele um rei. Jesus teve de usar de muita diplomacia e mesmo fugir deste tipo de povo. Pois aqui no Brasil não tem sido diferente. No seu tempo, Jesus realizava concretamente; aqui, mal surge um mentiroso qualquer prometendo terra, casa e comida de graça para todos, e já querem fazer dele um Presidente da República. E vai por aí...

Como já disse, tenho atendido pelo telefone centenas de pessoas do país inteiro, que nos têm passado verdadeiras barbaridades, exatamente nas dioceses com este tipo de orientação. Vejam algumas destas coisas terríveis e imaginem se não está um caos:



1) Numa paróquia qualquer, um padre escrevia para outro com todas as letras: “Infelizmente, o diabo já conseguiu implantar o Rosário aqui dentro da minha paróquia”!

2) Noutra paróquia, um senhor que já havia assistido a uma Santa Missa naquele domingo, foi de novo procurar a Eucaristia em outra Missa, quando o sacerdote disse: “Sai daqui, seu fariseu! Não pense que eu vou lhe dar a comunhão de novo”!

3) Noutra paróquia, uma senhora abnegada tentava implantar a reza do terço diário na Igreja matriz. Quando o padre soube e a encontrou, disse-lhe: “Sua beata, não pensas que vais introduzir o terço aqui na “minha” igreja! Não e não! Some daqui!”. (Ela hoje reza o terço em casa, com mais de 50 pessoas)

4) Noutra ainda, e a respeito do terço, aos fiéis que tentavam introduzi-lo antes do início da Santa Missa, disse o pároco: “Vocês nunca vão implantar o terço aqui! Nem passando por cima do meu cadáver!”. (Em dois meses já se rezava lá o terço).

5) Numa outra, as pessoas pensavam criar grupos de oração, produzir e difundir material neste sentido para a evangelização, inclusive imagens de Nossa Senhora mais baratas. Disse o Bispo: “Por que vocês não usam seus recursos em cestas básicas?”.

6) Numa paróquia do norte, uma pessoa me dizia: “Aqui na matriz e numa capela próxima, somos apenas seis pessoas que rezam. O resto só fala em libertação!”.



Pois bem, todas estas “orientações seguras” provêm de paróquias onde está implantada esta dita “teologia” de encher buchos e ressequir almas. Todos estes sacerdotes e até bispos têm seus horríveis anéis pretos nos dedos, feitos de coquinho, que simbolizam uma aliança com este mundo ou em prol das coisas deste mundo e, portanto, que passam. Que acontecerá quando quebrar o coquinho? Ficarão sem marca?



Ora, Jesus não quer que sejamos marcados por um anel preto (se pelo menos fosse azul ou branco) e sim com uma CRUZ! Este é o nosso SINAL, esta é a nossa MARCA. Eis por que a Palavra diz ao anjo exterminador: “Não toquem, todavia, em quem estiver marcado por uma cruz”(Ap 7,3). Já quem tiver um anel preto, certamente não estará aliado com Deus! Quando a consciência deles começar a arder, o primeiro a pegar fogo será o anel... junto com o dedo!



Ora, ninguém pode servir a dois senhores, porque ou odiará a um e amará o outro ou dedicar-se-á a um e desprezará o outro (Mt 6,24). Se não podemos servir a dois senhores, como poderemos ter o desplante de usar em nosso corpo a marca de ambos? Ou você usa o anel que o prende e aprisiona a este mundo, que já tem seu dono, ou você usa a Cruz que liberta e o leva ao céu, a meta de todos nós! Usar os dois é desfaçatez! É acender uma vela para Deus e duas para o diabo! Não bastasse isso, observem a simbologia incrível destes dois sinais: o anel fecha-se no espaço diminuto e finito de si mesmo, e perde-se em seu pobre mundo interior; a CRUZ abre os seus braços até o infinito para encontrar o eterno e mergulhar no “Tudo”. A escolha é sua!



