segunda-feira, 31 de maio de 2010

“A divisão da cristandade é um pecado e um escândalo”

30 maio 2010

O cardeal Kasper preside um Pentecostes ecumênico em Liverpool

LIVERPOOL, sexta-feira, 28 de maio de 2010 (ZENIT.org). Mais de dois mil cristãos da região inglesa de Merseyside participaram da celebração ecumênica da festa de Pentecostes, clamando pela unidade na rua que une as duas catedrais – católica e anglicana – de Liverpool.

O presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos, cardeal Walter Kasper, viajou de Roma para se unir à Celebração das Duas Catedrais, informou a diocese de Merseyside.

O ato começou na catedral anglicana, continuou com uma procissão para Hope Street e concluiu-se na catedral metropolitana.

A Celebração das Duas Catedrais acontece todos os domingos de Pentecostes desde 1982, ano em que João Paulo II visitou Liverpool, participou de uma procissão pela rua que une as duas catedrais e celebrou a Missa.

Em sua homilia, antes de unir-se à peregrinação por Hope Street, o cardeal se referiu aos desafios do ecumenismo e a importância de caminhar unidos “pelo caminho da esperança”.

Realçou que nos Atos dos Apóstolos lemos como todos escutaram os apóstolos no próprio idioma e estavam unidos escutando a mesma mensagem.

“Mas esta nova unidade e nova universalidade não era, de nenhuma maneira, uma uniformidade; significa unidade na diversidade e diversidade na unidade”, explicou.

“E que outro objetivo tem o ecumenismo hoje, mais que este tipo de unidade na diversidade de todos os que acreditam em Jesus Cristo!”, acrescentou.

Porém, reconheceu em referência à realidade atual do Cristianismo, não só existem a unidade e o amor.

“Esta realidade está ao contrário da vontade de Deus, está ao contrário do testamento que Ele nos deixou na véspera de sua morte quando pediu que todos sejam um… esta realidade de uma cristandade dividida é pecado e é um escândalo”, afirmou.

E acrescentou: “Danifica a tarefa sagrada que é a missão dada pelo Espírito de difundir o Evangelho no mundo inteiro para reconciliar os povos e uni-los”.

Para o cardeal Kasper, “não podemos alcançar a reconciliação e a paz, e ao mesmo tempo estar divididos e não reconciliados entre nós”.

E isto, com maior urgência no começo do século XXI, com as tensões sociais, culturais, políticas, militares e raciais e os conflitos de nosso mundo.

“Temos que admitir com tristeza que ainda não existe a plena comunhão entre nós”, disse.

E verificou: “Todavia não estamos juntos nem unidos na única mesa do Senhor: ainda não podemos compartilhar o pão Eucarístico, ainda não podemos beber de um mesmo cálice”.

Ao mesmo tempo, destacou que a unidade almejada é uma unidade na verdade e no amor e, por isso, “não podemos fazer uma mescla ou uma salada mista com as diferentes Igrejas”.

“Devemos nos reconhecer e amar ao próximo em nossa alteridade e em nossa diversidade”, indicou.

O cardeal Kasper afirmou que Jesus Cristo é o objetivo máximo do ecumenismo. “Somente estando mais unidos a Cristo seremos mais unidos também entre nós”, explicou.

E acrescentou: “Não se trata de um ecumenismo barato: o ecumenismo tem seu preço e requer riscos valentes”.

“A peregrinação ecumênica é uma peregrinação de aprofundamento da santidade e da santificação. O ecumenismo espiritual é o verdadeiro coração do movimento ecumênico”.

De acordo com o presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos, o ecumenismo é um processo de crescer juntos.

“Há muitos campos nos quais podemos cooperar hoje, muitos mais que pensamos e muitos mais que nesses que atualmente estamos já comprometidos”, mostrou.

“Nosso mundo necessita da cooperação de todos os bons cristãos, necessita que falemosa uma voz sobre os valores humanos e cristãos, especialmente sobre os valores familiares que correm tanto perigo na atualidade” disse.

E destacou: “Nosso mundo também precisa de nossa cooperação no âmbito da cultura, da paz, da justiça social e da preservação da criação”.

“Nosso tempo necessita especialmente de coragem e esperança, deve ver que não só passam coisas ruins, mas bastantes coisas boas também são possíveis”, somou.

E concluiu: “Devemos dar testemunho de que, até mesmo depois de uma história às vezes dolorosa entre as Igrejas, a reconciliação, a cooperação e a amizade são possíveis”.

domingo, 30 de maio de 2010

O livro dos espíritos


Foi há 150 anos. Era um sábado. A manhã não despertara de todo e, desfrutando o ar levemente frio da manhã, um homem se dirigiu à Galeria d´Orleans, no Palais Royal, em plena Capital francesa.

Ele era conhecido como pedagogo de renome em seu país e reconhecido internacionalmente. Era o Professor Rivail.

Dirigiu-se à Livraria Dentu, subiu as escadas e chegou à sobreloja.

Naquela manhã, seu objetivo não era verificar nenhum dos seus livros didáticos, pois que diversos publicara.

O que se encontrava nas mãos da Sra. Dentu era algo muito especial.

Uma obra que abalaria os alicerces da ciência, da filosofia e da religião então vigentes.

Ali estavam reunidas 501 questões que tinham a ver com a origem, a natureza, e o destino dos Espíritos.

A obra foi colocada na vitrine, sobre veludo vermelho. Era O Livro dos Espíritos.

Numa didática seqüência, apresentava os princípios da Doutrina Espírita sobre a imortalidade da alma, a natureza dos Espíritos e suas relações com os homens, as leis morais, a vida presente, a vida futura e o porvir da Humanidade.

Pedra angular sobre a qual se ergue a Doutrina Espírita, é um tratado para orientar a economia, a sociologia, a psicologia, a embriologia, a ética.

Obra ímpar, desafia o segundo século de publicação sem sofrer qualquer alteração, no seu conteúdo, num período em que todo o conhecimento sofreu contestação e alterou a face cultural da Terra.

Alcançou, desde os primeiros momentos grande êxito na França e no restante da Europa, com repercussão pelas Américas.

