sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

Colônias Espirituais sobre o território brasileiro



por Ana Maria Teodoro Massuci
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Minha Nada Mole Encarnação - Pra Que Usar Branco?



Último dia do ano e uma lista do que fazer... tudo tem que ser especial! Também gosto dessa energia de renovação e novidade! Mas têm coisas que dependem mais...

fonte
por Ana Maria Teodoro Massuci
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Perguntas e respostas

317. As condições dos Espíritos e as maneiras por que veem as coisas variam ao infinito, de conformidade com os graus de desenvolvimento moral e intelectual em que se achem. Geralmente, os Espíritos de ordem elevada só por breve tempo se aproximam da Terra. Tudo o que aí se faz é tão mesquinho em comparação com as grandezas do infinito, tão pueris são, aos olhos deles, as coisas a que os homens mais importância ligam, que quase nenhum atrativo lhes oferece o nosso mundo, a menos que para aí os leve o propósito de concorrerem para o progresso da Humanidade.

O Livro dos Espíritos de Allan Kardec
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Sentimentos na lama


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quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

Física Quântica - "Entrelaçamento: Orações além do tempo e espaço"

(Membranas Dimensionais/Teoria das Cordas/Entrelaçamento/Campo Unificado)


Um estranho debate ocupou, de 2001 a 2003, as páginas do seríssimo "British Medical Journal".
Premissa: várias pesquisas, há tempos, mostram os efeitos positivos da oração numa variedade de condições patológicas. Documenta-se que o doente encontra benefícios (quanto ao andamento de sua enfermidade) no ato de rezar ou na consciência de que seus próximos rezam por ele.
Até aqui, tudo bem: o paciente acharia assim uma paz de espírito que melhora sua evolução.
A coisa se complica: às vezes, as pesquisas mostram que a prece traz benefícios mesmo quando alguém reza por um doente sem que ele próprio saiba disso. Como explicar esses casos ?
Talvez o benefício seja fruto de uma intervenção caridosa da divindade solicitada, mas essa explicação depende de um ato de fé que não cabe na interpretação de uma pesquisa científica. Além disso, é curioso que os benefícios apareçam seja qual for o deus ou o intercessor que receba a oração.
Resta, pois, imaginar que a intenção humana (o esforço cerebral de quem deseja que algo aconteça e reza por isso) tenha alguma realidade material (energia, partículas etc.) capaz de influir no andamento de um processo patológico.

Estranho ?
Nem tanto: afinal, até poucas décadas atrás, ignorávamos a existência de uma série de partículas que, segundo a física de hoje, povoam nosso universo. Por que as nossas intenções não movimentariam uma energia desconhecida, mas capaz de alterar o mundo físico ?
No final de 2001, o "British Medical Journal", depois de um editorial lembrando que a razão não explica tudo, publicou uma pesquisa, de L. Leibovici, que registra os efeitos benéficos (em pacientes com septicemia) de uma reza afastada não só no espaço, mas também no tempo.

Explico.
Foram incluídos no estudo todos os pacientes internados com septicemia, de 1990 a 1996, num hospital israelense; eram 3393. Em 2000 (de quatro a dez anos mais tarde), por um processo rigorosamente aleatório, os arquivos desses pacientes foram divididos em dois grupos: um grupo pelo qual haveria reza e um grupo de controle. Para cada nome do primeiro grupo, foi dita uma breve reza que pedia a recuperação do paciente e do grupo inteiro.
Resultado: no grupo que recebeu uma reza em 2000, a mortalidade foi (ou melhor, fora, de 90 a 96) inferior, embora de maneira pouco significativa; no mesmo grupo, a duração da febre e da hospitalização fora (ou melhor, havia sido, de 90 a 96) significativamente menor.
A publicação da pesquisa provocou uma enxurrada de cartas, algumas contestando as estatísticas, outras manifestando uma certa incompreensão do problema, que é o seguinte: como entender que uma reza possa agir não só sem que o paciente tenha consciência da intercessão pedida (com possível efeito psicológico positivo), mas à distância no tempo ? Como entender, em suma, que uma reza dita em 2000 tenha um efeito retroativo em alguém que estava doente entre 90 e 96, quando a pesquisa e a reza nem sequer estavam sendo cogitadas ?
Uma tentativa de resposta veio em 2003. O "BMJ" (2003, 327) publicou um interessante e enigmático artigo de Olshansky e Dossey, "History and Mystery" (história e mistério), em que os dois médicos dão prova de conhecimentos de física quântica muito acima de minha cabeça.

O argumento de fundo é o seguinte: há modelos do espaço-tempo nos quais é possível que haja relações físicas entre o passado e o presente ou seja, modelos em que o presente pode alterar o passado.

Simples assim !

Folha de São Paulo
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quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

Umbral


"O Umbral funciona como região destinada a esgotamento de resíduos mentais; uma espécie de zona purgatorial, onde se queima, a prestações, o material deteriorado das ilusões que a criatura adquiriu por atacado, menosprezando o sublime ensejo de uma existência terrena."

Segundo o Novo Aurélio – O Dicionário da Língua Portuguesa, a palavra umbral foi tomada do espanhol e significa soleira, limiar, entrada, ou seja, a faixa mínima de piso que se acha entre as laterais de uma porta, portão ou passagem, e serve de limite entre um cômodo e outro numa construção.

Em 1943, André Luiz, o médico que se tornou conhecido psicografando livros pela mediunidade de Francisco Cândido Xavier, trouxe a público o significado dado à palavra na colônia espiritual “Nosso Lar”, onde passou a viver alguns anos depois de seu desencarne.

Em seu livro também chamado Nosso Lar, ele conta como ouviu falar do Umbral pela primeira vez, quando o enfermeiro Lísias lhe dava as primeiras informações sobre a colônia e descreveu-o como região onde existe grande perturbação e sofrimento e para a qual a colônia dedicava atenção especial. Vejamos o que diz o enfermeiro:
“Quando os recém-chegados das zonas inferiores do Umbral se revelam aptos a receber cooperação fraterna, demoram no Ministério do Auxílio; ...”

E mais adiante, acrescenta:

“... A não ser em obediência a esse imperativo, o Governador vai semanalmente ao Ministério da Regeneração, que representa a zona de “Nosso Lar” onde há maior número de perturbações, dada a sintonia de muitos dos seus abrigados com os irmãos do Umbral. ...”

Não foi sem razão que André Luiz teve seu interesse despertado para essa região chamada Umbral. Sem entender bem do que se tratava, voltou a insistir com Lísias para saber mais detalhes e, no capítulo seguinte, narra novo diálogo com o enfermeiro, em que este lhe deu maiores detalhes desta região do astral, não sem antes perguntar como ele poderia não conhecer o Umbral se havia ficado lá por tantos anos. Vejamos o que diz Lísias:

“O Umbral – continuou ele, solícito – começa na crosta terrestre. É a zona obscura de quantos no mundo não se resolveram a atravessar as portas dos deveres sagrados, a fim de cumpri-los, demorando-se no vale da indecisão ou no pântano dos erros numerosos.”

Mais adiante, diz também:

“... O Umbral funciona, portanto, como região destinada a esgotamento de resíduos mentais; uma espécie de zona purgatorial, onde se queima, a prestações, o material deteriorado das ilusões que a criatura adquiriu por atacado, menosprezando o sublime ensejo de uma existência terrena.”

E em outro parágrafo, Lísias complementa:

“O Umbral é região de profundo interesse para quem esteja na Terra. Concentra-se aí tudo o que não tem finalidade para a vida superior. ... Representam fileiras de habitantes do Umbral, companheiros imediatos dos homens encarnados, separados deles apenas por leis vibratórias. (grifo nosso)... Lá vivem, agrupam-se, os revoltados de toda espécie. ... Pois o Umbral está repleto de desesperados. Por não encontrarem o Senhor à disposição dos seus caprichos,..., essas criaturas se revelam e demoram em mesquinhas edificações. “

Enfim, desde então, a palavra Umbral, escrita com letra maiúscula, como o fez André Luiz no livro Nosso Lar, tomou significado especial, principalmente entre os espíritas, designando a região espiritual imediata ao plano dos encarnados, para onde iriam e onde estariam todos os espíritos endividados, perturbados e desequilibrados depois da vida.

Com esta conotação, a palavra difundiu-se muito e transformou-se num quase sinônimo do Inferno e do Purgatório dos católicos, com localização geográfica, tamanho, etc., conceito este que o próprio Allan Kardec, codificador do Espiritismo, já havia desmitificado em suas obras, mais de 80 anos antes, especialmente em O Livro dos Espíritos, nas seguintes perguntas:

“1011. Um lugar circunscrito no Universo está destinado às penas e aos gozos do Espíritos, segundo o seus méritos?
“- Já respondemos a essa pergunta. As penas e os gozos são inerentes ao grau de perfeição do Espírito. Cada um traz em si mesmo o princípio de sua própria felicidade ou infelicidade. (grifo nosso). E como eles estão por toda a parte, nenhum lugar circunscrito ou fechado se destina a uns ou a outros. Quanto aos Espíritos encarnados, são mais ou menos felizes ou infelizes segundo o grau de evolução do mundo que habitam.

