O Dr. José Lacerda de Azevedo, carinhosamente qualificado por seus pares de Preceptor de Medicina Espiritual, é médico da turma de 1950. Desde cedo na lida com a Doutrina Espírita. Durante o ano de 1965, esteve em Porto Alegre, um psiquista porto-riquenho chamado Luiz Rodrigues. Realizou palestra no Hospital Espírita de Porto Alegre, demonstrando uma técnica que vinha empregando nos enfermos em geral, obtendo resultados satisfatórios. Denominada Hipnometria, essa técnica foi defendida no VI Congresso Espírita Pan-americano, em 1963, na cidade de Buenos Aires.
Essa técnica consistia na aplicação de pulsos magnéticos concentrados e progressivos no corpo astral do paciente, ao mesmo tempo que, por sugestão, comandava o seu afastamento. O Sr. Luiz Rodrigues era um investigador, não era espírita e tampouco médico mas trouxe possibilidades novas e um imenso campo para experimentação se conduzidas com métodos objetivos e sistemáticos. Imediatamente, o Dr. José Lacerda testou a metodologia com Dona Yolanda, sua esposa e médium de grande sensibilidade.
Utilizando a sua criteriosa metodologia, a sua sólida formação doutrinária, a observação constante dos fenômenos, aprimorou solidamente a técnica inicial. Identificou-se na época, um grande complexo hospitalar na dimensão espiritual, denominado Hospital Amor e Caridade, de onde partiam o auxílio e a cobertura aos trabalhos assistenciais, dirigidos por ele.
APOMETRIA
O termo Apometria vem do grego Apó - preposição que significa além de, fora de, e Metron - relativo a medida. Representa o clássico desdobramento entre o corpo físico e os corpos espirituais do ser humano. Não é propriamente mediunismo, é apenas uma técnica de separação desses componentes. A Apometria é uma técnica de desdobramento que pode ser aplicada em todas as criaturas, não importando a saúde, a idade, o estado de sanidade mental e a resistência oferecida. É um método geral, fácil de ser utilizado por pessoas devidamente habilitadas e dirigentes capazes. Apresenta sempre resultado eficaz em todos os pacientes, mesmo nos oligofrênicos profundos sem nenhuma possibilidade de compreensão.
O êxito da Apometria reside na utilização da faculdade mediúnica para entrarmos em contato com o mundo espiritual da maneira mais fácil e objetiva, sempre que quisermos. Embora não sendo propriamente uma técnica mediúnica, pode ser aplicada como tal, toda vez que desejarmos entrar em contato com o mundo espiritual.
ATENDIMENTO
No atendimento aos enfermos, é utilizada a seguinte prática: Coloca-se inicialmente, por desdobramento, os médiuns em contato com as entidades médicas do astral. Uma vez firmado o contato, faz-se o mesmo com o doente, possibilitando dessa forma o atendimento do corpo espiritual do enfermo pelos médicos desencarnados, assistidos pelos espíritos dos médiuns que então relatam todos os fatos que ocorrem durante o atendimento, tais como: os diagnósticos, as cirurgias astrais, as orientações práticas para a vida, assim como a descrição da problemática espiritual que o paciente apresenta e suas origens. Torna-se necessário ainda, que se faça proteção vibratória, através de preces e formação de campos de força e barreiras magnéticas ao redor dos médiuns.
O tratamento dos obsessores constitui um capítulo à parte, tal é a facilidade e eficiência com que os espíritos sofredores são atendidos. Em virtude de se encontrarem no mesmo universo dimensional, os espíritos protetores agem com muito mais profundidade e rapidez. Os diagnósticos são muito mais precisos e detalhados; as operações astrais são executadas com alta técnica e com o emprego de aparelhagem sofisticada em hospitais muito bem montados em regiões elevadas do astral superior. Esse é um dos grandes segredos do tratamento espiritual e será provavelmente um marco fundamental para a futura Medicina do Espírito.
Classificação Didática dos Distúrbios Espirituais
(Modelo Lacerda)
Diante dessa classificação, impõe-se o conhecimento em profundidade dos mecanismos íntimos de cada uma das entidades nosográficas (nosografia - descrição metódica das doenças) citadas, lembrando que o diagnóstico de certeza dependerá sempre das condições de desenvolvimento e harmonia do grupo mediúnico, do perfeito domínio da técnica apométrica e da imprescindível cobertura da Espiritualidade Superior.
