Padre Bantu Mendonça K. Sayla
27/09/2008
Diante de tanta gente que procurava Jesus por causa das coisas que fazia e das palavras que saiam da sua boca, Ele adverte aos seus discípulos que não ficassem com os olhos e as mentes na admiração e não se deixam levar pela correneza do povo que à Ele fluia.
Aquele que o povo procura ver, apesar de ser o Filho do Homem, portanto, o Filho do dono de tudo quanto existe, vai morrer.
Cristo insiste em anunciar a Sua Paixão e Morte. Primeiro veladamente à multidão, e depois com mais clareza aos discípulos no Evangelho de hoje. Estes, porém, não entendem as Suas palavras, não porque não sejam claras, mas pela falta das disposições adequadas.
Talvez tu também te choges. Como é possível o Filho do dono da vida morrer? Se isso tiver de acontecer contigo é sinal de que ainda não chegou para ti o entendimento pleno do mistério do sofrimento, o significado da cruz. E então deves escutar o comentário de São João Crisóstomo: Ninguém se escandalize ao contemplar uns Apóstolos tão imperfeitos, porque ainda não tinha chegado a Cruz nem tinha sido dado o Espírito Santo.
É preciso que o Filho do Homem será entregue nas mãos dos homens para que nós tenhamos a vida e vida em plenitude. E quem no-lo confirma é o Próprio Jesus: se o grao de trigo caido na terra não morre, permanece só. Mas se morre dá muito fruto. Permita que te diga meu irmão, a vida autêntica vai ser entregue nas mãos dos homens. Para que os homens a possuiam. Pois na lógica humana só é vivo quem tem a vida e para nós a termos era necessário que alquém no-la desse. E então justifica-se a entrega da vida de Jesus aos homens. No Evangelho segundo João 10,10 Jesus diz: eu vim para que tenham vida, e a tenham em abundância. Como a teriamos e plenitude se Ele não morresse na cruz?
Senhor dá-me a graça de entender que a vida autêntica de fé e de missão é entrega e doação plena como vós mesmo fizestes. Que eu seja um dom, uma doação para os meus irmãos e irmãs.
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