Aconteceu numa praça, no Japão. Não se sabe como o pássaro morreu.
Ele estava ali no asfalto, inerte, sem vida. Seria um fato corriqueiro,
mas o fotógrafo fez a grande diferença.
A Solidariedade
Segundo o relato do fotógrafo, uma outra ave permanecia próxima àquele corpo sem vida
e ficara ali durante horas. Chamando pelo companheiro, ela pulava de galho em galho,
sem temer os que se aproximavam, inclusive sem temer ao fotógrafo
que se colocava bem próximo.
A Solicitação
Ela cantou num tom triste. Ela voou até o corpinho inerte, posou como querendo levantá-lo
e alçou vôo até um jardim próximo. O fotógrafo entendeu o que ela pedia e, assim,
foi até o meio da rua, retirou a ave morta e a colocou no canteiro indicado.
Só então a ave solidária levantou vôo e, atrás dela, todo o bando.
A Despedida.
As fotos traduzem a seqüência dos fatos e a beleza de sentimentos no reino animal.
Uma Questão de Amor e Carinho.
Segundo o relato de testemunhas, dezenas de aves, antes de partirem,
sobrevoaram o corpinho do companheiro morto.
As fotos mostram quanta verdade existiu
naquele momento de dor e respeito.
Um grito de dor e lamento
Aquela ave que fez toda a cerimônia de despedida, quando o bando já ia alto,
inesperadamente voltou ao corpo inerte no chão e, num grito de não aceitação da morte,
tenta novamente chamar o companheiro à vida.
Desesperada, mas com amor
e carinho, ela se despede do companheiro, revelando o seu sentimento de dor.
Mas, agora, me respondam: Serão os animais realmente os irracionais?
"Aqueles que passam por nós, não vão sós, não nos deixam sós.
Deixam um pouco de si. Levam um pouco de nós." (Antoine de Saint Exupéry)
Enviado por: Jane Bonatto
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Deixe seu comentário.