quarta-feira, 3 de maio de 2017

O que é obsessão? Quem são os obsessores? Como agem? O que os atrai? Como afastá-los?

OBSESSORES

Quem são?
São espíritos maus que, consciente e voluntariamente, assediam encarnados (ou desencarnados), procurando exercer sobre eles ação insistente, dominadora, que os pode prejudicar.


O que os leva a agir assim?

São vários os motivos:

O desejo de vingança. Com a perturbação que causam, querem fazer sofrer quem os feriu, pessoalmente ou a seus entes queridos, nesta ou em outra encarnação. O agressor de hoje é aquele mesmo que foi traído, ofendido, arruinado, morto e que, desejando fazer justiça com as próprias mãos, pretende submeter o desafeto a sofrimentos mil vezes acentuados.
Vítima de ontem, verdugo de hoje.

Vítima de hoje, verdugo de ontem.

Para usufruir alguma situação, por meio do obsidiado.

Apegados a sensações materiais mas não dispondo mais de corpo físico para satisfaze-las, querem levar o encarnado a atos que lhes permitam usufruí-las; aproveitam e estimulam as tendências que o encarnado apresentar.

Ligação que mantêm com o obsidiado. São ligações profundas e desequilibrantes, que vêm desta ou de encarnações anteriores: paixões doentia, pacto, domínio de um e dependência de outro. Ex.: espírito querendo que o obsidiado retorne ao grupo religioso de que ambos participavam.
Por ser adversário do bem. Procuram agredir a pessoa ou grupo que se disponham a servir ao bem, ajudar ao próximo, divulgar a verdade.

As falanges obsessoras:
Constituem-se de espíritos inferiores e perversos que se organizam para revanche e domínio sobre encarnados e desencarnados, de um modo mais amplo e geral.

Hermínio C. Miranda, no seu livro Diálogo com as Sombras, indica alguns de seus participantes:

Dirigente das trevas. É aquele que comanda a ação de uma falange. Geralmente, fica oculto, embora exercendo a direção de tudo. Quando comparece à reunião de desobsessão é porque o trabalho do grupo desobsessivo está atingindo sua fase final. Então, como é de ação e comando, não tem paciência para dialogar, exige, ordena, ameaça, quer intimidar.
Planejador. Só planeja. Não expede ordens mas, sem ele, as trevas não teriam coordenação para as atividades.
Jurista. "Só" analisa o processo das vítimas e sentencia. Acha que distribui justiça.

Vingador. Não confia na justiça divina, ignora-a ou não tem paciência de esperar por ela; uniu-se à falange para tomar em suas mãos os instrumentos da justiça do "olho por olho, dente por dente".

Religioso. Apresenta-se falsamente como zeloso trabalhador de Cristo, empenhado na defesa da "sua" Igreja mas o que quer é continuar mantendo, mesmo no mundo espiritual, a posição de mando, destaque e privilégios, de que desfrutava na Terra, em nome da Igreja de Cristo. Às vezes, são meros fanáticos e, nesse caso, estão enganados e dominados pelas trevas.

Auxiliares da falange. Agem a mando dela e levados por diferentes motivos, tais como:

a) Estão subjugados e ameaçados de punição se não obedecerem;

b) Recebem algo em troca do que fazem (gozos, domínios, favores, privilégios dentro da falange e sobre os obsidiados);
c) Gostam do que fazem (maltratar, dominar), mesmo que não tenham nada de pessoal contra a vítima;

d) Pura inveja do bem-estar e felicidade dos obsidiados.
Magnetizadores e hipnotizadores. Dizem-se magos e feiticeiros. Agem com técnicas e recursos especiais, de sugestão e influenciação, de impregnação de substâncias e objetos. Basicamente, porém, os efeitos que possam causar serão sempre pela ação do pensamento e da vontade sobre os fluidos, efeitos que o pensamento e a vontade voltados para o bem podem evitar ou superar.

Como são, em verdade

Rancores, gritarias, desafios, violência, agressividade . . . São infelizes, a despeito de tudo que digam ou façam.

Querem o amor (que está sepultado em suas almas entre desesperanças e desenganos) mas temem confiar e novamente sofrer, e defendem-se na couraça do ódio, da agressão, da dureza de sentimentos.

No fundo, querem ser convencidos de seus erros para retomarem o caminho evolutivo que abandonaram há tempos, embora alguns receiem enfrentar as conseqüências do mal que já fizeram, enquanto outros não acreditam que possam ser perdoados e recomeçar.