O Abade Leçanu, na época, referindo-se à monumental obra, disse: "Observando-se as máximas de ´O Livro dos Espíritos´, de Allan Kardec, faz-se o bastante para se tornar santo na Terra."

O Livro dos Espíritos é a compilação dos ensinos ditados pelos Espíritos superiores e publicado por ordem deles.

Ao Codificador, Allan Kardec, coube a tarefa de organizar e ordenar as perguntas sobre os assuntos mais simples aos mais complexos, abrangendo variados ramos do conhecimento humano.

Dividido em 4 partes, engloba um corpo de doutrina claro, metódico e inteligível para todos.

Com sua publicação, concretiza-se na face da Terra a promessa de Jesus do Consolador Prometido: a Terceira Revelação. O Espiritismo nasce na manhã daquele sábado, 18 de abril de 1857.

Sem O Livro dos Espíritos, com seus parâmetros esclarecedores, não existe Doutrina Espírita.

"A todos os deserdados da Terra, a todos quantos avançam ou caem, regando com as lágrimas o pó da estrada, diremos: lede ´O Livro dos Espíritos´, ele vos tornará mais fortes.

Também aos felizes, aos que em seu caminho só encontram as aclamações da multidão e os sorrisos da fortuna, diremos: estudai-o e ele vos tornará melhores."

* * *

Você sabia?

...que a segunda edição de O Livro dos Espíritos, publicada em março de 1860, foi aumentada para 1019 perguntas?

E que essa 2ª edição se esgotou em 4 meses?

Que antes de ser publicada, a obra sofreu uma completa revisão dos próprios Espíritos, com o concurso mediúnico de uma jovem de nome Japhet?

E que o Oriente Médio já dispõe de O Livro dos Espíritos traduzido para o idioma árabe?

E, finalmente, que no ano de 2007, comemoram-se os 150 anos de publicação de O Livro dos Espíritos?
www.reflexao.com.br

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Será mesmo que você é substituível ???

As feridas da alma são curadas com carinho, atenção e paz."
"Não se venda: você é tudo o que tem!"



Na sala de reunião de uma multinacional o diretor nervoso fala com sua equipe de gestores.
Agita as mãos, mostra gráficos e, olhando nos olhos de cada um ameaça: "ninguém é insubstituível".

A frase parece ecoar nas paredes da sala de reunião em meio ao silêncio.
Os gestores se entreolham, alguns abaixam a cabeça.

Ninguém ousa falar nada.

De repente um braço se levanta e o diretor se prepara para triturar o atrevido:

- Alguma pergunta?

- Tenho sim.

-E Beethoven ?

- Como? - o encara o gestor confuso.

- O senhor disse que ninguém é insubstituível e quem substituiu Beethoven?

Silêncio.....

O funcionário fala então:

- Ouvi essa estória esses dias contada por um profissional que conheço e achei muito pertinente falar sobre isso.

Afinal as empresas falam em descobrir talentos, reter talentos, mas, no fundo continuam achando que os profissionais são peças dentro da "máquina"(organização) e que, quando sai um, é só encontrar outro para por no lugar.
Quem substituiu Beethoven? E Tom Jobim? Ayrton Senna? Ghandi? Frank Sinatra? Garrincha? Santos Dumont? Monteiro Lobato? Elvis Presley? Os Beatles? Jorge Amado? Pelé? Paul Newman? Tiger Woods? Albert Einstein? Picasso? Zico? etc...
Todos esses talentos marcaram a história fazendo o que gostam e o que sabem fazer bem, ou seja, fizeram seu talento brilhar. E, portanto, são, sim, insubstituíveis.
Cada ser humano tem sua contribuição a dar e seu talento direcionado para alguma coisa.

Está na hora dos líderes das organizações reverem seus conceitos e começarem a pensar em como desenvolver o talento da sua equipe focando no brilho de seus pontos fortes e não utilizando energia em reparar seus 'erros/ deficiências'.

Ninguém lembra e nem quer saber se Beethoven era surdo , se Picasso era instável , Caymmi preguiçoso , Kennedy egocêntrico, Elvis paranóico ...

O que queremos é sentir o prazer produzido pelas sinfonias, obras de arte, discursos memoráveis e melodias inesquecíveis, resultado de seus talentos.

Cabe aos líderes de sua organização mudar o olhar sobre a equipe e voltar seus esforços em descobrir os pontos fortes de cada membro . Fazer brilhar o talento de cada um em prol do sucesso de seu projeto.

Se seu gerente/coordenador, ainda está focado em 'melhorar as fraquezas' de sua equipe corre o risco de ser aquele tipo de líder/ técnico, que barraria Garrincha por ter as pernas tortas, Albert Einstein por ter notas baixas na escola, Beethoven por ser surdo. E na gestão dele o mundo teria perdido todos esses talentos.

Seguindo este raciocínio, caso pudessem mudar o curso natural , os rios seriam retos não haveria montanha, nem lagoas nem cavernas, nem homens nem mulheres, nem sexo, nem chefes nem subordinados . . . apenas peças.

Nunca me esqueço de quando o Zacarias dos Trapalhões 'foi pra outras moradas'. Ao iniciar o programa seguinte, o Dedé entrou em cena e falou mais ou menos assim: "Estamos todos muito tristes com a 'partida' de nosso irmão Zacarias... e hoje, para substituí-lo, chamamos:.... Ninguém ... pois nosso Zaca é insubstituível"
Portanto nunca esqueça: Você é um talento único... com toda certeza ninguém te substituirá!

"Sou um só, mas ainda assim sou um. Não posso fazer tudo..., mas posso fazer alguma coisa. Por não poder fazer tudo, não me recusarei a fazer o pouco que posso."

"No mundo sempre existirão pessoas que vão te amar pelo que você é..., e outras..., que vão te odiar pelo mesmo motivo..., acostume-se a isso..., com muita paz de espírito...".

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Não sei se estou partindo...

