Clarividência é o fenômeno parapsicológico que permite a perceção visual de objetos por meios paranormais. Difere da telepatia pelo meio através do qual é adquirida a informação: enquanto na telepatia a informação provém da mente de outra pessoa, a clarividência provém de objetos. Este nome também é dado, em certas escolas de ocultismo, à chamada "visão espiritual", que permite enxergar objetos e pessoas fora do meio físico.
Clarividência Premonitória e Livre-arbítrio
A possibilidade de clarividência premonitória, como a demonstrada por Edgar Cayce e Emanuel Swedenborg, aparenta entrar em conflito com a idéia de que o ser humano seja dotado de livre-arbítrio, pois, aceitando-se que um evento possa ser descrito por antecipação, isso parecerá implicar em que o futuro esteja pré-determinado.
Uma explicação, segundo o Espiritismo, de como a possibilidade de clarividência premonitória não implica, obrigatoriamente, no determinismo, pode ser lida no artigo intitulado"Clarividência Premonitória e Livre-Arbítrio.
Outra explicação é que os fenômenos premonitórios nada mais são que a atuação da psicocinésia de forma a fazer com que os acontecimentos futuros correspondam à nossa vontade.
Fonte: pt.wikipedia.org
Clarividência
Médiuns videntes: os que, em estado de vigília (acordado), vêem os Espíritos. A visão acidental e fortuita de um Espírito, numa circunstância especial, é muito freqüente; mas, a visão habitual, ou facultativa dos Espíritos, sem distinção, é excepcional.
"É uma aptidão a que se opõe o estado atual dos órgãos visuais. Por isso é que cumpre nem sempre acreditar na palavra dos que dizem ver os Espíritos."
Vidência
Pode apresentar-se
de forma ativa, em que o sujeito projeta-se e percebe o mundo espiritual,
A vidência ativa pode ser:
exterior (objetiva), em que o sensitivo capta a ocorrência espiritual como normalmente percebe qualquer objeto do mundo físico que o rodeia,
ou interior (subjetiva), em que as imagens se sucedem na intimidade da mente, sem a sensação que uma percepção em nível tridimensional pode realmente produzir.
ou passiva, em que recebe a imagem em sua mente, como um processo telepático comum.
Os médiuns videntes são dotados da faculdade de ver os Espíritos. Alguns gozam dessa faculdade em estado normal, quando perfeitamente acordados, e conservam lembrança precisa do que viram. Outros só a possuem em estado sonambúlico, ou próximo do sonambulismo.
Raro é que esta faculdade se mostre permanente; quase sempre é efeito de uma crise passageira.
Na categoria dos médiuns videntes se podem incluir todas as pessoas dotadas de dupla vista. A possibilidade de ver em sonho os Espíritos resulta, sem contestação, de uma espécie de mediunidade, mas não constitui, propriamente falando, o que se chama médium vidente.
O médium vidente julga ver com os olhos, como os que são dotados de dupla vista; mas, na realidade, é a alma quem vê e por isso é que eles tanto vêem com os olhos fechados, como com os olhos abertos; donde se conclui que um cego pode ver os Espíritos, do mesmo modo que qualquer outro que têm perfeita a vista.
Sobre este último ponto caberia fazer-se interessante estudo, o de saber se a faculdade de que tratamos é mais freqüente nos cegos.
Espíritos que na Terra foram cegos nos disseram que, quando vivos, tinham, pela alma, a percepção de certos objetos e que não se encontravam imersos em negra escuridão.
A chave da distinção entre a clarividência e a vidência mediúnicas, encontrada na obra kardequiana, reside na extensão (profundidade) do transe mediúnico.
Aparições acidentais e espontâneas
São freqüentes, sobretudo no momento da morte das pessoas que aquele que vê amou ou conheceu e que o vêm prevenir de que já não são deste mundo. Há inúmeros exemplos de fatos deste gênero, sem falar das visões durante o sono. Doutras vezes, são, do mesmo modo, parentes, ou amigos que, conquanto mortos há mais ou menos tempo, aparecem, ou para avisar de um perigo, ou para dar um conselho, ou, ainda, para pedir um serviço.