Enfim, os adeptos desta utopia religiosa são pródigos em reuniões. Eles quase nada fazem, além de milhares de intermináveis reuniões! Ali fala-se mais em política que em Deus! Pouco se reza e muito se discute! Vamos deixar bem claro uma coisa: TODOS os assuntos que não dizem respeito à Igreja, à Fé, e à Doutrina obrigatoriamente, devem ser tratados FORA das reuniões da Igreja! Por isso, as questões de terra, moradia, comida, emprego e principalmente política partidária, JAMAIS devem entrar na Igreja. NUNCA!



Isso é assunto para o católico, sim, obrigatoriamente, mas para serem tratados nas associações de bairro, nos sindicatos e outras entidades afins. Misturar os dois é colocar Deus e o diabo juntos no mesmo saco, pois fé nada tem a ver com política, nem doutrina de Jesus com partido político. É como cometer um pecado de sacrilégio. Na comunhão sacrílega, segundo nos ensina São Cirilo, a pessoa recebe junto Deus e o diabo. Só que, entrando no corpo do homem, Jesus vai para a lata de lixo e o diabo para o trono. Assim, misturar o sagrado com o profano é oferecer Jesus em sacrifício a satanás. É dar pérolas aos porcos (Mt 7,6) Quanta pérola estragada! Outro dia, fui convidado a acompanhar um sacerdote, numa reunião diocesana onde estavam dois párocos, junto com representantes oficiais da diocese e representantes de paróquias, ao todo quinze pessoas. (Havia lugar preparado para 150 pessoas – o pessoal já está tão escaldado com eles, que todos fogem).

A gente não sabia muito bem o que seria discutido na reunião, mas era alguma coisa sobre planejamento, coisa de Brasil, para estabelecer diretrizes da Igreja. Pois bem! Eu imaginava que, por estarem ali dois sacerdotes, se haveria de começar a reunião com uma oração, ao divino Espírito Santo, ou pelo menos uma Ave-Maria, quem sabe um Sinal da Cruz? Ledo engano! Abertos os trabalhos, o chefe da tal reunião secamente começou dizendo: “A pauta de discussões está aberta. Primeira pergunta: ‘Vamos ou não pagar a dívida externa?”. Eu quase desmaiei. Por que a gente tem de discutir estas coisas tristes, como Igreja? “O que é que estou fazendo aqui?”, pensei. Na verdade, fiquei a reunião inteira mudo e cabisbaixo, sem saber o que dizer, nem querendo mesmo dizer nada! Tinha vontade mesmo é de chorar! Isso é prova de uma pobreza de idéias tão grande, que ultrapassa os limites da plena estultícia. A reunião terminou fria e sem graça, típico daquilo que não tem a benção de Deus. Uma decepção! Ao final, um dos presentes me questionou: “Como é, Aarão, você sempre tão loquaz, hoje não disse nada?”. “Sabe”, respondi, a ele em particular, “se eu fosse dizer alguma coisa, jogaria um balde de água tão fria nesta reunião de vocês, que ela iria terminar no tapa. Por isso preferi ficar calado! Que adiantam, afinal, quinze paspalhos como nós, ficarmos discutindo se vamos ou não pagar a dívida externa? Isso não é assunto para discutirmos enquanto Igreja, mas enquanto cidadãos! E, afinal, mesmo que estivessem na reunião 15 milhões de brasileiros, ainda não adiantaria!”. EM TEMPO: a reunião terminou sem uma Ave-Maria!



Você, caro leitor, observe o que acontece em sua diocese cheia de reuniões de 20 CPCs diferentes, todas ao mesmo tempo. Aqui em nossa cidade, certo dia, três chefes de pastorais marcaram reunião, no mesmo horário e mesma sala. Pior, para não perder a reunião, alguns saíram durante a Santa Missa, antes da consagração e comunhão. Foi aquele fuzuê quando perceberam estarem todos na reunião errada, pois ali se discutia a preparação da “festa” do padroeiro! Para que esse tipo de reunião? Para discutir política, falar mal dos outros, fazer futrica entre as diferentes pastorais, criar mais grupos antagônicos e dividir a Igreja em alas! Só isso! Quantas delas já frutificaram? Nenhuma! Talvez algumas, por algum tempo! Há reunião inócua demais e gente para rezar de menos! Eis a verdade!