“1012. De acordo com isso, o Inferno e o Paraíso não existiriam como os homens representam?

“- Não são mais do que figuras: os Espíritos felizes e infelizes estão por toda a parte. Entretanto, como já o dissemos também, os Espíritos da mesma ordem se reúnem por simpatia. (grifo nosso). Mas podem reunir-se onde quiserem, quando perfeitos.”

Como vemos pelas respostas dos espíritos a Kardec, o Inferno e o Paraíso não passam de estados de espírito, condição moral de sofrimento ou felicidade a que estão sujeitos os espíritos por suas próprias atitudes, pensamentos e sentimentos durante a vida encarnada e depois dela. E é bom lembrar que espíritos somos todos, encarnados e desencarnados, vivendo cada um o seu inferno e o seu paraíso particulares. O que nos diferencia dos espíritos desencarnados é apenas o fato de estarmos temporariamente presos a um corpo denso de carne. De resto, somos absolutamente iguais a eles, com desejos, opiniões, frustrações, alegrias, defeitos e qualidades.
Na verdade, a figura geográfica e espacial do Inferno dos católicos serviu de molde aos espíritas para que melhor visualizassem o que seria o Umbral. Assim como o Inferno da Igreja Católica foi tomado emprestado e adaptado do Inferno dos povos não cristãos (chamados pagãos), para compor os mitos de Inferno e Paraíso.

Pelo que dizem os espíritos a Kardec, podemos concluir que cada um de nós traz, em si mesmo, o inferno e o paraído que merece, de acordo com o que pensa, sente e faz durante sua vida espiritual, incluídos aí também os períodos em que nos encontramos encarnados.

Se não existe Inferno ou Purgatório, por que haveria de existir o Umbral com localização, medidas, coordenadas, etc.?

Tudo o que existe no plano espiritual é criado pela mente dos espíritos encarnados e desencarnados. Sempre que pensamos, nossa mente dispara um processo pelo qual somos capazes de moldar as energias mais sutis do universo, criando formas que correspondem exatamente àquilo que somos intimamente.

Extremamente apegados ao mundo material, nada mais natural que, mesmo estando fora dele, queiramos tê-lo novamente quando desencarnados. É aí que nossa mente entra em ação, criando tudo o que desejamos ardentemente. E várias mentes, desejando a mesma coisa juntas, têm muito mais força para criar.

A grande diferença é que, no mundo físico, podemos embelezar artificialmente o nosso ambiente e a nossa aparência, enquanto que no plano astral isso não é possível, pois lá todos os nossos defeitos, mazelas, falhas, paixões, manias e vícios ficam expostos em nossa aura, exibindo claramente quem somos como consciências e, não, como personalidades encarnadas.

No Umbral, tudo o que está fora de nós é consequência do que está dentro. Tudo o que existe em nosso mundo pessoal e nos acontece é reflexo do que trazemos na consciência. Assim, o Umbral nada mais é que uma faixa de frequência vibratória a que se ligam os espíritos desequilibrados, cujos interesses, desejos, pensamentos e sentimentos se afinizam. É uma “região” energética onde os afins se encontram e vivem, onde podem dar vazão aos seus instintos, onde convivem com o que lhes é característico, para que um dia, cansados de tanto insistirem contra o fluxo de amor e luz do universo, entreguem-se aos espíritos em missão de resgate, que estão sempre por lá em trabalhos de assistência.

Alguns autores descrevem o Umbral como uma sequência de anéis que envolvem e interpenetram o planeta Terra, indo desde o seu núcleo de magma até várias camadas para fora de seus limites físicos.

O que acontece é que os espíritos se reúnem obedecendo, apenas e unicamente, à sintonia entre si e acabam formando anéis energéticos em torno do planeta, ou melhor, em torno da humanidade terrena, pois ela é parte da humanidade espiritual que o habita e é também o foco de atenção de todos os desencarnados ligados a ele.
As camadas descritas em alguns livros são mais um recurso didático para facilitar o entendimento e o estudo do mundo espiritual, pois não há limites precisos entre elas, assim como não há divisas exatas entre um bairro e outro de uma mesma cidade, ainda que eles sejam de classes sociais bem diferentes.

É exatamente o que nos diz Lancellin, em seu livro Iniciação - Viagem Astral, pela psicografia de João Nunes Maia:

“As pessoas, como os espíritos desencarnados, se reúnem por simpatia, por atração daquilo que pensam e sentem, pois se sentem felizes por estarem com os seus iguais, tanto na Terra como no mundo espiritual.”

Esse mesmo mecanismo de sintonia é o que cria regiões “especializadas” no Umbral, como o Vale dos Suicidas, descrito por Camilo Castelo Branco, pela psicografia de Yvonne A. Pereira, em seu livro Memórias de um Suicida(5). Espíritos com experiências de suicídio, vivendo os mesmos dramas, sofrimentos, dificuldades, agrupam-se por pura afinidade e formam regiões vibratórias específicas.

Assim também acontece com faixas energéticas ligadas às drogas, ao aborto, aos distúrbios psíquicos, às guerras, aos desequilíbrios sexuais, etc.

Em seu livro Driblando a Dor, pela psicografia de Irene Pacheco Machado, o espírito Luiz Sérgio, jovem desencarnado em acidente de automóvel na década de 70, conta o trabalho de sua equipe junto a grupos de drogados e traficantes.

Em outro de seus livros, Deixe-me Viver, pela psicografia da mesma médium, ele fala mais especificamente da situação dos espíritos abortados e aborteiros, vivendo lado a lado na faixa vibratória de seus atos.

No livro O Abismo, de R. A. Ranieri, orientado por André Luiz, vamos encontrar uma descrição dramática dos espíritos que vivem ligados ao subsolo do planeta, em condições terríveis de degradação moral e perispiritual.

O Prof. Wagner Borges, pesquisador de projeção astral e fundador do IPPB – Instituto de Pesquisas Projeciológicas e Bioenergéticas, também nos traz diversos relatos e psicografias importantes sobre o assunto. Em seu livro Viagem Espiritual, em duas mensagens orientadas pelo espírito Rama, ele descreve imagens do Umbral, vistas pelos olhos de um padre desencarnado dedicado a ajudar e resgatar espíritos que vivem ali.

No livro O Céu e o Inferno, de Allan Kardec, encontramos também diversos relatos de espíritos desencarnados que se apresentam pela psicofonia e descrevem as condições em que se encontram no mundo espiritual. Ali, além do relato de vários espíritos perturbados, vamos também encontrar relatos de espíritos relativamente felizes, alguns apenas algumas horas após o seu desencarne, demonstrando que céu e inferno são condições espirituais íntimas, alcançadas por merecimento, que acompanham o espírito onde quer que ele esteja e se mantêm e intensificam pela sintonia com outros espíritos nas mesmas condições.

Apesar de toda perturbação e desequilíbrio dos espíritos que vivem no Umbral, não devemos nos iludir. Existe muita disciplina, organização e hierarquia nos ambientes umbralinos. É o que nos mostra, por exemplo, o espírito Ângelo Inácio, pela psicografia de Robson Pinheiro, em seu livro Tambores de Angola, e o espírito Nora, pela psicografia de Emanuel Cristiano, em seu livro Aconteceu na Casa Espírita.

Vemos ali o quanto esses espíritos podem ser inteligentes, organizados, determinados e displinados em suas práticas negativas, criando instituições, métodos, exércitos e até cidades inteiras para servir aos seus propósitos.
É preciso que compreendamos que todos nós já estamos vivemos numa dessas “camadas” de Umbral que envolvem a Terra e que todos nós criamos o nosso próprio Umbral particular sempre que contrariamos as leis divinas universais, as quais podem ser resumidas numa única expressão: amor incondicional.

Em seu segundo livro, Os Mensageiros, André Luiz conta a história de vários moradores de “Nosso Lar” que passaram pelas “zonas inferiores”. Todos eles saíram da colônia cheios de esperanças, de amigos, de auxílio e orientação. Eram, portanto, espíritos relativamente esclarecidos, amparados, iluminados. Muitos deles passaram anos na colônia estudando antes de reencarnar com missões definidas na mediunidade. No entanto, mesmo assim, vários eles se deixaram levar por seu lado ainda imperfeito e falharam novamente. Todos voltaram para “Nosso Lar” depois de desencarnados, mas não sem antes passar pelo Umbral, para drenar energias negativas acumuladas numa encarnação de descaso e irresponsabilidade com a própria consciência e a de outros.

Isso é necessário para o bem do próprio espírito, a fim de que ele possa se livrar de energias espirituais altamente tóxicas que desequilibram e bloqueiam sua mente para energias mais sutis e saudáveis, e também perturbariam os ambientes mais equilibrados, como o de colônias como “Nosso Lar”, caso fossem levados para lá nesse estado.