O serviço que o Espírito pode solicitar é, em geral, a execução de uma coisa que lhe não foi possível fazer em vida, ou o auxílio das preces. Estas aparições constituem fatos isolados, que apresentam sempre um caráter individual e pessoal, e não efeito de uma faculdade propriamente dita. A faculdade consiste na possibilidade, senão permanente, pelo menos muito freqüente de ver qualquer Espírito que se apresente, ainda que seja absolutamente estranho ao vidente. A posse desta faculdade é o que constitui, propriamente falando, o médium vidente.
Faculdade propriamente dita de ver os Espíritos
Entre esses médiuns, alguns há que só vêem os Espíritos evocados e cuja descrição podem fazer com exatidão minuciosa. Descrevem-lhes, com as menores particularidades, os gestos, a expressão da fisionomia, os traços do semblante, as vestes e, até, os sentimentos de que parecem animados. Outros há em quem a faculdade da vidência é ainda mais ampla: vêem toda a população espírita ambiente, a se mover em todos os sentidos, cuidando, poder-se-ia dizer, de seus afazeres.
A faculdade de ver os Espíritos pode, sem dúvida, desenvolver-se, mas é uma das de que convém esperar o desenvolvimento natural, sem o provocar, em não se querendo ser joguete da própria imaginação. Quando o gérmen de uma faculdade existe, ela se manifesta de si mesma. Em princípio, devemos contentar-nos com as que Deus nos outorgou, sem procurarmos o impossível, por isso que, pretendendo ter muito, corremos o risco de perder o que possuímos.
Quando dissemos serem freqüentes os casos de aparições espontâneas, não quisemos dizer que são muito comuns. Quanto aos médiuns videntes, propriamente ditos, ainda são mais raros e há muito que desconfiar dos que se inculcam possuidores dessa faculdade. E prudente não se lhes dar crédito, senão diante de provas positivas.
Não aludimos sequer aos que se dão à ilusão ridícula de ver os Espíritos glóbulos; falamos apenas dos que dizem ver os Espíritos de modo racional. E fora de dúvida que algumas pessoas podem enganar-se de boa-fé, porém, outras podem também simular esta faculdade por amor-próprio, ou por interesse. Neste caso, é preciso, muito especialmente, levarem conta o caráter, a moralidade e a sinceridade habituais; todavia, nas particularidades, sobretudo, é que se encontram meios de mais segura verificação, porquanto algumas há que não podem deixar suspeita, como, por exemplo, a exatidão no retratar Espíritos que o médium jamais conheceu quando encamados.
Clarividência é a faculdade mediúnica de ver com detalhes não apenas os espíritos mas cenas do plano espiritual. A percepção, via clarividência, é mais aprofundada. A pessoa entra em transe, permanecendo, mesmo que por breve tempo, em estado sonambúlico.
Clarividência [do latim claru + -i- + videntia]
1. Para a Doutrina Espírita, é propriedade inerente à alma e que dá a certas pessoas a faculdade de ver sem o auxílio dos órgãos da visão.
2. Visão mais perfeita, mais clara. Faculdade de ver sem o auxílio dos órgãos da visão. É uma faculdade inerente à própria natureza da alma ou do Espírito, e que reside em todo o seu ser; eis porque em todos os casos em que há emancipação da alma, o homem tem percepções independentes dos sentidos. No estado corporal normal, a faculdade de ver é limitada pelos órgãos materiais: desprendida desse obstáculo, ela não é mais circunscrita, estende-se por toda a parte onde a alma exerce sua ação: tal é a causa da visão à distância de que gozam certos sonâmbulos. Eles se vêem no próprio local que observam e descrevem ainda que este se situe mil léguas à distância, visto que, se o corpo não se acha acolá, a alma, em realidade, ali se encontra. Pode-se, pois, dizer que o sonâmbulo vê pelos olhos da alma.
CLARIVIDÊNCIA E CLARIAUDIÊNCIA
A conjugação de ondas mentais surge, presente, em todos os fatos mediúnicos. Idêntico mecanismo preside os fenômenos da clarividência e da clariaudiência, porquanto, pela associação avançada dos raios mentais entre a entidade e o médium dotado de mais amplas percepções visuais e auditivas, a visão e a audição se fazem diretas, do recinto exterior para o campo íntimo, graduando-se, contudo, em expressões variadas.
Escasseando os recursos ultra-sensoriais, surgem nos médiuns dessa categoria a vidência e a audição internas, mais entranhadamente radicadas na conjugação de ondas.