Eu mencionei a “festa” do padroeiro. Vou ser direto e bem objetivo e vale para todos os católicos deste país: a Igreja deve ser mantida apenas com o dízimo e as doações. Todas as promoções, como bailes, venda de bebidas e cigarros, justamente o que a Igreja “prega contra”, ou que vise construir obras paroquiais à custa de molho de galinha, vêm do diabo!

Faço agora dois CHAMADOS!

Primeiro: dirigido a qualquer pessoa deste imenso país, que porventura ler este artigo e que afinal siga esta orientação pestífera e mortal. Que ache, que encontre em todo o mundo UMA só pessoa, uma única, que tendo seguido esta maléfica proposição “teológica” tenha mudado de vida, tenha se CONVERTIDO, tenha abraçado a fé católica ou mesmo voltado para o Deus da Verdade e do Amor! Que tenha se jogado nos braços do Pai como criança recém-nascida. Que esta pessoa tenha se confessado, feito uma profunda revisão de vida, uma escolha definitiva por Deus e por aquilo que vem Dele. Que tenha abandonado a busca daquilo que é terreno, passageiro, mortal, falível e enganador, para buscar ACIMA de tudo às coisas de Deus! Que me tragam este ÚNICO convertido... e eu vou dizer: “Você é um aborto da natureza! Mas , parabéns! Mesmo assim, você é uma jóia de Deus! Sim, uma jóia! Eu perdi uma aposta... e Deus ganhou uma alma! Glórias ao Pai!”.



Faço este chamado com absoluta segurança, porque este homem não existe! Seria possível então parodiar, usando a frase do poeta: “Mercador de aluguel, quais são teus zoilos?” Ou seja: figueira maldita, onde estão teus frutos? Onde estão as obras espirituais desta ala radical da Igreja? Que fizeram eles para o Reino de Deus nestes últimos 20 anos? Divisão, discórdia, animosidades, invejas, ciúmes, intrigas, lutas, morte, sangue... Onde estão os teus bons frutos, “teologia” perversa? Ainda não viste que estás morta? Ainda não percebeste que estertoras? Ainda não sentiste até onde te levou a tua cegueira? É exatamente sobre ti que cairá o sangue derramado em tantas invasões de terras! É apenas de ti, que instigas os outros à luta, que serão cobradas as almas que porventura se perderam neste tempo, pois as alimentaste de ódio... não de AMOR!



Segundo: dirigido a todos, sejam sacerdotes ou leigos, todos os que trabalham na evangelização, aos católicos todos deste imenso país. Releguem as cestas básicas para um plano apenas secundário! Voltem à oração! Salvem almas! Saciem, antes, as almas, depois as barrigas. Vivam o verdadeiro Evangelho com a vida. Preguem e vivam a confissão e a conversão! Confessem-se! Adquiram as indulgências! Amem a Maria e A levem nos braços! Maria vos levará no colo. Vivam os sacramentos como fontes de vida verdadeira e eterna.. Principalmente, amem a Sagrada Eucaristia; encham as igrejas em fervorosas Santas Missas! Voltem à obediência ao papa... Então, tenham certeza, em menos de dois anos (não 20 anos) teremos um país viável e uma sociedade mais justa. E nunca mais haverá aqui nem “excluídos”, nem “marginalizados”! Assim, como num passe de mágica!

Também não haverá mais nenhum “sem terra”, nenhum “sem casa”, nenhum “sem comida” e nenhuma barraca de lona preta na beira de estrada. Não haverá mais menores abandonados, nem moradores de viadutos, nem filas de pedintes. Não pediremos mais nenhum tostão ao FMI, não haverá mais ladrões no governo, porque então teremos um GOVERNO de verdade. Tudo isso o Senhor nos dará em troca. Só mais algumas exigências: devem abandonar estas pastorais inócuas, principalmente as ligadas a terra e à busca do que é terreno, pois até saúde teremos. Devem atuar furiosamente na pastoral da catequese e trabalho vocacional. Os grupos devem ser de ORAÇÃO.