É importante notar que não se trata de punição ou banimento, mas de tratamento justo, necessário e amoroso. Sim, o Umbral é criação de amor e justiça divinos, onde espíritos desviados e profundamente desequilibrados encontram um meio onde conseguem viver e, ao mesmo tempo, aprender, enquanto se recuperam.

Muitos perguntam se não é pior o espírito ficar tanto tempo convivendo com tantas energias negativas semelhantes às suas próprias, agravando e intensificando seu próprio desequilíbrio. No entanto, não podemos nos esquecer que, muitas vezes, os espíritos desencarnam em tal estado de alheamento e perturbação, que não resta outro recurso a não ser deixar que a natureza siga seu curso e faça o trabalho necessário de depuração, colocando-os com seus semelhantes para que, juntos, filtrem, uns dos outros, as energias que os envenenam, e para que, observando as atitudes uns dos outros, possam compreender onde erraram e queiram reiniciar o processo de melhoria interior.

Mas o Umbral não é um mundo só de desencarnados. Muitos projetores conscientes (pessoas encarnadas que fazem projeções astrais conscientes), narram passagens por regiões escuras e densas, semelhantes às descrições de André Luiz em Nosso Lar.

Todos os encarnados desprendem-se do corpo físico durante o sono e circulam pelo mundo espiritual. Esse é um fenômeno absolutamente natural e inerente a todo espírito encarnado. Uma grande parte continua a dormir em espírito, logo acima de onde está descansando o corpo físico. Outros limitam-se a passear inconscientes pelo próprio quarto ou casa, repetindo, mecanicamente, o que fazem todos os dias durante a vigília. E há os que saem de casa e vão além.

Dentre estes, uma pequena parte procura manter uma conduta ética elevada, 24h por dia, tentando sempre melhorar-se como pessoa, buscando sempre ajudar e crescer, e, muitas vezes, é levada ao Umbral em missão de resgate ou assistência, trabalhando com espíritos mais preparados, doando suas energias pelo bem de outros espíritos, como também informa Wagner Borges, em seu livro Viagem Espiritual II, dizendo:

“O sono dá ao espírito encarnado a oportunidade do desprendimento temporário do seu envoltório carnal. E nisto reside a sua grande chance de se sentir útil perante a vida, pois, fora do corpo, ele é levado por seus amigos espirituais às pessoas necessitadas, físicas e extrafísicas, onde a sua energia conciencial é de grande ajuda.

“Mediante processos específicos de transmissão de energia, os amparadores extrafísicos usam o projetor como doador de energia para a pessoa enferma (na maioria das vezes já desencarnada e sem se aperceber disso).”

Mas há um grande número dos que conseguem sair de seu próprio lar durante o sono e vão para o Umbral por afinidade, em busca daquilo que tinham em mente no momento em que adormeceram, ou obedecendo a instintos e desejos inferiores que, embora muitas vezes não estejam explícitos na vigília, estão bem vivos em sua mente e surgem com toda força quando projetados. Essas pessoas, muitas vezes, acabam sendo vítimas de espíritos profundamente perturbados ligados ao Umbral, que as vampirizam e manipulam, em alguns casos chegando até a interferir em sua vida física, criando problemas familiares, doenças, perturbações psicológicas, dificuldades profissionais e financeiras, etc.

Esse é o caso da jovem viciada Joana, narrado no livro O Transe, também da dupla Ângelo Inácio e Robson Pinheiro. É também o que acontece com Erasmino, no livro Tambores de Angola.

Vemos, assim, que o Umbral, de que falam André Luiz e tantos outros autores encarnados e desencarnados, está mais próximo de nós, encarnados, do que muitos de nós imaginam. E, o que é mais importante, somos nós mesmos que ajudamos a manter esse mundo denso com nossos pensamentos e sentimentos menos elevados. Somos nós que damos aos espíritos perturbados, que se encontram ligados a essa faixa vibratória, grande parte da matéria-prima de que se valem para sutentar seu mundo de trevas e sofrimento.

O Umbral está em todo lugar e em lugar nenhum, pois está dentro de quem o cria para si mesmo e acompanha o seu criador para onde quer que ele vá.

Toda vez que nos deixamos levar por impulsos de raiva, agressividade, ganância, inveja, ciúmes, egoísmo, orgulho, arrogância, preguiça, estamos acessando uma faixa mais densa desse Umbral. Toda vez que julgamos, criticamos ou condenamos os outros, estamos nos revestindo energeticamente de emanações típicas do Umbral. Toda vez que desejamos o mal de alguém, que nos deprimimos, que nos revoltamos ou entristecemos, criamos um portal automático de comunicação com o Umbral. Toda vez que nos entregamos aos vícios, à exploração dos outros, aos desejos de vingança, aos preconceitos, criamos ligações com mentes que vibram na mesma faixa doentia e estão sintonizadas com o Umbral.

O Umbral só existe, porque nós mesmos o criamos, e só continuará existindo enquanto nós mesmos insistirmos em mantê-lo com nossos desequilíbrios.

É por essa razão que Jesus nos aconselha a vigiar e orar, indicando que, para termos paz de espírito e equilíbrio, é necessário estarmos sempre atentos aos próprios impulsos e ligados a mentes iluminadas que possam nos inspirar sentimentos e pensamentos elevados.

O Umbral é nosso também, faz parte do nosso mundo, e não podemos renegá-lo ou simplesmente ignorá-lo. Assim como não podemos também fingir que não temos nada a ver com ele. Lá estão também algumas de nossas próprias criações mentais, de nossos sentimentos inferiores, de nossos pensamentos mais densos. E lá vivem espíritos divinos como nós, temporariamente desviados do caminho de luz em que foram colocados por Deus.
Por isso é importante que não vejamos o Umbral como um lugar a ser evitado ou uma ideia a não ser comentada, mas como desequilíbrio espiritual temporário de espíritos como nós, que, muitas vezes, só precisam de um pouco de atenção e orientação para se recuperarem e voltarem ao curso sadio de suas vidas.

É comum encontrarmos médiuns e doutrinadores que têm medo ou aversão ao trabalho com espíritos do Umbral, evitando atendê-los, ignorando-os friamente, ou tratando-os como criminosos sem salvação, que não merecem qualquer compaixão ou respeito. Estas pessoas esquecem-se de um dos preceitos básicos da espiritualidade: a caridade.

É preciso estender a mão espiritual a estas entidades para que possam sair dessa sintonia e possam também colaborar com o trabalho gigantesco de resgate há ser feito nas regiões umbralinas. Além de retirar espíritos dessa sintonia, os trabalhos de desobsessão e orientação a desencarnados de grupos mediúnicos bem orientados, equilibrados, livres de preconceitos, prestam um grande serviço à própria humanidade terrena, na medida em que recuperam muitos obsessores e assediadores que lá vivem e se ocupam de perseguir espíritos encarnados.

Independentemente disso, todos nós podemos contribuir individualmente para a melhoria de toda a humanidade, encarnada e desencarnada, inclusive do Umbral, emitindo pensamentos de luz, amor, paz e harmonia por todo o planeta e tudo o que nele existe. Da mesma forma que contribuímos para a existência do Umbral, podemos contribuir para reduzir o sofrimento que existe nele, bem como a influência negativa que o mesmo exerce sobre os encarnados.

Os habitantes do Umbral não são nossos inimigos, mas espíritos que precisam de compreensão e ajuda. Não são irrecuperáveis, mas perderam o rumo do crescimento espiritual. Não estão abandonados por Deus, mas não sabem disso e desistem de procurar orientação. Não são diferentes de nós, mas tão semelhantes, que vivem lado a lado conosco, todos os dias, observando nossos atos, analisando nossos pensamentos, vigiando nossos sentimentos, prestando atenção às nossas atitudes.

E, se não queremos ir ao Umbral por afinidade, que nos ocupemos de nos tornarmos seres humanos melhores, mais dignos, mais éticos, 24h por dia. Desse modo, nossa passagem pelo Umbral será sempre na condição de quem leva ajuda sem medo, sem preconceito e sem sofrimento, e não de quem precisa de ajuda para superar seus próprios medos, preconceitos e dores.

Letra Espírita
por Ana Maria Teodoro Massuci
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A viagem continua


Não admitas que desalento e azedume te anulem a confiança em Deus e em ti mesmo...
Estamos todos num curso de aperfeiçoamento espiritual valendo por viagem difícil para os Cimos da espiritualidade.
Toda subida exige suor.
Se já retiraste do vale, no encalço dos montes dedicados ao conhecimento superior, onde se te descerrarão novas luzes segue adiante e não desanimes.

Terás talvez perdido certas preciosidades.
Não te impressiones.
Sabes que os Mensageiros da Luz te esperam à frente e não se te faria possível alcança-los sob o peso de bagagem excessiva.

Provavelmente, sofreste o afastamento de amigos.
Não te aflijas.
Seguindo sempre, obterás mais facilmente as condições precisas a fim de auxilia-los para que se te reinstalem na equipe.