Em virtude da maioria, talvez, 80% das doenças se iniciarem no corpo astral, pode-se deduzir que nas eras vindouras a Medicina será integral, isto é, um grupo de médicos terrenos atenderá as mazelas patológicas físicas, trabalhando ao lado de outro grupo de médicos desencarnados, que se encarregarão do corpo espiritual.
A Apometria é útil nestes tratamentos.
Indução Espiritual, Obsessão Espiritual Pseudo-Obsessão, Simbiose Parasitismo Vampirismo Estigmas Cármicos não Obsessivos: Físicos e Psíquicos Síndrome dos Aparelhos Parasitas no Corpo Astral Síndrome da Mediunidade Reprimida Arquepadias (magia originada em passado remoto) Goécia (magia negra) Síndrome da Ressonância Vibratória com o Passado Correntes Mentais Parasitas Auto-Induzidas
APOMETRIA: NEM PROBLEMA, NEM SOLUÇÃO
Dr. Ricardo di Bernardi Presidente do ICEF – Instituto de Cultura Espírita de Florianópolis. Revista Internacional de Espiritismo – Agosto de 1998 – Pags. 296 e 297
Trata-se de moderna técnica de trabalho anímico-mediúnica de alta eficiência. Herculano Pires, saudoso estudioso da nossa doutrina, já nos ensinava que a postura do espírita consciente deve ser tão ousada quanto prudente. Nem nos maravilharmos com as luzes feéricas das novidades, nem escondermos nossas cabeças tal qual avestruzes que se protegem do desconhecido, deixando-se ridiculamente descobertos. Kardec, que nos ensinava ser preferível rejeitar nove verdades do que aceitar uma só mentira, também nos dizia que, se a ciência demonstrasse estar o Espiritismo errado em um ponto, ele se modificaria naquele ponto. Inúmeros grupos, ou entidades espíritas, começaram a se interessar pela Apometria, técnica de trabalho anímico-mediúnica, na qual, os médiuns, ou sensitivos, se desdobram conscientemente, participando de maneira ativa no encaminhamento das entidades espirituais enfermas.
A Apometria se apresenta como técnica moderna que une avançados métodos de intercâmbio com o plano extrafísico. Sua utilização torna a sessão mediúnica de desobsessão, dinâmica, ao invés da passividade sonolenta tradicionalmente observada em determinados grupos. No entanto, a dificuldade que vem se observando na utilização da Apometria, não se refere à técnica em si, mas à utilização equivocada, precipitada, radical, sem embasamento filosófico e, o que é mais preocupante, pouco fraterna no trato com os desencarnados. Somas inteiramente favoráveis à correta utilização do método apométrico, desde que alicerçado nas sólidas bases kardequianas, sem prejuízo do conteúdo ético-moral e, sobretudo, do trato afetivo com as entidades desencarnadas.
Nada há de misterioso nas técnicas desenvolvidas pelo Dr. Lacerda, de Porto Alegre, e tão bem divulgadas pelo Dr. Vítor Ronaldo Costa, de Brasília, em proveitosos seminários e cursos que didaticamente efetua. Vale aqui, uma especial recomendação.
Frequentemente nos deparamos com certas polêmicas e queixas de velhos amigos, trabalhadores da doutrina espírita. Uma delas se expressa assim: "Muitos entusiastas da Apometria abandonaram a casa espírita de origem e organizaram entidades próprias". Bem, desde há 30 anos atrás, quando iniciei a estudar seriamente a doutrina espírita, quase todos os centros espíritas recém-fundados surgiram de cisões em casas anteriores.
É preciso que admitamos: nós espíritas não somos (infelizmente) melhores do que ninguém. A Doutrina Espírita, esta sim, é que é melhor. Inúmeras casas surgirão por discordância de métodos de trabalho, o que, na realidade, é lamentável. Não há problema importante com os métodos, mas com as pessoas. Trata-se de nosso orgulho pessoal, vaidade, intolerância (e outros adjetivos menos honrosos) dos quais nós, trabalhadores da seara espírita, ainda não conseguimos nos libertar totalmente, sejamos adeptos ou não, da Apometria.
A resistência em estudar e o imobilismo de determinados dirigentes acabam gerando o afastamento de médiuns que interpretam, erroneamente, a postura do dirigente como se fosse a postura do Espiritismo. Acabam, então, se desvinculando do movimento espírita. Por que, ao invés de se exorcizar novos conhecimentos, não os estudamos profundamente? Por que não apoiamos os irmãos interessados no trabalho? É verdade que seria imprudente nos precipitar na adoção, pura e simples, de qualquer técnica revolucionária ou infalível. Se a Apometria mal utilizada é desastrosa, o mesmo podemos afirmar da mediunidade convencional erroneamente praticada. Nem a mediunidade nem a Apometria são positivas ou negativas: ambas são neutras. Argumentos tais como:
"Depois que iniciou com a Apometria muitos problemas surgiram..." são tão inconsistentes como: "Depois que passou a se envolver com a mediunidade necessitou de internação hospitalar em casa de saúde mental..."