Aliás, não fosse o esforço monumental de alguns sacerdotes santos em seu amor extremado a Nossa Senhora, o empenho da Renovação Carismática, a persistência dos grupos de oração que funcionam ainda, mesmo contra todas as correntes, já tudo estaria perdido. Assim, é preciso mudar urgente de rumo, caso contrário, daqui a dois anos vocês não terão mais nenhum rebanho para apascentar. As suas igrejas, que hoje estão “às moscas”, estarão entregues às corujas e ratazanas. Vocês estarão sozinhos! Entrementes, as seitas estarão abarrotadas.. e o inferno cheio de “cabritos”! Pois o Pai só vos pedirá conta das almas! Toda a AÇÃO, que Ele EXIGE de vós é levar-Lhe um número sem conta de ALMAS. Sim, muitas almas! Sim, está muito perto o dia em que o Senhor passará perto de ti, sacerdote, e por ti, leigo, que pregam este falso evangelho. Ele virá faminto de almas! E perguntará: “Onde estão as ovelhas que vos confiei?”. “Por que as deixastes ir para as seitas e não fostes atrás delas?”. “Por que as desviastes do bom caminho e as alimentastes com a mentira?”. “Vejo lá na terra do inimigo alguns gordos cabritos assando! Por que fizestes isto?” Ai de vós, se Ele não encontrar nenhuma “ovelha” no redil!...



E agora você sabe que não tem NENHUMA alma para apresentar ao Senhor, não sabe? Porque todos os que seguem esta teologia não levam NINGUÉM para o céu! Muito pelo contrário, são capazes é de induzir as pessoas ao ódio e levá-las à perdição eterna das almas. Seu celeiro está vazio! Suas lamparinas estão secas e o Noivo está próximo. “Eis que Eu venho!”. E o povo faminto responde: “Vem, Senhor Jesus! Nós não suportamos mais tanta fome de Ti!”. Sim, é isto que o Pastor virá buscar: ALMAS! Depois sim... também as tuas cestas de alimentos!



Seria o momento agora de se falar dos grandes e responsáveis por todos estes descaminhos. Os pastores do rebanho! Mas não se deve falar mal dos sacerdotes. Deve-se rezar por eles. Deve-se amá-los! Jesus tem um amor especialíssimo por eles.

Afinal, cada localidade tem o sacerdote que merece. Em nenhuma outra situação se poderia aplicar tão bem aquela bonita frase que está no livro do pequeno príncipe: Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas! Sim, caro paroquiano, tu és responsável pelo teu sacerdote. Não para xingá-lo mas para rezar por ele, independente de ele usar ou não aquele anel preto.



Na verdade, os sacerdotes quase foram dizimados pelo inimigo e foi apenas pela falta das nossas orações que eles chegaram a isso. Sim, porque eles próprios não rezam mais, entretanto até isso é responsabilidade nossa. Se quisermos um bom sacerdote, afundemos os joelhos no chão por ele. Sim, já 2/3 deles não acreditam mais na Eucaristia! Com isso os demônios dançam diante de muitos sacrários. Sim, já 97% deles não levam mais uma vida santa? E se todos eles fossem santos, todos nós seríamos santos. Sim, muitos deles estão apenas atrás de cesta básica ou preocupados com o próprio bem estar. Sim, a maioria já apascenta (...) apenas a si mesmo? Sim, a maioria não se confessa nem confessa mais? Sim a maioria não reza mais, nem a liturgia das horas, nem o rosário, nem faz mais a hora de adoração diária ao Santíssimo... sim, tudo isso!



AME muito ao seu sacerdote! Reze por ele! Assim, quando o Pai perguntar ao sacerdote: “Que é feito do rebanho de almas que te confiei?”, você, cara ovelhinha, que rezou por ele poderá se antecipar dizendo: “Eis-me aqui, Senhor”. Então, Ele será brando em Seu julgamento! Agora, se você não rezar, o Justo Juiz não terá contemplação! Nem de você, nem muito menos, dele.



D) O VERDADEIRO SACERDOTE:



Para terminar, vou colocar um texto sobre a vida de São João Maria Vianney, o famoso Cura D’Ars, que dá um arremate pleno ao texto. Este santo nos dá o exemplo de como se deve dirigir uma Igreja, certificando-nos que é esta - e APENAS ESTA- a Igreja verdadeira de Jesus. E é este o verdadeiro sacerdote de Jesus! Vejam o poder da oração! (2)

“Quando São João Maria Vianney chegou à pequena e pouco conhecida cidade de Ars, alguém lhe disse, já sem nenhuma esperança:

- Aqui não há nada mais para fazer!