Atuando sobre os raios mentais do medianeiro, o desencarnado transmite-lhe quadros e imagens, valendo-se dos centros autônomos da visão profunda, localizados no diencéfalo, ou lhe comunica vozes e sons, utilizando-se da cóclea, tanto mais perfeitamente quanto mais intensamente se verifique a complementação vibratória nos quadros de freqüência das ondas, ocorrências essas nas quais se afigura ao médium possuir um espelho na intimidade dos olhos ou uma caixa acústica na profundeza dos ouvidos.
Os olhos e os ouvidos materiais estão para a vidência e para a audição como os óculos estão para os olhos e o ampliador de sons para os ouvidos — simples aparelhos de complementação.
Toda percepção é mental. Surdos e cegos na experiência física, convenientemente educados, podem ouvir e ver, através de recursos diferentes daqueles que são vulgarmente utilizados. A onda hertziana e os raios X vão ensinando aos homens que há som e luz muito além das acanhadas fronteiras vibratórias em que eles se agitam, e o médium é sempre alguém dotado de possibilidades neuropsíquicas especiais que lhe estendem o horizonte dos sentidos.
Há médiuns que dizem ver e ouvir, tão-somente pelo processo curial de percepção na Terra.
Isso acontece, por uma questão de costume cristalizado. O médium pensa ouvir o espírito, através dos condutos auditivos, e supõe vê-lo, como se o aparelho fotográfico dos olhos estivesse funcionando em conexão com o centro da memória, no entanto, isso resulta do hábito. Ainda mesmo no campo de impressões comuns, embora a criatura empregue os ouvidos e os olhos, ela vê e ouve com o cérebro, e, apesar de o cérebro usar as células do córtex para selecionar os sons e imprimir as imagens, quem vê e ouve, na realidade, é a mente.
Possuímos urna prova disso, quando o homem se encontra naturalmente desdobrado, cada noite, durante o sono, vendo e ouvindo, a despeito da inatividade dos órgãos carnais, na experiência a que chamam «vida de sonho».
Somos receptores de reduzida capacidade, à frente das inumeráveis formas de energia que nos são desfechadas por todos os domínios do Universo, captando apenas humilde fração delas.
Todos os sentidos na esfera fisiológica pertencem à alma, que os fixa no corpo carnal, de conformidade com os princípios estabelecidos para a evolução dos Espíritos reencarnados na Terra.
Em suma, nossa mente é um ponto espiritual limitado, a desenvolver-se em conhecimento e amor, na espiritualidade infinita e gloriosa de Deus.
É necessário concentração para que o médium perceba a presença de um mentor espiritual, que queira apresentar-se, exercendo apenas branda influência sobre o médium, abdicando de qualquer pressão mais forte, suscetível de provocar viciosa imanação, em desfavor do médium.
Se a mente do médium alimentar propósitos diferentes. Se for incapaz de concentrar a atenção, de modo irrepreensível, na região superior do trabalho, não terá êxito.
Zoovidente [do latim zoo + vidente] - Animal (principalmente cães e cavalos) que tem a faculdade anímica de vidência de Espíritos desencarnados.
Fonte: www.guia.heu.nom.br
CLARIVIDÊNCIA
DESENVOLVENDO A CLARIVIDÊNCIA
Possuir a faculdade da visão espiritual é desejo de muitos e, sob certas condições, ela pode ser desenvolvida. Nessa matéria, que termina com instruções de Anfaten, de Andrômeda, você conhecerá todas as implicações do assunto
A clarividência é a capacidade de ver com clareza. É a visão da própria alma, que percebe a realidade num nível mais amplo e elevado. Seu surgimento é consequência natural do desenvolvimento espiritual humano na medida em que a pessoa devota-se ao crescimento interior e aproxima-se de estados de consciência sutis.
Há uma grande diferença entre clarividência e vidência. O vidente capta lampejos e impressões do que se passa no plano astral, sejam fatos que estão acontecendo nesse plano, formas-pensamentos de outros seres, projeções criadas pelas forças negativas para atrapalhá-lo em seu desenvolvimento espiritual ou, muitas vezes, os próprios desejos na forma de alegorias, às vezes, de difícil compreensão para ele mesmo. A vidência é muito sujeita a distorções. É um sentido extrafísico que não conduz, necessariamente, a uma compreensão elevada da realidade.
