quinta-feira, 22 de março de 2018

A conquista do mundo


No ano de 1995, estreou no Brasil a série americana animada de televisão: Pink e o cérebro.

Foram quase oitenta episódios que fizeram a alegria da criançada e de adultos aficionados a desenhos infantis, durante três anos.

Os personagens eram dois ratos brancos típicos de laboratório, que utilizavam exatamente esse espaço como base para seus planos mirabolantes para dominar o mundo.

Cada episódio era caracterizado, no início e no final pela indagação de Pink, o rato alto, magrela, completamente infantil: Cérebro, o que você quer fazer esta noite?

E o Cérebro, o rato baixote, e com uma enorme cabeça, evidenciando inteligência, respondia: A mesma coisa que fazemos todas as noites, Pink... Tentar conquistar o mundo.

Naturalmente, seus planos eram frustrados a cada noite, por interferência de terceiro ou por equívocos do próprio Pink.

* * *

O mundo conheceu muitos conquistadores. Alguns que dominaram extensos territórios, por largo tempo. Alguns que, para a concretização das suas conquistas, usaram de crueldade e frieza, ensanguentando as mãos.

Tantos que sacrificaram os afetos, as amizades, a saúde mental a fim de alcançar os seus objetivos.

A História nos mostra, no entanto, que essas conquistas sempre foram de limitada duração.

Impérios desapareceram, cabeças coroadas foram substituídas, o poder transferido de um para outro, por maquinações arbitrárias ou pelas lutas por justiça e liberdade.

Existe, no entanto, uma conquista do mundo que todos deveríamos empreender. Uma conquista que, alcançada, é de caráter definitivo: a conquista do mundo... íntimo.

Essa exige um grande empreendimento, em que devem se associar o autoconhecimento, o esforço, a perseverança, a vontade.

O autoconhecimento requer exame profundo de nós mesmos, ou seja, passar em revista as nossas ações, verificando se não faltamos ao cumprimento de algum dever, se ninguém tem alguma queixa a nosso respeito.

Um exame de consciência diário, na hora do recolhimento para o repouso, se faz de importância capital.

Indagarmos a nós mesmos se neste dia, que se finda, fizemos alguma coisa que machucou alguém, física ou emocionalmente; se praticamos alguma ação que merece censura; se faltamos com a verdade em proveito próprio; se desperdiçamos o tempo; se fizemos, enfim, algo contra o nosso próximo.

As respostas nos indicarão exatamente o que já melhoramos em nós. E em que ainda precisamos insistir para nossa melhoria, acionando a nossa vontade.

O empreendimento deve ser no sentido de identificar e eliminar nossas más tendências, como quem arranca as ervas daninhas do jardim.

Procurar saber o que pensam de nós aqueles que não têm simpatia por nós nos ajudará muito, pois considerando que esses não têm interesse em disfarçar a verdade, nos dirão como realmente somos.

Autoexame, indagações à nossa própria consciência sobre o que fazemos e como fazemos nos darão a dimensão do bem ou do mal que ainda existe em nós.

Isso nos auxiliará no conhecimento de nós mesmos, que é a chave para o melhoramento individual ou seja, para a conquista do nosso mundo íntimo.

Então, principiemos hoje, enquanto as horas ainda nos sorriem, essa importante conquista.

Redação do Momento Espírita.
Em 20.3.2018.
Este site não produz e não tem fins lucrativos sobre qualquer uma das informações nele publicadas, funcionando apenas como mecanismo automático que "ecoa" notícias já existentes. Não nos responsabilizamos por qualquer texto aqui veiculado.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Deixe seu comentário.