- Então é sinal de que está tudo ainda para faze - respondeu ele!

E em seguida começou o seu trabalho. Levantava-se cedo, às duas horas da madrugada e punha-se em oração diante do sacrário, dentro da igreja escura. Recitava suas orações, fazia meditação e preparava-se interiormente para a Santa Missa. Depois da Missa, dava ações de graças e prosseguia com suas orações até o meio dia.

Rezava sempre de joelhos, sobre o piso nu da igreja e sem se apoiar em nada, permanecendo com o terço nas mãos e olhar fixo no Sacrário. Assim foi por algum tempo. No início, a igreja estava vazia. Mas depois, ele teve de mudar seus horários, a ponto de precisar modificar comple-tamente o seu programa diário. Jesus Eucarístico e a Santíssima Virgem iam atraindo, pouco a pouco, as almas daquela pobre paróquia, até que a igreja foi considerada pequena para conter as multidões, e o confes-sionário do Santo foi pressionado por filas intermináveis de penitentes. Em breve, viu-se ele obrigado a ouvir confissões durante dez, depois quinze e até dezoito horas todos os dias. O próprio governo francês se viu obrigado a construir uma estrada de ferro para os peregrinos. Como se dera a modificação? Uma igreja pobre, um altar sem atrativos, um sacrário abandonado, um velho confessionário, um sacerdote desprovido de meios e pouco inteligente - como ele poderia operar naquela aldeola desconhecida uma transformação tão admirável? (1) e (2) (Do livro “JESUS, Nosso Amor Eucarístico”, do padre Estevão M. Mantelli)



É esta a Igreja de Jesus. A Igreja do Santo Cura D’Ars. Do “João Maria Vianney comilão de batatas”, como o demônio o chamava todas as noites, quando lhe vinha puxar os pés. Uma Igreja pequena e pobre de atrativos e riquezas físicas, mas rica e pródiga em graças e bênçãos. Uma Igreja de confessionários cheios... e consultórios psiquiátricos vazios. Uma Igreja do Rosário... que afugenta os demônios. Uma Igreja que não segue falsas teologias... mas que tem Nossa Senhora por catequista. Uma Igreja super alimentada pela EUCARISTIA... e não repleta de pão físico. Uma Igreja que faz calos nos joelhos diante do sacrário... e não calos na língua com seus discursos vazios. Uma Igreja que se reúne para rezar... e não para discutir e xingar. Igreja que ouve não o “grito da terra”, mas o grito das almas em perigo. Um Igreja indestrutível que vive o AMOR... não uma Igreja nati-morta que prega o ódio e a luta de classes. Uma Igreja que salva almas, que busca o Reino dos Céus e a Vida Eterna. Igreja que se prepara hoje para o Novo Reino!



Quando chegar o Novo Reino, só restará o AMOR. E nunca mais haverá teologia nenhuma! Já teremos sido então libertados de todos os falsos “teólogos” e de suas falsas igrejas, assim como todos os que seguem e pregam esta orientação contrária à orientação da Igreja, condenada pelo papa João Paulo II. E uma coisa é certa: se todos eles quiserem entrar neste Novo Reino, devem imediatamente trocar seu anel preto... por uma Cruz. Uma Cruz gravada bem fundo nos seus corações! Só a CRUZ salva e liberta! Liberte-se do anel preto, caro sacerdote. Ele cerceia, prende e amarra todas as suas ações. Use a Cruz que salva! Salve as suas ovelhas e salve-se você também!

Enfim, marquemos bem estas santas palavras de Jesus: “Não vos preocupeis por vossa vida, pelo que comereis, nem por vosso corpo pelo que vestireis... olhais as aves do céu... olhai os lírios do campo... Se Deus veste assim a erva dos campos, que hoje cresce e amanhã será levada ao fogo, quanto mais a vós HOMENS DE POUCA FÉ. Não vos aflijais, nem digais: que comeremos! Que beberemos? Com que nos vestiremos?” (Mt 6,25-32). SÃO OS PAGÃOS QUE SE PREOCUPAM COM TUDO ISSO.



