quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Parabéns, Papai!

Pai, acabo de alimentar minha alma com o Corpo e o Sangue de Cristo e, por isso, não há momento mais belo, sublime e sagrado para revelar o quanto eu lhe amo e o quanto sou grato por ter, pelos seus ensinamentos, aprendido a amar a Deus e aos irmãos com quem tive a oportunidade de encontrar pelos caminhos da vida.

Um dia, quando eu era ainda adolescente, você me tomou nos braços e disse: “Filho, tenha sempre em mente que o tempo é veloz, veloz como o vento. Não perca, pois, jamais, a oportunidade de fazer o bem sem olhar a quem. Sabe por que, filho? Porque a cada dia que passa você está mais próximo da eternidade. Portanto, não perca seu tempo com coisas que magoam o coração já ferido de Jesus.”
Lembro-me que você disse também que a trajetória de um pai é, muitas vezes, marcada por momentos de sacrifício, de renúncia, de sofrimento... Por isso, é preciso ter , pois somente ela é capaz de eliminar o desânimo e dar a certeza da vitória.

Nossa, pai, apesar de não ter estudo algum, quanta sabedoria você tinha. Hoje você não está mais comigo. Tornei-me pai e tento passar para os meus filhos o que você me ensinou e olha que tudo tem dado certo, pois tenho certeza absoluta de que dentro do coração deles o amor faz morada.

Ah!, como faz bem à alma presenciar um pai mostrando desde cedo ao filho o caminho de Deus e que Jesus está presente de uma forma toda especial na pessoa do irmão sofredor.

Ah!, como faz bem à alma, conhecer pais, que, apesar de terem nascido num lar pobre, conseguem deixar aos filhos, como herança, a riqueza da honestidade, da humildade e da prática da caridade.

Ontem, à noite, vi um homem, todo feliz, mostrando para os amigos a criança que acabara de adotar e dizia, repetidamente, que, pela adoção, Deus lhe havia permitido passar pela gratificante experiência de ser pai.

Sabe, pai, meu coração enche de esperança quando vejo pais denunciando, sem medo algum, todas as formas de injustiça a fim de que possam ver seus filhos vivendo numa sociedade justa e fraterna.

Às vezes fico me perguntando: Por que será que há pais abandonados pelos filhos até mesmo dentro da própria casa? Por que será que há filhos que só dão valor aos pais depois que os perdem? Que dificuldade há para um filho ser o principal motivo de alegria do pai se para este basta tão-somente a demonstração por parte daquele de que suas ações estão alicerçadas nos ensinamentos de Cristo?

Precisamos rezar sempre para que pais e filhos se amem, se respeitem, sejam cristãos autênticos, sintam orgulho da família constituída a ponto de comungarem dos mesmos sentimentos, dos mesmos ideais...
Roguemos, também, a Deus proteção especial a todos os filhos que têm os pais repousando na glória celestial.

Pai, agora encerro esta conversa, ou melhor, este monólogo a dois, pedindo-lhe a sua bênção e fazendo ao Criador a seguinte súplica: Meu Deus, que pais e filhos abram o coração para ti, a fim de que sejam, neste mundo, sacramento do teu amor!

Ah! ia me esquecendo: Parabéns, papai. Hoje é o seu dia!
Autoria: Francisco Bueno

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