Muitas vezes, a pessoa que tem o dom vidência não o percebe por um longo tempo e normalmente o tem desde pequena. Isso faz com que ela acredite que a visão astral corresponde à realidade. Por tê-la como algo natural, ela não se esforça para melhorar seu desempenho ou compreender como a vidência se processa para melhor interpretá-la. Somente o trabalho interior e o desenvolvimento espiritual podem conduzir à percepção da realidade.
Abertura da visão astral - Descrevemos um exercício que poderá auxiliá-lo no desenvolvimento de habilidades que propiciem a abertura da visão astral - a qual pode ser direcionada, posteriormente, para a clarividência.
Escolha um local e horário (de preferência, à noite) em que possa ficar sozinho e não ser perturbado. Durante 15 minutos, você vai olhar para a sua imagem refletida no espelho. Ele não precisa ser muito grande - apenas o suficiente para refletir o rosto - e estar a 70 ou 80 cm. de distância de você. Cuide para que o rosto seja completamente iluminado, sem a presença de sombras. Se você usa óculos, não é preciso tirá-los.
Relaxe o máximo possível e inicie o exercício apelando ao seu Eu Superior algo como "despojo-me do meu ego e entrego-me à Sua sabedoria para que conduza todas as minhas ações e a minha vidência". Repita o apelo mentalmente no mínimo sete vezes para obter o efeito do despertamento da sua visão. Concentre toda sua atenção na imagem refletida no espelho, como se quisesse penetrá-la. Sua concentração deve ser tão intensa que você não possa evitar de murmurar "minha alma, quero vê-la".
Sua introdução no mundo astral por meio da vidência pode surgir de diversas formas: tornar-se intermitentemente consciente das cores brilhantes da aura humana; ver rostos, paisagens ou nuvens coloridas diante dos olhos, no escuro, antes de dormir ou em estados expandidos de consciência; sentir uma presença invisível ao seu lado; ver ou ouvir coisas para as quais os outros são cegos e surdos; ter recordações cada vez mais nítidas das experiências vividas em outros planos durante o sono.
Quando uma pessoa está começando a sensibilizar-se para a vidência astral, poderá ocasionalmente ter sensações de medo. Isso advém da hostilidade de forças vibracionais que agem no astral e, em parte, dos muitos elementais artificiais (formas-pensamento negativas) nutridos pela mente humana. Por isso, ela deve sempre solicitar a ajuda de seu Mentor ou Guia Espiritual, quando empreender uma atividade de vidência.
Preparando a clarividência- É necessário ter prática para liberar-se da distorção produzida por seus próprios pontos de vista, de forma a poder observar claramente os episódios etéricos. Mesmo aqueles que vêem nitidamente no astral, ficam às vezes confusos e estonteados para compreender ou recordar as visões e poucos conseguem traduzir suas lembranças para a linguagem do plano físico.
Portanto, o melhor é trabalhar para expandir sua capacidade perceptiva de forma espiritualmente elevada, procurando movimentar as energias de seus chacras frontal e laríngeo até o cardíaco para obter a qualidade da clarividência.
Um método seguro para desenvolver a clarividência é a meditação. Por meio dela, pode-se adquirir extrema sensitividade, equilíbrio, sanidade e saúde. A prática de determinados tipos de meditação constrói níveis superiores de matéria nos corpos sutis.
Para obter êxito na meditação é fundamental a correta colocação dos olhos, que devem ficar voltados para dentro (como nas pessoas vesgas) e para cima. Nessa situação, estamos focalizando um espaço interior da aura, localizado à frente da testa, chamado de papila ou ponto cego. Trata-se de região não em que não há células sensíveis à luz, apenas terminais nervosos. Quando os olhos são virados para dentro e para cima, as papilas emitem suas energias diretamente através do Chacra Frontal, um exercício muito profundo para agilizar a visão etérica.
Para manter os olhos nessa posição é preciso exercitar os músculos que o movimentam. Durante uma semana, duas vezes por dia, gire os olhos 10 vezes em sentido horário e 10 em sentido anti-horário; em seguida, fixe-os por alguns instantes nos extremos das órbitas (cima, baixo e lados).
