Natal e Páscoa são como dois luzeiros que iluminam de puríssima luz celestial o itinerário dos cristãos na caminhada do calendário litúrgico. Duas grandes festas e duas grandes alegrias. Para decidir qual é a maior, teríamos que distinguir. A Páscoa é maior pela glória; o Natal é maior pela ternura. A Páscoa é maior pela proclamação de fé, uma vez que, se Cristo não tivesse ressuscitado, nossa fé seria vazia e nossa religião uma fraude; o Natal fala mais ao nosso coração, pela bondade de um Deus que por nosso amor se faz criancinha e nasce na pobreza da gruta de Belém, numa fria noite de inverno. Ninguém se cansa de ler, sempre com renovada emoção, a página de São Lucas, onde um anjo de Deus vem dizer aos pastores que vigiavam no campo seus rebanhos noite a dentro: "Eis que eu vos anuncio uma grande alegria, que será para todo o povo: hoje nasceu para vós um Salvador, que é o Messias Senhor, na cidade de Davi. E eis o sinal que vos é dado: encontrareis um recém-nascido envolto em panos, deitado num presépio"(Lc2, 10-12). E a esse anjo logo se juntou uma multidão de seres celestes, que louvavam a Deus, dizendo: "Glória a Deus nas alturas e paz na terra aos homens de boa vontade" (v 14) .E eles foram e encontraram tudo como o anjo havia dito: a criancinha na manjedoura. A Virgem Maria a seu lado. E José. E a pobreza e a simplicidade da gruta. Estava nascendo um mundo novo!
E é essa novidade que alimenta a esperança dos séculos. Aprendeu-se a "armar" o presépio, para que desde a infância o povo aprenda que um dia nasceu Jesus em Belém.
Criou-se a árvore de Natal, substituindo antigos ritos pagãos dos povos germânicos, uma vez que Cristo é a verdadeira árvore viçosa, nascida junto às águas correntes, para trazer ao mundo a fartura dos bens de Deus. E os calendários aprenderam a registrar o tempo, dividindo-o em anos "antes de Cristo" e anos "depois de Cristo". Não só como marco cronológico, mas como estilo de vida, uma vez que o nascimento de Cristo veio implantar na terra um novo modo de pensar, de falar, de viver.
Gostaríamos de que a celebração do Natal viesse reforçar em nós o propósito de uma vida nova. E, lamentando embora que a chegada desta festa em cada ano se vá transformando sempre mais numa gigantesca movimentação do grande comércio, que faz esquecer o verdadeiro sentido de amor e de fraternidade que deveria estar subentendido nos presentes que se dão e que se recebem, não podemos desconhecer que o Natal traz para o mundo um clima de alegria, de esperança e de paz. No Natal o mundo fica diferente. Reaparece uma nova vontade de fazer o bem. Criam-se expressivas mensagens, convidando o mundo a se transformar numa terra de paz e de amor. E para os cristãos mais esclarecidos- com que alegria o dizemos! - a interiorização do pensamento do Natal é fonte de fervorosa e proveitosa meditação. E a liturgia do Natal- extremamente rica de sabedoria e de beleza - traz para os sacerdotes, os religiosos, o laicato cristão consciente e participante uma renovação de energia para a fidelidade a seu batismo e à sua consagração ao serviço de Deus.
Um dos sinais da alegria da Igreja na festa do Natal é a celebração das três missas: uma à meia-noite, outra na aurora, outra em pleno dia. Todas elas revivendo maravilhosos textos bíblicos e orações nascidas da mais pura fé e inspiração piedosa dos séculos passados. A missa da noite pode ser considerada como a comemoração do misterioso nascimento do Verbo, no coração da eternidade. A missa da aurora poderia concretizar o aparecimento de Jesus na aurora da nossa era cristã. A missa do dia é esse permanente nascimento de Cristo na História, que vai renovando o mundo para que ele seja todo cristão. Que não o seja só de nome, mas de fato. Não apenas decorativamente cristão, mas vitalmente cristão.
Fonte: Pe. Lucas de Paula Almeida, CM
E é essa novidade que alimenta a esperança dos séculos. Aprendeu-se a "armar" o presépio, para que desde a infância o povo aprenda que um dia nasceu Jesus em Belém.
Criou-se a árvore de Natal, substituindo antigos ritos pagãos dos povos germânicos, uma vez que Cristo é a verdadeira árvore viçosa, nascida junto às águas correntes, para trazer ao mundo a fartura dos bens de Deus. E os calendários aprenderam a registrar o tempo, dividindo-o em anos "antes de Cristo" e anos "depois de Cristo". Não só como marco cronológico, mas como estilo de vida, uma vez que o nascimento de Cristo veio implantar na terra um novo modo de pensar, de falar, de viver.
Gostaríamos de que a celebração do Natal viesse reforçar em nós o propósito de uma vida nova. E, lamentando embora que a chegada desta festa em cada ano se vá transformando sempre mais numa gigantesca movimentação do grande comércio, que faz esquecer o verdadeiro sentido de amor e de fraternidade que deveria estar subentendido nos presentes que se dão e que se recebem, não podemos desconhecer que o Natal traz para o mundo um clima de alegria, de esperança e de paz. No Natal o mundo fica diferente. Reaparece uma nova vontade de fazer o bem. Criam-se expressivas mensagens, convidando o mundo a se transformar numa terra de paz e de amor. E para os cristãos mais esclarecidos- com que alegria o dizemos! - a interiorização do pensamento do Natal é fonte de fervorosa e proveitosa meditação. E a liturgia do Natal- extremamente rica de sabedoria e de beleza - traz para os sacerdotes, os religiosos, o laicato cristão consciente e participante uma renovação de energia para a fidelidade a seu batismo e à sua consagração ao serviço de Deus.
Um dos sinais da alegria da Igreja na festa do Natal é a celebração das três missas: uma à meia-noite, outra na aurora, outra em pleno dia. Todas elas revivendo maravilhosos textos bíblicos e orações nascidas da mais pura fé e inspiração piedosa dos séculos passados. A missa da noite pode ser considerada como a comemoração do misterioso nascimento do Verbo, no coração da eternidade. A missa da aurora poderia concretizar o aparecimento de Jesus na aurora da nossa era cristã. A missa do dia é esse permanente nascimento de Cristo na História, que vai renovando o mundo para que ele seja todo cristão. Que não o seja só de nome, mas de fato. Não apenas decorativamente cristão, mas vitalmente cristão.
Fonte: Pe. Lucas de Paula Almeida, CM
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