sábado, 21 de junho de 2008

Evangelho do dia 21/06/2008


Salve Maria!



sábado, 21 de junho de 2008



Santo do Dia



SÃO LUIS GONZAGA, RELIGIOSO (+1591), SJ. MEMORIA.
Ofício da memória
Missa própria: Prefácio Comum ou dos Santos.
Livro de 2º Crónicas 24,17-25



Leitura do Segundo Livro das Crônicas:

17Depois da morte de Joiada, os chefes de Judá vieram prostrar-se diante do rei Joás, que, atraído por suas lisonjas, se deixou levar por eles. 18Os chefes de Judá abandonaram o templo do Senhor, o Deus de seus pais, e prestaram culto a troncos sagrados e a imagens esculpidas, atraindo a ira divina sobre Judá e Jerusalém por causa desse crime.
19O Senhor mandou-lhes profetas para que se convertessem a ele. Porém, por mais que estes protestassem, não lhe queriam dar ouvidos. 20Então o espírito de Deus apoderou-se de Zacarias, filho do sacerdote Joiada, e ele apresentou-se ao povo e disse: "Assim fala Deus: Por que transgredis os preceitos do Senhor? Isto não vos será de nenhum proveito. Porque abandonaste o Senhor, ele também vos abandonará".
21Eles, porém, conspiraram contra Zacarias e mataram-no a pedradas por ordem do rei, no pátio do templo do Senhor. 22O rei Joás não se lembrou do bem que Joiada, pai do profeta, lhe tinha feito, e matou o seu filho. Zacarias, ao morrer, disse: "Que o Senhor veja e faça justiça!" 23Ao cabo de um ano, o exército da Síria marchou contra Joás, invadiu Judá e Jerusalém, massacrou os chefes do povo, e enviou toda a presa de guerra ao rei de Damasco.
24Na verdade, o exército da Síria veio com poucos homens, mas o Senhor entregou nas mãos deles um exército enorme, porque Judá tinha abandonado o Senhor, o Deus de seus pais. Assim, os sírios fizeram justiça contra Joás. 25Quando eles se retiraram, deixando-o gravemente enfermo, seus homens conspiraram contra ele, para vingar o filho do sacerdote Joiada, e mataram-no em seu leito. Ele morreu e foi sepultado na cidade de Davi, mas não no sepulcro dos reis.


- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.
Livro de Salmos 89(88),4-5.29-30.31-32.33-34



- Guardarei eternamente para ele a minha graça!
- Guardarei eternamente para ele a minha graça!
- "Eu firmei uma Aliança com meu servo, meu eleito, e eu fiz um juramento a Davi, meu servidor: Para sempre, no teu trono, firmarei tua linhagem, de geração em geração garantirei o teu reinado!"
- Guardarei eternamente para ele a minha graça!
- Guardarei eternamente para ele a minha graça e com ele firmarei minha Aliança indissolúvel. Pelos séculos sem fim conservarei sua descendência, e o seu trono, tanto tempo quanto os céus, há de durar.
- Guardarei eternamente para ele a minha graça!
- "Se seus filhos, porventura, abandonarem minha lei e deixarem de andar pelos caminhos da Aliança; se, pecando, violarem minhas justas prescrições e se não obedecerem aos meus santos mandamentos:
- Guardarei eternamente para ele a minha graça!
- Eu então, castigarei os seus crimes com a vara, com açoites e flagelos punirei as suas culpas. Mas não hei de retirar-lhes minha graça e meu favor e nem hei de renegar o juramento que lhes fiz".
- Guardarei eternamente para ele a minha graça!
Evangelho de Jesus Cristo segundo S. Mateus 6,24-34



Aclamação (2Cor 8,9)

- Aleluia, Aleluia, Aleluia.
- Aleluia, Aleluia, Aleluia.
- Jesus Cristo, Senhor nosso, embora sendo rico,/ para nós se tornou pobre, a fim de enriquecer-nos,/ mediante sua pobreza.

Evangelho (Mt 6,24-34)

- O Senhor esteja convosco.
- Ele está no meio de nós.
- Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo ? segundo Mateus.
- Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 24"Ninguém pode servir a dois senhores: pois, ou odiará um e amará o outro, ou será fiel a um e desprezará o outro. Vós não podeis servir a Deus e ao dinheiro.
25Por isso eu vos digo: não vos preocupeis com a vossa vida, com o que havereis de comer ou beber; nem com vosso corpo, com o que havereis de vestir. Afinal a vida não vale mais do que o alimento, e o corpo, mais do que a roupa? 26Olhai os pássaros dos céus: eles não semeiam, não colhem, nem ajuntam em armazéns. No entanto, vosso Pai que está nos céus os alimenta. Vós não valeis mais do que os pássaros?
27Quem de nós pode prolongar a duração da própria vida, só pelo fato de se preocupar com isso? 28E por que ficais preocupados com a roupa? Olhai como crescem os lírios do campo: eles não trabalham nem fiam. 29Porém, eu vos digo: nem o rei Salomão, em toda a sua glória, jamais se vestiu como um deles. 30Ora, se Deus veste assim a erva do campo, que hoje existe e amanhã é queimada no forno, não fará ele muito mais por vós, gente de pouca fé?
31Portanto, não vos preocupeis, dizendo: Que vamos comer? Que vamos beber? Como vamos nos vestir? 32Os pagãos é que procuram essas coisas. Vosso Pai, que está nos céus, sabe que precisais de tudo isso. 33Pelo contrário, buscai em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão dadas por acréscimo. 34Portanto, não vos preocupeis com o dia de amanhã, pois o dia de amanhã terá suas preocupações! Para cada dia, bastam seus próprios problemas".

