21 maio 2011
Em uma comunicação que durou aproximadamente 20 minutos, o Papa Bento XVI conversou hoje com os astronautas da estação espacial internacional do transbordador Endeavour, com quem tratou diversos temas como o aporte da ciência à consecução da paz e o futuro do mundo.
Ao iniciar a conexão, o Santo Padre disse: “queridos astronautas, estou muito contente de ter a extraordinária oportunidade de conversar com vocês durante esta missão, e especialmente agradecido de poder falar com vocês presentes na estação espacial neste momento”.
Em sua introdução às perguntas, assinala a Rádio Vaticano, Bento XVI assinalou que “a humanidade experimenta um período de rápido progresso nos campos de aplicações técnicas e conhecimentos científicos e que em certo sentido eles neste campo são representantes da humanidade em uma exploração que introduz no conhecimento de novos espaços e possibilidades para o futuro da humanidade que vai além das limitações da existência cotidiana”.
“Em um sentido, são nossos representantes: a exploração da humanidade é um ponto de partida para novos espaços e possibilidades para o nosso futuro, que vai além das limitações de nossa existência cotidiana”.
O Papa disse logo que “admiramos sua valentia assim como a disciplina e extrema responsabilidade com que se prepararam para cumprir com esta missão. Estamos convencidos de que ela está inspirada por nobres ideais e tem a finalidade de colocar os resultados desta investigação e seus esforços à disposição de toda a humanidade para o bem comum”.
Depois de expressar sua curiosidade pelo que os astronautas apreciam do espaço e sobre suas investigações, o Papa fez uma pergunta relacionada com a visão que desde uma estação espacial se tem da terra, aludindo a que se voa sobre as nações e continentes várias vezes ao dia.
“Acredito que deve ser evidente para vocês que vivemos todos juntos na terra e quão absurdo seja o lutar e matar a outros”, e expressou a Mark Kelly, um dos astronautas, sua curiosidade por saber se, quando estão contemplando a terra de acima acaso se perguntaram “sobre as Nações e as pessoas que vivem juntas na terra e sobre o modo em que a ciência pode contribuir à causa da paz”.
O segundo argumento tratado pelo Santo Padre e dirigido a Ron Garan, tem relação com um tema que se refere à responsabilidade que os humanos têm sobre o futuro do planeta. “Recordo neste momento, os graves riscos que enfrenta o meio ambiente com a sobrevivência das gerações futuras. Os cientistas nos dizem há que tomar cuidado e desde um ponto de vista ético, temos que desenvolver nossa consciência”.
E perguntou desde sua perspectiva de observação, extraordinária, sobre o modo em que se percebe a situação na terra, e se forem perceptíveis os sinais ou fenômenos para os que temos que estar mais atentos.
Ron Garan respondeu ao Santo Padre: “Sua Santidade, é uma grande honra conversar com você e tem razão: realmente temos um ponto extraordinário de observação aqui em cima. Por um lado, podemos ver quão indescritivelmente formoso é o planeta que nos foi dado, mas por outro, também vemos claramente quão frágil ele é”.
O Papa introduziu sua terceira pergunta a Mike Finchke, antepondo sua convicção de que a tripulação presente na Estação Espacial Internacional “vive uma experiência extraordinária e muito importante, sobre tudo se pensamos que terão que retornar à terra e viver como o resto dos seres humanos”.
Foi assim observou que certamente, à sua volta, serão admirados e tratados como heróis a quem pedirão falar de suas experiências. Em seguida questionou sobre “quais serão as mensagens mais importantes que gostariam de transmitir especialmente aos jovens que vão viver em um mundo fortemente influenciado por sua experiência e descobertas”.
Em sua quarta intervenção dirigida a Roberto Vittori, o Pontífice novamente sublinhou que a exploração espacial é uma fascinante aventura científica e disse: “sei que instalaram novas equipes para seguir a investigação científica e o estudo da radiação procedente do espaço exterior, mas acredito que também é uma aventura do espírito humano, um poderoso estímulo para refletir sobre a origem e o futuro do universo e da humanidade. Freqüentemente os crentes olham o céu ilimitado e meditam sobre o criador de tudo, pensando no mistério de sua grandeza”.
O Papa recordou logo que a medalha que entregou a este astronauta italiano tem gravada a representação do fresco de “Criação” do homem, desenhado por Michelangelo na Capela Sixtina. Recordando seu intenso compromisso de trabalho e de investigação perguntou-lhe se existem vezes em que têm que se deter para fazer reflexões parecidas, “e talvez dirigir uma oração ao Criador, ou acaso será mais fácil refletir sobre estas coisas estando de volta e sobre a Terra”.
