domingo, 29 de maio de 2011

Sofrer por antecipação é sofrer duas vezes

Sofrer por antecipação é sofrer duas vezes

Sim, salabim! Faça a sua parte! Continue fazendo o melhor que puder. Em tudo e com todos! E assim poderá viver sabendo que está criando um mundo melhor.

Coisas simples e pequenas mas que fazem uma grande diferença, sabe? E que dependem exclusivamente de você! Amar em silêncio, por exemplo! Ser uma pessoa de valor ao invés de ser alguém de sucesso. Entende isso?
imagem:anapaulaporto29.blogspot.com

Não se preocupe tanto os seus problemas atuais e com todas as tribulações e até com a doenças.... Nem se preocupe com as guerras, com os sofrimentos, indiferenças e injustiças deste mundo. Não se preocupe com nada. Não vai resolver mesmo! E nem com os problemas imaginários você deveria se preocupar perdendo o seu precioso tempo, viu? Se for pra ter problemas, os tenha pra valer e de verdade, tá? Mas imaginários, nunca! Pare de sofrer por antecipação, criatura! Sofrer por antecipação é sofrer duas vezes, pô!

Vá à luta e faça a sua parte! Seja como aquele pequenino mas valente beija-flor que, com apenas algumas gotinhas de água que levava no seu bico, queria apagar o incêndio na floresta. Dizia a todos que estava fazendo a sua parte! Conhece essa metáfora?

Um dia você será cobrado pelos beijos que deixou de dar, pelos abraços, pelos sorrisos, pela coragem, pelo ânimo, pelo fogo que tentou apagar.... Talvez seja cobrado pela compreensão que demorou a ofertar. Talvez seja cobrado pelo desamor, pelas oportunidades que perdeu de amar mais! Com toda certeza será cobrado por pequenas coisas e não pelas grandiosas, viu?

Pra que se envolver com os aspectos negativos dos dias de hoje? Nunca mais queira fazer parte da doença, da maldade, da tristeza. Seja a cura! Seja o Sal da terra e a Luz do mundo!

Encha o seu coração de amor! E não deixe mais o medo ocupar um lugar na sua vida, tá? Faça a sua parte, beija-flor! Nunca desanime! Nunca! Aguarre-se à sua fé.

"Viva a sua vida como sempre desejou e dê um 'chega pra lá' com tudo aquilo que te deprime.
Mensagem de Luis Carlos Mazzini
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sexta-feira, 27 de maio de 2011

Frase do dia


"O que não Te destrói, Te fortalece!"

Gratidão

"A gratidão é o sentimento mais inspirador e pleno que pode sentir porque é sendo grato que toma consciência de que tudo aquilo que recebe da vida é um presente. Nada é seu. Tudo é emprestado, porque, no final, quando partir, tudo fica. E como tudo é emprestado e sabe que nada é seu, você deve desfrutar ao máximo de tudo. A isso chama-se viver."

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Os pecados da Igreja



Fonte: Apostolado Spiritus Paraclitus

Conta-se que Napoleão, o vencedor de tantas batalhas, após ter mantido o Papa Pio VII prisioneiro em Fontainebleau por longo tempo, queria tomar a Igreja Católica sob a sua tutela para assim alcançar a hegemonia total na Europa. Com isso em mente, redigiu uma Concordata que entregou ao Secretário de Estado, o cardeal Consalvi. O imperador disse ao cardeal que voltaria no dia seguinte e que queria o documento assinado.

Após ler a Concordata, Consalvi informou Sua Santidade de que assinar o documento equivaleria a vender a Igreja ao Imperador da França e, por conseguinte, implorou-lhe que não o assinasse. Quando Napoleão voltou, o cardeal informou-o de que o documento não havia sido assinado. O imperador começou então a usar um dos seus conhecidos estratagemas: a intimidação. Teve uma explosão de raiva e gritou: “Se este documento não for assinado, eu destruirei a Igreja Católica Romana”. Ao que Consalvi calmamente retrucou: “Majestade, se os papas, cardeais, bispos e padres não conseguiram destruir a Igreja em dezenove séculos, como Vossa Alteza espera consegui-lo durante os anos da sua vida?”

