GRANDES COMANDOS, ESTADOS-MAIORES E PÁRA-QUEDISTAS
SÃO MIGUEL - ARCANJO
29 DE SETEMBRO
GRANDES COMANDOS, ESTADOS-MAIORES E PÁRA-QUEDISTAS
SÃO MIGUEL - ARCANJO
29 DE SETEMBRO
São Miguel - Arcanjo é um dos três arcanjos designados pelo nome próprio na Sagrada Escritura - os outros dois são: Gabriel e Rafael - onde os seres espirituais, criados por Deus, aparecem sob diferentes denominações com poderes, atribuições e missões bem específicas.
São designados esses seres simplesmente como anjos, espíritos celestes que são manifestadores das ordens divinas. A palavra anjo, de origem grega, significa mensageiro. Arcanjo é o príncipe dos anjos ou o primeiro entre um grupo de anjos ou até o principal dentre eles. Também, de origem grega, deriva da composição de duas palavras Arkê (princípio) Anguelos (anjo = mensageiro).
O nome Miguel significa “Quem como Deus?” representa o gládio do Altíssimo, a força de sua onipotência e o veredicto de sua justiça. Chefiou os anjos bons na luta contra os anjos rebeldes (Ap 12,7-10), vencendo-os e precipitando-os no abismo.
É considerado, no devocionário cristão, o Chefe das Milícias Celestes.
Em vários trechos da Bíblia fala-se de Deus como “Deus dos Exércitos”: 1Sm 17,45; 1Cr 11,9; 1Cr 17,24; Jó 25,3; Sl 103,21; Is 6,3; Is 8,13; Ag 2,4; Zc 2,9; Ap 19,14. O próprio Jesus, no Horto das Oliveiras, no ato de ser preso, virou-se para Pedro, que tinha ferido na orelha um dos servos do sumo sacerdote, e disse: “Julgas, porventura, que eu não posso rogar a meu Pai, e que Ele não poria aqui logo mais de doze legiões de anjos?” (Mt 26,53). Se considerarmos que cada legião tinha um efetivo de 6.000 elementos, 72.000 anjos (12 legiões) seria um senhor exército celeste.
O arcanjo São Miguel, mesmo dentro do próprio judaísmo, era considerado um dos príncipes celestes, um dos guardiães do povo eleito, aquele que ocupa o lugar de chefia quando se trata de sair em combate ou na defesa dos interesses do bem e da justiça do Altíssimo, como se pode ler no livro de Daniel 10,13;21.
Outrossim, o arcanjo São Miguel era, entre o judaísmo ao tempo de Jesus, o anjo tutelar do local de culto judaico: a Sinagoga. Por isso, a Igreja Católica considera-o como o Arcanjo Guardião e Defensor da Igreja e do Romano Pontífice. Desde os fins do século IV, e início do século V, estabeleceu-se no mundo cristão-católico o costume de se dedicar a São Miguel várias igrejas, sendo assim muito antigos na Igreja o culto e a devoção a São Miguel.
Para inspirar sutileza nos discernimento da grande trama de providências afetas aos Estados-Maiores, Padroeiro mais lídimo não há que o Arcanjo São Miguel, preposto do “Deus dos Exércitos” nas suas decisões e cumprimentos de suas ordens.
Por enquanto, não há dados concretos e precisos sobre o local e a data, a partir do qual São Miguel passou a ser considerado o Padroeiro dos pára-quedistas; todavia, fortes indícios nos levam a crer que esta veneração começou na França, possivelmente na década de 30.
Padroeiro dos pára-quedistas franceses, a figura de sua estátua, erguida em Saint Michel, faz parte do distintivo do 9° Batalhão de Caçadores Pára-quedistas franceses, o qual, anualmente, salta naquela cidade no dia do seu padroeiro.
Na oração do Pára-quedista italiano está inserida uma invocação a São Miguel, pedindo-lhe, como Padroeiro, a proteção em todos os saltos.
Por ser também Padroeiro dos Pára-quedistas portugueses, verifica-se a existência de sua imagem do século XVIII, oferecida pela primeira pára-quedista portuguesa, Embaixatriz Isabel Rilvas, em exposição na capela da Base Escola de Tropas Pára-quedistas, na cidade de Tancos em Portugal.
Os pára-quedistas brasileiros igualmente veneram o Arcanjo como o seu Padroeiro e protetor, razão pela qual foi solenemente realizada a entronização da imagem de São Miguel Arcanjo no Comando da Brigada de Infantaria Pára-quedista, em 28 de setembro de 1991. Existe também, na mesma Brigada, uma simples, mas muito sugestiva Capela, dedicada ao ínclito Padroeiro dos pára-quedistas, inaugurada solenemente em 09 de junho de 2000.
Após o Concílio Vaticano II (1962-1965), a liturgia celebra São Miguel Arcanjo no dia 29 de setembro, juntamente com os Arcanjos São Gabriel e São Rafael.
Na História Militar encontramos também São Miguel reverenciado em algumas Ordens Militares: Ordem Militar de São Miguel da Ala; Ordem Militar de São Miguel e São Jorge; Ordem Militar e Civil Inglesa.
Como padroeiro dos Grandes Comandos e dos Estados-Maiores, o Arcanjo São Miguel foi escolhido, pois decidiu pronta, aberta e acertadamente por Deus. À frente das milícias dos anjos fiéis derrotou os anjos rebeldes.
Ninguém melhor do que o Arcanjo para inspirar a mais sadia doutrina de guerra e as sábias decisões de Comando, como sejam: a ordem como fundamento da paz e a paz como obra da justiça, tarefas específicas dos Grandes Comandos.
Os Estados-Maiores estudam, reúnem, fazem a triagem, selecionam e processam os elementos dos quais o comando terá necessidade no tempo e no espaço para suas decisões. São os Estados-Maiores que preparam, silenciosamente na paz, o instrumento bélico que há de ser empregado nas vicissitudes da guerra.
Aos Estados-Maiores cumpre desdobrar e minuciar as decisões do comando, acompanhar sua execução, informar das ocorrências, promover os reajustamentos, orientar o ritmo dos esforços.
defendei-nos neste combate;
sede nosso auxílio contra as maldades
e ciladas do demônio,
instante e humildemente vos pedimos
que Deus sobre ele impere e vós,
Príncipe da milícia celeste,
com esse poder divino
precipitai no inferno a Satanás
e aos outros espíritos malignos
que vagueiam pelo mundo para perdição das almas.
Amém.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Deixe seu comentário.