quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Alegrai-vos e exultai, porque é grande a vossa recompensa nos céus.


Paulinas
Mateus e Lucas colocam esta proclamação das bem-aventuranças como abertura de uma exposição mais ampla de Jesus sobre as características do Reino de Deus presente no mundo. O Evangelho, no seu todo, é um desenvolvimento das bem-aventuranças. Em Lucas temos uma situação concreta de pobreza. Com o acréscimo dos "ais" aos ricos e acomodados, ele confere uma dimensão social a esta proclamação. Em Mateus predomina o caráter de um programa de retidão de comportamento transformador, em vista do Reino dos Céus. As bem-aventuranças não indicam apenas o sentimento subjetivo de felicidade, mas, sobretudo, a ação libertadora de Deus e o estar sob seu agrado com aqueles que vivem uma prática coerente com seu Reino. Ao tomarmos conhecimento das bem-aventuranças, somos seduzidos a vivenciá-las. As quatro primeiras dirigem-se aos que sofrem opressão
e exploração do sistema social, anunciando a intervenção libertadora de Deus. São os pobres que choram e esperam por justiça. As quatro últimas apontam para aqueles que se empenham em uma prática transformadora do mundo. São os misericordiosos que se solidarizam com os sofredores; os que têm o coração desapegado das riquezas e livres para servir aos mais necessitados; os que promovem a vida e a paz, comprometendo-se com a luta pela implantação da justiça característica do Reino dos Céus, no seguimento de Jesus. Estes, empenhados até o martírio, são destacados na primeira leitura, redigida em estilo apocalíptico. Pela prática das bem-aventuranças, na plenitude do amor, somos, de fato, fi lhos de Deus. Estamos integrados na comunhão dos santos, na vida eterna.

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