Tenho um motivo real para relatar esse episódio. Consalvi deixa claro que embora existam inumeráveis pecadores no seio da Igreja, também em posições de governo, a Igreja conseguiu subsistir por ser a Esposa Imaculada de Cristo, santa e protegida pelo Espírito Santo. Como disse certa vez Hilaire Belloc, se a Igreja fosse uma instituição simplesmente humana, não teria sobrevivido aos muitos prelados medíocres e irresponsáveis que já a lideraram. Por que a Igreja sobrevive e continuará a sobreviver? A resposta é simples. Cristo nunca disse que daria líderes perfeitos à Igreja. Nunca disse que todos os membros da Igreja seriam santos. Judas era um dos Apóstolos, e todos aqueles que traem o Magistério da Esposa de Cristo tornam-se Judas. O que Nosso Senhor disse foi: As portas do inferno não prevalecerão contra ela (Mt 16, 18).

A palavra “Igreja” tem dois sentidos: um sobrenatural e outro sociológico. Para todos os não-católicos e, infelizmente, também para muitos católicos de hoje, a Igreja é uma instituição meramente humana, constituída por pecadores, uma instituição cuja história está carregada de crimes. É preocupante o fato de que o significado sobrenatural da palavra “Igreja” – a saber, a santa e imaculada Esposa de Cristo – seja totalmente desconhecida da esmagadora maioria das pessoas, e até de um alto percentual de católicos cuja formação religiosa foi negligenciada desde o Vaticano II. Por isso, quando o Papa ou algum membro da hierarquia pede perdão pelos pecados dos cristãos no passado, muitas pessoas acabam pensando que a Igreja – a instituição religiosa mais poderosa da terra – está finalmente a admitir as suas culpas e que a sua própria existência foi prejudicial à humanidade.

Na realidade, a Esposa de Cristo é a maior vítima dos pecados dos seus filhos; no entanto, é ela que implora a Deus que perdoe os pecados daqueles que pertencem ao seu corpo. É a Santa Igreja que implora a Deus que cure as feridas que esses filhos pecadores infligiram a outros, muitas vezes em nome da mesma Igreja que traíram.

Somente Deus pode redimir os pecados; é por isso que a liturgia católica é rica em orações que invocam o perdão de Deus. As vítimas dos pecados podem (e devem) perdoar o mal que sofreram, mas não podem de forma alguma perdoar o mal moral em si, e, caso se recusem a perdoar, movidas pelo rancor e pelo ódio, Deus, que é infinitamente misericordioso, nunca nega o seu perdão àqueles que o procuram de coração contrito.

A Santa Igreja Católica não pode pecar; mas muitas vezes é a mãe dolorosa de filhos díscolos e desobedientes. Ela dá-lhes os meios de salvação, dá-lhes o pão puro da Verdade. Mas não pode forçá-los a viver os seus santos ensinamentos. Isto aplica-se tanto a papas e bispos como aos demais membros da Igreja. Cristo foi traído por um dos seus Apóstolos e negado por outro. O primeiro enforcou-se; o segundo arrependeu-se e chorou amargamente.

A diferença entre os sentidos sobrenatural e sociológico da Igreja deve ser continuamente enfatizada, pois fatalmente causa confusão quando não é explicitada com clareza.

Assim como os judeus que aderem ao ateísmo traem tragicamente o seu título de honra – serem parte do povo escolhido de Deus –, assim os católicos romanos que pisoteiam o ponto central da moralidade – amar a Deus e, por Ele, o próximo –, traem um princípio sagrado da sua fé.

Por outro lado, em nome da justiça e da verdade, é forçoso mencionar que os católicos verdadeiros (aqueles que vivem a fé e enxergam a Santa Igreja com os olhos da fé) sempre ergueram a voz contra os pecados cometidos pelos membros da Igreja. São Bernardo de Claraval condenou em termos duríssimos as perseguições que os judeus sofreram na Alemanha do século XII (cf. Ratisbonne, Vida de São Bernardo). Os missionários católicos no México e no Peru protestavam constantemente contra a brutalidade dos conquistadores, geralmente movidos pela ganância. A Igreja deve ser julgada com base naqueles que vivem os seus ensinamentos, não naqueles que os traem. Recordo-me das palavras com que um amigo meu, judeu muito ortodoxo, lamentava o fato de muitos judeus se tornarem ateus: “Se somente um judeu permanecer fiel, esse judeu é Israel”. O mesmo pode ser dito com relação à Igreja Católica; apenas as pessoas fiéis ao ensinamento de Cristo podem falar em seu nome. Ela deve ser julgada de acordo com a santidade que alguns dos seus membros alcançam, não de acordo com os pecados e crimes de inúmeros cristãos que julgam os seus ensinamentos difíceis de praticar e que por isso traem a Deus na sua vida cotidiana.