Preparo espiritual - Como frisamos anteriormente, a captação da realidade sutil sem o devido desenvolvimento espiritual traz uma série de mal-entendidos. Para torna-se um bom clarividente, é preciso fazer ainda mais do que os exercícios que nós descrevemos. Rudolf Steiner, na obra O Conhecimento dos Mundos Superiores, fala das qualidades que o homem terá de adquirir a fim de ascender ao conhecimento superior: discernimento entre realidade e aparência, verdade e mera opinião; correta avaliação do verdadeiro em relação à aparência; controle dos pensamentos e das ações, perseverança, tolerância, fé e equilíbrio; e amor à liberdade interior.
Nessa prática, o desenvolvimento espiritual caminhará de maneira que a clarividência se mostre limpa, objetiva e sem as distorções provenientes de nosso interior ainda desalinhado.
Fonte: www.vialuz.com
CLARIVIDÊNCIA
A palavra clarividência significa "visão clara" ou a habilidade de ver nos mundos invisíveis (para a visão física). É uma faculdade latente em todos e será eventualmente possuída por todo ser humano no curso de seu desenvolvimento espiritual, a pessoa poderá, por si mesma, investigar assuntos como o estado do Espírito humano antes do nascimento, depois da morte, e a vida nos mundos invisíveis.
Embora cada um de nós possua esta faculdade, é necessário um esforço persistente para desenvolvê-la de uma maneira positiva, e isto parece ser um poderoso fator intimidativo. Se pudesse ser comprada, muitas pessoas pagariam um alto preço por ela. Poucas pessoas, porém, parecem desejosas de viver a vida que é requerida para despertá-la. Esse despertar somente vem através de um esforço paciente e muita persistência. Não pode ser comprado: não existe caminho fácil para sua aquisição.
Existem dois tipos de clarividência. A clarividência positiva, voluntária, é quando o indivíduo é capaz, à sua vontade, de ver e investigar os mundos internos, onde é senhor de si mesmo e sabe o que está fazendo. Este tipo de clarividência é desenvolvida através de uma vida pura e de serviço, e a pessoa precisa ser cuidadosamente treinada para saber usá-la, para que ela seja verdadeiramente eficaz e útil. Clarividência involuntária, negativa, é quando as visões dos mundos internos são apresentadas a uma pessoa independente de sua vontade; ela vê o que lhe é dado ver e não pode, de maneira alguma, controlar esta visão. Esta clarividência é perigosa, deixando a pessoa aberta para ser dominada por entidades desencarnadas que, se puderem, fazem com que a vida da pessoa, neste mundo e no próximo, não lhe pertença inteiramente.
No cérebro existem dois pequenos órgãos chamados corpo pituitário e glândula pineal. A ciência médica conhece muito pouco sobre eles, e chama a glândula pineal de "terceiro olho atrofiado", embora nem ela nem o corpo pituitário estejam atrofiados. Isto é muito desconcertante para os cientistas, pois a Natureza nada retém de inútil. Por todo o corpo encontramos órgãos que estão em processo de atrofia ou de desenvolvimento.
O corpo pituitário e a glândula pineal pertencem, no entanto, a uma outra classe de órgãos que, presentemente, não estão nem evoluindo nem degenerando, mas estão dormentes. No passado longínquo, quando o homem estava em contato com os mundos internos, estes órgãos eram o meio de ingressar neles, e novamente servirão para este fim em um estágio mais adiante. Eles estavam ligados ao sistema nervoso simpático ou involuntário. Antigamente - durante o Período Lunar, e na última parte da Época Lemúrica e início da Época Atlante - o homem podia ver os mundos internos; quadros apresentavam-se a ele totalmente independentes da sua vontade. Os centros sensíveis do seu corpo de desejos giravam em sentido inverso ao movimento dos ponteiros do relógio, (seguindo negativamente o movimento da Terra que gira sobre seu eixo naquela direção) como os centros sensitivos dos médiuns fazem hoje. Na maior parte das pessoas, estes centros sensitivos estão inativos, mas o verdadeiro desenvolvimento os fará girar no sentido dos ponteiros do relógio. Esta é a característica principal no desenvolvimento da clarividência positiva.
O desenvolvimento da clarividência negativa ou mediunidade é muito mais fácil, pois é meramente uma revivificação da função igual a do espelho, que o homem possuía no passado distante, pela qual o mundo externo era refletido involuntariamente nele. Esta função foi, mais tarde, retida pela procriação. Com médiuns atuais este poder é intermitente, isto é, algumas vezes podem "ver" e outras vezes, sem nenhuma razão aparente, falham totalmente.
