quarta-feira, 4 de novembro de 2009


Paulinas
Volta para mim, Senhor!
Eu te espero novamente.
Povoa de esperança o espaço
que restou dentro de mim.
Enxuga a lágrima que ainda molha minha face.

A juda-me a repartir os sorrisos que vingaram neste espaço de barro que sou eu, e onde um dia semeaste a fé.

Repete este milagre de, embora divino, caberes por inteiro no meu coração humano.

Volta para mim, desta maneira simples de chegar.
E permanece comigo, ajudando-me a crer que ainda é tempo de sonhar com a paz.

Senta-te à minha mesa e prova o pão do meu suor.
Caminha do meu lado para entenderes meu cansaço.
Escuta meus anseios, para compreenderes minha luta.

Volta para mim, desta maneira simples de chegar.
Volta silencioso como a aurora
e plenifica de luz o meu amanhecer.
Volta silencioso como a flor e perfuma de amor o meu desejo.

Volta para mim, desta maneira simples de chegar.
De minha parte, estarei te esperando como terra seca, que procura orvalho; como noite escura, que procura luz; como fonte imóvel, que procura impulso.

Volta para mim, desta maneira simples de chegar.
E que te possa descobrir em todos os presépios e casas, em todas as manjedouras e berços, em todas as Marias e Josés.


José Acácio Santan

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