segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Luzes da decomposição

Sinto o frio das dimensões inferiores,
e a calma das belíssimas superiores.
Encontro-me celado no vão incomensurável,
e oscilando entre a dor e a fé inabalável.

Vejo a mim mesmo no chão que era gelado;
Avisto o amplo sobrenatural contemplado.
Meus olhos captam vibrações muito sutis,
Escapar-me-ia desta morte por um triz.

Amorfes são as formas e também espectrais,
observo o passar de minha vida em murais.
Ao abismo dos momentos eu rapidamente desço,
E ao topo dos pseudo-elevados, vil, esvaneço.

Sórdidas frequências capto nestes andares,
em direção às luzes subo! são estelares.
Do estelar encontra-se em meu corpo a pureza,
putrefando-se encontra-se o mesmo, doce leveza.

Surreais e oníricas são as multi-formas do escuro,
As mesmas não me buscam, pois estrelas procuro.
Ausência de existência e exagero da mesma saturam-me,
Nunca tão completo e vazio, inefável, antes compus-me.

Ericson Willians
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