No corpo de desejos do clarividente voluntário e adequadamente treinado, as correntes de desejos giram no sentido dos ponteiros do relógio, brilhando com extraordinário esplendor, superando, em muito, a brilhante luminosidade do corpo de desejos comum. Os centros de percepção no corpo de desejos, ao redor do qual estas correntes giram, suprem o clarividente voluntário com os meios de percepção no Mundo do Desejo, e ele vê e investiga à vontade. A pessoa cujos centros giram em sentido inverso ao movimento dos ponteiros do relógio, é como um espelho, refletindo somente o que se passa diante dela. Tal pessoa é incapaz de alcançar alguma informação.
Esta é uma das diferenças fundamentais entre um médium e um clarividente adequadamente treinado. É impossível para a maioria das pessoas diferenciar os dois; porém, existe uma regra infalível que pode ser seguida por qualquer um: nenhum vidente genuinamente desenvolvido exercerá esta faculdade por dinheiro ou algo equivalente: nunca usará isto para satisfazer a curiosidade, mas somente para ajudar a humanidade.
O grande perigo para a sociedade poderia advir do uso indiscriminado do indivíduo que, indigno do poder de um clarividente voluntário, quisesse investigar e "ver’ à vontade, e isto pode ser facilmente compreendido. Ele seria capaz de ler o pensamento mais secreto. Portanto, o aspirante à verdadeira visão e introspecção espiritual deve, antes de tudo, dar provas de altruísmo. O Iniciado está obrigado pelos votos mais solenes a nunca usar este poder para servir seu interesse individual, por menor que este seja.
A clarividência treinada é usada para investigar fatos ocultos e é a única que serve para este propósito. Portanto, o aspirante precisa sentir, não um desejo de satisfazer uma simples curiosidade, mas um desejo santo e altruísta de ajudar a humanidade. Enquanto não existir este desejo, nenhum progresso pode ser feito para a obtenção de uma clarividência positiva.
Para readquirir o contato com os mundos internos é necessário estabelecer a conexão da glândula pineal e do corpo pituitário com o sistema nervoso cérebro-espinhal, e despertar novamente essas glândulas. Quando isto for conseguido, o homem possuirá de novo a faculdade de percepção nos mundos superiores, mas em uma escala maior do que no passado distante, porque estará em conexão com o sistema nervoso voluntário e, portanto, sob o controle de sua vontade. Através desta faculdade perceptiva interna, todos os caminhos de conhecimento estarão abertos para ele e terá a seu favor um meio para adquirir informações, e isto fará com que todos os outros métodos de investigação pareçam brincadeiras infantis.
O despertar destes órgãos é conseguido pelo treinamento esotérico. Na maioria das pessoas, grande parte da força sexual que pode ser usada legitimamente através dos órgãos criadores, é gasta para satisfação dos sentidos. Quando o aspirante à vida superior começa a moderar estes excessos e a dedicar atenção a pensamentos e esforços espirituais, a força sexual não usada começa a se elevar. Sobe, em volume cada vez maior, atravessa o coração e a laringe, ou a medula espinhal e a laringe, ou ambas, e depois passa diretamente entre o corpo pituitário e a glândula pineal em direção ao ponto da raiz do nariz onde o Espírito tem seu assento.
Esta corrente, não importa o quanto seja volumosa, deve ser cultivada antes que o verdadeiro treinamento esotérico possa começar, o que corresponde a um pré-requisito para o trabalho auto-consciente nos mundos internos. Assim, uma vida dentro da moralidade e devotada ao pensamento espiritual, deve ser vivida pelo aspirante antes que comece o trabalho que lhe dará conhecimento dos reinos supra-físicos e o capacitará a tornar-se, no sentido mais amplo, um auxiliar da humanidade.
Quando o candidato viveu tal vida durante um tempo suficiente para estabelecer a corrente da força espiritual e é considerado digno e está qualificado para receber instrução esotérica, certos exercícios ser-lhe-ão ensinados para colocar o corpo pituitário em vibração. Esta vibração fará com que o corpo pituitário se choque com a linha de força mais próxima e, ao desviar-se ligeiramente dela, choca-se, por sua vez, sobre a linha seguinte e assim o processo continuará até que a força de vibração tenha sido gasta.