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.

Comentários



Não vos preocupeis com o dia de amanhã



Intrinsecamente falando, todo o evangelho é belo, porque são as próprias palavras de Jesus, do próprio Verbo encarnado que nos chegam através dos quatro evangelistas. Entretanto, o de hoje é de uma beleza literária nítida e abre com um dilema: "Ninguém pode estar ao serviço de dois senhores. Não podeis servir a Deus e ao dinheiro". Logo a seguir pressupondo que o ouvinte opte por Deus, então o Divino Mestre repete insistentemente a recomendação: não vos angustieis.

Esta é a solução do dilema: abandonar-se à providência amorosa de Deus. Idéia que Jesus realça com duas belas imagens da natureza: Se as aves e os lírios do campo são objeto do cuidado de Deus, que provê gratuitamente à sua manutenção diária, quanto o mais será o homem, que vale muito mais.

"Não vos preocupeis com a vida, o alimento e o vestuário". Estas são exatamente as preocupações do homem de todas as épocas da história, desde Adão ao fim do mundo, quer ele seja pobre, quer rico. Por isso o aviso dirige-se tanto ao rico a quem sobra, mas que pode ser escravo da obsessão do ter e gastar, como ao pobre a quem falta e que igualmente pode ser dominado pela psicose da penúria.

Ora, nosso Pai que está no céu já sabe, desde toda a eternidade, que temos necessidade de tudo isso. Deus é Pai e é Mãe. A solução não é ficar preocupado com o problema a esse nível do ter ou não, de faltar ou não faltar, mas está no "sobretudo procurai o reino de Deus e a sua justiça; o resto vos será dado por acréscimo". Esta conclusão responde à atitude básica do cristão, seguidor de Cristo.

A opção preferencial por Deus e o seu reino - e não a opção preferencial pelos pobres ou pelos ricos - é a sábia e a divina, e, portanto, verdadeira solução. Mediante a opção prioritária por Deus e o seu reinado na nossa vida e no mundo, estabelecemos a hierarquia de valores querida e ensinada por Jesus. Ele não diz procurai "unicamente", mas diz procurai "sobretudo". Com isso, Ele não exclui o resto, mas coloca o remanescente no seu lugar apropriado.

Cristo sabe muito bem que cada um de nós não é ave nem lírio e que necessitamos de ganhar a vida com diligência e trabalho, mas descobrindo, filialmente, em cada passo a providência amorosa de Deus e confiando-nos totalmente ao Pai, sem angústia obsessiva pela aquisição sempre de novas coisas para a manutenção quotidiana. Como criança de peito depende sua mãe, muito mais devemos depender de Deus e confiar-lhe todos os nossos problemas, dissabores e dificuldades de toda a ordem.

A alguns céticos poderá parecer que a linguagem de Jesus no evangelho de hoje é um pouco romântica ou pelo menos pouco realista, a de um sonhador, um poeta, que fala de flores e passarinhos. Contudo, Cristo nunca falou como um sonhador, tão pouco, hoje, embora seja evidente a hierarquia de valores que estabelece e que choca frontalmente com a sabedoria dos nossos "sensatos" e tacanhos critérios.

O mundo moderno esforça-se mais do nunca por apartar Deus de suas cogitações, em qualquer campo da atividade do homem, gerando por isso uma crise de proporções insolúveis. Porém, não deixa de querer ter dinheiro para se sentir seguro face a todos os problemas dessa crise. A fome de segurança não se restringe ao dinheiro, mas também aos bens espirituais, ou seja, a psicose de segurança corre a par do possuir e do ter.

Ora, a obsessão de segurança total choca com a fé. Esta será sempre um risco, aventura e atitude de peregrino em marcha pela vida, rumo à eternidade. Isso faz com que não estejamos a salvo dos imprevistos de uma insegurança temporal, embora compensada amplamente por uma garantia superior de outro tipo.

A confiança e o abandono nas mãos de Deus que hoje Jesus nos pede é fé nAquele a quem servimos por amor e por quem nos sentimos amados. Deus sabe muito bem que necessitamos de muitas coisas para a subsistência de cada dia, que se fundamenta no dinheiro e nos bens que com ele se adquirem. Por isso, Jesus nos ensinou a rezar: dai-nos hoje o pão nosso de cada dia.

Esta confiança em Deus não é alienante, isto é, não nos exime da nossa responsabilidade nas tarefas temporais, não nos permite desinteressarmo-nos do nosso compromisso cristão no mundo. Já o diz o adágio: A Deus rogando e com o maço dando. Esse é o espírito da parábola dos talentos. A procura do Reino de Deus não exclui o desenvolvimento humano e temporal, antes o está pedindo. O homem é colaborador da obra de Deus no mundo.

Hoje devemos fazer um exame de consciência: qual é o deus a quem prestamos culto? É urgente uma opção ao dilema inicial: não podeis servir a Deus e ao dinheiro. A proposta de Cristo, a Sabedoria eterna e encarnada, é clara: livres da angústia existencial e da febre possessiva, procuremos antes de tudo o reino de Deus e a sua justiça (santidade), e o resto nos será dado por acréscimo.

(Apud "A Palavra de Cada Dia" de B. Caballero)

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