Os pecadores, aliás, estão igualmente distribuídos pelo mundo e não são uma triste prerrogativa da religião católica. Se fosse assim, estaria justificada a afirmação de um dos meus alunos judeus em Hunter, feita diante de uma sala lotada: “Teria sido melhor para o mundo que o cristianismo nunca tivesse existido”. A história julgará se o conflito atual entre judeus e muçulmanos é moralmente justificável.

Este modesto comentário foi motivado pelo que disse um rabino à televisão, um dia após o pronunciamento histórico de João Paulo II na Basílica de São Pedro, a 12 de março de 2000, quando o Santo Padre pediu perdão pelos pecados dos cristãos no passado. O rabino não apenas achou o pedido de desculpas de Sua Santidade “incompleto” por não mencionar explicitamente o Holocausto (esquecendo-se de mencionar que os católicos eram e são minoria na Alemanha, país basicamente protestante), como também disse que os pecados cometidos pela Igreja foram freqüentemente endossados pelos seus líderes, dando a entender que o anti-semitismo faria parte da própria natureza da Igreja.

É digno de nota que somente o Papa tenha pedido desculpas pelos pecados cometidos pelos membros da Igreja. Não deveriam fazer o mesmo os hindus, por terem praticamente erradicado o budismo da Índia e forçado os seus membros a fugir para o Tibet, a China e o Japão? Não deveriam os anglicanos pedir desculpas por terem assassinado São Thomas More, São John Fisher e São Edmund Campion, para mencionar apenas três nomes? E quanto ao extermínio de um milhão de armênios pelos turcos em 1914? Ninguém fala a respeito desse “holocausto”; ninguém parece saber dele. E o extermínio de cristãos que acontece agora no Sudão? E a Inquisição Protestante ? (Grifos Meu)

Tal afirmação deixa claro que o rabino não tem a menor idéia daquilo que os católicos entendem por Esposa Imaculada de Cristo – uma realidade que não pode ser percebida ou compreendida por aqueles que usam os óculos do secularismo. Pergunto-me quando o “mundo” considerará que a Igreja já pediu desculpas suficientes. Por séculos a Igreja tem sido o bode expiatório ideal. O que os seus acusadores fariam se ela deixasse de existir?

Aqueles que a acusam de “silêncio” não estão apenas desinformados, mas pressupõem que eles próprios seriam heróicos se estivessem na mesma situação. Como o Papa Pio XII disse a meu marido numa entrevista privada, quando ainda era Secretário de Estado: “Não se obriga ninguém a ser mártir”. Quantas pessoas se julgam heróicas sem nunca terem sido realmente testadas! Quantos judeus arriscariam a vida para salvar católicos perseguidos? Por que esquecem que milhões de católicos também pereceram nos campos de concentração? Se a Gestapo tivesse apanhado o meu marido, considerado o inimigo número um de Hitler em Viena, tê-lo-ia feito em pedaços. Ele lutava contra o nazismo em nome da Igreja e perdeu tudo porque odiava a iniqüidade. Quantas pessoas fariam o mesmo – não na sua imaginação, mas na realidade?

Também não devemos esquecer que inúmeros católicos foram (e são) perseguidos por causa da sua fé. Mas um verdadeiro católico não espera desculpas dos seus perseguidores. Perdoa os seus perseguidores, quer eles lhe peçam desculpas, quer não. Reza por eles, ama-os em nome dAquele que padeceu e morreu pelos pecados de todos. É sempre lamentável ouvir um católico dizer: “Fulano e beltrano devem-me desculpas”.

Somente a pessoa que enxerga a Santa Igreja Católica (chamada santa cada vez que o Credo é recitado) com os olhos da fé, só essa pessoa compreende com imensa gratidão que a Igreja é a Santa Esposa de Cristo, sem ruga nem mácula, por causa da santidade do seu ensinamento, porque aponta o caminho para a Vida Eterna e porque dispensa os meios da graça, ou seja, os sacramentos.