Marquemos bem os dois textos negritados: homens de pouca fé! São os pagãos que se preocupam com isso! Eis as duas atitudes a serem mudadas. Haverá mudanças, se tivermos fé suficiente. Deixaremos de ter a atitude pagã de nos preocuparmos exclusivamente com as coisas do nosso corpo. Eis que apenas o Espírito santifica. A carne de nada aproveita!



E) AGORA UM EXEMPLO DE VIDA:



Constitui uma imensa desfaçatez a atitude de alguns que batem-se furiosos

em busca das coisas terrenas, imaginando cinicamente que apenas isso os justifica perante Deus. Mas não têm a coragem de viver na pele as mazelas, as dores, os sofrimentos, a fome e a miséria em que vivem os que são por eles instigados. Aí, sim, talvez tivessem moral suficiente para criticar a sociedade e o sofrimento que condena tantos infelizes. Agora, enquanto eles viverem no bem bom, comendo bem, dormindo otimamente, com seu belo carro, sua casa, suas mordomias, seu asseio pessoal, seu bom emprego, em suma, sua “podre vidinha”, eles não têm moral nenhuma, nem direito de criticarem a sociedade e muito menos de exigir que os outros façam aquilo que eles próprios têm covardia de fazer.



Um exemplo como o do indiano Padre Naveen, que veio ao Brasil exclusivamente para vivenciar e estudar esta “teologia”, deveria colocar vergonha em muitos. Ele vivia no meio dos pobres, comia o que eles comiam, dormia onde dormiam e se sujeitava a todos os ultrajes por eles sofridos. Desta forma, ele teria moral para pregar o mesmo, pois era capaz de viver sua teologia com a vida. Mesmo assim, diga-se com toda a clareza, o seu mérito seria quase nulo diante de Deus se ele, como sacerdote, deixasse de lado a celebração diária dos sacramentos, principalmente a Eucaristia e a Confissão. Ele terá que saber que o Senhor o enviou para o meio dos “excluídos” não para lhes mitigar a fome do corpo, mas para lhes salvar as almas. Destas duas tarefas, a de salvar a ALMA é infinitamente superior. Porque o corpo vale o peso de alguns míseros anos, mas a ALMA vale o peso da eternidade.

No mais, demos graças a Deus que ainda temos neste país pessoas sérias, padres e bispos sérios, voltados para a Verdadeira Igreja, pregando o Verdadeiro Evangelho, seguindo o Verdadeiro Catecismo, falando da Verdadeira Tradição e vivendo a Verdadeira Doutrina de Jesus. A estes que seguem a Verdade, a nossa profunda admiração.



Tratando-se de sacerdotes, mencionamos o verdadeiro caos em que se encontram a maioria dos seminários católicos. Vamos dar um TESTE para ser feito com todos os alunos que ali se encontram. Seguinte: que os mestres e sacerdotes levem os iniciantes, por um ano inteiro, ao fervor, à oração, e principalmente ao amor a Jesus Eucarístico. Então: 1) Se, depois deste primeiro ano, eles forem capazes de ficar uma hora diária de adoração ao Santíssimo, e de rezar diariamente o Rosário, então prepare-se um altar para eles. Certamente, não só eles serão santos, mas santificarão os mestres também; 2) Se eles não conseguirem rezar tanto, nem amar suficientemente a oração e a adoração, podem ser mandados embora. Dali sairá um padre medíocre, pois a medida do sacerdote é o amor a Jesus e Maria; 3) Agora, se este mesmo, deixando de lado a oração, mesmo sendo o mais brilhante aluno do colégio, for capaz de ficar cinco horas diárias com o traseiro sentado numa aula de filosofia sem reclamar, então seja EXPULSO do seminário; provavelmente, no futuro, ele será o inventor de alguma teologia libertadora.