Pessoas amadas resolveram descansar, sem necessidade, nas margens da senda, impondo-te o desapontamento da separação temporária.
Não te incomodes.
Todas elas serão compelidas pelas circunstâncias a retomarem o caminho.

Sugestões de imaginária fadiga te empalidecem o ânimo.
Não te deixes abater por impressões negativas.
Trazes contigo o manancial da fé, sobre o qual se te apoia sustentação na jornada.

A morte, em vários casos, te haverá furtado à presença alentadora de alguém, cujo carinho te escorava a sensibilidade no dia-a-dia.
Não te interrompas, porém.
Essa criatura se adiantou na estrada, de modo a aguardar-te, com mais riqueza de amor, no Mais Além.

Haja o que houver não te detenhas na subida escabrosa porque a viagem continua independentemente de nossa própria vontade, e essa viagem é a própria vida que Deus nos concede a cada um para que, gradativamente, nos desfaçamos de qualquer sombra na conquista da luz.

EMMANUEL
(Do livro "Linha Duzentos", Francisco Cândido Xavier)
por Ana Maria Teodoro Massuci
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Um dia as pessoas se vão

Um dia, sem aviso prévio, as pessoas se vão e nos deixam de lembrança suas histórias. Sejam elas as vividas, ou as sonhadas. E as histórias de quem se foi, é a forma mais gostosa de eternizar aquela pessoa na gente.

Quando uma pessoa querida se vai, ela nos deixa uma parte de si. Deixa também um pouco de solidão. E a solidão, com o tempo se torna amiga. E assim, descobrimos com as pessoas que se foram, que um belo abraço e um olhar carinhoso sempre se faz presente, e, que nada verdadeiramente grande se faz sem uma parcela de amor.

Lembro-me como se fosse ontem do dia em que meu pai partiu. Eu não era lá um filho muito carinhoso, confesso. Já ele, também sempre foi um homem de poucas palavras quando o assunto eram os sentimentos. Nos bastávamos assim. Um pouco antes de partir, daquele seu jeito único que mesclava rispidez e sinceridade, ele parou alguns segundos e começou a divagar comigo. E, entre olhares e choros contidos, me disse da forma mais sincera possível que no leito de morte nós somos pessoas de verdade. Somos, pois conseguimos clarear os horizontes e sentir a emoção que é vivida naquele instante. Não há outras preocupações além de viver os últimos instantes que temos.
Ainda criança, olhei para ele um pouco sem chão e perguntei como iria conseguir me refazer sozinho. E com um sorriso que pouco havia visto, ele me disse com os olhos cheios de lágrimas que: São belas as aves que voam sozinhas.

A verdade é que um dia, cedo ou a tarde, a dor invade sem pedir licença. Se coloca ao nosso lado, conversa com a gente e nos diz que não irá embora até conversarmos com ela. A dor engana, cria ilusão, se faz infinita. Hoje, sendo uma ave que voa sozinha, aprendi que o amor de uma pessoa que se foi, na verdade, não nunca se vai. Ele fica. Nas histórias, na saudade e na esperança certeira dela estar sempre torcendo por nós.

Com alguns dias cheios de choro, e algumas pessoas perdidas, a gente aprende que a vida não passa de uma oportunidade de encontro. Encontrar quem a gente ama, nos doar inteiramente e saber que, mesmo não parecendo, isso foi o suficiente.

A saudade sempre grita. Mas a certeza do coração, diz à ela que um dia a gente irá descobrir que o amor é a compensação da morte. Então, que a gente consiga valorizar e compreender mais as pessoas. Pois, todo coração pede, implora, uma oportunidade de deixar seu amor eterno na gente.

Por Frederico Elboni
por Ana Maria Teodoro Massuci
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terça-feira, 27 de dezembro de 2016

Ação e Reação

“– (...) existência humana, por mais longa, é simples aprendizado em que o Espírito reclama benéficas restrições para restaurar o seu caminho. Usando nova máquina fisiológica entre os semelhantes, deve atender à renovação que lhe diz respeito e isso exige a centralização de suas forças mentais na experiência terrena a que transitoriamente se afeiçoa.”

Espírito Druso, em “Ação e Reação”, obra do Espírito André Luiz psicografia de Francisco Cândido Xavier.
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segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

Cirurgias espirituais


A inefável misericórdia de Deus sempre proporciona ao ser humano os recursos hábeis para que a paz, o bem-estar e a saúde o alcancem, embora os percalços existenciais.
Quando escasseiam os meios humanos convencionais, nunca faltam os valiosos contributos da oração, da inspiração, da ajuda espiritual direta ou indireta, proporcionando os tesouros incalculáveis do amor para tornar a vida mais suave e menos dorida.

Todos os dissabores e enfermidades de qualquer procedência encontram no Espírito as causas que os desencadeiam no corpo, na emoção ou no psiquismo. O ser real é sempre o responsável por quaisquer ocorrências no trânsito carnal. Em conseqüência, todas as providências saneadoras de distúrbios devem ser direcionadas às matrizes, ao veículo modelador orgânico.

Atendendo às necessidades evolutivas dos homens e mulheres reencarnados na Terra, o Senhor da Vida permite que os generosos Espíritos que desempenharam o ministério médico no mundo retornem, a fim de os auxiliar durante o curso de enfermidades dolorosas e pungentes. Quando escasseiam os recursos técnicos e acadêmicos, não poucas vezes, eles vêm oferecer o contributo do auxílio fraternal, vitalizando a virtude da caridade, que é sempre a bandeira que desfraldam.
Espiritualmente, durante os desdobramentos parciais pelo sono, conduzindo os enfermos às Regiões de onde procedem, ali realizando transfusões de energias benéficas e curativas, que se incorporarão ao patrimônio celular.

Noutras oportunidades, mediante a bioenergia revitalizam os chakras, ativando os centros de fixação do Espírito ao corpo e mudando a estrutura molecular enfermiça, que se remova e se reequilibra.
Vezes outras, ainda, mediante o atendimento homeopático, socorrem aqueles que os buscam, estimulando-os à mudança de comportamento moral e estimulando os núcleos energéticos através das tinturas-mães devidamente dinamizadas. Mais especialmente quando se utilizam de médiuns portadores de faculdades de efeitos físicos ou de ectoplasmia, para procedimentos cirúrgicos com instrumentos próprios ou sem eles.

Neste último caso, têm por meta chamar a atenção para a imortalidade da alma e para os mecanismos ainda desconhecidos por muitos acadêmicos que teimam em permanecer na cômoda atitude da negação sistemática, procurando explicações esdrúxulas ou complicadas para ocultar aquilo que ignoram, mesmo antes de intentarem qualquer investigação séria e descomprometida.
Embora devamos ter grande respeito pelos investigadores honestos e devotados, aqueles que se dedicam a pesquisar o que ignoram antes de assumirem atitude de hostilidade, não cabe a mesma consideração em referência aos que negam tomados de vã presunção, numa postura injustificável na atualidade como magistir dixit.

Os fenômenos mediúnicos e espíritas ocorrem amiúde, quer desejem as criaturas ou não, sendo de todos os tempos e sucedendo em toda parte, faltando somente interesse e seriedade para o seu estudo.
Todos os procedimentos espirituais que têm por meta a recuperação orgânica são realizados no perispírito, o campo onde se encontram registrados as necessidades de evolução para o Espírito. Conforme se haja conduzido no transcurso das reencarnações, fixam-se-lhe nos tecidos sutis e etéreos desse delicado revestimento do Espírito, todos os atos que se irão impor como exigências do processo iluminativo, sejam de natureza elevada ou de recuperação.

Desse modo, as cirurgias espirituais ou mediúnicas não têm necessidade de ser realizadas no corpo somático, muitas vezes através de comportamentos agressivos e chocantes, violentando os dispositivos da técnica, da higiene, da precaução às infeções...
Assim sucedem, para chamar a atenção dos cépticos, face a violação dos cânones estabelecidos e vigentes nas Academias de Medicina.

Hemostase, insensibilidade, assepsia, refazimento dos tecidos cirurgiados, decorrem, portanto, da ação fluídica dos Espíritos-cirurgiões sobre o perispírito dos pacientes, que absorvem essas saudáveis energias impregnando a estrutura molecular das células e imprimindo-lhes novo comportamento.
Ademais, pretendem esses Amigos generosos do mundo espiritual facilitar filmagens e gravações outras como fotografias, o tato dos assistentes, de maneira a demonstrar a intervenção que os chamados mortos conseguem no comportamento dos chamados vivos.

A gravidade desse cometimento torna-se mais grandiosa quando os seus médiuns, compreendendo a alta magnitude do ministério, dedicam-se em regime de gratuidade, jamais esquecendo as dadivosas messes da caridade que dimana do Pai Criador, vitalizada pelo amor universal.

