terça-feira, 12 de julho de 2016

Debaixo do Sol - Paulo Roberto Gaefke


Para os grandes tormentos,
não adiantam o choro e nem o lamentos.
Melhor um abraço amigo e a mudança dos sentimentos.

Para a tristeza profunda,
não adiantam palavras emocionadas.
Melhor o silêncio acolhedor do abraço.
que a alma inunda.

Para secar as lágrimas da decepção,
não adiantam lenços e nem comoção.
Melhor o amparo fraterno da oração.

Para restituir um direito atacado,
não adiantam leis e nem mandados.
Melhor a justiça sendo feita em tempo bem rápido.

Para alimentar a família com dignidade,
não adiantam esmolas e bolsas sociais.
Melhor o emprego justo e o bom salário.
Direito do cidadão, dever da sociedade.

Para falar de amor,
não adiantam as belas canções ou rimas perfeitas.
Tudo a boca pode falar, inclusive mentiras.
Melhor o coração disparado e os olhos nos olhos,
que tudo podem revelar e o amor entregar.

Para todas as dores e amores não correspondidos.
Não adiantam belas frases feitas, nem tapinha nas costas.
Melhor é saber que depois da noite vem o dia,
e logo depois do dia, a noite volta,
num indo e vindo infinito, mesmo com a sua revolta.

Porque debaixo do sol se aprende,
que por pior que seja o tormento,
nada vem de graça.
Mas fica a certeza, de que tudo,
absolutamente tudo, um dia passa!

Paulo Roberto Gaefke
por Nilza Garcia
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