ECUMENISMO: Recentemente, fomos chutados na canela, por uma pessoa que criticava o livro “Mateus”, porque ali mencionamos o “Falso Ecumenismo”, onde estão citados termos como “protestantes” e “judeus”, que, segundo ele, deveriam ser substituídos(?) por outros. Ora:

1) Todo “ecumenismo” que não vise ao RETORNO dos nossos irmãos cristãos que se desgarraram, à Verdadeira Igreja, é FALSO, segundo as palavras do próprio Papa;

2) Toda iniciativa que vise à derrubada dos nossos Dogmas de Fé, seja qual for, apenas para agradar nossos irmãos evangélicos, é não só FALSA, mas também satânica;

3) Toda iniciativa que vise à quebra de nossas imagens sacras e de nossos objetos devocionais, apenas para agradar quem quer seja, em prol de uma união de todas as Igrejas, é FALSA e vem do maligno;

4) Toda iniciativa que vise cobrir as imagens de Nossa Senhora, com medo de desagradar nossos irmãos evangélicos é FALSA;

5) Toda iniciativa que vise à derrubada dos sacrários, à aceitação do rito protestante da “ceia” em lugar da nossa fé na presença viva e real de Cristo na Eucaristia, bem como a retirada do Santíssimo, apenas para promover uma união das Igrejas, é FALSA e para isto nem mesmo o termo “satânico” é apropriado.



AFINAL, seria como reconhecer perante o mundo que apenas nós estivemos sempre errados, enquanto estes espertinhos que, depois de 1500 anos de Igreja Católica Apostólica, a partir de Lutero, resolveram fundar suas próprias igrejas, estavam realmente certos. Sim, devemos promover esta união, pois nosso Deus é um Deus que une e quem divide vem do adversário. Querem promover esta união mais facilmente? Juntem-se em oração! Reunam-se para rezar, e rezar e rezar! Sem discutir nada no início, apenas rezem! Não querem rezar juntos as mesmas orações? Rezem reunidos, orações diferentes. A única forma de começar esta união é pela ORAÇÃO, sem discussão, pois as diferenças são muitas. Depois, devagar e a seu tempo, o fogo Espírito Santo haverá de dobrar a todos e fazer esta tão sonhada união, pois no fim “haverá um só rebanho e um só pastor”( Jo 10,16).



ENFIM, Frei X, você que gosta tanto de Cuba, o problema não é reconhecer a Cristo na Eucaristia e não ser capaz de vê-Lo no rosto dos irmãos que sofrem, mas sim, ser incapaz de perceber que em Jesus Eucarístico está a solução de todos os problemas do mundo, seja dos ricos, seja dos pobres. Porque, “quem come Aquela carne e bebe aquele sangue, terá a Vida Eterna!” (Jo 6,54) A quem compreender isso, a vida terrena, mesmo miserável, não importa!



E para deixar mais claro ainda: se esta gente lesse o Novo Catecismo, em 2124, saberia que esta forma de libertação proposta ali é classificada clara e incisivamente como uma forma de ateísmo contemporâneo, porque busca uma libertação econômica, quando a libertação que Jesus veio nos trazer é apenas “libertação do pecado”. Pensar diferente, agir diferente é divergir do ensinamento do Papa.



F) INCULTURAÇÃO



Outra mistificação introduzida na nossa Igreja foi a teatralidade das cerimônias, quando, às vezes, o Santo Sacrifício a ser celebrado nada mais é que um simples ritual zabumba, muito mais próximo de um filme de aventura na selva africana, que da lembrança do Sacrifício Divino.

Eu próprio assisti pela TV, que gosta de escândalos como ninguém, a uma tenebrosa cerimônia, onde um certo cardeal brasileiro entrava na Igreja vestindo sarongue de palha e cocar de penas na cabeça. Brandia um “tacape” e dançava grotescamente, feito um sacerdote zumbi. No fundo da igreja, 30 mulatos vestindo peles de leopardo abertas no peito, com gorros e pulseiras, rufavam seus tambores de cultuar Exú, muito mais próprios de um filme de quem vai cozinhar o “mocinho e a mocinha” na selva africana, do que quem quer adorar a Deus.