Não sei se estou partindo, não sei pra onde irei, só sei que neste caminho tão cedo não passarei.
Caminhei por vários longos anos e nada de bom aconteceu, somente as coisas tristes em mim permaneceu. Sei que nunca é tarde, sei que ainda tenho muito a percorrer, andarei só nesta estrada sem precisar está com você.
As vezes pensamos que acertamos em nossas escolhas, mais com o passar do tempo, vemos que mais uma vez tropeçamos, e tentando consertar, as vezes mais erramos. Pretendo não mais errar, e por isso muita escolha farei, serei um eterno amante, mais a minha alma gêmea, com certeza acharei...
Severo Moreira

terça-feira, 25 de maio de 2010

Escudo contra a depressão

As estatísticas mostram que um número significativo de pessoas sofre de depressão. E as vítimas são cada vez mais jovens, afirmam os especialistas.

Sofrer de depressão é muito mais do que se sentir triste por causa de algum problema. É não encontrar mais prazer em nada, não conseguir tomar decisões, perder a esperança e se tornar descrente de tudo.

"Não haverá um amanhã" é a tônica de muitos depressivos, o que leva 15% deles a se suicidarem.

Enquanto a ciência trabalha para identificar as causas deste terrível mal, os que sofrem de depressão podem fazer algo para fortalecer a própria resistência.

São algumas regras de comportamento que podem funcionar como um escudo contra a depressão.

1ª- tenha pensamentos otimistas. Ninguém nasce pessimista. Pensar de forma negativa é alguma coisa que se aprende e que pode ser esquecida.

Por isso, quando alguma coisa sair errada, não se ache incompetente. Pense que é apenas um caso individual, que não deve ser generalizado.

Reconheça também que você não é o único responsável por tudo. Lembre que tudo passa e amanhã tudo estará melhor, quem sabe, daqui a pouco mude o panorama.

Você já percebeu como a natureza se apresenta chorosa, o céu com nuvens pesadas e escuras, e logo mais o sol brilha forte, o calor chega, as poças de lama secam e tudo está belo outra vez? Assim também é a vida.

2ª regra - tente relaxar mais - trabalhe, mas programe o seu dia para ter seus momentos de descontração.

Não deixe de ler algo positivo, edificante.

Ouça músicas que lhe acalmem o coração e os pensamentos. Saia para um passeio sem compromisso de ir a lugar algum. Dê uma volta na quadra. Vá até a praça olhar as crianças brincar.

Deixe o sol lhe acariciar o rosto e o vento lhe desarrumar os cabelos. Vá para o jardim. Plante uma flor. Pode a roseira. Ajeite os galhos dos arbustos.

Freqüente o teatro, uma boa roda de amigos, a praia e o campo, diversificando sempre, para não criar monotonia.

Afeiçoe-se a um trabalho no bem, auxiliando uma instituição, contribuindo e sentindo-se útil, responsável.

3ª- procure apoio social - quem sofre de depressão, tem a tendência a se fechar e a resolver tudo sozinho.

Por isso, converse com alguém que você confie. Alguém que seja capaz de avaliar seus problemas e ajudar você a resolvê-los.

Pode ser um amigo especial, um irmão de crença, um grupo de auto-ajuda.

Por vezes, o depressivo acha difícil até de pensar em deixar suas quatro paredes. Entretanto, o esforço vale a pena.

Visite um templo religioso e confie-se a um diálogo fraterno. Ou, então, procure um profissional especializado para falar, desabafar e receber sugestões para levantar a sua auto-estima.

***

Não se permita descer ao fundo do poço, nem cair até os últimos degraus da depressão.

Se árvores floridas, pessoas felizes e risos lhe causam inveja e o incomodam, comece a exercitar, desde agora, as regras do escudo contra a depressão.

A vida é preciosa demais para não ser vivida em totalidade. E vivê-la em totalidade é produzir coisas positivas, sentir-se feliz e fazer os outros felizes.

É contribuir para o bem estar de alguém. É ser responsável por uma criatura, uma planta, um vaso de flor, um animal, uma tarefa qualquer.

Afinal, todo o sentido da vida se resume no amor, pois todos fomos criados pelo amor de Deus.
Momento de reflexão

A Palavra de Deus jamais será obsoleta.


Enquanto um africano, canibal convertido, lia sentado a sua Bíblia, um comerciante europeu passou e lhe perguntou o que estava fazendo. "Lendo a Bíblia" foi a sua resposta. "Este livro está obsoleto em meu país", disse o comerciante. "Se ele fosse obsoleto aqui", disse o africano,"você teria sido comido há muito tempo atrás."


É maravilhoso constatar o que o Senhor e Sua Palavra realiza na vida de muitas pessoas. Ele não apenas transforma canibais em civilizados, mas, faz do mesquinho um homem cheio de generosidade, do mal-humorado, alguém que leva a vida sorrindo e cantando, de um coração cheio de ódio, um
manancial de amor e misericórdia, do perdido, alguém que sabe para onde vai, do ateu, um homem cheio de fé e esperança.


A Palavra do Senhor tem realizado grandes milagres em vidas solitárias, em filhos rebeldes, em pais negligentes, em comunidades insensíveis, em corações indiferentes, em descrentes cauterizados.


Aqueles que ignoram a Deus e à Bíblia gastam seu tempo procurando meios de contradizê-los,  enquanto os que crêem no Senhor aproveitam o mesmo tempo para viverem abundantemente.Melhor é desfrutar das bênçãos de Deus do que, perdê-las enquanto tentam provar que elas não existem.


A Palavra do Senhor dura para sempre. Ela é fiel e verdadeira. Ela é manual para aqueles que desejam estar na presença de Deus e conhecê-lo cada dia mais. Ela nos mostra o caminho para vivermos, para sempre, nas moradas celestiais.


A Palavra de Deus jamais será obsoleta.

Matrimônio

Muitos de nós nos questionamos quanto a validade do matrimônio, da união entre duas pessoas que se amam.

Alguns afirmam que o casamento está fora de moda ou que manter um casamento por muitos anos é para pessoas dependentes, que não conseguem viver só.

Outros afirmam que o casal só consegue permanecer junto se cada qual mantiver um relacionamento extra-conjugal.