O pecado é uma realidade medonha e que os pecados cometidos por aqueles que se dizem servos de Deus são especialmente repulsivos. Nunca serão excessivamente lamentados, mas devemos ter presente que, apesar de muitos membros da Igreja serem – infelizmente – cidadãos da Cidade dos Homens e não da Cidade de Deus, a Igreja permanece santa.

Hildebrand, Alice von. Os pecados da Igreja. Catholic Net. [Traduzido por Silva Mendes]. Disponível em: http://www.catholic.net/rcc/Periodicals/Homiletic/2000-06/vonhildebrand.html – Acesso em: 15 de Maio de 2011
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A lição das gaivotas

Um enorme transatlântico partiu de movimentado porto rumo a outro continente. Do convés, os passageiros acenavam lenços e agitavam mãos, em manifestações de adeuses.

No porto, muitas pessoas acenavam igualmente e lançavam beijos ao ar, num misto de antecipada saudade e carinho.

Pouco depois, os que se encontravam no convés, ainda observando os que permaneciam em terra, puderam constatar uma nuvem de gaivotas prateadas acompanhando o imenso navio.

O seu voo atraiu a atenção de quase todos, tanto pela algazarra que promoviam, quanto pelo capricho de suas voltas, ao redor da enorme máquina concebida pelo homem.

Passada uma meia hora de viagem, o tempo se tornou ameaçador. Ondas de espuma se levantavam ao açoitar dos ventos violentos.

Esboçou-se no firmamento uma tremenda tempestade. Com suas possantes máquinas, o navio cortava as vagas agitadas e parecia fazê-lo com dificuldade, dada a presença dos elementos da natureza em convulsão.

Um dos poucos viajantes que até então permanecia no tombadilho, contemplou as aves a voejar e as lastimou.

Como podiam elas, com suas asas tão débeis, lutar contra o tufão, desamparadas nos céus? Elas nada tinham além do próprio corpo para o enfrentar.

Suas asas resistiriam ao vento implacável, se o possante navio, com suas máquinas que representam milhares de cavalos resistia com dificuldade ao tempo torrencial?

De repente, aquele homem que estava tão compadecido das avezinhas do mar, ficou perplexo. É que as pequenas gaivotas, estendendo as asas que Deus lhes deu, abandonaram o navio na tempestade e se ergueram acima da tormenta, passando a voar numa região serena dos ares.

E a máquina, representando a ciência humana, prosseguiu na sua luta penosa para resistir à fúria dos elementos.

* * *


Em nossas vidas ocorre de forma semelhante. Quando pretendemos lutar unicamente com nossos próprios meios, encontramos o fustigar dos ventos das dificuldades atrozes, que vergastam a alma e maceram o corpo.

Contudo, se utilizarmos os recursos da oração alcançaremos as possibilidades das asas das gaivotas.

Pelas asas poderosas da prece, o homem pode se elevar acima das tempestades do cotidiano e voar placidamente.

Envolvidos pelas luzes da prece, alcançaremos regiões que o vendaval das paixões inferiores não alcança.

Fortificados pela oração, enfrentaremos o mar agitado dos problemas, a fúria das vicissitudes, e chegaremos ao porto seguro que todos almejamos.


Quando o triunfo nos alcançar ou quando sofrermos aparentes quedas, busquemos Jesus e falemos sem palavras ao Seu coração de Mestre e Amigo.

Condutor vigilante de nossas almas, Ele assumirá o leme da frágil embarcação das nossas vidas, permitindo-nos singrar o mar agitado das nossas dores, com coragem e segurança.

A medida ideal será sempre orar antes de agir, a fim de evitar que procedamos de forma imprevidente, o que nos conduziria ao desespero e a maior soma de dores.

