sexta-feira, 19 de outubro de 2018

Não pedi para nascer!


Já ouvimos essa frase ou mesmo já dissemos, especialmente num repente de rebeldia na adolescência: – Não pedi para nascer!!

Será mesmo?

O escritor espírita Richard Simonetti aduz com muita propriedade:

“Ledo engano. No Plano Espiritual não só pedimos como, não raro, imploramos a casais em disponibilidade que nos dêem a oportunidade de um retorno às experiências humanas, reconhecendo-as indispensáveis à nossa edificação e à solução de problemas cármicos.”

Nossa reencarnação se dá com vistas ao nosso adiantamento, nosso progresso e à reparação de erros cometidos no passado – que implicam em reconciliações com antigos desafetos (que prejudicamos), eis que é impossível avançar com segurança e liberdade deixando rastros de dores para trás: sem consciência limpa não adquirimos a “asa” da libertação.

Dessa forma, é muito frequente a reencarnação entre afetos e desafetos.

Qual o papel de cada um deles na nossa nova existência?

Nossos amados, espíritos com os quais possuímos laços de afetividade, serão o porto seguro, pessoas da família ou amigos que nos ajudarão a superar as dificuldades e a passar pelas provações, tornando a nossa vida mais leve e feliz.

E os adversários? Eles são os parentes difíceis, a exigir de nós constantes sacrifícios. Não sentiremos simpatia por eles e a convivência fraterna será um grande desafio. Mas será por meio dessa convivência que teremos a possibilidade de transformar os sentimentos de aversão, ressentimento, mágoa, em amor e perdão.

O palco da vida, dessa forma, é preparado para nos receber. E quando estamos desencarnados, no intervalo entre uma existência e outra, sentimos em profundidade a importância de estarmos todos reunidos novamente.

Assim, solicitamos aos benfeitores amigos que nos reúna novamente sob o mesmo teto para que possamos nos reajustar com os adversários, aprimorar o amor por aqueles com os quais já possuímos afinidade, desenvolver o amor genuíno por todos e avançar na senda do progresso, apoiando-nos naqueles que nos amam.

Sim, pedimos para nascer. E como desejamos estar exatamente nesse lar que muitas vezes negligenciamos na atualidade….

Reencarnar não é difícil não. Ocorrem 77 milhões de nascimentos por ano no mundo. Na Índia ocorrem 33 partos por minuto e deve ultrapassar a população da China em 2035.

Difícil mesmo é retornar nessas condições “ideais”: estar com as pessoas certas, na hora certa.

Juntar todos os envolvidos não é tarefa fácil. Quase sempre existem outros espíritos na fila, antes de nós, aguardando e necessitando da mesma oportunidade: reencarnar junto daqueles que serão seus pais, irmãos, avós, tios, amigos….

E aí, o que ocorre? Reencarna primeiro aquele que tiver mais preparado e estiver mais tempo aguardando a sua hora chegar.

Por isso, valorizemos a grande oportunidade que temos de conviver bem com aqueles que Deus nos ofereceu como familiares nessa existência, e façamos por merecer futuros empreendimentos ao lado de criaturas amadas, promotoras de bem-estar e alegria aos nossos corações.

Fernando Rossit
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