É fora de dúvida que a união entre um homem e uma mulher para constituir família, está nas leis divinas e por isso nunca estará fora de moda.

A família é o embrião da sociedade, e como tal, necessita do casal como alicerce básico nessa pequena estrutura social.

Um dia desses, um amigo nos disse que estava dormindo sempre muito tarde. Pensamos que estivesse fazendo hora extra no trabalho, mas ele esclareceu que o motivo era outro.

O que o estava mantendo acordado era o diálogo com a esposa. Ambos ficavam conversando descontraidamente e nem percebiam que a madrugada ia longe.

E o assunto daqueles dias era um dos cinco filhos do casal.

Ambos comentavam da alegria que estavam sentindo porque esse filho lhes contou que, no colégio onde estudava, os colegas lhe ofereceram drogas por várias vezes e, por várias vezes, ele disse não.

E o que mais os deixava felizes era porque, além de o jovem recusar as drogas, ainda lhes contara o fato, o que não é muito comum.

Aqueles pais tinham motivos justos para alegrarem-se, pois tantos outros não têm a mesma sorte.

Vários pais só vêm a saber que os filhos estão usando drogas pelas páginas policiais ou quando recebem a notícia de que seu filho está preso, por delinqüência.

Nós entendemos que, no lar em que há diálogo entre os esposos e entre pais e filhos, muitas situações desagradáveis são evitadas.

Joanna de Ângelis, Espírito, fala sobre alguns sinais de alarme que podem informar a situação de dificuldade antes que venha a se agravar a união conjugal. Eis alguns deles: silêncios injustificáveis quando os esposos estão juntos; tédio inexplicável ante a presença do companheiro ou da companheira; ira disfarçada quando o esposo ou a esposa emite uma opinião; saturação dos temas habituais, tratados em casa, fugindo para intermináveis leituras de jornais ou inacabáveis novelas de televisão; irritabilidade contumaz sempre que se avizinha do lar; desinteresse pelos problemas do outro; falta de intercâmbio de opiniões; atritos constantes que ateiam fagulhas de irritação, capazes de provocar incêndios em forma de agressão desta ou daquela maneira... e muitos outros mais.

Observando-se esses sinais de alarme é importante que, antes que as dificuldades abram distâncias e os espinhos da incompreensão produzam feridas capazes de deteriorar a união conjugal, tomemos atitudes de lealdade e façamos um exame das ocorrências, providenciando para sanar os males em pauta. E acima de tudo, lembremo-nos de que o casamento é excelente oportunidade que Deus nos oferece para os devidos reajustes com o companheiro ou companheira com quem nos comprometemos antes do berço.

E quando a situação estiver difícil, roguemos a Deus que nos ajude a superar os obstáculos para o nosso próprio bem, e para o bem dos filhos que ele nos confiou.



Livro: Sol de Esperança, cap. 35

terça-feira, 18 de maio de 2010

O modo feliz de viver em harmonia com a natureza!

Agradece a si mesmo.

Além de agradecer a Deus e a todas as pessoas e coisas, não deve esquecer de agradecer também a si mesmo. Isto porque a sua Vida não foi criada por você. Ela é Vida recebida de Deus, é extensão da Vida de Deus. Medite, pois, da seguinte maneira:
“Louvo a minha Vida.Tu vieste de Deus
E és a Vida de Deus imaculada e venerável.
Tu és sempre saudável, forte e robusta.
Não és derrotada por dificuldade alguma,
Suportas bem qualquer provação e
Cumpres a preciosa missão recebida de Deus.
Eu te louvo e te agradeço.”
Livro: “Convite à Felicidade vol. 1” (Dr. Masaharu Taniguchi)

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Paulo Wright, cristão e revolucionário

Amalgama
por André Tadeu de Oliveira * – A história do cristianismo ilustra o caminho de muitos homens e mulheres que vivenciaram o martírio por causa da justiça. É o caso de Paulo Wright (1933-?), ilustre cristão e cidadão brasileiro esquecido pela historiografia de nosso país e pela Igreja Evangélica, instituição a qual dedicou parcela significativa de sua vida.

Paulo Stuart Wright nasceu em julho de 1933 na pequena cidade de Herval, Santa Catarina. Seus pais, Lathan e Bella Wright, missionários presbiterianos estadunidenses, foram responsáveis pela implantação do trabalho reformado nesta região de Santa Catarina . Apesar da forte perseguição, organizaram uma pujante igreja presbiteriana e uma escola paroquial.

A infância de Paulo foi marcada por um ambiente harmonioso, porém, ao mesmo tempo, bastante rígido. O contato com a natureza e com os animais, assim como a preocupação para com o sofrimento do próximo, ajudaram a formar seu caráter. Acompanhava com profundo interesse a atividade pastoral desenvolvida pelo pai, principalmente as visitas realizadas costumeiramente aos doentes e necessitados. Neste mesmo período, uma tragédia familiar deixaria marcas profundas sobre toda a família: a morte, por afogamento, de seu sétimo irmão no temido rio do Peixe. Terminando o curso primário, prosseguiu os estudos no Instituto Educacional de Passo Fundo-RS, ligado aos metodistas.

Como era costumeiro entre filhos de missionários, embarcou para os Estados Unidos a fim de continuar sua formação acadêmica. Deixou no Brasil aquela que seria seu grande amor e companheira por um longo tempo, Edimar Rickli, também conhecida como Edi, filha de um pastor presbiteriano paranaense. Nos Estados Unidos, Paulo ingressou no curso de sociologia e política no College of the Ozarks, Arkansas. A leitura de clássicos sociológicos, assim como uma interpretação mais apurada da situação política mundial, despertou a futura vocação política do jovem catarinense. Já prestes a graduar-se em sociologia, optou por prosseguir os estudos, escolhendo o curso de pós-graduação em estudos da população da Universidade da Flórida. Entre a graduação e o mestrado, mudou-se para Los Angeles, Califórnia, onde arrumou um emprego na construção civil, envolvendo-se em greves e piquetes pela melhoria das condições de trabalho.