Prece do Pão

Senhor!
Entre aqueles que te pedem proteção,
estou eu também, servo humilde a quem
mandaste extinguir o flagelo da fome.
Partilhando o movimento daqueles que
te servem, fiz hoje igualmente o meu giro.
Vi-me frequentemente detido, em lares
faustosos, cooperando nas alegrias da
mesa farta, mas vi pobres mulheres que me
estendiam, debalde, as mãos!...
Ví crianças esquálidas que me olhavam
ansiosas, como se estivessem fitando
um tesouro perdido.
Encontrei homens tristes, transpirando
suor, que me contemplavam, agoniados,
rogando em silêncio, para que lhes
socorresse os filhinhos largados ao extremo infortúnio...Escutei doentes que não
precisavam tanto de remédio,
mas de mim, para que pudessem atender
ao estômago torturado!...
Ví a penúria cansada de pranto e reparei,
em muitos corações desvalidos,
mudo desespero por minha causa.
Entretanto, Senhor, quase sempre
estou encarcerado por aquelas mesmas
criaturas que te dizem honrar.
Falam em teu nome, confortadas e
distraídas na moldura do supérfluo,
esquecendo que caminhaste, no mundo,
sem reter uma pedra em que repousar
a cabeça. Elogiam-te e exaltam-te a
glória, sem perceberem, junto delas,
seus próprios irmãos fatigados e
desnutridos. E, muitas vezes, depois de
formosas dissertações em torno de teus
ensinos, aprisionam-me em gavetas e
armários, quando não me trancam sob a
tela colorida de vitrines custosas ou no
recinto escuro dos armazéns.
Ensina-lhes, Senhor, nas lições da
caridade, a dividir-me por amor,
para que eu não seja motivo à delinquência.
E, se possível, multiplica-me,
por misericórdia, outra vez,
a fim de que eu possa aliviar todos os
famintos da Terra, por que, um dia,
Senhor, quando ensinavas o homem a
orar, incluiste-me, entre as necessidades
mais justas da vida, suplicando também
a Deus:
"O pão nosso de cada dia daí-nos hoje."
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terça-feira, 24 de maio de 2011

Com beatificação de Irmã Dulce, Brasil tem 38 candidatos a santo

24/05/2011 - 08h35


NATÁLIA CANCIAN
PEDRO LEAL FONSECA
DE SÃO PAULO

Com a beatificação da baiana Irmã Dulce, celebrada com uma missa no último domingo em Salvador (BA), o Brasil tem 38 candidatos a santo que estão no último degrau do processo de canonização do Vaticano.

O levantamento é da freira Célia Cadorin, responsável pelas "causas" dos únicos santos brasileiros: Frei Galvão e Madre Paulina (que nasceu na Itália e viveu no Brasil). A CNBB não tem um registro oficial do número de processos.

Além dos 38 beatos, há ainda os servos de deus e os veneráveis, categorias anteriores à beatificação. Somando todos, são mais de 70 os possíveis santos brasileiros.

Mas o número pode ser maior. "Há muitos outros casos que só Deus conhece", diz Dom Hugo Cavalcante, presidente da Sociedade Brasileira de Canonistas.

Segundo ele, o processo pode ser oneroso, devido à tradução de termos e investigação de documentos.

Ele diz, porém, que a tecnologia facilita o processo. "Vivemos em uma aldeia global. É muito mais fácil ter acesso a essas histórias."

O caminho para a santidade, porém, é longo: os candidatos têm que ser reconhecidos como venerável, depois como beatos e só então após a comprovação de um segundo milagre se tornam santos.

Para a irmã Cadorin, todos os 38 beatos têm potencial para se tornar santos. Em alguns casos, porém, pode ser mais difícil.

Trinta mártires do Rio Grande do Norte, por exemplo, foram beatificados em conjunto pelo Vaticano. Isso torna mais difícil que algum fiel peça que eles intercedam em seu favor para a realização de um milagre.

Conforme a doutrina da Igreja Católica, os santos intercedem junto a Deus para a realização de milagres.

Cadorin afirma que o processo de canonização é lento e detalhado.

No último dia 13, os teólogos da Congregação da Causa dos Santos, no Vaticano, aprovaram parecer favorável ao reconhecimento das virtudes do padre Francisco de Paula Victor, da cidade de Três Pontas (MG).

Ela estima que o padre Victor deve "subir mais um degrau" no segundo semestre desse ano, tornando-se venerável.

"Eu torço tanto, meu Deus!", diz a freira, para quem as causas dos candidatos a santo são "o pão nosso de cada dia" desde 1982.
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“Por que foi necessária a morte de Cristo?”

“Os milagres de Jesus realmente aconteceram?”