Senhoras vestidas “à baiana” dançavam pelos corredores da “igreja”, pasmem, com cestos de oferendas de bananas e cocos na cabeça. Enfim, próximos do altar, pessoas erguiam os braços seguidamente, quase tocavam no Santíssimo, numa cena horrível. Jamais pude imaginar que alguém pudesse comparar “aquilo” a uma Santa Missa. No fim da celebração, disse o cardeal que “aquilo vinha do papa”. Ora, que papa? Não de João Paulo II, certamente, nem de nenhum de seus antecessores. Celebrar a Santa Missa desta forma é um desrespeito em qualquer parte do mundo, seja no Brasil, seja na África. É terrível, sem comentários. Uma coisa é adaptar partes dos costumes dos povos, mantendo o rito sagrado. Outra é descaracterizar uma cerimônia tão santa como a Missa, transformando-a em mero teatro, apenas para agradar seja a raça que for. A bem da verdade, forçar a volta de um povo a costumes tribais de 200 anos atrás, isto sim é discriminar uma raça, pois aqui somos todos e antes de tudo brasileiros. Não importa a cor! Devemos seguir aqui os costumes do povo brasileiro. O resto é abominação!



G) PLEBISCITO DA DÍVIDA EXTERNA



Tão em voga neste momento é o tal plebiscito , e mesmo por último, não poderia deixar de me referir a este lastimável fato. Numa Igreja de São Paulo, num mesmo quadro mural estão dois recortes de jornais de dois Bispos de dioceses vizinhas. Um conclama furiosamente o povo a votar, e a votar NÃO. O outro lastima pungentemente o envolvimento da Igreja Católica em tal escuso objetivo. Que tipo de Igreja é esta? Acaso é Una? Em outra diocese, o Arcebispo distribui carta a todos os párocos, proibindo-os de usarem seus púlpitos a fim de promoverem este disparate. Um outro bispo tenta coagir seus padres num corpo a corpo junto ao povo, para envolver a Igreja neste sórdido assunto. Uma coisa é certa: Deus cobrará caro cada momento de púlpito tirado da evangelização, para favorecimento desta coisa torpe. Já dissemos mil vezes: isso é assunto para a sociedade civil! Jamais para a Igreja!

Que fez Jesus? Ensinou a não pagar contas? Mandou a Pedro que fosse lançar um anzol, e na boca do primeiro peixe que pegasse acharia o “estátere” para pagar a conta de ambos? (Mt 17,26). E mais, que disse Ele? “Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus” (Lc 20,25). Não precisa dizer mais nada. Quem for inteligente entende! É mais uma coisa tão abominável, que realmente nos deixa à beira da angústia ver nossa querida e Santa Igreja Católica ser vilipendiada e ser esquartejada por pessoas que já não conseguem mais discernir a direita da esquerda. Não é à toa que Nossa Senhora previu que “se lançariam cardeais contra cardeais e bispos contra bispos”, em disputas vãs, causando um grande dano à Igreja. Estamos neste infeliz tempo.



Perdão, Senhor, mas não suportamos mais! É impossível, Senhor, que tenhamos de conviver mais tempo nesta angústia crescente. E por isso mesmo clamamos, do fundo do nosso coração, do fundo da nossa alma: “Vem, Senhor Jesus!”. Vem logo, para nos tirar do atoleiro em que nos metemos! Vem salvar Tua Santa Igreja, que nós já não mais podemos fazer nada... a não ser



REZAR!



Rezemos pela renovação da Igreja Católica.

- O segredo está no Rosário!

Rezemos para que ela quebre os grilhões de todos os anéis.

- A marca do cristão é a Cruz!

Amemos a nossa Igreja Católica Apostólica Romana!

- Quem ama a Jesus, ama a sua “bem amada”!

Lutemos pela nossa Santa Igreja, para que seja realmente Una.

- À luta se vai com as armas da fé!

Façamos da Igreja o nosso orgulho.

- Você só tem orgulho daquilo que conhece!

Agarremo-nos a nossa Igreja.

- As outras cairão como canoas furadas!

A igreja Católica reviverá!

- E Pedro será vencedor!

Enfim: obedeça ao seu bispo, ao seu padre... mas NUNCA deixe de rezar! A ORAÇÃO, hoje e sempre, é o PRINCIPAL!

EM BREVE! Eis que Eu venho! Amém!(Ap 22,20)

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