Este novo universo teórico e prático obtido nos Estados Unidos, aliado à sua profunda fé cristã, estimulou o jovem Paulo a retornar ao país e lutar por uma sociedade mais justa. De volta ao Brasil, estabeleceu-se em São Paulo, onde participou da pioneira experiência realizada por Richard Shaull, importante teólogo presbiteriano em atividade no Brasil, em Vila Anastácio, região operária do tradicional bairro paulistano da Lapa. Esta experiência consistia em reunir jovens cristãos sob um mesmo teto de acordo com um prisma comunitário. Estes jovens eram incentivados a estabelecer contato com os operários da região, exercendo, quando possível, a mesma função profissional. Cumprindo as promessas feitas antes de ir aos EUA, casou-se com Edi no final de dezembro de 1956, sendo a benção matrimonial impetrada por seu irmão Jaime, então um jovem pastor protestante.

Após veementes pedidos de sua esposa, retornou a Santa Catarina, estabelecendo residência em Joaçaba. Filiou-se ao Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), sendo, aos 25 anos de idade, candidato a vereador. Não conseguindo se eleger, exerceu o cargo de secretario da prefeitura.

Em 1959, o reverendo Lathan retornou aos EUA, concedendo um belo motivo para que Paulo voltasse, junto com Edi, ao mesmo projeto de Vila Anastácio. Ordenado presbítero, tornou-se um destacado líder da mocidade presbiteriana, sendo colunista freqüente no órgão oficial da mocidade da Igreja Presbiteriana do Brasil, o jornal A Mocidade. Boa parte de seus escritos girava em torno da importância da conscientização do cristão para com os problemas sociais brasileiros. Conseguiu uma vaga de torneiro mecânico filiando-se ao Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo.

Em 10 de outubro de 1959 nasceu seu filho, Charles Granville Wright. Devido a complicações no parto, mas, principalmente, à ausência de médicos no hospital público paulistano, a criança faleceu um dia após.

Profundamente abalado pelo episódio, continuou seu trabalho de conscientização político-social do povo evangélico, sendo eleito, em 1960, secretário geral da União Cristã de Estudantes do Brasil. No I Encontro Sul- Americano sobre o calvinismo escreveu a seguinte tese:

É certamente possível à obra humana acabar com a fome, a miséria e o analfabetismo. Nossa maneira de amar nosso próximo deve certamente ir além da ajuda que possamos dar a indivíduos necessitados; deve levar a sério nossa responsabilidade de fazer acabar a miséria e a fome, pois estas forças não têm mais poder e foram destronadas por Jesus Cristo.

Para Paulo, a atuação do cristão na sociedade deveria suplantar meras atitudes beneficentes. O crente deveria lutar por mudanças estruturais que erradicassem a miséria e a desigualdade.

No mesmo ano, retornou com sua esposa para Joaçaba, lançando-se candidato a prefeito pelo mesmo PTB. Ao término do pleito, foi derrotado pelo candidato conservador da União Democrática Nacional (UDN) pela ínfima diferença de 8 votos.

Não desistiu da carreira política, sendo nomeado pelo governador de Santa Catarina, ligado ao aliado PSD, diretor da Imprensa Oficial do Estado. Tal função burocrática não conteve o ímpeto do jovem político, que se engajou em movimentos pró-revolução cubana e organizou, diretamente, 27 cooperativas de pescadores no litoral catarinense. Ao mesmo tempo, era um presbítero bastante atuante na Igreja Presbiteriana de Florianópolis, sendo um dos principais organizadores da polêmica conferência do Nordeste organizada pela Confederação Evangélica do Brasil.

No entanto, toda a militância de Paulo Wright em vários setores da sociedade civil clamava por uma função mais decisiva. Esta função seria exercida no parlamento, para o qual foi eleito deputado estadual pelo PSP, já que seu antigo partido, o PTB, não forneceu legenda. Foi um dos deputados mais votados no pleito, com aproximadamente 2.144 votos.

Como deputado estadual, lutou pelo direito dos pescadores do litoral, além de ser um sólido defensor das reformas de base promulgadas pelo presidente João Goulart. Sua atuação junto aos jovens ganhava novo vulto, mantendo contato com grupos seculares, como a Ação Popular, grupo esquerdista com forte influência católica.

Como era de se esperar, segmentos conservadores iniciaram uma forte campanha contra Paulo, acusando-o de comunista e subversivo. Passado um ano, mais precisamente em abril de 1964, os mesmos setores insatisfeitos com as reformas anunciadas por Jango organizaram um golpe militar que derrubou o presidente democraticamente eleito. Iniciava-se no Brasil uma dura e impiedosa ditadura. A maioria do povo evangélico brasileiro, influenciada por setores conservadores da igreja norte-americana, encarou o golpe de 64 como uma “resposta de Deus contra o comunismo ateu”. Mais uma vez a igreja se colocava ao lado dos poderosos.

Paulo Wright sentiu rapidamente os horrores da perseguição. Devido a sua postura esquerdista, teve o mandato cassado pela Assembléia Legislativa de Santa Catarina. Ferozmente perseguido, dirigiu-se a Curitiba, embarcando posteriormente para México e Cuba. Durante todo o tempo em que permaneceu nos dois países, manteve freqüente correspondência com sua esposa e queridos.

Vivendo em Cuba, Paulo passou por uma sólida mudança política, chegando a defender, até mesmo, uma revolução armada para que o socialismo fosse implantado no Brasil. Não obstante, continuava a professar a fé cristã, deixando claro que sua profissão de fé evangélica não era incompatível com sua tendência socialista:

Creio que a fé cristã não se identifica com nenhum sistema particular. Ao mesmo tempo o homem pode ser socialista e os fatos dizem que muitos cristãos o são. Entendo que nós, como cristãos, temos a obrigação de reagir precisamente na hora que nos toca viver. No mundo de hoje se vislumbra uma coincidência entre as aspirações dos cristãos e dos socialistas quanto à vida humana, isto é, justiça e bem estar do homem.

Após um bom tempo em Cuba, retornou ao Brasil como um dos principais lideres da Ação Popular Marxista-Leninista, um dos vários grupos de esquerda que lutavam contra a ditadura militar. Vivendo na clandestinidade, viu seu casamento chegar ao fim.

