terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Beijo

O Beijo… Jean Rostand definiu-o da seguinte forma: Um beijo é um segredo que se diz na boca e não no ouvido. Mas que segredos se escondem no momento em que os lábios se encontram…? Não se sabe como surgiu o primeiro beijo da humanidade… As referências mais antigas aos beijos foram esculpidas por volta de 2.500 a.C. nas paredes dos templos de Khajuraho, na Índia. Os romanos tinham 3 tipos de beijos: o basium, trocado entre conhecidos; o osculum, dado apenas aos amigos íntimos; e o suavium, que era o beijo dos amantes. Os imperadores romanos permitiam que os nobres mais influentes beijassem os seus lábios, enquanto os menos importantes tinham de beijar as suas mãos. Os súbditos podiam beijar apenas os seus pés!!!… Além da História do Beijo e dos seus insondáveis segredos, existe também a química do Beijo, vejamos: quando duas pessoas se beijam, a hipófise, o tálamo e o hipotálamo trabalham juntos na libertação de substâncias químicas designadas neurotransmissores. Ocorre assim a “química do beijo”, caracterizada por uma certa inspiração, um tempêro entre os que se irão beijar. Quando alguém se apaixona o organismo é atacado por várias substâncias, dentre elas a feniletilamina. Uma simples troca de olhar, um aperto de mão ou beijo apaixonado podem desencadear a produção desta substância. Há mais de 100 anos que os cientistas a estudam, não obstante, só recentemente é que Donald F. Klein e Michael Lebowitz, do Instituto Psiquiátrico de Nova Iorque estabeleceram a relação entre a feniletilamina e o amor, sugerindo que o cérebro de uma pessoa apaixonada contém grandes quantidades da mesma e que poderá ser a responsável, em grande parte, pelas sensações e modificações fisiológicas que experimentamos quando estamos apaixonados. A dopamina também é um importante neurotransmissor que está intimamente relacionado com a emoção amorosa. A euforia, a insónia, a perda de apetite, o pensamento obsessivo de quem ama, estão directamente relacionados com os níveis de dopamina, a qual mantém, por sua vez uma relação com as endorfinas, que são morfinas naturais fabricadas pelo cérebro, há muito designadas “drogas naturais do prazer”, quer seja o prazer sexual, quer seja o prazer da emoção amorosa. O Beijo também está relacionado com os nossos sentidos, os “Sentidos do Beijo”… Durante o beijo visualizamos a pessoa amada mais perto, sentimos o seu cheiro, sentimos o seu sabor e tocamos uma das partes mais sensíveis no nosso corpo: os lábios. Durante um beijo mobilizamos 29 músculos, 17 dos quais são linguais. Os batimentos cardíacos podem aumentam de 70 para 150, melhorando a oxigenação do sangue. Mas há um pormenor de suma importância, no beijo há uma considerável troca de substâncias, 9 miligramas de água, 0,7 decigramas de albumina, 0,8 miligramas de matérias gordurosas, 0,5 miligramas de sais minerais, sem mencionar as outras 18 substâncias orgânicas, cerca de 250 bactérias, e uma grande quantidade de vírus. Não há Beijo sem senão!… Eis aqui descritos alguns dos segredos do Beijo passíveis de ser explicados… Todavia… Poderão existir Beijos salgados e Beijos doces dos mesmos lábios? Há concerteza Beijos insípidos, Beijos que traem, Beijos que mentem… Beijos que não nos fazem sentir beijados… Beijos que não se entregam… Beijos que cumprem o seu “horário beijador ou beija-dor”… Mas há Beijos Indeléveis, Mágicos e Inefáveis… Suaves… arrebatados… intensos… paulatinos… sensuais… O Beijo é como uma inspiração, uma dança de salão, quiçá uma Rumba? Um Tango? Uma Valsa? Será concerteza a dança do Beijo. Há beijos de Alma. Beijinhos em todos!! “E é a força sem fim de duas bocas, De duas bocas que se juntam, loucas! ”
Alexandre O’Neill

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