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O Papa recorda João Paulo II e pede que os católicos rezem os mistérios luminosos do Terço

24 maio 2011

Vaticano, 23 Mai. 11 / 01:17 pm (ACI/EWTN Noticias)

Em sua saudação em francês ao concluir a oração do Regina Caeli deste domingo na Praça de São Pedro, o Papa Bento XVI recordou a recente beatificação de João Paulo II e alentou os fiéis a rezar os mistérios luminosos do Rosário, legados à Igreja pelo Pontífice polonês.

“No impulso gerado na Igreja pela beatificação do Papa João Paulo II, convido-lhes a rezar o Terço meditando os mistérios luminosos, aos que nos convidou”, disse o Papa.

Bento XVI assegurou também que “ao seguir as etapas da missão de Cristo com a Virgem Maria, fazemo-nos capazes, como ela, de ver o amor do Pai feitos obra na vida e o ensinamento do seu Filho”.

“Que possamos também nós convertermo-nos em adoradores em espírito e na verdade e em testemunhas! Abençoe-lhes de coração assim como as suas famílias”, concluiu.

Os mistérios luminosos para a oração do Rosário são os seguintes: o Batismo de Jesus no rio Jordão, as Bodas de Caná, o anúncio do Reino de Deus convidando à conversão, a Transfiguração e a instituição da Eucaristia.
Posts relacionados:
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segunda-feira, 23 de maio de 2011

Tratar como irmão

Ela sempre estacionava o carro na mesma vaga.

O guardador, sorridente, educado, sempre a cumprimentava.

Por vezes falavam rapidamente, ela perguntava como estava a família, ele respondia. Contava um ou outro problema de saúde que enfrentava.

Por outras vezes comentavam sobre algumas amenidades, sobre o frio, o calor, sobre o perigo da cidade grande, etc.

Ele morava num bairro distante da região metropolitana. Certamente numa casa muito simples - quase uma favela.

Naquele dia ela estava preocupada com ele. Estava muito frio.

Ela lembrou que a vida dela não era fácil, que vinha de muitas dificuldades recentes, mas pensou na vida dele, e que ela deveria ser bem mais complicada.

Nem sempre podia lhe dar algum dinheiro. Dos 5 dias da semana, em média, uma ou duas vezes ela conseguia lhe dar algumas moedas - pensou.

Sabia que ele precisava. Que aquele era seu trabalho digno. Que dali vinha o alimento de seus filhos.

Ela queria poder dar mais. E ele merecia, pois sempre guardava uma vaga especial para ela, sem ela pedir, sem ela merecer - pensava.

Com o coração um pouco apertado, então, resolveu dizer naquele dia:

Olha... Sei que nem sempre lhe dou alguma coisa. Queria poder dar mais, dar sempre, mas, sabe... Não consigo mesmo.

Sei que você é um trabalhador, uma pessoa gentil e educada, e que mesmo eu dando tão pouco, sempre guarda a vaga para mim.

Já vi que existem pessoas que estacionam sempre aqui, que lhe dão sempre um ou até dois reais por vez, mas, eu realmente não consigo - disse ela um tanto embaraçada.

Ele então respondeu, com franqueza e simplicidade:

Dona, olha, eu não guardo sua vaga porque a senhora me dá algum dinheiro, não. Eu preciso de dinheiro, sim, mas não é por isso.

É que a senhora é a única pessoa que fala comigo, que me dá atenção, que me trata como irmão.

Ela calou ao ouvir estas palavras. Sorriu para ele, timidamente, e disse, se despedindo: Então, tá bom.

Foi para o trabalho pensando no que ouvira. Ela nunca havia pensado nisso.

Mas será que ninguém mais fala com ele? Falo tão rapidamente, sobre coisas corriqueiras, nada de mais importante...

Nossa... Será que as pessoas o ignoram? Mesmo o encontrando todos os dias como eu?

Aqueles pensamentos ficaram em sua mente, flutuando o dia todo.

Percebeu que poderia dar algo muito mais importante que as moedas, que o "trocado" de sempre.


Caridade não significa apenas doação material.

Em verdade, a filantropia é apenas uma pequena porção do mundo da caridade verdadeira.

Vivemos num Mundo, num país, onde ainda há necessidade da ajuda material urgente, sim, mas precisamos entender que não é apenas isso.

As pessoas precisam de auxílio em outras áreas. As pessoas precisam de atenção, de amizade, de alguém que lhes dê carinho.

O alimento da alma fortalece o ser, e assim ele se torna mais apto e preparado para buscar a subsistência material.

Pense nisso.
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