Em 1973, foi detido em São Paulo e levado para o DOI-CODI, onde provavelmente foi torturado e morto pela repressão. Este foi o fim de Paulo Wright, esquecido por parcela significativa da esquerda brasileira e da igreja que tanto amou.

Seu exemplo de vida, contudo, não foi em vão. O irmão Jaime Wright, pastor da Igreja Presbiteriana Unida do Brasil (IPU), foi responsável pela organização de um dos mais completos dossiês a respeito dos crimes cometidos pelo regime ditatorial, lançado como livro sob o título Brasil nunca mais. Colaborou com este trabalho o então arcebispo católico Dom Paulo Evaristo Arns, um dos ícones do catolicismo progressista brasileiro.

* André Tadeu de Oliveira, São Paulo-SP, é jornalista e estudante de Teologia na Universidade Presbiteriana Mackenzie. Este texto foi publicado inicialmente na revista Alvorada, veículo da Igreja Presbiteriana Independente do Brasil.

Querer nascer

Meditardiaenoite

Nos últimos meses tenho acompanhado a fantástica experiencia da gravidez da minha esposa. O nenê fica lá dentro se desenvolvendo e nós aqui fora fazendo todo tipo de comentário e observando espantados a geração de uma nova vida.

A barriga parece pequena para tantas mãos e pés que se movem. Ele não respira nem come diretamente, mas o faz pelo cordão umbilical. Tudo parece muito desconfortável. Se eu pudesse voltar à barriga, não o faria. Lá dentro não tem nada para fazer e aparte à vista privilegiada dos órgãos internos, passa-se a maior parte do tempo em regime de espera.

É fácil pensar desta forma hoje, já sabedor de como é a vida aqui fora, mas se perguntássemos ao nenê, aposto que ele preferiria ficar lá dentro. Sempre temos medo do que não conhecemos. Apesar de todas as dificuldades da vida intrauterina, mais valeria a segurança do cordão umbilical do que este mundo cheio de coisas para fazer.

As vezes me pergunto se não é exatamente assim que nos comportamos em relação a Deus. Tenho a sensação que Deus nos vê como nenês que não querem nascer. Temos aqui a nossa barriga, conforto, limites bem definidos que nos dão certa segurança. E assim, não assumimos nossas responsabilidades como deveríamos.

Afinal, porque quereríamos nascer?

Porque quereriamos deixar nossa barriga e encarar o desconhecido?

Coisa ridícula é um adulto com mentalidade infantil. A pessoa chega aos 50 anos e age como se tivesse 15. O que aconteceu para que ficasse assim?

Dizem os médicos que para um bom parto o nenê também deve querer nascer. E muitos deles querem!

Corajosos, esses.

Saúdo estes nenês cheios de fé!

Deles é o Reino dos céus.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Bento XVI exorta à fidelidade dos sacerdotes na Igreja Católica


LISBOA, 12 Mai. 10 / 03:36 pm (ACI).- Ao presidir a oração das Vésperas com os sacerdotes, religiosos e consagrados na Igreja da Santíssima Trindade em Fátima, o Papa Bento XVI alentou aqueles que entregam sua vida a Cristo e à Igreja no serviço aos demais a que vivam intensamente a fidelidade, alentando-se mutuamente e também promovendo as vocações sacerdotais.

Depois de agradecer a todos os que trabalharam na organização deste encontro, o Santo Padre se dirigiu aos consagrados e sacerdotes presentes nas seguintes palavras:
“A todos vós que doastes a vida a Cristo, desejo nesta tarde exprimir o apreço e reconhecimento eclesial. Obrigado pelo vosso testemunho muitas vezes silencioso e nada fácil; obrigado pela vossa fidelidade ao Evangelho e à Igreja.”.

“Permiti abrir-vos o coração para vos dizer que a principal preocupação de todo o cristão, nomeadamente da pessoa consagrada e do ministro do Altar, há-de ser a fidelidade, a lealdade à própria vocação, como discípulo que quer seguir o Senhor”.

Seguidamente o Papa se referiu ao Ano Sacerdotal que está prestes a terminar e fez votos para que “uma graça abundante desça sobre todos vós para viverdes a alegria da consagração e testemunhardes a fidelidade sacerdotal alicerçada na fidelidade de Cristo”.

“Isto supõe, evidentemente, uma verdadeira intimidade com Cristo na oração, pois será a experiência forte e intensa do amor do Senhor que há-de levar os sacerdotes e os consagrados a corresponderem ao seu amor de modo exclusivo e esponsal”, explicou.

Depois de ressaltar a profunda vivência do amor no Santo Cura D’Ars, o Papa mencionou quão importante atualmente é o testemunho os sacerdotes e consagrados e pediu aos presentes que considerem “a graça inaudita do vosso sacerdócio. A fidelidade à própria vocação exige coragem e confiança, mas o Senhor quer também que saibais unir as vossas forças; sede solícitos uns pelos outros, sustentando-vos fraternalmente”.

“Particular atenção vos devem merecer as situações de um certo esmorecimento dos ideais sacerdotais ou a dedicação a atividades que não concordem integralmente com o que é próprio de um ministro de Jesus Cristo. Então é hora de assumir, juntamente com o calor da fraternidade, a atitude firme do irmão que ajuda seu irmão a manter-se de pé”, exortou.

Deste modo animou a manter “dentro de vós e ao vosso redor, a inquietude por suscitar – secundando a graça do Espírito Santo – novas vocações sacerdotais entre os fiéis. A oração confiante e perseverante, o amor jubiloso à própria vocação e um dedicado trabalho de direção espiritual permitir-vos-ão discernir o carisma vocacional naqueles que são chamados por Deus”.

Dirigindo-se logo aos seminaristas, o Santo Padre disse: “o Papa encoraja-vos a serdes conscientes da grande responsabilidade que ides assumir: examinai bem as intenções e as motivações; dedicai-vos com ânimo forte e espírito generoso à vossa formação”.