Quando estas linhas de força forem suficientemente desviadas para alcançar a glândula pineal, o objetivo foi alcançado: a distância entre os dois órgãos foi eliminada, existe agora uma ponte entre o Mundo do Sentido e o Mundo do Desejo. A partir do momento em que ela é construída, o homem torna-se clarividente e é capaz de dirigir seu olhar para onde desejar. Objetos sólidos são vistos tanto interna quanto externamente. Espaço e Solidez, como obstáculos à observação, cessaram de existir.
Ele não é ainda um clarividente treinado, mas é um clarividente à sua vontade, um clarividente voluntário. Sua faculdade é muito diferente daquela possuída pelo médium. A pessoa na qual esta ponte é uma vez construída, estará sempre em contato seguro com os mundos internos, pois a conexão é feita e desfeita à sua vontade. Aos poucos, o observador aprende a controlar a vibração do corpo pituitário, de forma a capacitá-lo a entrar em contato com qualquer das regiões dos mundos internos que deseje visitar. A faculdade está completamente sob o controle de sua vontade. Não é necessário entrar em transe ou fazer algo anormal para elevar sua consciência ao Mundo do Desejo. Simplesmente quer ver e vê.
Tendo alcançado esta faculdade, o neófito precisa agora aprender a compreender o que ele vê no Mundo do Desejo. Muitos pensam que, uma vez que a pessoa é clarividente, toda a verdade abre-se para ela e porque pode "ver", logo "sabe tudo" sobre os mundos superiores. Este é um grande erro. Sabemos que nós, que somos capazes de ver coisas no Mundo Físico, estamos longe de ter um conhecimento universal sobre tudo o que existe. Muito estudo e dedicação são necessários para conhecer até mesmo uma pequena parte das coisas físicas com as quais lidamos em nossas vidas diárias.
No Mundo Físico, os objetos são densos, sólidos e não mudam num piscar de olhos. No Mundo do Desejo, eles mudam da maneira mais estranha. Isto é uma fonte de confusão interminável para o clarividente negativo, involuntário, e mesmo para o neófito que está sob a orientação de um mestre. Porém, o ensinamento que o neófito recebe, leva-o logo a um ponto onde pode perceber a Vida que causa a mudança da Forma e passa a conhecer isso pelo que isso é realmente, apesar de todas as mudanças possíveis e embaraçosas.
Dessa maneira os clarividentes são treinados antes que suas observações tenham algum valor real, e quanto mais hábeis eles se tornam, mais modestos são em contar o que vêem. Muitas vezes, divergem das versões dos outros, sabendo o quanto há para aprender, percebendo o pouco que um investigador, sozinho, pode entender de todos os detalhes referentes às suas investigações.
Isto também diz respeito às variadas versões dos mundos superiores que são, para pessoas superficiais, um argumento contra a existência destes mundos. Eles afirmam que se estes mundos existem, os investigadores devem necessariamente trazer até nós descrições idênticas. Mas da mesma forma que no Mundo Físico, se vinte pessoas partissem para descrever uma cidade, haveriam vinte versões diferentes, assim também acontece quanto aos relatos feitos pelos investigadores dos mundos superiores. Cada um tem seu próprio modo de ver as coisas e pode descrever o que vê a partir de seu ponto de vista particular. O relato que ele faz pode diferir do dos outros, embora todos possam ser igualmente verdadeiros, de acordo com a visão e o ângulo de cada observador.
Há, também, outra importante distinção a ser feita. O poder que capacita uma pessoa a perceber os objetos em um mundo, não é idêntico ao poder de entrar naquele mundo e funcionar lá. O clarividente voluntário, embora tenha recebido algum treinamento e esteja apto a distinguir o verdadeiro do falso no Mundo do Desejo, está praticamente na mesma relação com esse mundo como um prisioneiro atrás das grades de uma janela - ele pode ver o mundo exterior mas não pode funcionar nele. Portanto, no momento oportuno, exercícios adicionais são dados ao aspirante para provê-lo com um veículo no qual ele possa funcionar nos mundos internos de uma maneira perfeitamente auto-consciente.
A faculdade da clarividência indica uma conexão frouxa entre os corpos vital e o denso. Nas várias épocas de nossa Terra, quando todos os homens eram clarividentes involuntários, foi o afrouxamento desta conexão que os tornou clarividentes. Desde aqueles tempos, o corpo vital tornou-se mais firmemente entrelaçado com o corpo denso na maioria das pessoas, mas em todos os sensitivos esta ligação é frouxa. Este afrouxamento constitui a diferença entre o médium e a pessoa comum que está inconsciente de tudo, e que só sente as vibrações por meio dos cinco sentidos. Todos os seres humanos têm que passar por este período de íntima conexão dos veículos e experimentar a conseqüente limitação da consciência.