Vittori assinalou em sua resposta que “quando temos um momento para olhar abaixo, a beleza tridimensional de nosso planeta captura nosso coração, captura meu coração. E sim rezo. Rezo por mim, por nossas famílias, por nosso futuro”.
A última pergunta de Bento XVI aos astronautas foi em italiano, dirigida ao segundo astronauta desta nacionalidade, Paolo Nespoli. Ele comentou que era ciente que há poucos dias sua mãe havia falecido: “quando dentro de poucos dias você retorne à casa já não a encontrará esperando-te. Todos estamos próximos a ti, rezei também eu por ela”.
O Santo Padre dirigiu sua última pergunta para saber se “na estação espacial os astronautas se sentem longínquos e isolados, sofrendo um sentido de separação, ou pelo contrário se sentem unidos entre eles mesmos e portanto membros de uma comunidade que os acompanha com atenção e afeto”.
Nespoli respondeu: “Santo Padre, escutei suas orações,eu as senti chegar até aqui: é certo, estamos fora deste mundo, orbitamos em torno da terra e estamos em um ponto de vantagem para olhar a Terra e para escutar tudo ao redor”.
Depois de agradecer a proximidade de sua família e sua tripulação frente à distância, o astronauta disse que “senti-me longínquo mas também muito próximo, e certamente o pensamento de sentir a todos próximos neste momento, foi de grande alívio. Agradeço à Agência Espacial Européia e à Agência Espacial americana que puseram a disposição os recursos para que para que eu tenha podido falar com você nestes momentos”.
Finalmente o Papa Bento XVI disse aos astronautas que “vocês ajudaram, não somente a mim mas a tantas outras pessoas, a refletir juntas sobre temas importantes para o futuro da humanidade. Expresso os melhores desejos para o desenvolvimento de seu trabalho e pelo resultado desta grande missão ao serviço da ciência, da colaboração internacional, do progresso autêntico e da paz no mundo. Continuarei a segui-los com meu pensamento e minha oração”.
http://blog.bibliacatolica.com.br
Propõe os avanços científicos como ferramenta para obter a paz Vaticano, 21 Mai. 11 / 01:10 pm (ACI/EWTN Noticias)
Em uma comunicação que durou aproximadamente 20 minutos, o Papa Bento XVI conversou hoje com os astronautas da estação espacial internacional do transbordador Endeavour, com quem tratou diversos temas como o aporte da ciência à consecução da paz e o futuro do mundo.
Ao iniciar a conexão, o Santo Padre disse: “queridos astronautas, estou muito contente de ter a extraordinária oportunidade de conversar com vocês durante esta missão, e especialmente agradecido de poder falar com vocês presentes na estação espacial neste momento”.
Em sua introdução às perguntas, assinala a Rádio Vaticano, Bento XVI assinalou que “a humanidade experimenta um período de rápido progresso nos campos de aplicações técnicas e conhecimentos científicos e que em certo sentido eles neste campo são representantes da humanidade em uma exploração que introduz no conhecimento de novos espaços e possibilidades para o futuro da humanidade que vai além das limitações da existência cotidiana”.
“Em um sentido, são nossos representantes: a exploração da humanidade é um ponto de partida para novos espaços e possibilidades para o nosso futuro, que vai além das limitações de nossa existência cotidiana”.
O Papa disse logo que “admiramos sua valentia assim como a disciplina e extrema responsabilidade com que se prepararam para cumprir com esta missão. Estamos convencidos de que ela está inspirada por nobres ideais e tem a finalidade de colocar os resultados desta investigação e seus esforços à disposição de toda a humanidade para o bem comum”.
Depois de expressar sua curiosidade pelo que os astronautas apreciam do espaço e sobre suas investigações, o Papa fez uma pergunta relacionada com a visão que desde uma estação espacial se tem da terra, aludindo a que se voa sobre as nações e continentes várias vezes ao dia.
“Acredito que deve ser evidente para vocês que vivemos todos juntos na terra e quão absurdo seja o lutar e matar a outros”, e expressou a Mark Kelly, um dos astronautas, sua curiosidade por saber se, quando estão contemplando a terra de acima acaso se perguntaram “sobre as Nações e as pessoas que vivem juntas na terra e sobre o modo em que a ciência pode contribuir à causa da paz”.