A Eucaristia, continuou, “centro da vida do cristão e escola de humildade e serviço, deve ser o objeto principal do vosso amor. A adoração, a piedade e o cuidado do Santíssimo Sacramento, durante estes anos de preparação, farão com que um dia celebreis o Sacrifício do Altar com unção edificante e verdadeira”.

Bento XVI disse logo: “neste caminho de fidelidade, amados sacerdotes e diáconos, consagrados e consagradas, seminaristas e leigos comprometidos, guia-nos e acompanha-nos a Bem-aventurada Virgem Maria”.

“Com Ela e como Ela somos livres para ser santos; livres para ser pobres, castos e obedientes; livres para todos, porque desapegados de tudo; livres de nós mesmos para que em cada um cresça Cristo, o verdadeiro consagrado do Pai e o Pastor ao qual os sacerdotes emprestam voz e gestos, de Quem são presença; livres para levar à sociedade actual Jesus Cristo morto e ressuscitado, que permanece conosco até ao fim dos séculos e a todos Se dá na Santíssima Eucaristia”, concluiu.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Papa pede que Portugal redescubra raízes cristãs

12 de maio de 2010 | 13h 19

AE-AP - Agência Estado

O papa Bento XVI lembrou o glorioso passado de Portugal como um país de aventureiros e missionários que espalhou o catolicismo ao redor do mundo ao pedir hoje uma redescoberta da herança cristã do país, um tema importante de sua mensagem a uma Europa cada vez mais secularizada.

O pontífice se reuniu com integrantes da elite cultural no segundo dia de sua visita ao país, um dia depois de fazer sua mais explícita admissão sobre a culpa de igreja no escândalo de abuso sexuais de menores por clérigos. Ainda hoje ele irá para Fátima, o ponto central da viagem, a fim de rezar no famoso santuário.

Como muitos países da Europa ocidental, Portugal tem se afastado de suas raízes católicas ao aprovar, nos últimos anos, leis que permitem o aborto e o divórcio, mesmo se um dos esposos for contrário. No início deste ano, o Parlamento aprovou uma lei que pode fazer de Portugal o sexto país da Europa a permitir o casamento de pessoas do mesmo sexo. A aprovação do projeto depende da decisão do presidente.

Em discurso a artistas, cientistas e intelectuais, Bento XVI advertiu que, se os cristãos ignoram sua fé, "eles acabam perdidos no labirinto do tempo e da história, privados dos valores e grandes ambições". "Para uma sociedade amplamente criada por católicos e cuja cultura foi profundamente marcada pela cristandade, a tentativa de encontrar a verdade sem Jesus Cristo é dramática."

terça-feira, 11 de maio de 2010

Papa celebra missa ao ar livre para multidão em Lisboa


AFP

LISBOA, Portugal — Dezenas de milhares de pessoas aglomeraram-se, em Lisboa, na praça emblemática da capital portuguesa, Terreiro do Paço, às margens do rio Tejo, para assistir à primeira missa ao ar livre celebrada pelo papa em Portugal.

Pelo menos 70.000 pessoas participaram da cerimônia realizada pouco antes do entardecer sob um céu claro e uma temperatura primaveril, de 17 graus.

O Papa chegou no papamóvel de batina branca e gorro branco envolto de arminho, usado pelo pontífices no passado para proteger-se do vento e do frio.

Lisboa esteve praticamente paralisada, com o serviço de transporte reduzido e muitas ruas com o trânsito interrompido pela chegada do papa, o terceiro pontífice a visitar a terra lusa depois de Paulo VI e João Paulo II.

Milhares de jovens, vestidos com camisetas e bonés com a inscrição "Bento XVI", puderam assistir à missa - a maioria das escolas esteve fechada.

Também não funcionaram as repartições públicas e os juizados, pelo que a cidade viveu um dia de festividade.

O governo socialista de José Socrates não poupou esforços para o bom desenvolvimento desta "visita de Estado" e decretou feriado para o funcionalismo, para que pudesse assistir às cerimônias.

Antes do primeiro banho de multidão, o papa, na Praça do Comércio, junto ao Terreiro do Paço, onde foram instaladas telões, recebeu das mãos do prefeito da capital as chaves da cidade, e pronunciou uma primeira mensagem dirigida à comunidade católica, pedindo que renovasse a própria fé.

Ao final, o papa homenageou a imagem do Cristo Rei, que há 50 anos, da outra margem do rio Tejo, abraça a cidade de Lisboa.

O segundo dia da visita, nesta quarta-feira, terá momentos importantes, entre eles o encontro com o mundo da cultura, ao qual assistirão personalidades como o legendário cineasta Manoel de Oliveira, e representantes do mundo das letras e das artes.

À tarde, o Santo Padre se dirigirá ao santuário de Fátima, onde centenas de peregrinos de numerosas nacionalidades vão comemorar, com o pontífice, o 93º aniversário das aparições da Virgem, em 1917.

Papa evoca Centenário da República portuguesa

Económico com Lusa
11/05/10 12:00

O Papa chegou hoje a Lisboa para uma visita de quatro dias, passando ainda por Fátima e Porto.

O Papa chegou hoje a Lisboa para uma visita de quatro dias, passando ainda por Fátima e Porto.

O Papa Bento XVI evocou as comemorações do Centenário da República portuguesa no primeiro discurso que proferiu em território nacional, sublinhando a importância da colaboração entre Igreja e Estado.

"A viragem republicana, operada há cem anos, abriu na distinção entre a Igreja e o Estado, um espaço novo de liberdade para a Igreja", disse o Papa, ainda no aeroporto.

Bento XVI evocou as Concordatas de 1940 e 2004, afirmando que "a Igreja está aberta a colaborar com quem não marginaliza nem privatiza a essencial consideração do sentido humano da vida".

"De uma visão sábia sobre a vida e sobre o mundo deriva o ordenamento justo da sociedade", disse Bento XVI.

Sem aludir a nenhuma das recentes mudanças legislativas em Portugal que têm sido contestadas pela Igreja, o Papa destacou que na intervenção pública dos católicos "não se trata de um confronto ético entre um sistema laico e um sistema religioso". Em causa está "uma questão de sentido à qual se entrega à própria liberdade", observou.

