Atentados matam 4 e ferem pelo menos 20 pessoas no Iraque
Ataques contra cristãos mataram pelo menos seis pessoas e deixaram 33 feridos entre a última terça e esta quarta-feira em Bagdá, segundo fontes de segurança. Os atentados com bombas e morteiros ocorrem dez dias depois da invasão de uma igreja católica no Iraque, com saldo de 52 mortos. Os ataques provocaram pânico entre os fiéis, que já iniciaram um movimento de fuga.
Apenas 10 dias depois do massacre em uma igreja de Bagdá, o arcebispo siríaco católico fez um apelo à comunidade internacional e afirmou que não ajudar os cristãos do Iraque seria criminoso.
"Desde terça-feira à noite, 13 bombas e dois obuses de morteiro foram lançados contra casas e negócios pertencentes a cristãos, com um balanço de seis mortos e 33 feridos", informou uma fonte do ministério da Defesa.
Uma igreja também foi atingida. Na noite da última terça-feira, três residências de cristãos do bairro de Mansur, zona oeste, foram alvos de ataques, que deixaram três feridos, incluindo um bebê de quatro meses, segundo o vigário episcopal siríaco católico, monsenhor Pios Kasha.
Os atentados acontecem 10 dias depois do massacre em plena missa, reivindicado pela Al-Qaeda, na catedral de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, no centro de Bagdá, no qual morreram 44 fiéis e dois padres.
As famílias cristãs, vítimas do pânico, seguiram nesta quarta-feira para o templo no bairro de Karrada, onde ainda são vistos sinais do massacre.
"Há dois anos minha esposa tenta me convencer a deixar o país, mas eu não concordava. Hoje, tenho certeza de que ela está certa, pois não quero sentir culpa se acontecer uma desgraça a um de meus filhos", afirmou Raed Wissam, um operário de 42 anos.
Wissam dormia em casa, no bairro de Dora (zona sul), quando uma explosão o acordou às 6h (horário local). "Corri para o telhado para ver o que acontecia e ouvi mais três explosões. Três casas de cristãos haviam sido atingidas por bombas. Meus dois filhos gritavam", disse.
O arcebispo siríaco católico Athanase Matti Shaba Matoka considerou "trágica" a situação dos cristãos do Iraque. Seria criminoso de parte da comunidade internacional não tratar da segurança dos cristãos", disse na catedral, onde tentava consolar os fiéis.
Emmanuel Karim, um técnico de informático de 27 anos, se preparava para deixar sua casa no bairro de Camp Sara quando uma bomba explodiu ao lado do carro que pertencia a seu tio, morto no ataque de 31 de outubro contra a catedral.
"Não sei qual o objetivo destes criminosos, mas com certeza isto levará ainda mais cristãos a emigrar. Onde está a segurança que o governo deve oferecer aos cidadãos, cristãos ou muçulmanos?", questionou o monsenhor Kasha.
O padre Saad Sirap Hanna, sacerdote da igreja caldeia de São José, em Karrada, informou que muitos fiéis pediram conselho.
Em 3 de novembro, o braço iraquiano da Al-Qaeda ameaçou executar mais ataques, após o fim do ultimato à igreja copta do Egito para a libertação de dois cristãos "detidos em mosteiros" por, segundo a organização terrorista, terem se convertido ao islã.
A comunidade cristã de Bagdá, que tinha 450 mil fiéis em 2003, antes da queda do ditador Saddam Hussein, tem apenas 150 mil atualmente, em consequência do êxodo para países vizinhos, Europa, Estados Unidos e Austrália.
Apenas 10 dias depois do massacre em uma igreja de Bagdá, o arcebispo siríaco católico fez um apelo à comunidade internacional e afirmou que não ajudar os cristãos do Iraque seria criminoso.
"Desde terça-feira à noite, 13 bombas e dois obuses de morteiro foram lançados contra casas e negócios pertencentes a cristãos, com um balanço de seis mortos e 33 feridos", informou uma fonte do ministério da Defesa.
Uma igreja também foi atingida. Na noite da última terça-feira, três residências de cristãos do bairro de Mansur, zona oeste, foram alvos de ataques, que deixaram três feridos, incluindo um bebê de quatro meses, segundo o vigário episcopal siríaco católico, monsenhor Pios Kasha.
Os atentados acontecem 10 dias depois do massacre em plena missa, reivindicado pela Al-Qaeda, na catedral de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, no centro de Bagdá, no qual morreram 44 fiéis e dois padres.
As famílias cristãs, vítimas do pânico, seguiram nesta quarta-feira para o templo no bairro de Karrada, onde ainda são vistos sinais do massacre.
"Há dois anos minha esposa tenta me convencer a deixar o país, mas eu não concordava. Hoje, tenho certeza de que ela está certa, pois não quero sentir culpa se acontecer uma desgraça a um de meus filhos", afirmou Raed Wissam, um operário de 42 anos.
Wissam dormia em casa, no bairro de Dora (zona sul), quando uma explosão o acordou às 6h (horário local). "Corri para o telhado para ver o que acontecia e ouvi mais três explosões. Três casas de cristãos haviam sido atingidas por bombas. Meus dois filhos gritavam", disse.
O arcebispo siríaco católico Athanase Matti Shaba Matoka considerou "trágica" a situação dos cristãos do Iraque. Seria criminoso de parte da comunidade internacional não tratar da segurança dos cristãos", disse na catedral, onde tentava consolar os fiéis.
Emmanuel Karim, um técnico de informático de 27 anos, se preparava para deixar sua casa no bairro de Camp Sara quando uma bomba explodiu ao lado do carro que pertencia a seu tio, morto no ataque de 31 de outubro contra a catedral.
"Não sei qual o objetivo destes criminosos, mas com certeza isto levará ainda mais cristãos a emigrar. Onde está a segurança que o governo deve oferecer aos cidadãos, cristãos ou muçulmanos?", questionou o monsenhor Kasha.
O padre Saad Sirap Hanna, sacerdote da igreja caldeia de São José, em Karrada, informou que muitos fiéis pediram conselho.
Em 3 de novembro, o braço iraquiano da Al-Qaeda ameaçou executar mais ataques, após o fim do ultimato à igreja copta do Egito para a libertação de dois cristãos "detidos em mosteiros" por, segundo a organização terrorista, terem se convertido ao islã.
A comunidade cristã de Bagdá, que tinha 450 mil fiéis em 2003, antes da queda do ditador Saddam Hussein, tem apenas 150 mil atualmente, em consequência do êxodo para países vizinhos, Europa, Estados Unidos e Austrália.
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