Existem, portanto, duas classes de sensitivos: aqueles que não foram envolvidos no assunto ( como as raças menos evoluídas e aqueles que praticam a endogamia ) e aqueles que estão emergindo do ponto mais alto da materialidade e são novamente divisíveis em dois tipos: voluntários e involuntários.
Quando a conexão entre o corpo vital e o corpo denso de um homem está um pouco frouxa, ele será sensível às vibrações espirituais, e, se é positivo, ele desenvolverá por sua própria vontade, suas faculdades espirituais. Viverá uma vida espiritual e, com o tempo, receberá o ensinamento necessário para tornar-se um clarividente treinado e senhor de sua faculdade em todos os momentos, livre para exercê-la ou não, como quiser.
Se uma pessoa possui este leve afrouxamento entre os corpos vital e o de desejos e é de um temperamento negativo, ela está sujeita a tornar-se vítima de espíritos desencarnados, como médium.
Quando a conexão entre os corpos vital e denso está muito frouxa, e o homem é positivo, ele pode tornar-se um Auxiliar Invisível, capaz de levar os dois éteres superiores para fora de seu corpo denso quando quiser e usá-los como veículos para a percepção sensorial e a memória. Então, pode funcionar conscientemente no Mundo Espiritual e recordar-se de tudo que fez lá. Quando ele deixa seu corpo à noite, orienta-se nos Mundos Invisíveis de maneira totalmente consciente, como fazemos aqui ou quando acabamos de desempenhar nossos deveres mundanos.
Quando uma pessoa tem esta conexão frouxa entre o corpo vital e o corpo denso, e é de um temperamento negativo, entidades que estão apegadas à Terra e procuram manifestar-se aqui, podem retirar o corpo vital do médium por meio do baço e usar temporariamente o éter do qual é composto para materializar formas de espíritos, retornando o éter para o médium depois que a sessão acaba.
Uma vez que o corpo vital é o veículo por onde as correntes solares, que dão-nos vitalidade, são especializadas, o corpo do médium, no momento da materialização, algumas vezes encolhe até quase a metade de seu tamanho normal porque foi privado do princípio vitalizante. Sua carne torna-se flácida e a centelha de vida queima fracamente. Quando a sessão termina, o médium é despertado para a consciência normal e experimenta um sentimento da mais terrível exaustão.
O perigo da mediunidade foi tratado, em detalhe, em outra literatura da Fraternidade Rosacruz. Repetimos aqui, que é extremamente maléfico para qualquer indivíduo permitir tornar-se tão negativo que seus veículos e suas faculdades possam ser possuídas por uma entidade desencarnada. A entidade pode exercer tal controle sobre a pessoa, que esta não consegue mais exercer a livre escolha sobre nenhum assunto, mas vive somente como a entidade deseja que ela viva. Este controle pode continuar até depois da morte, quando seu corpo de desejos pode ser possuído pela entidade. É extremamente difícil desligar-se da entidade, uma vez isto acontecido.
Todas as crianças são clarividentes, pelo menos durante o primeiro ano de vida. Por quanto tempo a criança vai manter esta faculdade, dependerá da sua espiritualidade e também de seu meio-ambiente, pois a maioria das crianças comunica aos mais velhos tudo o que elas vêem e a faculdade de clarividência é afetada pela atitude destes. Freqüentemente as crianças são ridicularizadas por contarem coisas que, segundo os mais velhos, só podem ser o resultado de "imaginação". Assim, elas aprendem a calar-se para não gerar aborrecimentos ou, no mínimo, guardam estas coisas para elas mesmas.
Embora existam tanto clarividentes positivos como negativos, sabemos que é somente com a clarividência positiva que um indivíduo pode ver e investigar acuradamente os mundos internos e adiantar-se no caminho evolutivo. A clarividência negativa não pode ser vista como um instrumento confiável de investigação. Muitas vezes causa a indesejável situação de controle pessoal vindo de uma fonte exterior, e pode, pelo menos entre povos do Mundo Ocidental, causar à pessoa, uma regressão evolucionária.
Fonte: www.fraternidaderosacruz.com.br
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