Meditardiaenoite
Nos últimos meses tenho acompanhado a fantástica experiencia da gravidez da minha esposa. O nenê fica lá dentro se desenvolvendo e nós aqui fora fazendo todo tipo de comentário e observando espantados a geração de uma nova vida.
A barriga parece pequena para tantas mãos e pés que se movem. Ele não respira nem come diretamente, mas o faz pelo cordão umbilical. Tudo parece muito desconfortável. Se eu pudesse voltar à barriga, não o faria. Lá dentro não tem nada para fazer e aparte à vista privilegiada dos órgãos internos, passa-se a maior parte do tempo em regime de espera.
É fácil pensar desta forma hoje, já sabedor de como é a vida aqui fora, mas se perguntássemos ao nenê, aposto que ele preferiria ficar lá dentro. Sempre temos medo do que não conhecemos. Apesar de todas as dificuldades da vida intrauterina, mais valeria a segurança do cordão umbilical do que este mundo cheio de coisas para fazer.
As vezes me pergunto se não é exatamente assim que nos comportamos em relação a Deus. Tenho a sensação que Deus nos vê como nenês que não querem nascer. Temos aqui a nossa barriga, conforto, limites bem definidos que nos dão certa segurança. E assim, não assumimos nossas responsabilidades como deveríamos.
Afinal, porque quereríamos nascer?
Porque quereriamos deixar nossa barriga e encarar o desconhecido?
Coisa ridícula é um adulto com mentalidade infantil. A pessoa chega aos 50 anos e age como se tivesse 15. O que aconteceu para que ficasse assim?
Dizem os médicos que para um bom parto o nenê também deve querer nascer. E muitos deles querem!
Corajosos, esses.
Saúdo estes nenês cheios de fé!
Deles é o Reino dos céus.
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