Uma busca rápida na internet é o suficiente para que você se depare com alguns casos bastante assustadores de sinais de rádio que dizem algo que não entendemos e não sabemos de onde estão sendo emitidos. E, obviamente, a questão não intriga somente meros mortais como nós. Nos últimos oito anos, astrônomos têm quebrado a cabeça para entender uma série de sinais de rádio estranhos provenientes de algum lugar no cosmos. E agora, o mistério se aprofunda.
Um novo estudo mostra que as chamadas “explosões rápidas de rádio” (na sigla em inglês, FRB de fast radio burst) seguem um padrão matemático estranhamente específico, algo “muito difícil de explicar”. “Há algo realmente interessante que precisamos entender”, diz o coautor Michael Hippke, cientista do Instituto de Análise de Dados em Neukirchen-Vluyn, Alemanha. “Isto será ou uma nova [manifestação] física, como um novo tipo de pulsar, ou, no final, se conseguirmos excluir tudo o mais, um ET”.
Contato extraterrestre
Sinais alienígenas, sério mesmo? Apesar de tal possibilidade parecer uma abstração total, um importante cientista na busca por inteligência extraterrestre (SETI, na sigla em ingês) diz que não devemos descartar essa possibilidade.
“Estas explosões rápidas de rádio poderiam concebivelmente ser ‘alertas’ de outras sociedades, tentando levar a uma resposta de qualquer vida inteligente que esteja equipada com tecnologia de rádio”, pondera Seth Shostak, astrônomo sênior e diretor do Centro para Pesquisa SETI, que não esteve envolvido no estudo. “Por outro lado, elas também poderiam ser fenômenos perfeitamente naturais e astrofísicos”.
Padrão matemático
Para a pesquisa, Hippke e seus colegas analisaram 11 explosões detectadas desde 2007, a última das quais foi capturada pelo radiotelescópio Parkes em maio de 2014.
Os cientistas analisaram um recurso específico chamado de “medida de dispersão” – que representa o diferencial de tempo entre a detecção das frequências altas e baixas de uma explosão. Frequências baixas trafegam mais lentamente pela poeira espacial e, assim, levam mais tempo do que as altas frequências para chegar à Terra. Para sua surpresa, os estudiosos descobriram que a medida de dispersão de cada pulso era um múltiplo do número 187,5.
Tal espaçamento uniforme “provavelmente não é produzido por algo como uma explosão de supernova”, afirma Hippke. “Todas as frequências deixam a nova ao mesmo tempo, e a medida de dispersão é criada pela passagem da poeira. Como a quantidade de poeira varia, a medida de dispersão pareceria aleatória”.
Para ele, os pulsos provavelmente são gerados por uma fonte ainda não identificada aqui da Terra que emite ondas de rádio de curta frequência seguidas por aquelas de alta freqüência – talvez algo tão simples como uma estação base de telefonia móvel. Se a explicação não for essa, é possível que elas venham de um tipo de objeto cósmico novo e desconhecido no espaço profundo.
Ou, para aqueles que gostam da ideia, alienígenas. [Huffington Post]
por Jéssica Maes
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