O segundo argumento tratado pelo Santo Padre e dirigido a Ron Garan, tem relação com um tema que se refere à responsabilidade que os humanos têm sobre o futuro do planeta. “Recordo neste momento, os graves riscos que enfrenta o meio ambiente com a sobrevivência das gerações futuras. Os cientistas nos dizem há que tomar cuidado e desde um ponto de vista ético, temos que desenvolver nossa consciência”.
E perguntou desde sua perspectiva de observação, extraordinária, sobre o modo em que se percebe a situação na terra, e se forem perceptíveis os sinais ou fenômenos para os que temos que estar mais atentos.
Ron Garan respondeu ao Santo Padre: “Sua Santidade, é uma grande honra conversar com você e tem razão: realmente temos um ponto extraordinário de observação aqui em cima. Por um lado, podemos ver quão indescritivelmente formoso é o planeta que nos foi dado, mas por outro, também vemos claramente quão frágil ele é”.
O Papa introduziu sua terceira pergunta a Mike Finchke, antepondo sua convicção de que a tripulação presente na Estação Espacial Internacional “vive uma experiência extraordinária e muito importante, sobre tudo se pensamos que terão que retornar à terra e viver como o resto dos seres humanos”.
Foi assim observou que certamente, à sua volta, serão admirados e tratados como heróis a quem pedirão falar de suas experiências. Em seguida questionou sobre “quais serão as mensagens mais importantes que gostariam de transmitir especialmente aos jovens que vão viver em um mundo fortemente influenciado por sua experiência e descobertas”.
Em sua quarta intervenção dirigida a Roberto Vittori, o Pontífice novamente sublinhou que a exploração espacial é uma fascinante aventura científica e disse: “sei que instalaram novas equipes para seguir a investigação científica e o estudo da radiação procedente do espaço exterior, mas acredito que também é uma aventura do espírito humano, um poderoso estímulo para refletir sobre a origem e o futuro do universo e da humanidade. Freqüentemente os crentes olham o céu ilimitado e meditam sobre o criador de tudo, pensando no mistério de sua grandeza”.
O Papa recordou logo que a medalha que entregou a este astronauta italiano tem gravada a representação do fresco de “Criação” do homem, desenhado por Michelangelo na Capela Sixtina. Recordando seu intenso compromisso de trabalho e de investigação perguntou-lhe se existem vezes em que têm que se deter para fazer reflexões parecidas, “e talvez dirigir uma oração ao Criador, ou acaso será mais fácil refletir sobre estas coisas estando de volta e sobre a Terra”.
Vittori assinalou em sua resposta que “quando temos um momento para olhar abaixo, a beleza tridimensional de nosso planeta captura nosso coração, captura meu coração. E sim rezo. Rezo por mim, por nossas famílias, por nosso futuro”.
A última pergunta de Bento XVI aos astronautas foi em italiano, dirigida ao segundo astronauta desta nacionalidade, Paolo Nespoli. Ele comentou que era ciente que há poucos dias sua mãe havia falecido: “quando dentro de poucos dias você retorne à casa já não a encontrará esperando-te. Todos estamos próximos a ti, rezei também eu por ela”.
O Santo Padre dirigiu sua última pergunta para saber se “na estação espacial os astronautas se sentem longínquos e isolados, sofrendo um sentido de separação, ou pelo contrário se sentem unidos entre eles mesmos e portanto membros de uma comunidade que os acompanha com atenção e afeto”.
Nespoli respondeu: “Santo Padre, escutei suas orações,eu as senti chegar até aqui: é certo, estamos fora deste mundo, orbitamos em torno da terra e estamos em um ponto de vantagem para olhar a Terra e para escutar tudo ao redor”.
Depois de agradecer a proximidade de sua família e sua tripulação frente à distância, o astronauta disse que “senti-me longínquo mas também muito próximo, e certamente o pensamento de sentir a todos próximos neste momento, foi de grande alívio. Agradeço à Agência Espacial Européia e à Agência Espacial americana que puseram a disposição os recursos para que para que eu tenha podido falar com você nestes momentos”.
Finalmente o Papa Bento XVI disse aos astronautas que “vocês ajudaram, não somente a mim mas a tantas outras pessoas, a refletir juntas sobre temas importantes para o futuro da humanidade. Expresso os melhores desejos para o desenvolvimento de seu trabalho e pelo resultado desta grande missão ao serviço da ciência, da colaboração internacional, do progresso autêntico e da paz no mundo. Continuarei a segui-los com meu pensamento e minha oração”.
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