Os Espíritos podem ver tudo que fazemos, porque estão constantemente nos rodeando. “Estamos cercados por uma nuvem de testemunha” como disse o apóstolo Paulo. Mas, só vêem aquilo que lhes interessa. Eles conhecem nossos mais secretos pensamentos, chegam a conhecer o que desejamos ocultar de nós mesmos. Os Espíritos levianos que nos rodeiam riem das pequenas peças que nos pregam e zombam das nossas falhas. Os Espíritos sérios se condoem dos nossos erros e procuram nos ajudar.

Os Espíritos influem em nossos pensamentos, de uma tal maneira, que, muitas vezes, são eles que nos dirigem.
Os nossos pensamentos chegam a se misturar com o pensamento dos Espíritos, nos causando uma incerteza, são duas idéias e se combaterem.

"Se um Espírito quiser agir sobre uma pessoa, dela se aproxima, envolve-a com o seu perispírito, como num manto; os fluidos se penetram, os dois pensamentos e as duas vontades se confundem e, então, o Espírito pode servir-se daquele corpo como se fora o seu próprio, faze-lo agir à sua vontade, falar, escrever, desenhar, etc. assim são os médiuns. Se o Espírito for bom, sua ação será suave e benéfica e só fará boas coisas; se for mau, fará maldades; se for perverso e mau, ele o constrange, até paralisar a vontade e a razão, que abafa com seus fluidos, como se apaga o fogo sob um lençol d'água. Fá-lo pensar, falar e agir por ele; leva-o contra a vontade a atos extravagantes ou ridículos; numa palavra, o magnetiza e o cataleptiza moralmente e o indivíduo se torna um instrumento cego de sua vontade. Tal é a causa da obsessão, da fascinação e da subjugação, que se mostram em diversos graus de intensidade. O paroxismo da subjugação é geralmente chamado "possessão". Deve notar-se que, neste estado, muitas vezes, o indivíduo tem consciência do ridículo daquilo que faz, mas é constrangido a faze-lo, como se um homem mais vigoroso que ele o fizesse, contra a vontade, mover os braços, as pernas, a língua." A.K.

A influência ocorre também durante o sono. Sem a proteção da armadura de carne que inibe as percepções espirituais das criaturas humanas, os obsessores conversam, à vontade com elas. “Dize-me como és e te direi com quem andas.”

OBSESSÃO: "É o domínio que alguns espíritos logram adquirir sobre certos pessoas. Nunca é praticado senão por espíritos inferiores que procuram dominar" (Livro dos Médiuns, Cap. 23 item 237)

"É a ação persistente que um espírito mal exerce sobre um indivíduo. Apresenta caracteres muito diversos, desde a simples influência moral, sem perceptíveis sinais exteriores, até a perturbação completa do organismo e das faculdades mentais." (O Evangelho Segundo o Espiritismo - cap. 25, item 81).

Kardec classifica a obsessão em: obsessão simples, fascinação e subjugação.

Obsessão simples é a mais comum, freqüente, e que poucas pessoas estão livres. Nesse tipo de obsessão o obsidiado permanece no pleno uso de suas faculdades mentais, conservando o discernimento, ele sabe que está errado nos absurdos em que incorre. Reconhece que sua conduta é irregular, não raro ridícula, como lavar repetidamente as mãos ou verificar à exaustão se trancou a porta ou desligou um aparelho elétrico. Numa conta de 2+2 ele sabe que o resultado é 4, mas ele debruça-se sobre a possibilidade de não ser esse o resultado. Diante de idéias infelizes acabamos envolvidos por perseguidores invisíveis que acentuam nossa infelicidade.

A fascinação é mais envolvente. Ela é desenvolvida por hábeis obsessores, estes não se limitam ao bombardeio de idéias infelizes. Atuando com sutileza e inteligência, tratam de convencer o obsidiado das fantasias que lhe sugerem. É como se o obsessor colocasse no obsidiado óculos com lentes desajustadas, confundindo-lhe a visão. O obsidiado numa conta de 2+2 ele não tem dúvida que o resultado da operação é 5. A influência maior ocorre durante o sono.

A subjugação faz com que o obsidiado paralise a vontade e comece a agir segundo a vontade do obsessor. Impondo-lhe muitas vezes gemer, gritar, agoniar, desmaiar e desvarios absolutamente incontroláveis. Boa parcela dos alienados mentais que estagiam nos hospitais psiquiátricos são vítimas da subjugação. No Evangelho (Lucas, 9) tem uma passagem de um pai que roga a Jesus dizendo: “Mestre, suplico-te que vejas meu filho, porque é o único; um Espírito se apodera dele e, de repente, grita, e o atira por terra, convulsiona-o até espumar, e dificilmente o deixa, depois de o ter quebrantado.”