Preparados antes da reencarnação para esse mister elevado, os médiuns que se dedicam às atividades curadoras, não podem menosprezar a vigilância, a oração, a conduta exemplar, a fim de continuarem credores da assistência dos seus bondosos Guias, sempre encarregados de confirmar a sobrevivência à morte e as conseqüências inevitáveis do comportamento de cada qual durante a vilegiatura física.
Os resultados que se podem obter através dos procedimentos cirúrgicos por meio dos médiuns operadores, também se podem conseguir por meio da oração, da terapia dos passes, da água fluidificada, dos inesgotáveis recursos de que dispõem os missionários do Bem no plano espiritual.
Eis porque, ante a necessidade de qualquer terapia acadêmica, alternativa ou mediúnica, torna-se imprescindível a transformação moral do paciente para melhor, a fim de que, mediante as ações de enobrecimento, contabilizar valores que possam anular aqueles negativos que lhe pesam na economia espiritual, emergindo em forma de enfermidades, dissabores, transtornos psicológicos ou psiquiátricos.

O servo do centurião que Lhe rogara ajuda para a enfermidade que o afligia, recebeu do amoroso Terapeuta a cura à distância, enviando-lhe os fluidos renovadores necessários para o seu refazimento orgânico.

Ao homem da mão mirrada, mesmo sendo num dia de Sábado, ante a hipocrisia sacerdotal. Ele pediu ao deficiente que Lhe estendesse o braço e sem o tocar sequer, restitui-lhe a mão igual à outra.
Ao cego de nascença, compadecido do seu sofrimento, Ele cuspiu sobre o pó, fez lama, passou-a nos olhos apagados do desconhecido e mandou-o lavá-los no poço de Siloé, permitindo-lhe em júbilo a bênção da visão.

À mulher hemorroíssa que Lhe tocou a fímbria das vestes ensejou a cura da grave doença que a infelicitava.
Para cada caso, o Benfeitor utilizava-se de um processo, agindo certamente nos tecidos sutis e etéreos do perispírito.
É sempre o amor que age em todas as circunstâncias que assinalam a presença do Bem.

Pelo Espírito Joanna de Ângelis/ Divaldo Pereira Franco - Livro Nascente de Bênçãos.
por Ana Maria Teodoro Massuci
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Espírito Ramatís na obra “O Sublime Peregrino”, psicografia de Hercílio Maes.

“Em verdade, as potências angélicas haviam derrotado fragorosamente as legiões satânicas e Jesus atingira a carne terrícola, protegido e recebendo um organismo físico de genética sadia e de ótima contextura cerebral. Malgrado as investidas diabólicas do Comando das Trevas, ele pudera configurar-se num menino formoso e lúcido, que iniciaria a sua peregrinação física, para entregar à humanidade terrena a mensagem de sua libertação espiritual.

Em torno do seu berço as potestades angélicas haviam colocado poderosas barreiras de luz, a fim de dissociarem qualquer carga de magnetismo nefasto ali projetado, com intenção de impedir-lhe a sublime missão crística. Jesus, realmente, vencera Satanás; e a Luz sublime do Anjo triunfara sobre o reino das Trevas!”

Espírito Ramatís na obra “O Sublime Peregrino”, psicografia de Hercílio Maes.
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Ceder ao obstáculo


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quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

Simpatias para a noite de Natal: atrair amor, dinheiro e paz

Muitas pessoas aproveitam a noite de Natal para atrair boas energias. Para isso, fazem simpatias em busca de amor, dinheiro, emprego, sorte, dentre outros pedidos. Algumas são específicas para serem realizadas nesta data especial. Veja a que se adequá para você e aproveite a oportunidade.
Simpatia para a noite de Natal
Simpatia para atrair boas vibrações em 2017

No dia 25 de dezembro á noite coloque um cacho de uvas e um copo de água ao lado de uma imagem do menino Jesus. Faça uma oração e agradeça a tudo de bom que aconteceu em sua vida, atraindo bons fluídos para um próximo ano que se inicia. No dia seguinte derrame a água no jardim e coloque as uvas perto das plantas. Mantenha a imagem na sua casa.


Simpatia para paz, saúde, dinheiro, relacionamento amoroso

Você vai precisar de duas velas de sete dias. Acenda a primeira na noite de Natal, espere queimar e acenda a segunda na noite de ano novo. Cada vela representa um pedido. A branca paz, a amarela dinheiro e emprego, a verde saúde e a vermelha amor. Quando acender, mentalize o pedido e faça uma oração. Deixe as velas em local seguro e longe do vento.

Outra
Para ter um ceia perfeita e com muita paz, antes do início e da chegada dos convidados, queime uma folha de louro seca pela casa. Além do aroma agradável, ela traz paz para o ambiente. Você pode fazer isso todos os dias do ano.

por Milena
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O que você faria se encontrasse com Jesus?


Uma vez mais somos convidados a celebrar o Natal, e de minha parte, fico pensando o que diria ao Senhor Jesus, o Divino aniversariante, se o encontrasse frente a frente.

Imaginemos, cada um de nós, a possibilidade de ter um encontro com Ele, lembrando que se trata do Espírito mais próximo da identidade Divina que temos notícia; do Construtor e Governador Espiritual de nosso Planeta; do portador da maior expressão de Amor que se possa conceber.

Como nos comportaríamos?
Penso em algumas possibilidades.
Uma alegria desequilibrada, histérica, dessas que demonstramos ao encontrar um grande ídolo? Quando, com toda certeza, pediríamos uma selfie para divulgar em nossas páginas virtuais.

Ficaríamos extasiados, em silêncio, sem qualquer reação?
Sentiríamos vergonha pela imensa diferença moral, ou ainda, por nossa negligência diante de Suas orientações a cerca do que deveríamos fazer e ainda não fazemos?
Apresentaríamos uma lista de pedidos visando amenizar nossos males terrenos?
Desenvolveríamos um rol de desculpas acerca de nossa negligência moral?
Necessariamente, um encontro desses teria características pessoais, ou seja, o Senhor de nossas vidas nos trataria no particular, no individual, porque Ele, o Pastor Divino, conhece cada uma de suas ovelhas e, certamente, teria uma finalidade útil, porque os grandes Espíritos sempre agem visando a construção e o fortalecimento do Bem e o resgate do pecador.

Mas reflitamos: este encontro é necessário?
Particularmente, penso que não, porque todos nós já sabemos, há dois mil anos, o que o Senhor pede e espera de nós, e também porque, provavelmente, não teríamos, como teve Saulo de Tarso, a coragem de perguntar, talvez com medo da resposta, “o que queres que eu faça?”.
O interessante é que um encontro desses é possível ainda hoje, e sempre, e está subordinado ao entendimento pleno das lições do seu Evangelho.

O Senhor Jesus nos deixou a pista.
Para encontra-Lo é fácil. É só nos aproximarmos, para o auxílio fraterno, dos que sofrem, dos perseguidos, dos desesperados, dos necessitados de toda ordem, enfim, dos que choram as dores que o mundo material proporciona.

Lembremo-nos, também, que Ele aceita convites para encontros. É só nos reunirmos em nome Dele, sintonizados com Sua mensagem de Amor e Luz.

Ele sempre estará onde estão a boa vontade e o Amor.
Pensemos nisso.

Antônio Carlos Navarro
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quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

Que a paz de Deus nos abençoe.



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Planeta terra, mundo de expiações e de provas - SANTO AGOSTINHO


13 – Que vos direi, que já não conheçais, dos mundos de expiações, pois que basta considerar a Terra que habitais? A superioridade da inteligência, num grande número de seus habitantes, indica que ela não é um mundo primitivo, destinado à encarnação de Espíritos ainda mal saídos das mãos do Criador. Suas qualidades inatas são a prova de que já viveram e realizaram um certo progresso, mas também os numerosos vícios a que se inclinam são o indício de uma grande imperfeição moral. Eis porque Deus os colocou num mundo ingrato, para expiarem suas faltas através de um trabalho penoso e das misérias da vida, até que se façam merecedores de passar para um mundo mais feliz.

14 – Não obstante, não são todos os Espíritos encarnados na Terra que se encontram em expiação. As raças que chamais selvagens constituem-se de Espíritos apenas saídos da infância, e que estão, por assim dizer, educando-se e desenvolvendo-se ao contato de Espíritos mais avançados. Vem a seguir as raças semicivilizadas, formadas por esses mesmos Espíritos em progresso. Essas são, de algum modo, as raças indígenas da Terra, que se desenvolveram pouco a pouco, através de longos períodos seculares, conseguindo algumas atingir a perfeição intelectual dos povos mais esclarecidos

Os Espíritos em expiação aí estão, se assim nos podemos exprimir como estrangeiros. Já viveram em outros mundos, dos quais foram excluídos por sua obstinação do mal, que os tornava causa de perturbação para os bons. Foram relegados, por algum tempo, entre os Espíritos mais atrasados, tendo por missão fazê-los avançar, porque trazem uma inteligência desenvolvida e os germes dos conhecimentos adquiridos. È por isso que os Espíritos punidos se encontram entre as raças mais inteligentes, pois são estas também as que sofrem mais amargamente as misérias da vida, por possuírem mais sensibilidade e serem mais atingidas pelos atritos do que as raças primitivas, cujo senso moral é mais obtuso.

