quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Fidelidade a Deus

O vocábulo fidelidade possui inúmeros significados.

Segundo o dicionário, dentre outras acepções, pode significar lealdade, firmeza, exatidão e pontualidade.

No âmbito dos relacionamentos amorosos, a palavra fidelidade é frequentemente entendida como exclusividade.

Entende-se que amor fiel é o amor exclusivo.

Entretanto, essa significação não é absoluta.

Um fidelíssimo amor entre esposos não exclui o afeto dos filhos, em semelhante nível de importância.

Assim, fidelidade não implica sempre exclusividade, pois tudo depende do contexto.

Um homem pode ser fiel a suas idéias sem que deva ter apenas uma linha de raciocínio em sua mente.

É possível ser fiel a um amigo, mas ainda assim possuir incontáveis outros amigos.

A fidelidade a um ideal não se expressa pela ausência de qualquer outro objetivo na vida.

A fidelidade se manifesta antes de mais nada pela constância.

Ela implica perseverar na vivência de um ideal, na fruição de um amor, mesmo em tempos difíceis.

A fidelidade é justamente a virtude que viabiliza a permanência e a fixação de todas as outras.

Sem fidelidade a propósitos anteriormente assumidos, eles se sucedem sem parar, ao sabor dos acontecimentos.

O real desafio é perseverar na busca das metas eleitas, ante os desafios do mundo.

É fácil eleger o ideal da vida reta, quando tudo sorri.

Difícil é persistir nele quando se é tentado, quando surgem injustiças e crueldades.

Muitos cristãos reputam que o resultado de sua fé deve ser uma vida material tranquila.

Acreditam que a função de Deus é lhes assegurar conforto e facilidades, em recompensa de suas crenças.

Entretanto, olvidam-se de que o Cristo recomendou a quem quisesse segui-Lo que renunciasse a si mesmo e tomasse a própria cruz.

Tal não significa a apologia da miséria e do sofrimento.

Mas apenas o reconhecimento de que, em um mundo ainda corrupto, a vivência das virtudes cristãs constitui tarefa difícil.

É preciso viver honesta e puramente, mesmo que isso signifique abdicar de facilidades, companhias e gozos.

Ainda por algum tempo, a opção da pureza e da compaixão será difícil e pouco compreendida.

Entretanto, urge reconhecer que tudo na vida tem um custo.

O desfrutar de paixões consome dinheiro e saúde.

A ganância e a avareza tiram a paz.

Assim, não é de se estranhar que a fidelidade a um ideal de transcendência também exija algum sacrifício.

A diferença é que a vivência dos valores cristãos propicia uma paz inacessível a outras opções de vida.

Importa, pois, ser fiel a Deus.

Essa fidelidade é expressa na forma de constância na vivência do ideal do belo e do bem.

Não esperar facilidades e privilégios, mas persistir sempre, mesmo em face de quedas e tentações.

Afinal, toda facilidade material de que se abdique está mesmo fadada a desaparecer no pó.

Mas a dignidade espiritual conquistada persistirá para sempre.


Redação do Momento Espírita.


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