Jesus afasta o espírito, e o menino livra-se do problema. A subjugação pode ser moral ou corporal. Na subjugação moral, o obsidiado é colocado muitas vezes em situações comprometedoras. Na subjugação corporal, o espírito atua sobre os órgãos materiais e provoca movimentos involuntários, podendo levar aos mais ridículos atos.

Na obsessão simples o indivíduo é perturbado por idéias infelizes.

Na fascinação o indivíduo se vê convencido delas.

Na subjugação pouco importa o que pensa. O obsessor controla seus movimentos, como uma marionete

A obsessão pode ser de:
Encarnado para encarnado: que são as pessoas carismáticas, que podem usar este carisma para o Bem, mas infelizmente podem também usar para o mau, como: Hitlher, casais ciumentos, filhos que se submetem aos pais, pais que se submetem aos filhos, oradores religiosos, etc.

Encarnado para desencarnado: as vezes vemos uma pessoa que bebe e dizemos que ele é um coitadinho porque ele é dominado pelo espírito, mas não é bem assim, ele atrai o espírito porque ele bebe, portanto, é ele o obsessor do desencarnado; ou então, aqueles que evocam os desencarnados quando falam neles com ódio, rancor, com saudades, etc.

Desencarnado para desencarnado: são os espíritos que dominam outros espíritos, obrigando-os a obsedar os encarnados, fazer favores constrangedores, etc.
Desencarnado para encarnado: ler página 66, item: "O que os leva a agir assim?"

Auto-Obsessão: o paciente apresenta estado mental doentio, idéia fixa em alguma coisa, manias, cacoetes, atitudes estranhas, recalques, complexos diversos, delírios e alucinações. Aqui, é o paciente o responsável por toda a sintomatologia e as causas residem nas dificuldades da vida, na educação mal conduzida, nas influências do meio ambiente, nos estados de desnutrição, nos distúrbios emocionais e, sobretudo, nas causas anteriores, de vidas passadas, gravadas no arquétipo do paciente, que se acha lesado ou dessintonizado.

O perispírito é o corpo do espírito, o que lhe dá a forma humana e que grava indelevelmente todos os atos e pensamentos do ser humano. Na união com o corpo, no processo da reencarnação, todas as falhas do perispírito tendem a exercer influência mais ou menos acentuada, tanto na área psíquica como física do paciente.

Comumente agem como fatores desencadeantes o remorso ou a falta de ambientação à nova vida e a não-aceitação da personalidade atual. Inconscientemente há retorno ao passado, cujos acontecimentos se acham arquivados no perispírito e a vivência deste passado, que se torna presente, leva com freqüência ao isolamento, ao autismo e a um tipo de vida em desacordo com o habitual do paciente. Várias entidades nosológicas (que classificam as doenças) da Psiquiatria atual se acham enquadradas nesse item.

"O homem não raramente é o obsessor de si mesmo" disse Allan Kardec - Obras Póstumas.

Tal coisa, porém, bem poucos admitem. A grande maioria prefere lançar toda a culpa de seus tormentos e aflições aos Espíritos, livrando-se segundo julgam, de maiores responsabilidades.

Kardec vai mais longe e explica: "Alguns estados doentios e certas aberrações que se lançam à conta de uma causa oculta, derivam do Espírito do próprio indivíduo." Tais pessoas estão ao nosso redor. São doentes da alma. Percorrem os consultórios médicos em busca do diagnóstico impossível para a medicina terrena. São obsessores de si mesmos, vivendo em passado do qual não conseguem fugir. No porão de suas recordações estão vivos os fantasmas de suas vítimas, ou se reencontram com os a quem se acumpliciaram e que, quase sempre, os requisitam para a manutenção do conúbio degradante de outrora.

Esses, os auto-obsidiados graves e que se apresentam também subjugados por obsessões lamentáveis. São os inimigos, as vítimas ou os comparsas a lhes baterem às portas da alma.

Mas existe também aqueles que portam auto-obsessão sutil, mais difícil de ser detectada. É, no entanto, moléstia que está grassando em larga escala atualmente.

Um médico espírita disse-nos, certa vez, que é incalculável o número de pessoas que comparecem aos consultórios, queixando-se dos mais diversos males - para os quais não existem medicamentos eficazes - e que são tipicamente portadores de auto-obsessão. São cultivadores de "moléstias fantasmas".

Vivem voltados para si mesmos, preocupando-se em excesso com a própria saúde (ou se descuidando dela), descobrindo sintomas, dramatizando as ocorrências mais corriqueiras do dia-a-dia, sofrendo por antecipação situações que jamais chegarão a se realizar, flagelando-se com o ciúme, a inveja, o egoísmo, o orgulho, o despotismo (prepotência, opressão) e transformando-se em doentes imaginários, vítimas de si próprios, atormentados por si mesmos.