15 – A Terra nos oferece, pois, um dos tipos de mundos expiatórios, em que as variedades são infinitas, mas têm por caráter comum servirem de lugar de exílio para os Espíritos rebeldes à lei de Deus. Nesses mundos, os Espíritos exilados têm de lutar, ao mesmo tempo, contra a perversidade dos homens e a inclemência da natureza, trabalho duplamente penoso, que desenvolve a uma só vez as qualidades do coração e as da inteligência. È assim que Deus, na sua bondade, torna o próprio castigo proveitoso para o progresso do Espírito.

por Ana Maria Teodoro Massuci
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Oração da Cura - Fraternidade Dr. Adolfo Bezerra de Menezes


Psicografia do Dr. Manoel Dantas através da Médium Nilceia de Fátima.

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terça-feira, 20 de dezembro de 2016

Curiosidades sobre a Bíblia.


A Paz! Tudo bem com você hoje?

Nos dias de hoje, com tantos afazeres, se torna cada vez mais difícil dedicarmos mais tempo para conhecer melhor a Bíblia, não é verdade?

Pensando nisso, dediquei um tempo para te escrever esse e-mail com algumas curiosidades porque acredito que você vai gostar.
Vamos lá:

1- Qual é o livro bíblico mais traduzido?

A Bíblia foi traduzida e publicada mais do que qualquer outro livro na história. O livro da Bíblia mais traduzido é o Evangelho de Marcos, talvez por ser o mais curto dos quatro Evangelhos e por trazer um relato cheio de ação a respeito da vida e dos ensinamentos de Jesus. Marcos está disponível em cerca de 900 línguas.

2 - Qual era a fruta que Adão e Eva comeram?
A Bíblia não menciona qual era a fruta da árvore do conhecimento do bem e do mal, que não devia ser comida por Adão e Eva. Uma tradição européia associa essa fruta com a maçã. Em latim, a palavra malum significa tanto “maçã” como “mal”, o que pode ter originado essa tradição.

3 - Quanto tempo a Bíblia levou pra ser escrita?
A Bíblia inteira foi escrita num período que abrange mais de 1600 anos.

4 - Quantos autores escreveram a Bíblia?
É uma obra de cerca de 40 autores, das mais variadas profissões: de humildes agricultores, pescadores até renomados reis.

5 - Em quais línguas a Bíblia foi escrita?
O Antigo Testamento foi escrito em hebraico, com exceção de algumas passagens em Esdras, Jeremias e Daniel que foram escritas em aramaico. O Novo Testamento foi escrito em grego.

6 - Há algum livro da Bíblia em que a palavra “Deus” não aparece?
A palavra “Deus” aparece em todos os livros da Bíblia, exceto em Ester e Cântico dos Cânticos. Esse fato levou muitos judeus e cristãos a argumentarem que Ester e Cântico dos Cânticos não faziam parte da Bíblia. Outros argumentaram que Deus está presente também nesses livros. Eles viram o Cântico dos Cânticos como um símbolo poético do amor de Deus pelo seu povo. E, em Ester, eles viram Deus agindo nos bastidores, criando uma série de impressionantes “coincidências” que livraram os judeus de um holocausto na Pérsia.

7 - Qual o maior capitulo e o maior versículo da Bíblia?
O Salmo 119 é o mais longo da Bíblia, é um acróstico. Os 176 versículos acham-se divididos em 22 seções de oito versos cada uma, correspondendo a cada uma das letras do alfabeto hebraico.
E Ester 8:9 é o maior versículo da Bíblia (Leia aqui).

Curiosidades Bônus!
- Quem subiu ao céu num redemoinho?
Elias.
"E sucedeu que, indo eles andando e falando, eis que um carro de fogo, com cavalos de fogo, os separou um do outro; e Elias subiu ao céu num redemoinho." ~ 2 Reis 2:1

- Quantas promessas encontramos na Bíblia?
Há 3573 promessas na Bíblia.
--
E então, gostou dessas curiosidades? Eu acredito que você talvez já conhecia algumas ou mesmo todas, mas é sempre bom relembrar.
Eu acredito que quanto mais lemos sobre a Bíblia, mais vontade teremos de estudá-la. E você concorda que isso é importante para nosso crescimento como cristãos?

Um grande abraço!
Jonathan e Equipe Gospel +
Gospel+: Servir ao Pai, servindo seus filhos
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Perguntas e respostas dos espíritos.

N. de A. K.: O texto colocado entre aspas, em seguida às perguntas, é a resposta que os Espíritos deram.
315. Aquele que pela morte deixou trabalhos de arte ou de literatura, conserva pelas suas obras o amor que lhes tinha quando vivo?

“De acordo com a sua elevação, aprecia-as de outro ponto de vista e não é raro condene o que maior admiração lhe causava.”

O Livro dos Espíritos de Allan Kardec
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sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

Papa Francisco proíbe cinzas de cremação - Opinião em tópicos - Dezembro 2016


Confesso que me surpreendi. Tenho notado nas declarações e atitudes do Papa Francisco um sentido de modernidade que vai ao encontro de grande parte dos costumes e aspirações de nosso tempo, a maioria dos quais ainda ontem combatidos pela Igreja.

Mas essa de proibir se espalhem as cinzas da cremação do corpo de um ente querido na natureza, ou mesmo de guardá-las respeitosamente em casa, como lembrança material daqueles que partiram, contraria uma saudável tendência ecológica e, penso, muito saudável. Em vez disso, o Vaticano recomenda que “as cinzas do defunto devem ser mantidas em um lugar sacro, ou seja, nos cemitérios”.

O pó que (não) somos
Não vejo nada mais “sagrado” do que a Natureza. E isso não significa necessariamente uma adesão ao que a Santa Sé classificou como “equívoco panteísta” ou “niilista”. Nosso corpo, segundo a própria tradição cristã, é parte intrínseca da natureza, pó ao qual retornará, quando dele tiver que se separar o espírito: “Memento, homo, quia pulvis es et in pulverem reverteris” (Lembra-te, homem, que és pó e em pó te hás de tornar), dizia o padre no meu tempo de seminarista, fazendo uma cruz com cinzas em nossas testas, na quarta-feira que se sucedia ao carnaval.

Nesse mesmo sentido, numa perspectiva espiritualista, em que se tem o espírito como sendo nosso próprio “eu” e o corpo como sua roupagem provisória, jogar nossas cinzas ao mar, espalhá-las entre as árvores de um bosque ou, mesmo, guardá-las em aprazível recanto da casa que nos serviu de morada, são manifestações de carinho e reconhecimento à matéria que instrumentalizou o espírito na jornada finda.

A “capsula mudi”
Rubem Alves, escritor e educador, que nos deixou há cerca de dois anos, antes de morrer, pediu que cremassem seu corpo e jogassem as cinzas junto a um ipê roxo que ele havia plantado. Um jeito gostoso de mantê-lo fisicamente entre seus queridos.

Mas, agora surgiu algo bem mais interessante. Li, esses tempos, sobre o projeto “capsula mundi”. Um italiano bolou uma cápsula orgânica e biodegradável projetada para transformar um corpo em decomposição em nutrientes para uma árvore. A ideia é de que o sujeito escolha a árvore em que deseja transformar seus restos mortais.

Sina-sina ou araucária?
Gostei da ideia. Se a moda pegar, fico na dúvida se opto por ser uma modesta sina-sina, arbusto humilde que povoou o cenário de minha infância, na região da Campanha do Rio Grande do Sul, ou uma majestosa araucária, tão abundantes foram elas no lugar, então ainda rico em matas, em que passei parte de minha juventude, na Serra Gaúcha.

O que, decididamente, não quero – e tenho repetido com insistência isso a meus familiares - é que meu corpo se decomponha na fria tumba de um cemitério. Não vejo nada de sagrado nisso. Se existe algo de “sacro” na vida, é a própria vida, que transcende à morte e nos perpetua como seres inteligentes da natureza que integramos.

(Coluna publicada nas edições de dezembro/2015, dos jornais OPINIÃO, do Centro Cultural Espírita de Porto Alegre, e ABERTURA, do Instituto Cultural Kardecista de Santos)

por Milton Rubens Medran Moreira
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quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

O Brasil espírita e a transição planetária


As previsões referentes à transição planetária dão ênfase a dificuldades a serem enfrentadas nos mais diversos setores das organizações humanas, além de fenômenos geológicos que, de certa forma, sempre ocorrem no planeta. Na verdade, podemos esperar dias difíceis, alimentando sempre a certeza de que seremos auxiliados pelas esferas superiores da Espiritualidade. A encarnação de Espíritos preparados para as esperadas mudanças está sendo feita, conforme noticiam as mensagens recebidas do Plano Espiritual.1 A separação de Espíritos que deverão ser transferidos para outro ou outros planetas também está sendo providenciada. Entretanto, necessitamos ser cautelosos quanto às informações que continuamos recebendo.