A falta de apoio recebido, bem como a falta de estudo dos envolvidos aliada à embriaguez pela ofuscante novidade, tem levado muitos grupos espíritas que utilizam a Apometria a distorções que poderiam ser facilmente evitáveis. Com todo respeito aos nossos irmãos umbandistas, que executam trabalho sério e útil, faz-se necessário definir algumas fronteiras que devem ser tão nítidas quanto fraternas.
Não há porque criarmos grupos de umbanda técnico-científica nas casas espíritas.
Ao invés do clássico e necessário "DIÁLOGO COM AS SOMBRAS" Tão preconizado por Hermínio de Miranda, passamos a ouvir o contínuo estalar dos dedos seguido de verdadeiras expulsões dos espíritos obsessores. O diálogo construtivo e fraterno passou a ser considerado peça de museu. Ao invés de amor e filosofia, muita sonoridade e gesticulação espalhafatosa, sob o argumento de que som serve de veículo para a energia. Então, bater palmas e gritar alto seriam tão úteis quanto mais ruidoso forem... Naturalmente, o impacto energético seria cada vez mais produtivo quanto mais escandalosa for a sessão...
É necessário que acordemos para que logo não estejamos admitindo outras atitudes materiais e periféricas totalmente incompatíveis com a nossa filosofia. O trabalho espiritual é, acima de tudo, mental. Nem tanto ao mar, nem tanto à terra: equilíbrio... Desde a época pré-histórica que hábeis feiticeiros removem obsessores de forma rápida, utilizando métodos tão eficazes quanto grosseiros. Em pleno século XX, assim como não se admite a paixão pelas formas dos frascos coloridos da exteriorização sensorial em detrimento da essência filosófica. Aparelhos parasitas – Técnicas apométricas que possibilitam a remoção rápida e objetiva dos "aparelhos parasitas" instalados pelos obsessores no perispírito do obsediado, devem ser assimiladas por todos nós, interessados no progresso de nossos trabalhos.
No entanto, um equívoco, freqüentemente observado em alguns grupos que utilizam a Apometria, é o esquecimento do apoio ao obsediado após a remoção do(s) aparelho(s) parasita(s) instalado(s). É indispensável o esclarecimento pelo estudo e a promoção da reforma íntima da pretensa vítima que, não se modificando, logo irá atrair novos obsessores. Obsessores retirados do campo mental do obsediado "a forciori" e enviados a "outros planetas" ou a estranhos locais ou dimensões extrafísicas, talvez merecessem uma atenção mais adequada.
A ausência de diálogo com espíritos enfermos, em certos casos, apenas determinará a mudança de endereço dos obsessores, bem como a admissão de novos inquilinos na casa mental desocupada do obsediado.
Se está na hora de modernizarmos as sonolentas sessões, onde chega-se a dormir literalmente, imaginando ingenuamente estar se cedendo ectoplasma ou trabalhando em desdobramento inconsciente ( o que eventualmente até ocorre). Também está na hora de não exagerarmos na postura inversa. Faz-se necessário recolocarmos a filosofia espírita, o amor e a serenidade nos trabalhos mediúnicos e não umbandizarmos a doutrina espírita nem mesmo brincarmos irresponsavelmente com animadas técnicas.
Na matemática do trabalho é preciso somar com a nova técnica sem subtrair conceitos filosóficos básicos, evitando divisões desnecessárias, para multiplicar os resultados na tabuada do amor.
Fonte - Livro Apometria (José Lacerda de Azevedo)
Observação; este artigo é apenas para se dar uma ideia geral da técnica terapêutica envolvida e da sua utilidade. Este artigo tem por objetivo, dar a conhecer, despertar o interesse e estudo, dando aos interessados apenas uma ideia resumida, de forma que possam ter alguma base para investigar e aprofundar este conhecimento.
Consultas livros aconselhados
Apometria (José Lacerda de Azevedo)
Espírito - Matéria - Novos Horizontes Para a Medicina (José Lacerda de Azevedo)
Energia e Espírito (José Lacerda de Azevedo)
por Ana Maria Teodoro Massuci
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