Esse estado mental abre campo para os desencarnados menos felizes, que dele se aproveitam para se aproximarem, instalando-se aí sim, o desequilíbrio por obsessão.
(Do livro: Obsessão/Desobsessão, de Suely Caldas Schubert)

CONCLUSÃO: Os maus espíritos não vão senão onde acham com o que satisfazerem a sua perversidade; para afastá-los, não basta pedir-lhes nem mesmo ordenar: é preciso despojar de nós o que os atrai. Os maus espíritos farejam as chagas da alma, como as moscas farejam as chagas do corpo; do mesmo modo que limpamos o corpo para evitar a bicheira, limpemos também a alma de suas impurezas para evitar os maus espíritos.

Jesus quando expulsava o “demônio” dizia: “Vá, e não peques mais”; ou seja, “vá e não erre mais”, para não atrair novamente estes “demônios.”

Nas sessões de descarrego, nas casas “Evangélicas”, o Espírito é afastado porque as pessoas erguem as mãos, dizendo: “sai demônio”. Não é pelo grito ou ordem que ele se afasta, mas sim porque das mãos das pessoas saem magnetismo, e o Espírito não consegue ficar ali. Só que este Espírito voltará, enquanto não limparmos a casa (mental) das coisas ruins.

Em Lucas cap. 11, v. 24 a 27 diz: “Quando um espírito mau sai de um homem, fica vagando em lugares desertos à procura de repouso, e não encontra. Então diz: ‘Vou voltar para a casa de onde saí.’ Quando ele chega, encontra a casa vazia, varrida e arrumada. Então ele vai, e traz consigo outros sete espíritos piores do que ele. Eles entram e moram aí; no fim, esse homem fica em condições pior do que antes. É o que vai acontecer com esta geração má.” Se limparmos da nossa casa as coisas boas, certamente ficarão as ruins. Assim, a casa estará de acordo com o gosto de certos Espíritos.

Um Espírito perverso, ignorante, numa sessão de descarrego, sendo xingado, imaginemos qual será a reação dele . . .

Geralmente ele irá querer revidar. Se nós discutirmos com o Espírito, nós estaremos entrando na sintonia dele. A autoridade que devemos ter é a autoridade moral. Temos que falar com energia, porém, com amor. Respeitando seus sentimentos. Quem nos garante que não fomos, ou não somos obsessores?

Na verdade, o obsessor não é nosso inimigo, ele é nosso amigo. Porque pede reforma, boa conduta, amor. Ele, indiretamente, nos leva a vigiar nossos pensamentos, sentimentos, palavras e atos, “para não cairmos em tentação.”

Ele é como o médico que nos pede um regime, para que nos curemos ou controlemos uma doença. O regime é chato, duro, mas necessário para uma boa saúde. Ele é uma pessoa que de alguma forma está reivindicando amor, coisa que faltou no passado. Por isso, ele age como uma criança que bate o pé e quer ser amado.

O obsedado não é o coitadinho, ele é o culpado. O obsessor, evidentemente, é alguém que não conseguiu perdoar, e que deve ter sofrido muito nas mãos dessa pessoa. Então, ele vem com o propósito de se vingar. Emmanuel diz que não existem “coitados”, existem “culpados”.

Mas, este “demônio”, nada mais é que nosso irmão. Não é um arcanjo que se rebelou. Se fomos criados simples e ignorantes, como dizem os Espíritos, prova que todos nós temos a mesma criação. Allan Kardec fala que desde o átomo até o arcanjo, ou seja, todos nós passamos pela mesma fieira evolucionista. Ninguém foi criado para o mal, e nem perfeito como os anjos.

Nós, durante a caminhada erramos, uns mais outros menos. Podemos ficar um longo período dentro do erro, mas um dia teremos que sair dele.

Criar um Espírito com este poder tão grande que pode enfrentar Deus, será tirar todo poder de Deus, seria pôr um igual a Ele. Seria um combate eterno entre Deus e o Diabo, o que seria um absurdo.

Diabo é um símbolo, é uma luta entre o bem e o mal, simbolicamente falando.

Agora, “diabinho” somos todos, porque até alcançarmos uma evolução maior, temos uma ligeira tendência, uns mais outros menos. E através da reencarnação vamos nos depurando, e aprendendo que vale a pena ser Bom.

Compilação de Rudymara
GRUPO DE ESTUDO ALLAN KARDEC
por Ana Maria Teodoro Massuci
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