Com relação ao papel que, nessa transição, cabe ao Brasil como “coração do mundo e pátria do Evangelho” devemos, igualmente, ser cuidadosos. A divulgação e a consolidação do Movimento Espírita em nossa pátria nos atribuem tarefas de grande responsabilidade. É preocupante identificarmos, por vezes, certo ufanismo e excesso de entusiasmo por parte de alguns espíritas. É importante também não nos esquecermos de que a Humanidade terrena é uma só, exigindo respeito mútuo entre os seus habitantes, além de um sentimento autêntico e profundo de fraternidade envolvendo encarnados e desencarnados.

As considerações com as quais iniciamos o presente texto não contradizem aquelas apresentadas pelo autor espiritual Humberto de Campos,2 quando nos relata sobre o “resplandecer [da] suave luz do Espiritismo”2 com a Codificação coordenada por Allan Kardec para orientar as “profundas transições do século XX”.2 Como parte dessas transições, realizaram-se as primeiras experiências doutrinárias e associativas espíritas em nosso país, sempre sob a direção do mundo invisível.

Pela mediunidade de Francisco Cândido Xavier, relata-nos ainda o cronista, que seria mais tarde conhecido por Irmão X, que ao findar o Primeiro Reinado Ismael reuniu-se com dedicados companheiros de luta na Espiritualidade para esclarecer que

[…] o século atual [séc. XX] […] vai ser assinalado pelo advento do Consolador à face da Terra. Nestes cem anos se efetuarão os grandes movimentos preparatórios dos outros cem anos que hão de vir. […] É preciso, pois, preparemos o terreno para a sua estabilidade moral nesses instantes decisivos dos seus destinos. Numerosas fileiras de missionários encontram-se disseminadas entre as nações da Terra, com o fim de levantar a palavra da Boa-Nova do Senhor […] a fim de que o século XX seja devidamente esclarecido, como o elemento de ligação entre a civilização em vias de desaparecer e a civilização do futuro, que assentará na fraternidade e na justiça […].2

Analisando a paisagem brasileira sob o aspecto espiritual, observa-se que o nosso país está povoado de ideologias e grupos religiosos refletindo a paisagem do novo século já iniciado. Cabe aos adeptos da Doutrina Espírita, que são também seguidores do Evangelho de Jesus, concentrar suas atividades no esclarecimento e na educação dos Espíritos.
Prosseguimos com mais uma observação de Irmão X na obra já referida:

[…] Só o legítimo ideal cristão, reconhecendo que o reino de Deus ainda não é deste mundo, poderá, com a sua esperança e com o seu exemplo, espiritualizar o ser humano, espalhando com os seus labores e sacrifícios, as sementes produtivas na construção da sociedade do futuro.2

A essência da transformação que se opera em nosso planeta tem um caráter intelecto-moral. Em outras palavras, o objetivo central da transição iniciada é a compreensão da realidade espiritual da vida e o desenvolvimento da verdadeira fraternidade universal. Os objetivos já estão delineados desde a mensagem sublime ditada a Moisés, relembrada e exemplificada por Jesus, e enfatizada pelos Espíritos que presidem a revelação da Doutrina Espírita na expressão simplificada do amor a Deus e ao próximo.3

É importante para nós, adeptos do Espiritismo em nosso país, não nos esquecermos da humildade. Não há privilegio nessa tarefa, mas apenas objetivos elevados a serem perseguidos também pelos irmãos de Doutrina de outras nações. Não existem fronteiras para as relações da verdadeira fraternidade. Mantenhamo-nos unidos nessa tarefa de caráter universal, exemplificando o amor e a solidariedade que deverão caracterizar a Terra como mundo de regeneração.

REFERÊNCIAS:
1 FRANCO, Divaldo P. Transição planetária. Pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda. 2. ed. 2. reimp. Salvador: Leal, 2010. Introdução.
2 XAVIER, Francisco C. Brasil, coração do mundo, pátria do evangelho. Pelo Espírito Humberto de Campos. 34. ed. 8. imp. Brasília: FEB, 2015. Cap. 22 e 30.
3 KARDEC, Allan. O evangelho segundo o espiritismo. Trad. Guillon Ribeiro. 131. Ed. 6. imp. (Edição Histórica.) Brasília: FEB, 2015. Cap 1.

FEB
por Nilza Garcia
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A terapia de regressão e a encarnação


AS ILUSÕES DA REENCARNAÇÃO

Uma das propostas da TRE (Terapia Regressiva Evolutiva) – A Terapia do Mentor Espiritual – além de mostrar ao paciente a causa e resolução de seus sintomas como fobias, transtorno do pânico, depressão severa, dores físicas, bem como as aprendizagens necessárias e indispensáveis à sua evolução espiritual – é ajudá-lo a desmistificar suas ilusões.

Ilusão é o desconhecimento da verdade em relação a si, aos outros e a vida. Vou exemplificar as principais ilusões que muitos de meus pacientes cultivavam antes de fazerem essa terapia, a TRE.

Esses pacientes vieram ao meu consultório rotulados equivocadamente pela psiquiatria de “doentes mentais”, “psicóticos”, “esquizofrênicos”, “bipolar”, “transtorno de múltiplas personalidades”, etc. O fato de uma pessoa ver e/ou ouvir vozes de pessoas mortas ainda é visto pela psiquiatria como um quadro alucinatório, um transtorno dissociativo psicótico (loucura).

A psiquiatria ocidental, no meu entender, tem sido extremamente arrogante a respeito da mediunidade, pois tudo o que ela não entende é visto como anômalo, patológico. Por isso, a grande maioria de meus pacientes que são rotulados pela psiquiatria de “psicóticos” são, na verdade, médiuns com desequilíbrio mediúnico e não com desequilíbrio mental, psiquiátrico.

Sendo assim, é importante o profissional da área de saúde mental fazer um diagnóstico diferencial entre um transtorno mediúnico – que não é loucura – de um transtorno psiquiátrico, aí sim, uma psicose ou loucura.

Não por acaso, o Dr. Mauro Kwitko, médico psiquiatra de Porto Alegre, escreveu o livro “Doutor, eu ouço vozes!: Doença mental ou loucura?” (Editora Bezouro Box).

Não por acaso também, que os meus pacientes que foram rotulados equivocadamente pela psiquiatria de “doentes mentais”, após terem passado pela TRE, transformaram-se em médiuns equilibrados, resgatando seu equilíbrio biológico, psicológico, social e espiritual.

Outra ilusão comumente cultivada por muitos pacientes que procuram a TRE é a crença de que são seres carnais e não seres espirituais. Em tese, acreditam que são seres espirituais, mas, muitos não têm plena convicção disso.

Nessa terapia, após conversarem com os seus mentores espirituais (seres desencarnados, responsáveis diretamente pelo nosso crescimento espiritual) é que se conscientizam verdadeiramente que não são seres carnais, mas seres espirituais passando temporariamente por uma experiência carnal, terrena, em busca de mais evolução, porém, esquecidos disso, por conta do véu do esquecimento que nos tornam amnésicos, inconscientes neste planeta.

Não podemos esquecer que a sociedade ocidental materialista e tecnicista valoriza e até mesmo venera o lado lógico, racional, científico e, por isso, a cultura, a arte, a literatura e o lado espiritual não são muito valorizados e estimulados.

Por fim, outra ilusão comumente cultivada são os rótulos temporários e ilusórios da encarnação, isto é, os papéis sociais e de gênero. Ou seja, ninguém é pai, mãe, irmão(a), avô, avó, tio(a), esposa, marido, homem e mulher, mas está como…

Seu pai é seu pai ou está como pai? Ele pode ter sido em outras encarnações seu filho(a), patrão, escravo(a), etc.

Veja a seguir, o caso de uma paciente que tinha brigas constantes com sua mãe e veio a descobrir na regressão de memória que ela fora em sua vida passada uma pessoa estranha, sem nenhum grau de parentesco.

CASO CLÍNICO: BRIGAS CONSTANTES COM A MÃE.

Mulher de 30 anos, casada, e uma filha de 2 anos.

Paciente me procurou querendo entender por que desde criança brigava com sua mãe. Não se sentia à vontade com a presença dela, pois só de vê-la sentia um mal estar, raiva, e se ficavam no mesmo ambiente havia brigas, atritos. Queria entender também por que era uma pessoa nervosa, explosiva, impaciente, angustiada, muito reservada, fechada, não se abria com as pessoas; daí sua dificuldade de fazer novas amizades.

Por último, queria saber qual era seu verdadeiro propósito, missão de vida e seu principal aprendizado, lição maior que precisava aprender nesta jornada.

Na 1ª SESSÃO DE REGRESSÃO, a paciente me disse:
“Estou vendo um trem antigo, tipo “Maria fumaça”, e pessoas com roupas antigas do século passado (ela estava descrevendo uma cena de uma vida passada).

As mulheres usam aqueles vestidos rodados, com sombrinhas e penteados de época… Alguém caiu no trilho do trem e tem uma mulher segurando uma sombrinha, olhando”.

– Veja o que foi que aconteceu? – Peço à paciente.