"Só agora me foi possível aceder aos amáveis convites do senhor Presidente e dos meus irmãos bispos para visitar esta amada e antiga Nação, que comemora no corrente ano um século da proclamação da República", disse o Papa, após agradecer o acolhimento recebido no aeroporto de Figo Maduro.

"Venho como peregrino de Nossa Senhora de Fátima, investido pelo alto na missão de confirmar os meus irmãos que avançam na sua peregrinação a caminho do céu", acrescentou.

"Que depois, há 93 anos, o céu se abrisse precisamente sobre Portugal - como uma janela de esperança que Deus abre quando o homem lhe fecha a porta, para reatar, no seio da família humana, os laços da solidariedade fraterna assente no mútuo reconhecimento de um só e mesmo Pai, trata-se de um amoroso desígnio de Deus; não dependeu do Papa nem de qualquer outra autoridade eclesial:'Não foi a Igreja que impôs Fátima - diria o cardeal Manuel Cerejeira, de venerada memória -, mas Fátima que se impôs à Igreja'", disse ainda Bento XVI.

Portugal espera 200 mil em primeira missa de visita do Papa

Bento 16 chega ao pais para giro de quatro dias, que promete ser marcado por grandes eventos de massa.
11 de maio de 2010 | 4h 51


O papa Bento 16 inicia nesta terça-feira uma visita de quatro dias a Portugal, com uma missa em Lisboa na qual são esperadas 200 mil pessoas.

A expectativa é de que multidões venham acompanhar a vista do pontífice, que vai até sexta-feira, no país em que mais de 90% da população são católicos.

Além da missa em Lisboa, estão sendo esperadas 300 mil pessoas para uma celebração em Fátima no dia dedicado à Nossa Senhora - 13 de Maio, quinta-feira.

Na sexta, a celebração será no centro do Porto, onde o número não deverá ser inferior a 150 mil pessoas.

A viagem papal tem como pano de fundo uma série de decisões tomadas nos últimos anos pelo governo português em contrariedade à doutrina católica.

Há dois anos, Portugal aprovou uma legislação para facilitar o divórcio.

Em 2007, um referendo descriminalizou o aborto até dez semanas de gravidez.

Neste momento, uma lei que permite o casamento homossexual necessita apenas a assinatura do Presidente da República para entrar em vigor.

Estandartes

Referências à viagem do papa estão presentes em todos os lados da capital portuguesa. Em todos os postes da Avenida da Liberdade estão estandartes de boas vindas.

O caminho que o pontífice percorrerá está pontuado de outdoors com a imagem dele acenando e sorrindo. Os jornais estão distribuindo decorações tendo como motivo o símbolo da viagem papal para serem exibidas pelos fiéis em suas janelas.

O governo decretou ponto facultativo para os funcionários públicos de Lisboa nesta terça-feira, uma medida que foi criticada por economistas que a consideram uma mensagem errada e contraproducente na atual situação de crise, com o país sob um ataque especulativo.

No entanto, o giro papal é considerado um impulso para o país sair da crise. Estima-se que sejam vendidas um milhão de camisetas oficiais da visita, além de medalhas, souvenirs e outros objetos. A previsão é que no total serão injetados 10 milhões de euros na economia.

Tête-à-tête

Nem todos concordam com os eventos de larga escala que devem marcar a visita de Bento 16 por Portugal.

Para o padre Vítor Melícias, grandes aglomerações, por exemplo, podem ser contraproducentes.

"Elas não favorecem o conteúdo da comunicação, não permitem a especificidade da mensagem", afirma.

Em vez delas, o padre indica como positivos os encontros que Bento 16 vai ter com grupos específicos durante os próximos dias.

Haverá um encontro com pessoas da área da cultura - com a presença do diretor de cinema Manoel de Oliveira -, outro com organizações da Pastoral Social e outro com os bispos de Portugal.

"Ele vai falar para grupos humanos com interesses específicos. Isso dá a possibilidade de um discurso direto para cada um desses públicos, em função dos interesses específicos deles, o que não aconteceria se fosse apenas um discurso generalista", argumenta Melícias.

O papa também se encontrará com líderes de outras comunidades religiosas em Portugal - judeus, muçulmanos, protestantes e ortodoxos. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

Papa: Pecado da pedofilia é a maior perseguição à Igreja

terça-feira, 11 de Maio de 2010

diáriodigital

Bento XVI defendeu hoje que a «maior perseguição à Igreja» não vem de «inimigos de fora, mas nasce do pecado da Igreja». No avião que o transportava até Portugal, o papa falou com os jornalistas presentes sobre os casos de pedofilia que têm abalado a Igreja Católica em todo o mundo.

«A Igreja tem uma profunda necessidade de reaprender a penitência, de aceitar a purificação, implorar perdão», disse Bento XVI, que se referiu também à «necessidade da justiça» neste processo.

Tendo como pano de fundo a profecia sobre os sofrimentos do papa, que foi revelada na terceira parte do Segredo de Fátima, no ano 2000, Bento XVI sublinhou que os mesmos não apenas provocados por pessoas «fora» da Igreja.

«Os ataques ao papa e à Igreja não vêm só de fora, os sofrimentos da Igreja vêm do seu próprio interior, do pecado que existe na Igreja», declarou.

Diversos casos de pedofilia envolvendo membros do clero católico têm sido divulgados em vários países, tendo já levado o papa a aceitar demissões de bispos da Irlanda, Bélgica, Alemanha ou Noruega.

Bento XVI confessou o seu sofrimento perante esta situação, que surge agora de uma forma «verdadeiramente aterradora».

sábado, 1 de maio de 2010

Despedida

Não é um Adeus
É um até logo...
Quantas vezes escutamos
isso pela vida.

Mentira?!
Eufemismo!

Quem fala tem a incerteza que vai voltar
Quem escuta, a certeza que não volta.

Quem vai, chora
Quem fica, chora
Mas, o que é certo,
É a incerteza.

Da volta que talvez nunca venha
Do até logo, que nunca deixe de ser
Adeus!
(Josué Dantas)