No ítem 760 de “O Livro dos Espíritos”, obra fundamental da Doutrina Espírita, está a pergunta que Allan Kardec, seu Codificador, dirige aos Espíritos do Senhor, a respeito da Pena de Morte desaparecerá um dia da legislação humana?
Responderam os Espíritos:
“A pena de morte desaparecerá.” Quando os homens forem mais incontestavelmente e sua supressão assinalará um progresso da Humanidade esclarecidos, a pena de morte será completamente abolida na Terra. Os homens não terão mais necessidade de ser julgados pelos homens. Falo de uma época que ainda está muito longe de vós.
Kardec comenta então:
“O progresso social ainda deixa muito a desejar, mas seríamos injustos para com a sociedade moderna se não víssemos um progresso nas restrições impostas á pena de morte entre os povos mais adiantados, e á natureza dos crimes aos quais se limita a sua aplicação. Se compararmos as garantias de que a justiça se esforça para cercar hoje o acusado, a humanidade com que o trata, mesmo quando reconhecidamente culpado, com o que se praticava em tempos que não vão muito longe, não poderemos deixar de reconhecer a via progressiva pela qual a Humanidade avança.”
Após outras questões que coloca para os Espíritos, de não menor importância, chega ao ítem 765, que se mostra muito atual para os dias de hoje:
“Que pensar da pena de morte imposta em nome de Deus, a resposta dos Espíritos é taxativa:
“Isso equivale a tomar o lugar de Deus na prática da Justiça. Os que assim agem revelam quanto estão longe de compreender a Deus e quanto têm ainda a expiar. É um crime aplicar a pena de morte em nome de Deus, e os que o fazem são responsáveis por esses assassinatos .”
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