quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Há pobreza de palavras, porque há pobreza de silêncio

Luzia Santiago
280809g

“Precisamos ser prontos para escutar e lentos no falar” (Tiago 1,19b). Quando aprendemos a escutar, evitamos o mal-entendido e adquirimos o autodomínio, porque temos mais tempo para pensar, rezar e responder coerentemente, evitando julgar pelas aparências e ser grosseiros ou inconvenientes com as pessoas.
O Santo Padre Pio dizia: “Quem fala, semeia; quem escuta, colhe”.
O verdadeiro silêncio é aquele que nos coloca diante de Deus. Essa experiência enriquece os nossos valores, reflexões, sentimentos e ideias, e mais: no íntimo da alma formam-se as convicções e enraízam-se as virtudes. Dessa forma, as linhas mestras da luta pessoal por melhorarmos a cada dia um pouco mais vão sendo formadas.
Temos o hábito de falar muito e quase não sabemos escutar. Há pobreza de palavras, porque há pobreza de silêncio. Só teremos condições de responder com prontidão, justiça e amor a Deus e aos irmãos se nos exercitarmos no dom da escuta.
“O Senhor veio, pôs-se junto dele e chamou-o como das outras vezes: Samuel! Samuel! E ele respondeu: Fala, que teu servo escuta” (I Samuel 3,10).
Peçamos, hoje, ao Senhor, que nos ensine a silenciar, para que possamos ouvir a Sua voz, a exemplo do Profeta Samuel.
Peçamos a Nossa Senhora, a Virgem do silêncio, que nos ensine a escutar os nossos irmãos e a voz de Deus.
Jesus, eu confio em Vós!

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