Fonte: EFECidade do Vaticano, 5 jul (EFE).- O papa Bento XVI pediu hoje que se garanta a segurança no trabalho, diante da tragédia do trem na Itália que deixou 22 mortos, e voltou a condenar a violência, após o atentado deste domingo junto a uma catedral católica nas Filipinas.
"Nestes dias, fomos golpeados pela tragédia de Viareggio. Uno-me à dor dos que perderam pessoas queridas, ficaram feridos ou sofreram danos materiais também graves" no acidente com um trem, disse o pontífice, durante a reza do Ângelus na Praça de São Pedro do Vaticano.
"Elevo minha triste reza a Deus por todas as pessoas afetadas pela tragédia", acrescentou Bento XVI, que pediu que "acidentes semelhantes não se repitam e se garanta a todos a segurança no trabalho e no desenvolvimento da vida cotidiana".
O papa também lamentou hoje "profundamente" o atentado junto à catedral católica da cidade de Cotabato, na ilha filipina de Mindanao, que deixou quatro mortos e 37 feridos.
"Enquanto rezo a Deus pelas vítimas do infame gesto, elevo minha voz para condenar mais uma vez o recurso à violência, que não é nunca uma forma digna de solução dos problemas existentes", disse o papa.
Bento XVI lamentou também que se continue derramando sangue no planeta por causa da violência, da injustiça e do ódio, algo que, segundo ele, é um grito a Deus.
"Está escrito no Gênesis que o sangue de Abel, assassinado pelo irmão Caim, grita a Deus da Terra. E, infelizmente, hoje como ontem, este grito não cessa, porque se continua derramando sangue humano por causa da violência, da injustiça e do ódio", disse o pontífice.
"Quando os homens aprenderão que a vida é sagrada e pertence só a Deus? Quando compreenderão que somos todos irmãos?", perguntou.
Segundo Bento XVI, "ao grito pelo sangue derramado, que ocorre de muitas partes da Terra, Deus responde com o sangue de seu filho, que deu a vida por nós". EFE
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