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Centenas de pessoas visitaram o túmulo do médium Chico Xavier por conta do centenário do seu aniversário de nascimento, na última sexta-feira (2). O corpo do líder espírita está enterrado no cemitério São João Batista e é um dos mais visitados.
No entanto, mais do que o fato de Chico estar enterrado no local, o que vem chamando a atenção do público são as gotas de água que emergem do busto construído em homenagem ao médium. Muitos acreditam que a água que sai da estátua tem poder milagroso e até de cura. Uma dessas pessoas é a operadora de produção Tatiana Mara Domingos Gouveia, 27 anos, para quem Chico ainda continua ajudando as pessoas, mesmo após a sua morte, em 2002. “Mesmo não tendo visto, eu acredito nisso. A espiritualidade dele era muito forte. O Chico continua fazendo o bem”, conta, explicando que fica emocionada todas as vezes que visita o túmulo do médium. “Eu sempre venho por aqui. Me dá uma sensação muito boa”, ressalta.
Já o médium Maurício Magalhães, conhecido nacionalmente por incorporar o espírito do médico alemão Doutor Fritz, crê que a água que emerge do objeto seja resultado de uma infiltração. No entanto, Magalhães, que ainda não foi ao local, não dúvida do suposto poder de cura da água. “A fé remove montanhas. Por isso, a água pode ter essa finalidade curativa, sim. Em se tratando do Chico, tudo é possível. Já vi outros fenômenos assim. Por isso, não duvido, não descarto. Quando a pessoa tem essa sensibilidade, a vibração dela pode entrar em comunhão com espíritos superiores e promover esse tipo de acontecimento”, ressalta, reforçando que os espíritos podem manipular qualquer tipo de matéria. “Pode ser possível, devido à fé e ao merecimento de cada um. O Chico tinha um grau de pureza espiritual muito alto”, completa.
Por outro lado, o psicólogo Marco Antônio de Paula, 52 anos, que há mais de 20 anos segue e estuda a Doutrina Espírita, é firme ao afirmar que não acredita no poder milagroso da água. Para ele, tudo não passa de um mito popular, como tantos outros já registrados. “É um fenômeno natural. As pessoas se apegam pela fé. No entanto, a Doutrina Espírita nos ensina a ser racionais”, observa.
Mesmo respeitando os que creem em tal fenômeno espiritual, o professor de física Eber Chaban acredita que como a superfície da estatua é porosa, é natural que aconteçam muitas infiltrações. “A água que entra tem de sair. Se ficar um bom tempo sem chover, por exemplo, e continuar a sair água, aí sim merece um estudo mais sério. Não duvido, mas nunca vi algo que explicasse esse acontecimento de outra forma que não científica”, conclui.
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