“Está me dando uma aflição… Essa pessoa que está caída no trilho é uma mulher. Vejo homens que a socorrem… Acho que aquela mulher que observava, segurando uma sombrinha, sou eu… E a mulher caída no trilho do trem é a minha mãe dessa vida passada. Estou parada, aflita, chorando… Acho que ela foi empurrada por uma mulher quando a gente estava entrando no trem”.

– Você consegue ver essa mulher que a empurrou? – Pergunto-lhe.

“É a minha mãe de hoje… Ela está com uma roupa muito bonita, vistosa, todo preto. Usa uma sombrinha escura, ela é bem rica, cheio de jóias e tem uma empregada que leva suas bagagens. Ela esbarrou forte em minha mãe, que caiu no trilho e bateu a cabeça.

Essa senhora (mãe da paciente da vida atual) fala que não fez nada, mas eu a acuso gritando que ela esbarrou forte em minha mãe. Ela retruca dizendo que não fez nada e fala que sou louca. Eu choro, vejo minha mãe desacordada numa maca, sendo levada para o hospital.

Sou mais branca e mais magra do que hoje, devo ter uns 24 anos. Aquela senhora está enfurecida porque tinha um compromisso. Ela não é muito diferente fisicamente de minha mãe de hoje, que é branca e usa uns brincos grandes e dourados (pausa).

Vejo agora à minha direita uma luz dourada… É um ser espiritual”.

– Pede para esse ser espiritual se identificar – Peço-lhe.

“Diz que é a minha mentora espiritual… Ela é também a minha mãe daquela vida passada (paciente fala em prantos). Diz ainda que me mostrou essa cena passada para eu entender hoje por que essas brigas constantes que tenho com minha mãe”.

– Pergunte à sua mentor espiritual por que na vida atual vocês vieram como mãe e filha?

“Diz que fiquei com muita mágoa dela naquela existência passada, e que por isso preciso tirar isso de meu coração. Hoje viemos como mãe e filha para nos reconciliarmos. Fala que tenho que perdoá-la (paciente chora muito).

Esclarece que a minha mãe de hoje naquela vida passada não fez de propósito ao se esbarrar nela naquele trem, tirando sua vida. Porém, ela não respeitava as pessoas, pois era muito egocêntrica, arrogante, grosseira e mal educada”.

Na 2ª SESSÃO DE REGRESSÃO, a paciente me disse que havia feito a semana toda a oração do perdão para sua mãe de hoje (no final da 1ª sessão, eu lhe pedi que fizesse a oração do perdão para sua mãe da vida atual, emanando-lhe a luz dourada, o amor de Cristo).

Ela me deu um feedback dizendo que desde que começou a fazer a oração do perdão para sua mãe estava dormindo melhor, pois tinha problema de insônia; estava também tendo mais paciência com ela – mesmo quando ela falava algo que não concordava – e não estava mais discutindo com ela.

Ao iniciarmos a nossa sessão de regressão, a paciente me relatou: “Vejo novamente a minha mentora espiritual. Ela sorri e me mostra uma cena… É um casal e uma criança. Estão sentados num gramado. O homem é branco, cabelo preto e a mulher é branca também e cabelo castanho. A criança é uma menina… Nossa, tenho a impressão que essa menina é a minha filha de hoje!

Aquela mulher, sou eu, e o homem é meu marido. Minha mentora espiritual afirma que é a mesma vida que a perdi naquele trem. Sinto que aconteceu algo com a minha filha… Ela brinca num parque, sinto angústia… A minha mentora espiritual mostra essa menina caindo num buraco. Acho que a gente se descuidou, fomos correndo para socorrê-la; nós a puxamos pelo braço, mas ela está desmaiada. O meu marido está com ela nos braços e chega um carro preto, antigo. A gente entra com ela e fomos direto ao hospital (pausa).

Agora, ela está numa maca com a máscara de oxigênio ainda desacordada”.

– Pergunte à sua mentora espiritual o que aconteceu com sua filha?

“Fala que ela faleceu, diz que mostrou essa cena passada para eu entender o amor que sinto pela minha filha da vida atual. Hoje, ela veio novamente como minha filha para eu dar todo o amor que não pude dar naquela existência passada, pois ela partiu muito cedo. Esclarece, que na vida atual ela nasceu com problemas respiratórios (ficou 11 dias na UTI) por conta da forma como morreu naquela existência passada.

Esclarece também, que é por isso que hoje sou uma pessoa nervosa, impaciente, explosiva e angustiada, pois tive duas perdas nessa vida passada – de minha mãe naquele trem e depois de minha filha. Com a perda delas acabei me isolando. Por isso, hoje tenho dificuldade de lidar com perdas. Ela finaliza dizendo: – Minha querida, fique calma!

Na 4ª SESSÃO, a paciente me relatou: “Vejo a imagem de um cavalo, aparece um lago, uma região que tem mato, capinzal alto. Vejo também uma casa de fazenda. Aparece uma pessoa na janela olhando para fora, parece ser uma mulher… Acho que sou eu nessa mesma vida que perdi a minha mãe e filha.

Agora, estou mais velha, aparento ter uns 40 anos, vejo um rapaz em cima de um cavalo. Ele é branco, cabelo preto, deve ter uns 18 anos. Eu o observo pela janela de minha casa”.

– Como você se sente?

“Triste, sinto um vazio, solidão… Vejo agora um homem chegando, é o meu marido. A tristeza que sinto é por conta da perda de minha filha. Não me conformo com a sua morte. O rapaz que estava montado no cavalo não é meu filho de sangue, eu o adotei. Tenho um sentimento de cuidado com ele, que é alegre. Meu marido entra em casa, chega falando, me dá um abraço carinhoso. A casa é meio triste, não tem muita vida devido à minha tristeza.

O que deixa o ambiente mais alegre é o meu filho adotivo. Ele entra em casa e beija minha mão e me abraça. A angústia e o meu jeito fechado de ser ainda trago à vida atual. Hoje gosto também de me isolar, só quero ficar em casa.

A minha filha da vida atual veio para me trazer alegria, pois ela é bastante alegre. O meu marido e o meu filho adotivo tentam me ajudar na tristeza”.

– Pergunte à sua mentora espiritual como você pode superar essa tristeza, essa perda?

“Fala que tenho que viver a vida, valorizar os bons momentos, e entender que tudo isso é passado. Preciso resgatar novos sentimentos, como ser alegre e feliz, ir mudando aos poucos, que vou conseguir.

Minha filha de hoje veio para despertar em mim a alegria e o amor. Diz que sou uma pessoa boa, por isso, devo parar de pensar que sou uma pessoa ruim. Mas há coisas que preciso mudar, que é a impaciência, ser explosiva e intolerante; por isso, preciso ser mais calma”.

– Como você pode ser mais calma?

“Diz que é me colocando no lugar do outro, analisando mais as coisas antes de explodir”.

Na 5ª e ÚLTIMA SESSÃO , ela me disse: “Vejo a minha mentora espiritual, veste uma bata clara, roupa bem folgada (roupa típica dos seres espirituais de luz).

Fala que mesmo naquela vida passada que perdi a minha filha, ela já me amparava (ela faleceu no trilho do trem bem antes do nascimento da filha da paciente), por isso, nunca estive sozinha, pois ela me protegia, e hoje também continua me protegendo.

O que ela fala é verdade, pois já me aconteceram coisas na vida atual que me livraram de muitos perigos. O que ela me fala agora, confirma. Ela reafirma que vai estar sempre me protegendo, mas, preciso também me conectar com Deus em meu coração, cuidando de minha parte espiritual. Ou seja, tenho que fazer as minhas orações regularmente, diariamente.

Revela que tenho o dom da cura, que preciso desenvolvê-lo (quando alguém chega perto dela se sentindo mal ou com dor, ela “suga” que nem uma esponja e a pessoa sai bem, sem dor)”.

– Pergunte-lhe como você pode desenvolver o seu dom de cura?

“Diz que sei o lugar para desenvolvê-lo. Acredito que é no centro espírita que frequentei. Parei de ir lá porque mudei de residência e ficou longe. Ela esclarece que indo nesse centro vou desenvolver melhor esse dom ajudando às pessoas”.

– Pergunte -lhe qual é o seu verdadeiro propósito, missão de vida?

“Fala que além de viver com amor e alegria, preciso também ajudar o próximo como médium. Diz que sei disso, pois tenho essa intuição, mas preciso colocá-la em prática. Esclarece que antes de reencarnar – no plano espiritual de luz – assumi o compromisso de ajudar o próximo.

Preciso me doar, fala que há muitos anos venho sentindo isso, mas fico protelando, não a colocando em prática. Ela avalia essa terapia, a TRE, dizendo que me ajudou muito, que vou evoluir bastante, porém, preciso ter disciplina, pois mudanças estão por vir em minha vida.

Por isso, a necessidade de ser mais disciplinada. Finaliza dizendo que os ensinamentos dessa terapia me ajudaram a ter um norte, um direcionamento em minha vida”.

Por: Dr. Osvaldo Shimoda
por Nilza Garcia
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