segunda-feira, 20 de abril de 2009

Bento XVI pede fim do racismo e da intolerância

Fonte: Terra Brasil
Antes da abertura da Conferência da ONU contra a discriminação racial

CIDADE DO VATICANO, domingo, 19 de abril de 2009 (ZENIT.org).- O Papa afirmou hoje, durante a oração do Regina Caeli com os peregrinos reunidos em Castel Gandolfo, que «só o reconhecimento da dignidade do homem, criado à imagem e semelhança de Deus, pode constituir uma referência segura» na luta contra o racismo.

O Papa fez estas declarações em referência à celebração, a partir de amanhã em Genebra (Suíça), da Conferência de exame da Declaração de Durban de 2001 contra o racismo, a discriminação racial, a xenofobia e a intolerância.

Trata-se, explicou, «de uma iniciativa importante, já que ainda hoje, apesar dos ensinamentos da história, se registram estes fenômenos deploráveis».

O Papa citou a própria Declaração, que define a humanidade como uma «família» unida apesar da diversidade, e que defende a tolerância como necessária para o progresso da civilização.

«A partir destas afirmações se requer uma ação firme e concreta, no âmbito nacional e internacional, para prevenir e eliminar toda forma de discriminação e de intolerância», explicou o Papa, sublinhando o papel fundamental da educação nesta tarefa.

«É necessária, sobretudo, uma vasta obra de educação, que exalte a dignidade da pessoa e tutele seus direitos fundamentais», declarou.

«A Igreja, por sua parte, reafirma que só o reconhecimento da dignidade do homem, criado à imagem e semelhança de Deus, pode constituir uma referência segura para este empenho».

Do reconhecimento de que toda pessoa tem sua origem e o fundamento de sua dignidade em Deus, acrescentou o Papa, «brota um destino comum da humanidade, que deveria suscitar em cada um e em todos um forte sentido de solidariedade e de responsabilidade».

Por último, expressou seu desejo de que os participantes na reunião «trabalhem juntos, com espírito de diálogo e de acolhida recíproca, para colocar fim a toda forma de racismo, discriminação e intolerância, marcando assim um passo fundamental para a afirmação do valor universal da dignidade do homem e de seus direitos, em um horizonte de respeito e de justiça para toda a pessoa e povo».

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